O número de casos registrados e de tratamentos para a hanseníase vem caindo no Brasil de forma geral, mas se mantém elevado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
No Brasil, a prevalência da doença foi de 1,24 caso para cada 10 mil habitantes em 2011. No Norte, a taxa é maior, com 3,28. No Centro-Oeste, 3,15. No Nordeste, 1,56.
Sul e Sudeste apresentaram taxas consideradas baixas, com 0,46 e 0,56, respectivamente.
Apenas 12 Estados tiveram índices mais baixos que a média do país. Mato Grosso (7,52), Tocantins (5,91) e Rondônia (4,19) ficaram entre os piores em ocorrências da doença.
De forma geral, a detecção de casos novos no Brasil caiu 15% entre 2010 e 2011.
Em 2011, houve a notificação de 30.298 novos casos de hanseníase. Desses, 2.192 são de menores de 15 anos.
ATRÁS SÓ DA ÍNDIA
O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, acredita que o Brasil pode alcançar a meta de menos de um caso para cada 10 mil habitantes em 2015. A meta seguinte é chegar a esse patamar em todos os Estados brasileiros.
Se confirmada a previsão de Barbosa, o Brasil chegaria à meta estabelecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) com 15 anos de atraso.
Segundo Barbosa, o Brasil foi conservador no combate à doença no fim dos anos 80 e início dos 90, sendo um dos últimos países a aderir ao atual tratamento contra a hanseníase. "Atrasamos, já poderíamos estar mais avançados", diz ele.
O país é o segundo em número absoluto de novos casos por ano, perdendo apenas para a Índia.
Neste ano, o governo federal pretende reforçar a busca ativa de novos casos, também em escolas, e garantir a cura com a continuidade do tratamento.
Municípios considerados prioritários no combate da hanseníase --252 no total-- receberam recursos da ordem de R$ 16,5 milhões.
Fonte: Portal Uol
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