O secretário de segurança pública da Bahia, Maurício Barbosa, anunciou em coletiva à imprensa, no início da noite desta quinta-feira (2), que o governo do estado solicitou apoio da Força Nacional de Segurança, por conta da paralisação parcial da Polícia Militar. De acordo com o secretário, 150 policiais chegam à capital baiana ainda nesta noite. Outros 500 devem chegar no prazo de 48 horas.
O comandante geral da PM, coronel Alfredo Braga de Castro, também participa da coletiva.
Ainda segundo Maurício Barbosa, dois terços do efetivo da PM está trabalhando em toda a Bahia. A PM anunciou também nesta quinta o reforço no policiamento das cidades de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, e de Ilhéus, no sul da Bahia. Outras unidades da PM foram deslocadas para os dois municípios por conta do clima de pânico da população.
Tensão
Em Salvador, diversos bairros tiveram suas lojas fechadas antes do horário normal nesta quinta-feira (2). A Avenida Sete de Setembro, localizada no centro da capital, onde há o maior número de lojas e centros comerciais da capital, os comerciantes também fecharam as lojas mais cedo.
Comerciantes fecharam a porta por medo de possíveis arrastões. O G1 entrou em contato com algumas delegacias que cobrem áreas como o Subúrbio e o Centro da cidade, mas a polícia nega que tenha registrado "arrastões". A paralisação de parte dos policiais militares da Bahia foi considerada irregular, de acordo com uma liminar expedida na manhã desta quinta-feira pelo juiz Ruy Eduardo Brito, da 6ª Vara da Fazenda Pública.
O juiz determina a imediata retomada das atividades pelos policiais vinculados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), que decretaram greve. A multa estipulada para os policiais parados que não assumirem seus postos de trabalho é de R$ 80 mil.
O presidente da Aspra, Marco Prisco, disse por telefone que não foi informado sobre a liminar e que vai tomar providências legais para evitar a aplicação da multa.
Desde a madrugada de quarta-feira (1), sindicalistas filiados à Aspra ocupam a sede da Assembleia Legislativa, situada no CAB, em estado de greve. Na ocasião, Marco Prisco informou que os manifestantes só sairão do local após serem atendidos por algum representante do governo do estado.
Interior do estado
O Comando da Polícia Militar da Bahia informou que devido ao clima de tensão em Feira de Santana, em virtude da paralisação da PM na cidade, reforçou a segurança no município, que fica a cerca de 100 km de Salvador, e em Ilhéus, no sul do estado. Relatos de moradores de Feira de Santana informam que a cidade está sem transporte coletivo e que várias lojas do comércio foram fechadas, como forma de prevenção a saques.
O comando da PM informa que foram deslocadas viaturas da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE) Litoral Norte para Feira de Santana, e enviadas equipes da CIPE Cacaueira para Ilhéus, no intuito de garantir a segurança da população nas duas cidades.
Shoppings
De acordo com informações da Assessoria de Imprensa do Shopping Piedade, localizado no centro de Salvador, apesar dos boatos, não houve arrastão no local. O shopping funciona normalmente até às 21h. Já o Shopping Barra, localizado em bairro nobre de Salvador, os comerciantes foram orientados a fecharem as portas no início da noite desta quinta-feira (2). A assessoria do shopping informou que o funcionamento volta ao normal na manhã desta sexta-feira (3).
Greve
Desde a madrugada de quarta-feira (1), sindicalistas filiados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra) ocupam a sede da Assembleia Legislativa, situada no CAB, em estado de greve. Na ocasião, o presidente da associação, Marco Prisco, informou que os manifestantes só sairão do local após serem atendidos por algum representante do governo do estado.
Na manhã desta quinta-feira (2), a paralisação de parte dos policiais militares da Bahia foi considerada irregular, de acordo com uma liminar expedida pelo juiz Ruy Eduardo Brito, da 6ª Vara da Fazenda Pública.
O juiz determina a imediata retomada das atividades pelos policiais vinculados à Aspra, que decretaram greve. A multa estipulada para os policiais parados que não assumirem seus postos de trabalho é de R$ 80 mil.
Fonte: G1
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