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Vítima de uma agressão na saída do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), Cristiano Damasceno disse nesta terça-feira (14), em entrevista ao RJTV, que a confusão no terminal começou na porta do aeroporto, logo depois que um taxista fez uma piada com ele e seu companheiro. O homem teria zombado de sua orientação sexual, depois que ele se recusou a viajar em um táxi pirata.
"[A confusão começou] na saída da porta em que um desses taxistas estava e ele continuou insistindo e a gente disse não com uma voz mais firme e aí ele fez a piada", contou Cristiano, que teve alta médica na noite de segunda-feira (13). Ele estava internado no Hospital Santa Maria Madalena. Segundo Cristiano, ele sofreu ferimentos no maxilar e está com um corte na cabeça.
De acordo com a nota da Polícia Civil, diante da recusa dos passageiros, o motorista começou a ofendê-los, falando de sua orientação sexual. Houve troca de socos entre o taxista e um dos jovens. O outro jovem tentou separar a briga e os três acabaram caindo no chão. Um segundo taxista pirata apareceu e chutou o rosto do jovem que estava tentando separar os outros dois, ainda segundo informou a polícia.
O delegado informou que o primeiro taxista fugiu após a briga, mas foi encontrado pelos policiais no início da noite desta segunda-feira. O outro agressor foi detido instantes após a confusão.
Para Damasceno, a abordagem dos taxistas na saída do aeroporto foi agressiva. "A partir do momento que a gente recusou a primeira, a segunda, a terceira e a gente disse não e ele não gostou da gente ter dito não, já é agressiva a partir do momento em que você não tem o direito de escolha, como cidadão, do tipo de transporte que você vai tomar para você chegar a sua casa, seja de ônibus, de táxi, seja teu carro que esteja na garagem, a partir do momento que você não tem o poder de escolha que você é levado, que você é induzido. Então eu não me deixei induzir e estou pagando esse preço", disse.
Lesão corporal e tentativa de homicídio
O G1 tentou entrar em contato, nesta terça-feira (14), com o delegado Ricardo Codeceira, da Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio (DAIRJ) que está à frente das investigações. No entanto, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que ele não vai mais se pronunciar sobre o caso. Ainda segundo a polícia, o delegado informou que o caso está encerrado e que os dois agressores vão responder pelos crimes de lesão corporal e tentativa de homicídio.
Agressão a taxista que não era de cooperativa
Em julho de 2010, cinco taxistas foram flagrados pelas câmeras de segurança do aeroporto agredindo um motorista que não era da cooperativa. Eles respondem por tentativa de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e porque não deram chance de defesa à vítima.
As imagens mostram os agressores dando chutes e socos na cabeça da vítima, que fica desacordada, caída na rampa do setor de desembarque. O motivo da agressão seria porque a vítima, também taxista, teria deixado um passageiro e aceitado o embarque de outro, provocando a ira dos taxistas de cooperativas que fazem ponto no aeroporto.
Fonte: G1
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