Um estelionatário foi preso na tarde de hoje em Mossoró aplicando o golpe “Conto do Vigário”. José Ildo de Medeiros, de 28 anos, integrante de uma quadrilha que vem praticando o crime na saída de bancos da cidade, foi flagrado durante a ação criminosa. A última tentativa de aplicar o golpe contra um rapaz foi frustrada pela ação da polícia. José Ildo foi reconhecido por outras duas vítimas que alertaram a PM e possibilitaram a prisão em flagrante realizada por agentes da Força Tática.
De acordo com o delegado Regional, Odilon Teodósio, essa quadrilha já atua em Mossoró há algum tempo. O golpe conhecido como “Conto do Vigário” acontecia quando um cliente do banco sacava algum valor em dinheiro e era seguido até a porta da agência por um criminoso, geralmente uma mulher, que armava uma emboscada para tomar o dinheiro.
A última vítima do estelionatário, um jovem que preferiu não revelar o nome, conta que não desconfiou do golpe em nenhum momento. “Eu não desconfiei de nada. Quando a mulher me mostrou o envelope com dinheiro no chão, nós perguntamos se era dele e ele disse que iria me dar um brinde no valor de R$50. Na hora que ele chegou na loja para me entregar o brinde, a polícia chegou”, contou o rapaz.
A Polícia encontrou com José Ildo vários indícios do crime: cheques e cartões de crédito de terceiros, além de notas promissórias, dinheiro e objetos de valor que serviam para dar mais veracidade ao golpe. Um dos cheques encontrados com o estelionatário tinha a assinatura de Rosalvi Costa e Silva Ferreira, no valor de R$ 17 mil.
O nome e endereço fornecidos por José Ildo, não foram confirmados pela polícia, que desconfia que o criminoso tenha dado informações erradas pra dificultar as investigações. O delegado acredita que ele não agia sozinho e já tem pistas sobre os outros integrantes da quadrilha.
O acusado negou envolvimento com uma quadrilha e disse ainda que essa era a primeira vez que tentava aplicar o golpe.
O “Conto do Vigário”
O Delegado informou que o golpe funciona da seguinte forma. A mulher observava a quantidade de dinheiro que era retirada no caixa eletrônico por uma vítima escolhida aleatoriamente. A preferência era por mulheres e idosos, que eram acompanhados pela criminosa. Na saída, a mulher mostrava um envelope caído no chão com dinheiro, cheques e cartões de crédito e perguntava se pertencia à vítima. Quando a vítima respondia que não, a ela sugeria que os dois perguntassem ao criminoso, no caso José Ildo, se o envelope pertencia a ele.
Depois disso, o estelionatário, que supostamente seria o dono do envelope, prometia uma recompensa por terem encontrado seus pertences. Nesse momento, ele levava a vítima e a mulher a um local ermo e lá tomava todo dinheiro.
O delegado Odilon alerta a população para esse tipo de golpe, que pode ser evitado com um pouco de atenção. “As pessoas devem desconfiar de alguém que tenta dar alguma recompensa, principalmente na saída de um banco”, explica. O alerta vale para todos os usuários.
Fonte: O Câmara
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