No último dia 23, o prazo de dez dias estimado pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) para que o fluxo de entrega de objetos postais fosse normalizado em todo o Rio Grande do Norte foi atingido. Entretanto, passados quase 20 dias após o fim da paralisação, o serviço de entrega ainda não foi totalmente regularizado pelos Correios e ainda há cerca de 400 mil objetos postais a serem entregues do total de 1,5 milhão acumulado no Estado durante a recente greve dos funcionários.
A dona de casa Maria José, que reside no bairro Santo Antônio, aguarda a entrega da fatura do cartão de crédito em atraso desde o mês passado. "Ainda não paguei o cartão porque a fatura ainda não chegou. Aguardei porque esperava que depois da greve a entrega fosse voltar ao normal. Mas não foi o que aconteceu e agora quem sofre é a população com as multas por atraso da conta", reclama a dona de casa.
Assim como a dona de casa Maria José, muita gente ainda espera pelo recebimento das correspondências em Mossoró. Na avaliação do vice-presidente da regional do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect), José Ferreira, foi uma grande irresponsabilidade da gestão ECT divulgar uma estimativa de apenas dez dias para normalização do serviço de entrega no Estado.
"Naquele momento nossa estimativa era de serem necessários 30 dias para regularização da entrega. Mas até semana passada tínhamos um número grande de objetos acumulados na Agência Regional de Mossoró dos Correios e deve permanecer assim por muito tempo, já que a mão de obra foi reduzida", afirma José Ferreira.
O vice-presidente do Sintect acredita que o serviço somente será normalizado integralmente quando houver contratação de novos carteiros. "Enquanto não contratarem no mínimo 20 novos carteiros a população vai amargar por muito tempo os atrasos das correspondências. Acredito que essa contratação deve ocorrer só no próximo ano, mas existem rumores que a ECT contrate apenas oito carteiros", revela José Ferreira.
De acordo com a assessoria de comunicação dos Correios, o planejamento da empresa para normalizar os serviços de entrega foi prejudicado por dois fatores. "Primeiro, a nova contratação de funcionários prevista para outubro foi adiada, mas deve ser feita ainda nesta semana. E segundo, a empresa que oferecia o serviço de funcionários terceirizados de regime de trabalho temporário cancelou o contrato antes do término. Assim, o cronograma foi prejudicado pela redução de funcionários", informa a assessoria de comunicação dos Correios.
Segundo a ECT, os funcionários estão trabalhando também nos finais de semana e feriados em regime de mutirão para compensar a paralisação dos trabalhos. "Tanto o pessoal que fizeram greve como os demais funcionários estão trabalhando nos finais de semana e feriado, inclusive no Dia de Finados haverá mutirão, objetivando reduzir o acúmulo de objetos postais que atualmente é de 400 mil no RN", finaliza a assessoria dos Correios.
Fonte: O Mossorense
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