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sábado, fevereiro 25, 2012

Dirigente comunitário adverte para sumiço de peixes

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ASSÚ - Considerado um dos principais reservatórios de água potável do Estado, a Lagoa do Piató, situada no município do Assú, está vivenciando uma experiência pioneira e que está deixando alarmados alguns dos mais experientes pescadores da região.

Sem que ainda haja uma explicação para o que está sendo registrado, os peixes estão gradativamente desaparecendo da lagoa. A constatação é feita pelo presidente da Associação Comunitária de Porto Piató, uma das povoações distribuídas no entorno da coleção hídrica, Dioclécio Cosme de Souza, "Dequinha".

O representante comunitário se diz estupefato com o fato, afirmando que isso jamais havia se verificado anteriormente.
Segundo "Dequinha", o sumiço dos peixes pode provocar uma situação inusitada e, caso o cenário não seja revertido, poderá inclusive inviabilizar a atividade pesqueira e provocar um êxodo dos habitantes das localidades ao redor do manancial em busca de outro meio de sobrevivência.

"Não sei explicar o que está ocorrendo, só sei dizer que o peixe está desaparecendo da Lagoa", afirmou, perplexo, o dirigente associativista.

Ele disse que vai aguardar pela confirmação do período invernoso para saber se é um problema sazonal. "Dequinha" considerou a hipótese de o caso estar relacionado à baixa densidade d'água dentro do reservatório. 

Problema pode ter origem em desequilíbrio ecológico

Como solução para o problema será necessário esperar que o inverno reponha o estoque normal da lagoa e ver se, com isso, os peixes retornarão ao reservatório.

Segundo Dioclécio Cosme de Souza, "Dequinha", a única espécie ainda encontrada nas águas do Piató é a curimatã. Mesmo assim, são espécimes de tamanho diminuto que, por alguma razão desconhecida, não cresceram adequadamente.

"A curimatã é tão pequena que só pode ser pescada se for usada a rede de malha fina, cujo uso é proibido por lei", exemplificou o líder comunitário.

"Dequinha" teme que a questão possa estar associada também a algum fenômeno biológico. Por isso, vê como inadiável que alguma providência seja feita pelos órgãos de proteção ambiental do Rio Grande do Norte.

"Acho que deveria ser feita uma análise da água da Lagoa para ver se existe algum tipo de problema que está prejudicando os peixes", alertou o presidente da Associação Comunitária.

PREOCUPAÇÃO

Na avaliação do dirigente, caso seja feita uma pesquisa científica, será possível detectar as causas do estranho desaparecimento dos peixes.

"Se após esse trabalho (a investigação científica) não ficar provado que existe algum problema com a qualidade da água, então é necessário que os órgãos públicos tomem a providência de realizar um peixamento para repovoar a Lagoa do Piató, sob pena de o peixe sumir completamente", sentenciou "Dequinha", que viu como improvável que o caso seja consequência da pesca predatória.

"A pesca predatória diminui mais de 90% na Lagoa", garantiu, finalizando.

Fonte: O Mossoroense

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