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quarta-feira, dezembro 21, 2011

Noruegueses condenados por usar o RN para ‘lavagem de dinheiro’

O Judiciário Federal do Rio Grande do Norte condenou três dos réus envolvidos na Operação Paraíso. Esse foi o segundo processo da referida operação que culminou com a sentença na Justiça Federal potiguar. Ainda há um terceiro processo tramitando na JFRN e aguardando julgamento.
Na sentença do Juiz Federal Walter Nunes da Silva Júnior, titular da 2ª Vara Federal, Trygve Kristiansen, Shahid Rasool e Michele Dantas Lovstad foram condenados pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. "As circunstâncias dos fatos revelaram, além de um alto grau de especialização da organização criminosa, a sofisticada estrutura de dinheiro, bens e pessoas de que dispunham, com conexões nacionais e internacionais", escreveu o juiz federal na sentença.
Para o magistrado, é expressiva a culpabilidade dos denunciados Shahid Rasool, Trygve Kristiansen e Michele Dantas Lovstad, "Tanto em vista do dolo intenso de cada qual, como por que, a qualquer título, promoveram, sem autorização legal, a saída de moeda ou divisas para o exterior, e lá mantiveram depósitos não declarados à repartição nacional competente, impedindo, por conseguinte, que os valores relativos às vendas dos imóveis situados neste Estado, alienados no exterior, em especial, na Noruega, fossem internalizados no Brasil e, respectivamente, declarados ao fisco", analisou.
A OPERAÇÃO
A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Polícia da Noruega, realizou em Natal uma operação para combater o crime de lavagem de dinheiro, oriundo do país europeu.
De acordo com a PF, foram cumpridos 11 mandados de prisão e 33 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Participaram da ação mais de 200 policiais federais de todo o País. Diversas prisões também foram efetuadas na Noruega.
A Operação Paraíso é fruto da mais longa e complexa investigação já realizada pela Polícia Federal no Rio Grande do Norte. As investigações começaram em janeiro de 2006 e envolviam um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro. 
Constatou-se que três grupos, de origem norueguesa, estariam entre os principais envolvidos no esquema de lavagem. A equipe desenvolvia suas atividades por meio de empreendimentos imobiliários. Os que mais se destacavam eram o Blue Marlin Apartments, na Praia de Ponta Negra, o Blue Marlin Village e o Cotovelo Resort & Spa, situados no Condomínio Barramares, na Praia de Cotovelo.
As investigações contaram com o apoio da polícia norueguesa e intermediação da Interpol. No Brasil, as investigações foram realizadas com apoio da Receita Federal e Ministério Público Federal.

Fonte: Defato

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