A maioria dos concurseiros do país estranharia se ao terminarem de resolver uma prova objetiva de concurso, nos últimos 30 minutos, fossem impedidos de levar consigo o caderno com as questões da prova. E é exatamente isso o que vai acontecer neste domingo (12/2), quando 900 mil candidatos forem submetidos aos exames do concurso nacional para técnicos (nível médio) e peritos (nível superior) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Com o intuito de reverter esta situação, o presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), Ernani Pimentel, encaminhou à Fundação Carlos Chagas (FCC) uma carta solicitando a liberação do caderno de questões. Pimentel alega que a medida contribuiria para amenizar a ansiedade dos candidatos, que poderiam ter uma ideia do próprio desempenho e detectar pontos falhos, em que deveriam se aprofundar nas próximas seleções.
Para o presidente da Anpac, é prática inconstitucional aplicar a prova e não dar ampla transparência e visibilidade ao certame. “O candidato não pode sair da sala sem seu único instrumento de anotações”, defende Pimentel. Sem mencionar que fica muito mais fácil para o candidato formular um possível pedido de recurso, caso tenha em mãos o caderno de questões. É neste caderno onde os participantes registram as notas capazes de lembrá-lo do porquê responderam a uma determinada questão, de uma determinada maneira.
Até o fechamento desta matéria, a organizadora não tinha se pronunciado sobre os questionamentos feitos pela associação. “A não resposta nos permite dezenas de interpretações, mas nenhuma positiva. E só reforça a suspeita de que ela (FCC) quer se proteger das próprias inconseqüências”, disse.
Insegurança na Bahia
Por conta do periclitante cenário de violência gerado pela greve dos policiais militares da Bahia, os mais de 70 mil candidatos inscritos no estado agora temem que o clima de desordem e insegurança chegue às salas de aula onde serão aplicadas as provas. A greve, que já dura mais de uma semana, coloca em xeque se existe ou não condições de aplicar as avaliações e manter a lisura do certame no estado. Questionada pela equipe de jornalismo do CorreioWeb, a Fundação Carlos Chagas não prestou quaisquer esclarecimentos.
Provas neste final de semana
As avaliações serão aplicadas neste domingo. Candidatos ao cargo de técnico farão os exames na parte da manhã; já aqueles que disputam uma vaga de perito farão as provas no turno da tarde. Os locais de aplicação já estão disponíveis na página da FCC. A consulta é feita por meio do CPF do candidato.
A concorrência será grande: de 488 candidatos por cada chance oferecida. O cargo de técnico de seguro social foi o que mais recebeu cadastros, contando com mais de 90 mil participantes. De acordo com o edital de abertura da seleção, as remunerações variam entre R$ 4.496,89 e R$ 9.070,93 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.
Fonte: DN
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