Quatro traficantes internacionais foram presos pela Polícia Federal do Rio Grande do Norte após grande apreensão de drogas no aeroporto Internacional Augusto Severo. De acordo com o órgão, uma mulher foi flagrada, na madrugada desta quarta-feira (14), transportando 6,2 Kg da substância metilendioximetanfetamina (MDMA), usada para a fabricação de ecstasy. O material era suficiente para produzir pelo menos 30 mil comprimidos da droga.
Na manhã desta quinta-feira (15), o superintendente da Polícia Federal, delegado Marcelo Mosele, convocou uma entrevista coletiva para explicar a ação. Ele informou que a mulher de 30 anos foi descoberta após desembarcar no Rio Grande do Norte após sair de Amsterdã, na Holanda, e Lisboa, em Portal. “Muitas vezes os aeroportos brasileiros são criticados por não combaterem o tráfico de drogas de maneira eficaz. Mas esse é um exemplo que a fiscalização é difícil, pois essa mulher conseguiu passar por dois grandes aeroportos da Europa e não foi descoberta”, explica. Marcelo Mosele ressalta que a droga estava dentro de uma mala e camuflada entre as roupas.
A mulher presa é do Paraná e se disse vendedora comercial. Após o flagrante, os policiais a informaram dos benefícios que poderia obter caso aceitasse a delação premiada. Com isso, a acusada resolveu abrir o jogo e contou aos policiais federais quem seriam os donos da droga e informou onde eles estariam esperando.A partir daí, uma equipe da PF no RN, munida de mandado judicial, deslocou-se até a cidade do Rio de Janeiro, onde conseguiu prender quatro traficantes. Três paranaenses e um carioca, que não tiveram identidade revelada, foram detidos no bairro de Ipanema, no Rio. Os quatro, de acordo com o delegado Marcelo Mosele, serão trazidos para a sede da Polícia Federal no Rio Grande do Norte.
“Essa operação foi muito importante porque conseguimos prender, além da ‘Mula’, que é quem faz o transporte, mas também os donos da droga. Para se ter uma ideia, eles tinham vida confortável, tanto que moravam em bairros nobres e andavam em carros de luxo”, destaca o superintendente da PF.
Além da matéria prima da ecstasy, os policiais apreenderam no Rio de Janeiro um veículo Ford Fusion, mais de R$ 2 mil, notebook, aparelhos celulares e uma pequena quantidade de droga. Os crimes de tráfico internacional de drogas e formação de quadrilha podem resultar em uma condenação de até 15 anos de reclusão. O delegado Marcelo Mosele informou ainda que para a produção dos comprimidos de ecstasy os criminosos chegam a acrescentar outras substâncias, como cocaína ou gesso e veneno de rato. “Isso faz com que eles produzam muito mais e obtenham mais lucro. No entanto, os danos causados a saúde de quem consume são irreparáveis”, completa
Fonte: Portal BO
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