O pedreiro José Gomes Neto, de 34 anos, foi encontrado morto, dentro de um carro, no início da manhã desta sexta-feira (18). Ele foi assassinado a tiros, provavelmente, durante a madrugada, quando estava em uma estrada carroçável no município de São Paulo do Potengi, distante de Natal cerca de 80 km.
O crime chamou atenção pela forma como aconteceu e provocou a curiosidade dos moradores da pacata cidade. Por volta das 9h30, quando o rabecão do Instituto Técnico-Científico de Polícia chegou ao local do homicídio, dezenas de pessoas estavam cercando o veículo abandonado na estrada.
De acordo com o cabo Calixto, da Polícia Militar de São Paulo do Potengi, o crime aconteceu na localidade conhecida como Alto do Potengi, bem próximo ao parque de vaquejada da cidade. Por volta das 6h30 da manhã de hoje, populares passaram pelo local e visualizaram a Parati, de placas MXJ-9470 e cor branca.
“Eles acharam estranho o carro está parado na estrada e na posição em que se encontrava, meio atravessado. Com isso, nos acionaram e fomos ao Alto, onde confirmamos que havia uma pessoa morta”, relata o policial. Inicialmente, a polícia não sabia se tratava-se realmente de um homicídio.
Isso porque as duas portas do veículo estavam fechadas e apenas era possível visualizar manchas de sangue no braço direito do homem. José Gomes Neto estava sentado no banco do motorista e, após sofrer os disparos, pendeu para o lado banco de passageiros. Com a chegada dos peritos do Itep, constatou-se que ele realmente foi morto a tiros.
Na perícia realizada no local, foi possível observar ferimentos a balas na cabeça, no peito e no abdômen da vítima. Um dos tiros chegou a transfixar e sair pelas costas de José Gomes. Além disso, os peritos observaram que os tiros foram efetuados a queima roupa, tendo em vista que nos pontos de entradas das balas o tecido da pela estava queimado.
No entanto, os profissionais do Itep não tiveram como identificar o calibre usado para assassinar o homem. Isso será descoberto após a necropsia na sede do Instituto Técnico-Científico de Polícia, na Ribeira, para onde o corpo foi levado e deverá ser liberado ainda nesta sexta-feira.
O homicídio será investigado pela Delegacia da Polícia Civil de São Paulo do Potengi. Um crime como esse é considerado atípico na cidade. Para se ter uma ideia, o último assassinado registrado naquele município aconteceu há seis meses.
Os familiares de José Gomes Neto estiveram no local onde o corpo dele foi encontrado. Maria das Dores, tia da esposa da vítima, declarou que a morte foi uma “injustiça” e destacou que o homem era trabalhador. Já a própria esposa foi para a delegacia da cidade e conversou com a reportagem.
Maria das Vitórias da Silva Gomes declarou que seu marido e a família moravam na comunidade Vila de São Tomé, na cidade de São Tomé, mas trabalhava como pedreiro em uma construção em São Gonçalo do Amarante. “Ele tinha vindo ontem de São Gonçalo para buscar o carro, que tinha conseguido vender. Meu marido saiu de São Tomé no caro e iria passar por São Paulo do Potengi, onde pegaria alguns amigos para levar para Natal”, disse a mulher.
Ela informou ainda que não sabe o que ter motivado a morte do marido e também afirmou que não conhecia esses amigos que ele encontraria. Questionada se José Gomes havia recebido algum tipo de ameaça recentemente, ela respondeu que não. Maria das Vitórias disse ainda que não acredita em assalto, tendo em vista que o marido não tinha recebido ainda o dinheiro da venda do carro.
Além disso, os policiais também observaram que a pessoa ou as pessoas que mataram o pedreiro não levaram nenhum de seus pertences. Tanto a carteira com os documentos como objetos pessoais foram encontrados dentro da Parati.
Fonte: Sentinelas do Apodi
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