Depoimento de Lailson Lopes levou delegada a prender novos suspeitos da morte de F Gomes

Promotor Geraldo Rufino de Araújo Júnior, ação da polícia após depoimento - FOTO: Fred Carvalho/Tribuna do Norte

O promotor Geraldo Rufino de Araújo Júnior foi entrevistado na Rádio Caicó AM, por Marcos Dantas e Sidney Silva, no último sábado, (23), sobre a prisão do advogado Rivaldo Dantas de Farias. Ele foi detido preventivamente por suspeita de envolvimento na morte do jornalista F Gomes. O promotor confirmou que o depoimento de Lailson Lopes, denunciado como o mandante do crime, ocorrido em 2011, teria levado a polícia a realizar as prisões ocorridas na semana passada. Outra motivação foi uma carta anônima dando detalhes de como aconteceu o crime e quem estava envolvido.

“No ano passado em determinado momento, chegou ao conhecimento do juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça, uma carta anônima que trazia detalhes sobre a morte de F Gomes, inclusive o nome de pessoas envolvidas. Essa carta foi encaminhada para a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, momento em que foi indicada a delegada Sheila Freitas para investigar as denúncias”, disse. Sobre o depoimento, o promotor disse: “Em determinado momento o preso Lailson Lopes, se dispôs a falar, contar uma versão diferente da que ele já tinha dado. A delegada então foi à Caraúbas, ouviu o preso, gravou, está tudo documentado, e a partir dai aceleraram-se as investigações”, disse.

Com o passar dos meses a delegada identificou indícios da participação do advogado no crime por isso decidiu pedir sua prisão. Na semana passada, ele foi ouvido. Negou qualquer participação, mas deu algumas informações. Ela, (Sheila), entendeu que havia necessidade de prendê-lo preventivamente.

Existiram dois motivos para a decretação da prisão preventiva de Rivaldo Dantas. O primeiro foi à conveniência da instrução processual, justamente para evitar que provas fossem perdidas, e o outro, a garantia da ordem pública. A afirmação foi deita pelo promotor.

O réu confesso da morte de F Gomes, é o moto-taxista João Francisco dos Santos, mais conhecido por Dão, que é defendido no processo por Rivaldo Dantas. Com a prisão do bacharel em direito, o homicida terá que contratar outro advogado. Pelo menos é o que pensa o promotor Geraldo Rufino, avaliando as teses conflitantes de ambos sobre o crime.

O advogado, no dia em que foi ouvido pela delegada, deu informações que não batem com as que “Dão”, repassou. Quando ouvido, o Dão disse que matou F Gomes, em legítima defesa. No momento do crime, o jornalista teria investido contra ele, e que por isso atirou. Essa não é a versão que foi dada pelo advogado. A sua versão não foi revelada pela delegada Sheila Freitas.

Quanto ao depoimento do preso, Lailson Lopes, esse teria sido fundamental para levar a polícia ao pastor Gilson Neudo e ao advogado Rivaldo Dantas, porém, não foi só isso.

“Digamos que este tenha sido o ponta pé inicial. O depoimento do Gordo foi inclusive lido para o pastor e para Rivaldo, quando de suas ouvidas”, afirmou o Geraldo Rufino.

Perguntado, sobre a possibilidade de denunciar as pessoas que foram presas recentemente, o representante ministerial afirmou que se opinou favoravelmente pela prisão do pastor e de Rivaldo, então é provável que denuncie. Ele finalizou dizendo que sua disposição, juntamente com a delegada Sheila Freitas e o Juiz Luiz Cândido, é de ir até o fim.

“Nós já chegamos aqui, então vamos até o fim, independente de acontecer qualquer coisa”, disse.

Fonte: Sidney Silva