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quarta-feira, novembro 09, 2011
Caso Toinho será julgado nesta quarta
Depois de mais de um ano de tristeza, sofrimento e expectativa, familiares e amigos do empresário mossoroense Antônio Ildegardo Ferreira, "Toinho da Casa do Construtor", assistem hoje ao julgamento das duas pessoas apontadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual (MPE) como responsáveis pelo planejamento do crime. A filha do empresário, Flávia Ferreira Freire, e o seu marido, Francisco Ladenilton da Silva, "Joinha", serão julgados no Tribunal do Júri Popular, em Governador Dix-sept Rosado, às 8h.
Na acusação do Ministério Público atuarão o promotor Daniel Lessa e o advogado Kayo Gameleira, como assistente de acusação. A defesa do casal será feita pelo advogado Ildefonso Pascoal Júnior.
Toinho foi assassinado no dia 23 de maio do ano passado, quando estava com amigos e familiares em um sítio, no município de Governador Dix-sept Rosado. Ele foi surpreendido por um homem que se aproximou e pediu para beber água. Enquanto o empresário saia para buscar a água, o homem sacou uma arma e atirou várias vezes. Toinho morreu no local e o atirador fugiu, sem ser identificado.
O delegado Denys Carvalho da Ponte começou a investigar as circunstâncias do crime e descobriu que o empresário e a filha dele, Flávia Ferreira Freire, estavam no meio de uma disputa judicial envolvendo a venda de um imóvel pertencente à vítima. De acordo com a polícia, Flávia forjou uma procuração em nome do pai e vendeu um imóvel que valia cerca de R$ 500 mil. O pai teria descoberto a ação e entrou com uma ação judicial contra a filha.
Flávia e o marido foram presos no dia 30 de agosto do ano passado, depois que a Polícia Civil conseguiu informações que levavam ao envolvimento do casal na morte do empresário. Os dois negam qualquer participação no crime, mas Denys Carvalho disse que não tem dúvidas da culpabilidade de cada um no caso.
Pelas investigações, Flávia e o marido seriam responsáveis pelo planejamento do assassinato. Sobre o autor dos disparos que mataram Toinho, a polícia não conseguiu ainda esclarecer bem o caso nem chegar à prisão de algum suspeito.
Flávia responde a pelo menos três processos cíveis na Justiça potiguar, em que o pai é o autor da ação. No processo que apura o homicídio de Toinho, somente Flávia e o marido foram denunciados criminalmente pelo Ministério Público Estadual (MPE). Nenhuma pessoa consta no processo como responsável pelos tiros que provocaram a morte do empresário mossoroense.
Desde que foi presa, Flávia Freire está recolhida no Centro Provisório Feminino, em Mossoró. Em entrevistas anteriores, o delegado Denys Carvalho ressaltou a frieza da acusada de matar o próprio pai. Em todos os depoimentos que prestou, Flávia Freire negou envolvimento na morte do pai. O marido dela, Francisco Ladenilton, também assegura que não está envolvido na morte de Toinho da Casa do Construtor.
Amigos pedem justiça
Amigos e familiares de Toinho da Casa do Construtor enviaram à imprensa, na semana passada, uma carta, informando sobre a data do julgamento dos acusados do crime e reafirmando o desejo de justiça. Em agosto do ano passado, amigos e familiares fizeram uma passeata pelas principais ruas do Centro de Mossoró, pedindo agilidade na investigação sobre o crime e a prisão dos culpados.
Semanas depois, a filha do empresário e o marido foram presos, suspeitos de planejar o crime por causa de uma briga judicial entre pai e filha. Entre os familiares, uma dor duplicada, ao saber que uma pessoa da família era apontada como principal suspeita da autoria intelectual do assassinato.
Muitos amigos e pessoas da família prometeram comparecer ao julgamento dos acusados nesta quarta-feira, em Governador Dix-sept Rosado. Muitas pessoas que conheciam o empresário destacam seu lado bondoso e caridoso com amigos e familiares.
Fonte: Defato
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