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terça-feira, março 20, 2012

Enfermeiros uruguaios competiam para ver quem matava mais pacientes

 
O ministro do Interior do Uruguai, Eduardo Bonomi, disse nesta segunda-feira que os dois enfermeiros presos sob suspeita de assassinar 16 pacientes em hospitais de Montevidéu, "competiam entre eles" para ver quem provocava mais mortes. A afirmação foi feita durante coletiva de imprensa para prestar esclarecimentos sobre o "caso das eutanásias", que chocou o país. As informações são do El País.

Nesta segunda, os enfermeiros uruguaios Ariel Acevedo, 46 anos, e Marcelo Pereira, 40, confessaram à Justiça que aplicavam morfina e ar em pacientes não terminais do Hospital Maciel e da Associação espanhola. Eles estão sendo processados por 16 mortes, mas o número pode ser bem maior depois que os dois disseram não saber em quantos pacientes teriam aplicado as doses mortais. A imprensa uruguaia especula que o número poderia chegar a 200 vítimas ao longo dos últimos sete anos.

Segundo Bonomi, a hipótese policial não sustenta que ambos os homicidas "atuaram em conjunto", mas sim que eles "sabiam que estavam fazendo o mesmo". "Havia uma certa competição", acrescentou o ministro. Questionado sobre o que pensavam os assassinos, Bonomi disse que eles agiam motivados pelo desejo de "não ver o sofrimento humano", embora tenham admitido que os pacientes não eram terminais. No entanto, o "motivo real", segundo o ministro, ainda está sendo investigado.

Apesar de proibida no Uruguai, a eutanásia é uma prática considerada comum no país pelo Sindicato Médico do Uruguai. Martín Rebella, presidente da entidade, afirmou que os hospitais ajudam os pacientes terminais a terem uma morte digna, com medicamentos que reduzem a dor.

Ariel Acevedo e Marcelo Pereira estão presos na Penitenciária Central de Montevidéu. A Justiça estuda transferí-los para um centro prisional no interior.

Fonte: Portalegre Notícias

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