O servente Getúlio Santos Fernandes, que tinha 20 anos e foi assassinado no dia 28 do mês passado na recepção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Alto de São Manoel (zona leste), perdeu a vida porque estava cobrando a dívida de um traficante. Um adolescente de 17 anos confessou ter matado o servente porque devia R$ 400,00 a um traficante e estava sendo ameaçado por Getúlio, a mando do chefe. O jovem disse aos policiais que matou para não ser assassinado por Getúlio.
Os policiais da Primeira Delegacia chegaram ao adolescente após compartilhar informações com a Segunda Delegacia Regional de Mossoró. A partir dos dados levantados pelas duas unidades, explica o delegado Edvan Queiroz, eles identificaram o adolescente. O garoto foi ouvido essa semana e confirmou que realmente matou Getúlio. O adolescente disse que o crime não foi planejado. Ele disse que vinha sendo cobrado constantemente por Getúlio, que estaria lhe ameaçando de morte, caso não pagasse a dívida de R$ 400,00. O jovem contou que passou na UPA e viu Getúlio por acaso.
A vítima estava na recepção da unidade hospitalar, à espera da mãe que estava sendo atendida. Ele contou que reconheceu o desafeto e resolveu matá-lo. O jovem negou que tivesse contado com o apoio de alguém e disse que fugiu na bicicleta que estava. A unidade tem dois seguranças, ambos armados, mas nenhum deles evitou que o crime acontecesse. Getúlio foi alvejado à queima-roupa e morreu na porta do hospital. Não houve tempo nem para que os médicos tentassem lhe prestar algum socorro. A vítima ficou sentada, do jeito que estava. Provavelmente não viu nem de onde partiram os tiros.
O jovem prestou depoimento e foi liberado logo depois. Ele aguarda o desenrolar do processo em liberdade, a menos que o Ministério Público Estadual solicite à Justiça que ele cumpra uma medida socioeducativa que restrinja sua liberdade. Já com relação ao traficante que seria o credor do adolescente, já identificado pela Polícia Civil, será investigado a partir de agora pela Delegacia de Narcóticos (DENARC). Essa parte da investigação foi repassada pelo delegado Edvan Queiroz para o delegado Denys Carvalho, da Narcóticos, que irá verificar a versão do menor.
Fonte: Defato
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