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sexta-feira, janeiro 06, 2012

Agentes e presos quebraram uma parede para salvar 80 apenadas em Campina Grande/PB

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O relato é de um agente penitenciário do presídio feminino de Campina Grande, onde um incêndio acabou resultando na morte de duas presas, na tarde desta quinta-feira (24).  Na unidade prisional está sendo erguida uma estrutura considerável, em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com vistas a atividades de ressocialização das detentas. 

Na obra, trabalham 12 presos que cumprem pena no presídio do Serrotão, cujo complexo engloba o presídio feminino. Com marretas e picaretes em mãos, esses apenados e os agentes de plantão começaram a quebrar as paredes das celas. Havia 85 mulheres lá dentro, desesperadas com a fumaça no pavilhão. Logo chegaram agentes e diretores do presídio do Serrotão e da Penitenciária Padrão (Máxima), para ajudar no resgate. Em seguida vieram equipes do SAMU, Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Militar.  Tamires Faustino, 26 anos, e Ionelle da Silva, 22 anos, morreram carbonizadas. A perícia está investigando o caso, mas tudo indica que elas mesmas atearam fogo nos colchões “talvez para chamar nossa atenção, pois uma delas era bem impulsiva”, destacou o agente. 

Outras quatro presas foram levadas para o Hospital de Traumas de Campina Grande, enquanto que as demais foram atendidas no presídio. De acordo com a direção do presídio, não houve nenhum indício de motim entre as apenadas. 

Outro caso 

No presídio do Róger, em João Pessoa, agentes penitenciários também evitaram uma tragédia maior, durante o princípio de uma rebelião em outubro de 2009. Eles tiveram que quebrar as paredes para amenizar a matança protagonizada pelos próprios detentos.

Fonte: PB em QAP

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