Depois de ficarem 50 anos separados, O casal de mosssoroense Irene Moura e Fernando Fernandes tiveram um final feliz. Após meio século sem se ver, os dois se reencontraram em 2002, passaram a morar juntos e, aos 80 anos de idade, resolveram oficializar o romance. A cerimônia de casamento ocorreu nesta terça-feira (15), na Igreja do Alto de São Manoel, em Mossoró, interior do estado.
Com uma vida marcada por coincidências, o casal possui a mesma idade, se casaram com outras pessoas na mesma época, tiveram dois filhos cada e ficaram viúvos. O noivo Fernando disse que sempre lamentou o fim do namoro, ocorrido em 1952.
“O namoro era recente e acabou porque eu me mudei de cidade e arrumei outro emprego. Naquela época, tudo era complicado. Cheguei a mandar cartas e visitar ela algumas vezes, mas o namoro acabou. Mas Deus nos uniu novamente porque tínhamos que terminar juntos”.
O reencontro ocorreu, segundo Irene, com a ajuda de uma pessoa conhecida do casal, que levou o bilhete com o número do telefone de Irene para Fernando - que morava em Messias Targino, localizado a 100 km de Mossoró.
“Estava nem uma fila esperando a minha vez, quando uma senhora puxou conversa comigo e disse que não via a hora de ser atendida para voltar para a cidade dela. Quando ela falou que era Messias Targino, lembrei que tinha ido à cidade uma vez quando tinha 20 anos. Comentei que o nome dele era Fernando e as coincidências começaram a acontecer”, lembra.
Na conversa, a mulher disse que Fernando, logo depois de ficar viúvo, comentou que não tinha esquecido um namoro que teve aos 20 anos e contou que nunca tinha beijado a namorada, que se chamava Irene.
Irene anotou seu nome e telefone em um pedaço de papel. “Dois dias depois ele me ligou. Gastou dois cartões telefônicos. Combinamos de ele vir aqui no dia 11, mas ele se apressou e chegou três dias antes do combinado”, contou. “Vivemos felizes nossos relacionamentos, mas nunca esquecemos um do outro”.
Segundo Irene, o pedido de casamento veio em comemoração aos dez anos de convivência do casal. “Um amor desses jamais deveria ficar sem ser oficializado”.
Fonte: DN
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