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terça-feira, janeiro 31, 2012

Número de casos diminuI em Mossoró, mas risco de epidemia continua alto

mosquito_da_dengue_3Mossoró acompanhou a tendência nacional de redução de casos da dengue em janeiro deste ano em relação ao mesmo mês de 2011. O Departamento de Vigilância à Saúde confirma 16 casos este mês. Em janeiro do ano passado foram confirmados 100 casos. A chefe do Departamento, Alanny Medeiros, atribui essa queda à diminuição das chuvas este ano e ao trabalho de prevenção desenvolvido pelo órgão.
É que o período chuvoso favorece à proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, que se desenvolve em água parada e limpa, e em janeiro do ano passado choveu mais do que neste mês. Medeiros também atribui à redução a medidas de enfrentamento à doença durante o ano, que baixaram o Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa).
Esse índice mede o risco de infestação do mosquito, chegou a 6,9% em 2011 e caiu para 3,8%. O LIRAa É calculado na inspeção que os agentes de endemias realizam aos grupos de 100 residências de cada mil unidades habitacionais dos 28 bairros da cidade. Apesar da redução, Alanny Medeiros alerta que o índice continua alto e que o combate tem que ser constante.
"Estamos fazendo caravanas contra a dengue a cada 15 dias, nos bairros com maior índice de infestação", informa Medeiros, acrescentando que a população tem colaborado, mas precisa permanecer vigilante, já que os focos da doença surgem dentro das casas e que medidas simples, porém importantes, precisam ser tomadas de forma constante. 
PREVENÇÃO
O objetivo principal é evitar água parada. Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água; manter totalmente fechadas cisternas, caixas d'água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris; furar pneus e guardá-los em locais protegidos das chuvas; guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água.
Também é importante limpar periodicamente calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água; jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados; drenar terrenos onde ocorra formação de poças; não acumular latas, pneus e garrafas.
Outra dica é não cultivar plantas aquáticas; manter fossas sépticas em perfeito estado de conservação e funcionamento; não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos; lavar semanalmente por dentro com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água; evitar furos em sacos de lixo, entre outras medidas.
Segundo a coordenação nacional do Programa Nacional de Controle da Dengue, o número de casos de dengue no Brasil este mês diminuiu 60% em relação a janeiro do ano passado. Em janeiro de 2011 foram registrados 40 mil casos em todo o Brasil, enquanto este ano foram 16 mil. Somente Tocantins apresentou alta em janeiro.

Vigilância intensifica monitoramento contra a forma mais grave da doença

Além do reforço no combate à dengue devido ao período chuvoso, o Departamento de Vigilância à Saúde de Mossoró fará trabalho de isolamento viral para conhecer que tipo de vírus está circulando na cidade. É que foram registrados no Rio Grande do Norte casos de dengue do tipo 4, forma mais grave da doença.
"Mossoró não registrou nenhum caso de dengue do tipo 4, mas como foi registrado em outros municípios do Estado, vamos fazer esse trabalho aqui e redobrar os cuidados", observa Alanny Medeiros, acrescentando que o Departamento continua alerta devido ao alto risco de infestação do mosquito transmissor e a proximidade do início do período chuvoso.
Segundo ela, a meta da Vigilância à Saúde para este ano é continuar a reduzir o Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), tirando Mossoró da faixa de Alto Risco para, pelo menos, Médio Risco. Em 2011, foram notificados em Mossoró 3.600 casos de dengue e notificados 1.600.

Fonte: O Mossoroense

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