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sexta-feira, abril 05, 2024

Ladrões levam R$ 150 milhões de caixa-forte nos EUA durante a Páscoa

Imagem de pátio da empresa de segurança GardaWorld na Califórnia — Foto: Reprodução/Google Maps


Ladrões entraram em uma caixa-forte no sul do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, e levaram cerca de US$ 30 milhões (cerca de R$ 150 milhões, na cotação atual), de acordo com uma reportagem do “Los Angeles Times” de quarta-feira (3).


O roubo aconteceu durante o domingo de Páscoa em uma unidade da empresa de segurança GardaWorld, na cidade de Los Angeles.


A comandante de Polícia Elaine Morales disse ao jornal que os ladrões conseguiram entrar tanto no prédio como no cofre onde o dinheiro era guardado. O jornal afirma que foram levados US$ 30 milhões, mas a polícia ainda não tem o valor exato do que foi roubado.



Foi criada uma força-tarefa com membros da polícia de Los Angeles e do FBI para investigar o roubo.


A rede NBC ouviu um funcionário da GardaWorld, que falou com a condição de não ter sua identidade revelada. Ele disse que a segurança da caixa-forte roubada é reforçada e que o fato de os ladrões terem conseguido levar o dinheiro, mesmo com o alarme, é chocante.


Em conversa com o "Los Angeles Times", pessoas ligadas à investigação afirmaram que os ladrões entraram pelo telhado, mas ainda não se sabe como eles conseguiram desativar a maioria dos alarmes --um dos alarmes soou, mas esse não era conectado à polícia. Os ladrões chegaram a tentar entrar por um dos lados do prédio.


A empresa só se deu conta de que havia sido roubada na segunda-feira após a Páscoa e só depois disso as autoridades foram avisadas.


O "Los Angeles Times" afirma também que poucas pessoas sabiam que no cofre havia muito dinheiro.


O roubo foi descrito como elaborado, e que, provavelmente, foi executado por uma equipe experiente, que sabia como entrar em uma caixa-forte sem ser detectada.


Fonte: g1

Passados 6 meses, polícia do Rio conclui que 5 criminosos que atacaram médicos em quiosque da Barra da Tijuca foram mortos

Médicos baleados na Barra da Tijuca; 3 morreram — Foto: Reprodução / TV Globo


As investigações sobre um crime que chocou o Brasil devem ser concluídas nos próximos dias. Na madrugada desta sexta-feira (5), completa 6 meses que 4 ortopedistas foram atacados por traficantes em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Três dos médicos morreram na ocasião.


Investigadores da Delegacia de Homicídios descobriram que os 4 traficantes que atacaram os ortopedistas morreram nos dias seguintes ao crime - assassinados por ordem de chefes da facção criminosa. Um 5º participante do crime morreu cerca de 1 mês e meio depois, durante um assalto.


Agora, eles analisam todo o material colhido com as quebras de sigilo, obtidas com autorização judicial, para definir qual o chefe do Comando Vermelho mandou matar, na noite seguinte ao crime, 4 dos executores.



Os médicos foram mortos porque os traficantes confundiram um deles, o médico Perseu Ribeiro Almeida com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa.


Filho de miliciano, conhecido como Taillon (à esquerda), era, segundo a polícia, o alvo e foi confundido com o médico Perseu (à direita) — Foto: Reprodução


Taillon é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio. Taillon e Dalmir foram presos pela Polícia Federal em outubro de 2023.


As investigações da DH apontam que realmente houve a confusão. Os traficantes pensaram que o médico Perseu Ribeiro Almeida era Taillon.


A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (31) o miliciano que tinha sido confundido com um dos médicos assassinados por traficantes na Barra da Tijuca, no Rio — Foto: JN


Perseu e outros três médicos participavam de um congresso que acontecia em um hotel em frente.


Quem são os 3 mortos?

Marcos de Andrade Corsato, 62 anos. Médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Morreu na hora.


Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos: Especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Fez aniversário na terça (3). Morreu na hora.


Diego Ralf Bomfim: tinha 35 anos e morreu no Hospital Lourenço Jorge após ser socorrido. Era especialista em reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Ele era irmão da deputada Sâmia Bomfim.


Quem foi o sobrevivente?


Daniel Sonnewend Proença, 32 anos: Formado pela Faculdade de Medicina de Marília em 2016, é especialista em cirurgia ortopédica. Foi levado com vida para um hospital com 14 tiros e seria transferido para uma unidade particular. O estado dele era estável na manhã desta quinta.


A execução dos criminosos

Ao saber da confusão dos criminosos, a facção Comando Vermelho decidiu por executar todos que participaram do ataque aos médicos.



Na noite seguinte, quatro deles foram executados: três deles estavam no carro que parou ao lado do quiosque e desceram para atirar contra os médicos. Um deles, Ryan Nunes de Almeida foi o responsável, segundo a polícia, por atirar em Perseu, achando que se tratava de Taillon.


Ryan, Thiago Lopes Claro da Silva e Pablo Roberto da Silva dos Reis foram mortos na comunidade da Chacrinha, na Zona Oeste do Rio. Eles integravam a chamada equipe Sombra e monitoravam Taillon há meses.


Depois que os criminosos mataram os médicos achando que estavam o atacando, Taillon foi preso, no fim de 2023. Ele já tinha sido detido em uma operação, no fim de 2020.


Philip Motta Pereira, o Lesk (E), e Ryan Nunes de Almeida, o Ryan (D), encontrados mortos e suspeitos da execução de médicos — Foto: Reprodução/TV Globo


O mandante do ataque, Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, estava no Complexo da Penha. Lesk foi morto na mesma noite na comunidade da Zona Norte do Rio.


O único poupado naquela noite pela facção foi o motorista do veículo, Elias Thiago Reis, de 24 anos, conhecido como Militão.


Escapou da facção mas, segundo as investigações, acabou morrendo enquanto tentava cometer outro crime. Em 22 de novembro de 2023, 47 dias depois de dirigir o carro com os traficantes que mataram os médicos, Elias Thiago Reis, de 24 anos, pilotava uma moto e tentou roubar um veículo no Recreio dos Bandeirantes.


O motorista do carro, em movimento, percebeu a ação dos assaltantes e jogou o carro contra eles. O veículo capotou e a moto tombou. Um assaltante fugiu. Militão ficou ferido e morreu a caminho do hospital. Ele tinha de 16 passagens pela polícia.


Quebras de sigilo, com autorização judicial, levaram a DH a descobrir que o celular de Militão estava na orla da Barra da Tijuca, próximo ao quiosque, na noite do ataque aos médicos.


Agora, a DH analisa todo o material que chegou com as quebras de sigilo telemático. A ideia agora é tentar descobrir quem determinou a execução dos traficantes. A suspeita recai sobre os chefes da facção que estão em liberdade.



Um dos suspeitos investigados pela execução dos criminosos é o traficante Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW. A polícia já sabe que ele estava baleado no dia da execução dos traficantes, o que coloca em dúvida se ele mandou ou não matar os integrantes da quadrilha.


fonte: g1

Fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró chegam ao RN e ficarão presos em celas separadas

Fugitivos de presídio federal em Mossoró, em imagem após a recaptura — Foto: Reprodução


Os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, recapturados no Pará, chegaram ao Rio Grande do Norte na madrugada desta sexta-feira (5). Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram levados de avião até o estado e desembarcaram em Mossoró.


Os fugitivos retornaram para o presídio de Mossoró, que teve a segurança reforçada e a direção trocada. Os dois ficarão em celas separadas e sob constante monitoramento, segundo o Ministério da Justiça.


As buscas pelos fugitivos duraram 50 dias. A recaptura aconteceu na tarde de quinta-feira (4), durante uma operação da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).



Rogério e Deibson fugiram da prisão no dia 14 de fevereiro. Nesta quinta-feira, a polícia localizou os fugitivos a mais de 1.600 km de distância de Mossoró.


Os dois fugitivos ficaram em silêncio durante depoimento à PF, após a recaptura. Por volta das 21h30, ambos deixaram a delegacia de Marabá e foram encaminhados até o aeroporto da cidade.


A aeronave da PF decolou do aeroporto de Marabá por volta das 22h de quinta-feira, chegando a Mossoró à 1h30 desta sexta-feira.


Após o desembarque, os fugitivos seguiram para o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), onde fizeram exames de corpo de delito.


Fuga


Rogério e Deibson fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro, uma Quarta-Feira de Cinzas. Os dois presos, originalmente do Acre, estavam na unidade desde setembro de 2023 e são do Comando Vermelho.


A fuga dos detentos foi a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda as penitenciárias de Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).


Para deixar a cadeia, os detentos abriram uma passagem atrás de uma luminária do presídio e cortaram duas cercas de arame. Segundo as investigações, eles usaram ferramentas de uma obra que estava sendo feita na penitenciária.


Após a fuga, autoridades locais e federais criaram uma força-tarefa para capturar os fugitivos. O grupo incluiu agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do estado.


Logo nos primeiros dias de fuga, Rogério e Deibson invadiram casas e fizeram uma família refém. Além disso, a PF informou que uma facção criminosa teria ajudado os fugitivos a pagar R$ 5 mil ao dono de uma fazenda que auxiliou na fuga.


A dupla conseguiu deixar o Rio Grande do Norte e, no dia 18 de março, usou um barco pesqueiro para viajar de Icapuí (CE), a 202 km de Fortaleza, com direção à Ilha de Mosqueiro, em Belém do Pará.



A viagem pela costa brasileira durou seis dias, e os fugitivos chegaram a Belém no dia 24 de março.


Bastidores da prisão


A TV Globo apurou que, por volta das 10h da manhã desta quinta, um delegado da PF informou a PRF em Marabá que os fugitivos passariam pela cidade de Tailândia (MA), a 300 km de Belém.


A polícia, então, começou a fazer o acompanhamento dos criminosos. Quando eles se aproximaram de Morada Nova, a 25 km de Marabá, os policiais fecharam dois lados de uma ponte, na BR-222.


Um fugitivo estava em um carro, e o outro em um segundo veículo. Um terceiro carro, que dava apoio aos criminosos, também foi parado. Além dos fugitivos, quatro homens que os auxiliavam a fuga foram presos nesta quinta.



Com o grupo, foram apreendidos um fuzil com dois carregadores, dinheiro e oito celulares. O Ministério da Justiça afirmou que os fugitivos queriam ir para o exterior.


Segundo um levantamento da GloboNews, apenas com as forças federais, a operação de busca custou R$ 2,1 milhões aos cofres públicos.


Fonte: g1

Reduzir número de agentes na busca por fugitivos de Mossoró fez parte da estratégia de recaptura

Fugitivos de Mossoró são recapturados — Foto: Divulgação/PF


A desmobilização das tropas ostensivas em Mossoró (RN) fez parte da estratégia para recapturar Rogério Mendonça, de 35 anos, e Deibson Nascimento, 33 anos, os primeiros a fugir de um presídio federal no Brasil. Os dois foram presos na quinta-feira (4) em Marabá, no Pará, após 50 dias de buscas. Eles estavam a 1,6 mil quilômetros do local da fuga.


Para os investigadores, a expectativa era a de que, ao anunciar a diminuição do efetivo, os fugitivos relaxassem, tentassem se deslocar e, com isso, facilitassem a recaptura.


A Força Nacional encerrou a participação nas buscas no dia 29 de março.



O trabalho de inteligência já havia identificado que eles tinham um celular, mas que era ligado só de vez em quando e por pouco tempo, o que dificultava a localização por meio das antenas telefônicas. Também já haviam identificado o apoio de facções criminosas.


Na prisão, a polícia aprendeu com a dupla e os quatro criminosos que os estavam escoltando oito celulares. O grupo estava em três carros. Além dos aparelhos, foi apreendido um fuzil com dois carregadores, dinheiro em espécie e um cartão de crédito.


Celulares, dinheiro e arma encontrado com fugitivos de Mossoró no Pará — Foto: Reprodução/PRF


A adoção desse procedimento não foi consensual, em um primeiro momento, pelo risco do desgaste de passar a mensagem de fracasso das buscas. No entanto, os custos da manutenção das tropas na região contribuíram para a escolha desse caminho.


A partir desse momento, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) passaram a focar em ações de inteligência.


O deslocamento permitiu que os investigadores rastreassem as antenas de celular.


De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, um "verdadeiro comboio do crime" estava se deslocando para sair do país. O local para onde eles seguiam para tentar cruzar a fronteira não foi revelado.


Fonte: g1