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terça-feira, novembro 22, 2011

Comando da PM abre sindicância para apurar ameaça de policial a fotógrafa

A presidente do Sindicato dos Jornalista do Rio Grande do Norte (Sindjorn), Nelly Carlos, se reuniu na manhã desta terça-feira com o Comando Geral da Polícia Militar, para cobrar providências em relação à agressão sofrida pela repórter fotográfica do Diário de Natal Ana Amaral, antes do jogo entre América e Paysandu, no último domingo. Na ocasião, o comandante geral da PM, Coronel Francisco Araújo, informou que foi aberta uma sindicância para apurar os fatos. “Nós viemos cobrar providências por parte do comando da PM, para que seja identificado o policial que fez isso e que ele seja punido”, disse Nelly Carlos. 

De acordo com o coronel Araújo, o comando da PM vai apurar a conduta do policial que ameaçou a fotógrafa do Diário de Natal e ainda avaliar se outros policiais se excederam no trato aos torcedores. “O comando da PM não aceita, em hipótese alguma, essa conduta de ameaça e agressão. Primeiro porque a repórter estava trabalhando, no exercício da sua profissão e ainda com o agravante de ser uma mulher, ou seja, nada justifica um policial apontar uma arma para ela”, disse o coronel.

“O coronel Araújo demonstrou total interesse na apuração desse caso e deu liberdade para o sindicato acompanhar de perto todo o desenrolar do processo e nós iremos acompanhar”, disse a presidente do Sindjorn, Nelly Carlos. 

MEMORIA

A fotógrafa do Diário de Natal, Ana Amaral foi vítima de intimidação policial enquanto registrava imagens no entorno do estádio Nazarenão na tarde desse domingo(20), na partida entre América e Paysandu, em jogo válido pela última rodada do grupo E, no Campeonato Brasileiro da Série C. Na ocasião, ela flagrou a ação de pelo menos cinco policiais militares que agrediam um torcedor não identificado.

Segundo a fotógrafa, um dos policiais que estava escorado acompanhando a ação contra o torcedor pediu que ela parasse de registrar as imagens de forma agressiva. “ Ele não chegou a encostar em mim, mas foi muito grosso, mesmo depois de me identificar como uma profissional que registrava aquele momento”, disse.

Ana Amaral ainda revelou que tentou argumentar sobre a necessidade do registro da imagem, mas o policial que estava de colete, apontou a sua arma em direção a região da cabeça da fotógrafa insistindo mais uma vez que ela saísse.” Nesse instante eu parei de registrar, fiquei muito nervosa, comecei a chorar e sai do local com medo de uma atitude inconseqüente do PM”, disse a profissional de imprensa.

Fonte: DN

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