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sexta-feira, janeiro 27, 2012

Jovem morto tinha drogas em seu bolso

A Polícia Civil já tem uma linha de investigação para o assassinato do autônomo Willame Martins Damazio, que tinha 24 anos e foi morto a tiros na frente de sua casa, no bairro Paredões (zona norte), na noite de quarta-feira passada. A vítima estava com pedras de crack no bolso no momento em que foi atacada e a suspeita é que sua morte esteja relacionada ao consumo ou venda de entorpecentes. Já existem denúncias até de um possível suspeito, que está sendo investigado pelos policiais.
O crime aconteceu por volta das 20h do referido dia. Willame morava na Rua Anatália de Melo Alves, Paredões. Policiais militares estiveram no local e não conseguiram informações sobre como havia sido o crime.
Ele ainda chegou a ser socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não resistiu e morreu antes de chegar ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). A vítima havia sido atingida por dois tiros e morreu minutos depois.
Segundo o delegado Francisco Edvan Queiroz, responsável pela investigação, a suspeita é que o crime esteja relacionado a drogas. A vítima portava algumas pedras de crack no bolso no momento em que foi atacada. Os policiais querem saber se a droga era para venda ou para consumo.
Edvan disse que pretende começar a ouvir ainda nesta semana os primeiros depoimentos de parentes e amigos da vítima para afunilar a investigação. Os policiais da Primeira Delegacia de Polícia Civil já receberam informações sobre o crime e têm até o nome de um possível suspeito. "Recebemos essas informações através de denúncias anônimas e estamos averiguando", adianta Edvan.
Ontem, os policiais ainda foram à procura do possível suspeito para averiguar sua participação, mas não o encontraram. "A suspeita é que o crime possa ter relação com as drogas. Pode ser um caso de dívida ou de disputa, por exemplo. Tudo isso está sendo investigado. Com o depoimento dos familiares, é possível que a gente consiga outras informações que nos ajudem", diz Edvan.

Delegacia investiga todos os assassinatos
Esse foi o oitavo assassinato (até o início da noite de ontem) registrado em Mossoró em 2012 (média de uma morte a cada três dias, aproximadamente). Todos eles aconteceram na área de investigação da Primeira Delegacia de Polícia Civil, que fica situada no bairro Alto de São Manoel (leste).
A investigação de assassinatos em Mossoró é dividida por duas delegacias. Investigar esses crimes é atribuição da Primeira e da Segunda Delegacia de Polícia, situada no bairro Nova Betânia (zona sul). A divisão é feita geograficamente a partir da Estação das Artes Elizeu Ventania. É traçada uma linha imaginária que separa as zonas leste e oeste da cidade, dividindo a atribuição entre as duas DPs.
Coincidentemente, os oito homicídios registrados em 2011 são da área da Primeira.
O delegado Edvan Queiroz explica que essa grande incidência, em sua área, dificulta o trabalho. "Quando estamos investigando um crime, acontece outro e a gente paralisa a investigação para fazer os procedimentos do último que aconteceu", reclama.
Mesmo assim, o delegado afirma que boa parte das investigações está bem encaminhada e que os envolvidos deverão ser indiciados no fim do inquérito. Edvan não precisa quantos, mas afirma que "boa parte" está perto de ser esclarecida, referindo-se aos oito crimes os quais investiga, todos de 2012.
"Desses crimes ocorridos em 2012, boa parte tem a autoria conhecida pela Polícia. É preciso ainda, nesses casos, encontrar as provas necessárias para indiciá-los e concluir a investigação", explica o delegado.
Em alguns casos, a Polícia Civil tem somente o apelido do suspeito e isso ainda tem emperrado a conclusão do inquérito, segundo Edvan Queiroz. "Alguns precisam de mais informações. Têm só apelidos e não ajudam na localização", complementa.

Fonte: Defato

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