Reece Williams, um menino de sete anos que vive em Birmingham, na Inglaterra, tinha uma narcolepsia tão grave que ele não conseguia nem chutar uma bola de futebol sem cochilar. Ele já chegou a cair 25 vezes por dia e a dormir por 23 horas ininterruptas.
A doença foi diagnosticada depois que seu pai fez uma série de vídeos que mostravam ele caindo no sono. Agora, ele toma um medicamento controverso, chamado Xyrem, que só tem licença formal para tratar adultos, e consegue jogar e se sentar na sala de aula sem adormecer.
Reece tinha cinco anos quando começou a sofrer sintomas de narcolepsia e cataplexia, um enfraquecimento repentino dos músculos. As duas doenças podem ser desencadeadas por emoções fortes, como felicidade, riso, surpresa ou raiva. No caso de Lucas, seus problemas pioraram ao longo do tempo.
Sua mãe, Chantelle Burrows, disse que ele deixou de ser um garoto amável e bem humorado e se tornou temperamental e agressivo. "Ele simplesmente caia no chão como se tivesse sido nocauteado. Às vezes, ele batia a cabeça. Eu ficava muito preocupada", contou.
"Ele dormia no meio da classe. Isso significava que ele estava ficando para trás na escola", afirmou a mãe de Reece. "Nós tivemos que comprar uma cadeira para ele. Ele não conseguia sequer manter os olhos abertos para comer. Ele parecia exausto o tempo todo", lembrou.
Diagnóstico
Apesar dos sinais de alerta, os médicos disseram em três diferentes ocasiões que Reece tinha um vírus e que estaria muito cansado.
Determinado a descobrir o que Reece tinha, o pai do garoto digitou seus sintomas em um site de buscas na internet. Narcolepsia, uma rara doença de sono, apareceu entre os resultados. Foi então que ele teve a ideia de filmar Reece a cada vez que ele caia. O objetivo era mostrar os vídeos para os médicos.
Os médicos tentaram tratar Reece com altas doses de diferentes medicamentos, mas nada funcionou. Então, eles receitaram Xyrem, usado para reduzir a sonolência diurna e o número de ataques de cataplexia.
O remédio, tomado três vezes durante à noite, tem melhorado o estado do garoto. Agora, ele pode brincar de bola com o pai. "Se não fosse pelo meu telefone com câmera , ele provavelmente não teria sido diagnosticado", declarou Willians.
De acordo com Paul Reading, presidente da Sociedade Britânica do Sono, "a narcolepsia afeta uma em cada 3 mil pessoas e frequentemente pode começar na infância". Os principais sintomas são "cochilos involuntários durante o dia, episódios de colapso induzidos por emoções como o riso (cataplexia) e distúrbios do sono durante à noite, muitas vezes com pesadelos vívidos".
Fonte: G1
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