O advogado Felipe Cortez impetrou, no fim da tarde de ontem, habeas corpus em favor de Carla Ubarana Leal, George Leal e Carlos Eduardo Cabral, que cumprem prisão preventiva por suposto envolvimento na Operação Judas, que investiga um esquema de desvio de recursos no setor de precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Na última sexta-feira o juiz Armando Pontes, titular da 7ª Vara Criminal, converteu para preventivas as prisões temporárias dos três e também do empresário Carlos Alberto Fasanaro.
A ex-chefe do setor de precatórios do TJRN, Carla Ubarana Leal, permanece internada na Casa de Saúde São Lucas. Ela deu entrada no hospital na última quarta-feira e permaneceu na unidade de terapia intensiva (UTI) até a sexta-feira, quando foi transferida para um apartamento na unidade hospitalar. De acordo com o serviço social do hospital, no último domingo Carla foi transferida novamente para a UTI, mas no boletim médico da paciente não constava o motivoda transferência. "O boletim que nós temos aqui diz apenas que o quadro geral da paciente é regular", informou o atendente.
O investidor George Leal, marido de Carla Ubarana e apontado como um dos mentores do esquema, está detido no presídio provisório Raimundo Nonato, na Zona Norte de Natal. Além de George, os empresários Carlos Eduardo Cabral e Carlos Alberto Fasanaro, apontados como laranjas do esquema, também seguem presos no Raimundo Nonato.
No pedido de habeas corpus, o advogado Felipe Cortez pede que seus clientes sejam postos imediatamente em liberdade. No entanto, no caso de ter negado o pedido de liberdade, o advogado apela para a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares ou sua conversão em prisão domiciliar "em razão da doença que acomete a primeira paciente (Carla Ubarana), que necessita dos cuidados do marido, segundo paciente (George Leal), quando obtiver alta médica". O habeas corpus foi distribuído por sorteio para o desembargador Rafael Godeiro.
Ex-secretária é libertada
A ex-secretária de Carla Ubarana, Claudia Suely Silva, que afirmou em depoimento que fez saques a mando da patroa, também teve a prisão preventiva decretada, mas foi libertada no último domingo por força de um habeas corpus. De acordo com seu advogado, Heráclito Higor Noé, o pedido de habeas corpus foi embasado na presunção de inocência de Claudia. Ele informou que ainda não teve acesso aos autos do processo e que aguarda a denúncia do Ministério Público para definir qual será sua linha de trabalho. "Vamos aguardar a denúncia do Ministério Público, pois pode ser que minha cliente sequer seja ré e venha a figurar apenas como testemunha de alguma situação", disse.
Fonte: DN
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