Páginas

terça-feira, novembro 22, 2022

Costa Basileira: Mossoró possui maior área de salicultura do país

Com 7.491 quilômetros, a costa brasileira coloca o país entre os 20 países com maior litoral no mundo. Com o auxílio de imagens de satélite e recursos de inteligência artificial, o MapBiomas fez um raio-X desse território, que engloba praias, dunas, manguezais, apincus e áreas de aquicultura e salicultura. Também foram mapeados municípios no interior do Brasil com grandes areais. Os números mostram uma relativa estabilidade nessas formações naturais, com alguns ganhos em manguezais e a mesma tendência de perda de praias e dunas.



A boa notícia vem dos manguezais, que se estendem por toda a costa brasileira do Amapá até Santa Catarina. Entre 1985 e 2021, sua área total expandiu-se 4%, passando de 970 mil hectares para mais de um milhão de hectares (1.011 Mha). Os estados Amapá, Pará e Maranhão respondem por 80% da cobertura de manguezais do país e sua configuração explica esse bom resultado.


Os manguezais do norte crescem sob um regime de macromaré, cujo nível de água tem variação diária superior a 4 metros, e desenvolvem-se sobre uma planície de lama que chega a medir 30 km de largura, ocupada por árvores de até 30 m de altura, afirma Pedro Walfir, da equipe de mapeamento da zona costeira do MapBiomas. Esse tipo de cobertura natural torna este ecossistema naturalmente resiliente às mudanças antrópicas.


O mangue é berçário de inúmeras espécies marinhas: 70 a 80% dos peixes, crustáceos e moluscos que a população consome precisam desse bioma em alguma fase de suas vidas. Diversas espécies de peixes economicamente importantes utilizam os mangues como área de reprodução e depois voltam para o mar. Os manguezais também são importantes para proteger a costa da erosão marinha.


Entre as formações naturais sobre as quais o mangue se expande estão os apicuns - superfícies dinâmicas, hipersalinas e associadas ao regime de marés. Entre 1985 e 2021, os apicuns passaram de 57 mil para 54 mil hectares de área no Brasil. O Maranhão concentra aproximadamente 60% da superfície de apicuns do país.


A maior parte de sua área (70%) encontra-se dentro de alguma das 340 Unidades de Conservação da Zona Costeira Brasileira. Apesar disso, entre 1985 e 2021, 1,3 mil hectares de apicuns foram convertidos para atividades de aquacultura que, junto com os 531 hectares perdidos para infraestruturas urbanas, representa o principal risco para este tipo de formação natural. “Apicuns, assim como os manguezais, são localmente dinâmicos, intercalando perdas e ganhos de magnitude aproximadas ao longo da série temporal. São processos de transformação natural”, explica César Diniz, da equipe de mapeamento de zona costeira do MapBiomas. “Porém quando há a conversão para infraestrutura urbana ou aquacultura, essa dinâmica é interrompida: não há volta para a formação original”, completa.



Mossoró possui maior área de salicultura do país


A aquicultura foi a ocupação da zona costeira brasileira que mais cresceu nos últimos 37 anos: ela teve um aumento de 36% entre 1985 e 2021, passando de 36 mil hectares para 56 mil hectares no país.


A atividade expandiu-se principalmente sobre superfícies de água (28%), mosaico de agricultura ou pastagem (25%) e formação savânica (14%), com nítida preferência por regiões não vegetadas, como apicuns ou, quando vegetadas, de porte arbustivo.


Dois estados, Rio Grande do Norte, com 67%, e Ceará, com 15,4% concentram 82% da área de salicultura / aquicultura no Brasil.


Mossoró, segunda maior cidade potiguar, possui a maior área de aquicultura/salicultura no país: aproximadamente 11 mil hectares -- o dobro da área urbanizada do município.


Praias, dunas e areais perdem 15% de área


O cenário de praias e dunas arenosas sem cobertura vegetal é distinto: com 47% de sua área está em unidades de conservação, as quais minguaram de 457 mil hectares, em 1985, para 389 mil hectares em 2021 -- uma retração de 15%. Entre os vetores que levaram a essa perda de 68 mil hectares está a pressão do mercado imobiliário e o consequente avanço de infraestruturas urbanas (11%), a silvicultura (7,4%), as pastagens e mosaicos de agricultura e pecuária (10%).


“Essa perda é preocupante porque praias e dunas têm papel estratégico no controle da erosão costeira e preservação da biodiversidade”, explica César. “A praia e a duna normalmente protegem os manguezais das ações das ondas, criando um ambiente calmo, onde a lama pode ser depositada e colonizada pela vegetação de mangue”, detalha.


Os Lençóis Maranhenses e o Cordão Dunar do Rio Grande do Sul são as duas feições arenosas contíguas de maior extensão no Brasil. Juntos, eles respondem por 51% da extensão de praias e dunas do país. Porém não há areais e dunas apenas no litoral: segundo o MapBiomas, dos 10 municípios com maior extensão desse tipo de cobertura, dois ficam no interior do país - Pilão Arcado e Xique-Xique, ambos na Bahia. O município líder é Barreirinhas, no Maranhão.


 


Sobre MapBiomas


Iniciativa multi-institucional, que envolve universidades, ONGs e empresas de tecnologia, focada em monitorar as transformações na cobertura e no uso da terra no Brasil, para buscar a conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais, como forma de combate às mudanças climáticas.


Esta plataforma é hoje a mais completa, atualizada e detalhada base de dados espaciais de uso da terra em um país disponível no mundo. Todos os dados, mapas, métodos e códigos do MapBiomas são disponibilizados de forma pública e gratuita no site da iniciativa.


Fonte: Defato

Paciente no RN completa um ano internado a espera de cirurgia cardíaca; 'Situação do meu pai é grave', diz filha

Um paciente potiguar que aguarda uma cirurgia cardíaca na rede pública de saúde completou, nesta terça-feira (22), um ano internado em um leito de enfermaria do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).


Paciente está internado há um ano no Hospital Universitário Onofre Lopes — Foto: Divulgação


O caso chegou a ser judicializado pela família, garantindo o recurso desde agosto para o procedimento, mas até o momento, Joaquim Rodrigues Rebouças, de 62 anos, ainda não passou pela operação.


Em nota, o Hospital Onofre Lopes informou que a demora se deu por dificuldade de comprar os insumos no mercado. Apesar disso, garantiu que o material foi adquirido e que a cirurgia ocorrerá nos próximos dias (veja a nota completa mais abaixo).



Com histórico de problemas cardíacos, Joaquim Rodrigues passou mal em casa em novembro do ano passado, apresentando fortes dores no peito e suor frequente e precisou ser internado.


Ele foi levado inicialmente à Unidade de Pronto-Atendimento Pajuçara, na Zona Norte, e depois seguiu para o Hospital Municipal, onde chegou a ser internado na UTI.


Internação no HUOL

Durante a bateria de exames, a família descobriu que o problema apresentado foi a dissecção de aorta, uma membrana quase rompida no coração. Foi então que ele foi internado no HUOL , há um ano, para esperar uma cirurgia que vai colocar uma prótese biológica para substituir a artéria lesionada. Ele corre risco de vida e por isso a internação é necessária até o procedimento.


"Cada dia é mais uma dia e a gente sem saber o que nos espera. E a situação do meu pai é grave. Ele quer ir para casa, está há um ano dentro do hospital e a cirurgia não foi feita. E aí qual a segurança que a gente tem de ir pra casa e não conseguir essa cirurgia?", lamenta a filha do paciente, Amanda Rebouças.


A família entrou na Justiça para realizar o procedimento desde o fim de 2021 e perdeu a ação contra o estado, mas ganhou a contra a União, uma vez que o HUOL é um hospital federal, pertencente à UFRN.


Na decisão, a Justiça determinou a realização do procedimento cirúrgico e bloqueou os valores necessários. Apesar disso, a cirurgia ainda não foi realizada.


"Quando a gente chegou, a programação era fazer a cirurgia. Ele todos procedimentos que precisava, estava pronto para fazer a cirurgia, e começaram a adiar, adiar. A gente perguntou e eles disseram que era o material [o problema], que é essa próptese biológica", disse a filha.


"O dinheiro [da decisão judicial] está garantido desde agosto. Eles diseeram que não encontravam fornecedor, mas, pra mim, não justifica. Eles enviaram que fizeram a compra, nas não disseram nada de compra e nem me informaram nada do processso. O que eu sei é que meu pai está há um ano internado".


O que diz o HUOL

Em nota, o Hospital Universitário Onofre Lopes informou que a demora ocorre pelo procedimento demandar material médico que não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Segundo o HUOL, após o caso ser judicializado, o que garantiu os recursos para a cirurgia, tanto a unidade quanto a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) encontrarm dificuldade para aquisição do insumo necessário, pela escassez no mercado.



O hospital garantiu ainda que a aquisição do material está garantida e espera a entrega por parte do fornecedor ainda nesta semana para marcar a cirurgia.


Fonte: g1

PL apresenta relatório e pede invalidação de votos sem apresentar provas de fraude; TSE ordena que partido se manifeste também sobre o 1º turno

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, entrou nesta terça-feira (22) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições.


Sem apresentar qualquer prova de fraude, o PL pediu a invalidação dos votos de mais de 250 mil urnas.


O partido entregou ao TSE um relatório elaborado por uma consultoria privada, que alega que as urnas anteriores ao modelo 2020, cerca de 60% do total utilizado nas eleições, têm um número de série único, quando, na opinião da consultoria, deveriam apresentar um número individualizado, porque somente assim, afirma o relatório, seria possível fazer uma auditagem.


O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, durante evento em que apresentou à imprensa a auditoria encomendada pelo partido — Foto: REUTERS/Adriano Machado


Mas todas as entidades fiscalizadoras atestam que a ausência desse número de série não significa que os resultados estejam comprometidos ou que não seja possível associar os boletins a cada urna, uma vez que esse número não é a única forma de identificação, nem o que confere autenticidade à urna.


Cada urna eletrônica, mesmo as dos modelos mais antigos, possui um certificado digital único. Esse certificado não se repete e é usado para assinar digitalmente os arquivos de cada urna. Isso permite a verificação individual dos equipamentos e do sistema que é rodado nas urnas.


No relatório, o PL não pede a invalidação das mesmas urnas que também foram usadas no primeiro turno, quando o PL elegeu a maior bancada da Câmara dos Deputados e quando foram eleitos os governadores de 26 estados e do Distrito Federal, além de senadores.


Todos os modelos de urnas utilizados nas eleições deste ano passaram por mais de dez etapas de testes, de verificação e inspeções. Essas análises foram realizadas interna e externamente, envolvendo especialistas das mais diversas áreas e entidades.


Após as eleições, entidades fiscalizadoras nacionais e observadores internacionais já atestaram a integridade e segurança das urnas e do sistema eleitoral.



O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, deu prazo de 24 horas para que o PL apresente os dados completos, inclusive do primeiro turno, já que ambos usaram as mesmas urnas. Se o partido não cumprir, a ação pode ser rejeitada pelo TSE.


Fonte: g1

Comissão da Câmara vai encaminhar à equipe de transição relatório que aponta 'inaptidão técnica, aversão ao diálogo e improviso' no MEC de Bolsonaro



A comissão externa da Câmara que acompanha os trabalhos do Ministério da Educação (MEC) apontou que a gestão da pasta sob o governo de Jair Bolsonaro foi marcada por "inaptidão técnica, aversão ao diálogo e improviso".


O colegiado aprovou nesta terça-feira (22), de forma simbólica, o relatório final que será entregue ao governo de transição. O parecer de 78 páginas examinou 23 políticas na Educação entre 2019 e 2022.


O documento indicou ainda redução de recursos para as políticas educacionais e desmonte de diversos programas – como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade Para Todos (Prouni), o Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Proinfância.


"A análise dos programas conduzidos pelo MEC na atual gestão indica que inaptidão técnica, aversão ao diálogo e improviso fizeram parte do modus operandi do MEC durante a gestão Bolsonaro."


O parecer também mostrou fragilidades na coordenação do ministério para a elaboração do novo currículo do ensino médio e das provas do novo Enem, além de dificuldades para implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).


De acordo com a análise, as falhas na gestão deixaram ainda mais distantes as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) – lei que determina 20 metas e as políticas públicas que devem ser alcançadas pelo país até 2024.



Por exemplo, o atendimento da educação integral hoje é ofertado por apenas 7% das escolas públicas de ensino médio – muito distante da meta do PNE, de 50%.


"Me parece que é muito simbólico e oportuno que essa comissão encerre seu trabalho oficial fazendo a entrega desta análise tão profunda e cuidadosa da nossa educação à equipe de transição, que já nos procurou para receber esse relatório porque eu tenho certeza que vai ser um primeiro passo muito importante para a gente dar início à reconstrução tão necessária da educação pública no nosso Brasil", disse a relatora do grupo, deputada Tábata Amaral (PSB-SP).


A comissão responsável pelo relatório foi criada em 2019 e, ao longo de quatro anos, apresentou outros pareceres analisando a gestão do MEC sob Bolsonaro.


No documento apresentado em abril, os parlamentares já apontavam que o Inep, órgão responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), estava "enfraquecido" e com queda no orçamento no governo Jair Bolsonaro.


Orçamento

A análise do documento no que diz respeito aos recursos repassados para educação apontou para "a falta de prioridade das políticas educacionais, para além de agudas instabilidades no manejo do orçamento, inviabilizando de forma considerável o planejamento e a execução das políticas públicas".


Segundo o relatório, o MEC "perdeu protagonismo na execução orçamentária de programas, ações e investimentos".


Diante dessa falta de protagonismo da pasta, o relatório afirmou que há "dependência excessiva" de emendas parlamentares e do chamado orçamento secreto nas despesas com educação. E isso se deu, de acordo com o parecer, por causa da "redução drástica" de investimentos na área.


No orçamento das despesas discricionárias da pasta, R$ 1,5 bilhão advém de emendas parlamentares, um valor 10 vezes maior que o de 2015.


"O MEC perde protagonismo duplamente na gestão Bolsonaro em relação às despesas discricionárias: seja pela redução drástica dos investimentos, seja porque mesmo com montante menor de recursos nestas despesas, cresce o peso das emendas parlamentares, especialmente as do 'orçamento secreto'", disse o documento.


Os parlamentares destacam também que, com o orçamento secreto, os repasses ficaram a critérios de acertos informais e não transparentes dos parlamentares com o relator-geral do Orçamento.


"Este cenário de descaso com o orçamento da educação é coerente com a fragilidade na condução das políticas educacionais", afirmou o parecer.


Desmonte dos programas

Ainda segundo o documento, houve redução dos valores na merenda, do transporte escolar, da aquisição de materiais didáticos, assim como nos valores autorizados para o Fies.


De acordo com o parecer, "o desmonte da educação pode ser observado nos diversos programas que foram deixados à míngua".


Entre os programas mencionados, estão:


o Fies: apenas 8% das matrículas na rede privada são firmadas hoje a partir desse financiamento – o percentual em 2014 era de 53%;

o Prouni: queda de quase 30% no oferecimento de vagas, de 2020 para 2021, além de redução dos valores repassados para a assistência ao estudante do ensino superior. O que, segundo o parecer, "põe em risco o acesso dos alunos de baixa renda ao ensino superior federal";

o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): os valores per capta estão desatualizados pela inflação acumulada – atualmente, é de apenas R$ 0,36 para os ensino fundamental e médio, com o último reajuste em 2017.;

e os projetos de valorização da diversidade, de promoção dos direitos humanos e de inclusão: os recursos destinados a essas iniciativas não existem mais desde 2019;


Segundo o presidente da comissão, Felipe Rigoni (União-ES), ao longo dos quatro anos, os deputados perceberam a "absurda dificuldade" de o MEC em conseguir coordenar as ações da área.


"O orçamento vem diminuindo há alguns anos, há quatro anos ele vem diminuindo consistentemente, e a execução desse orçamento é ridiculamente ruim. Não só o dinheiro disponível está cada vez menor, mas a execução por falta de projeto, de gestão, de técnica, de operação, não tem sido feita com a destreza adequada", disse o deputado.


"Nós vamos precisar de muito esforço para reconstruir a educação brasileira, que foi sim muito prejudicada ao longo desses quatro anos", concluiu Rigoni.


Fonte: g1

MPE denuncia Roberto Jefferson e a filha Cristiane Brasil por ofensas contra a ministra Cármen Lúcia

O Ministério Público Eleitoral ofereceu denúncia contra o ex-deputado federal Roberto Jefferson e a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha dele, por uma série de ofensas feitas contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Roberto Jefferson emocionado ao lado da filha Cristhiane Brasil, ao voltar à Câmara 11 anos após ter o mandato cassado no escândalo do mensalão. — Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo


De acordo com o documento, assinado pela promotora eleitoral Annunziata Alves Iulianello, em 21 de outubro, Cristiane Brasil e o pai ofenderam a ministra “em razão de suas funções, ofendendo-lhe a dignidade e decoro”. Os dois foram denunciados por injúria ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).


Cristiane, nas eleições de 2022, foi candidata ao cargo de deputada federal por São Paulo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). As defesas de Cristiane e Roberto não foram encontradas.



Na publicação no Twitter, segundo, a promotor, Cristiane compartilhou um vídeo de Roberto Jefferson xingando a ministra do STF e do STE.


“Indignação! Depois tem quem diga que ele exagera, que não tem razão. ah não? O que aquela bruxa horrorosa fez foi digno de alguma punição severa! Tipo impeachment! Mas o escr*to do Pachecuzinho querendo ser ministro não vai fazer JAMAIS”, escreveu.


No vídeo publicado, Jefferson ofendeu “gravemente a honra” de Cármen Lúcia, segundo a promotora, com insultos relacionados ao exercício da função de magistrada.


“Eu tô indignado. Não consigo. Fui rever o voto da Bruxa de Blair, da Cármen Lúcifer na censura prévia à Jovem Pan. Olhei de novo. Não dá para acreditar. Lembra mesmo aquelas prostitutas, aquelas vagabundas arrombadas.”


Roberto Jefferson em presídio no Rio — Foto: Montagem/g1


Outros trechos dos insultos foram colocados na denúncia pela promotora.


“Bruxa de Blair. É podre por dentro e horrorosa por fora. Uma bruxa. Uma bruxa. Se puser um chapéu bicudo e uma vassoura na mão, ela voa. Deus me livre dessa mulher que tá aí nessa latrina que é o Tribunal Superior Eleitoral.”


Uma representação do Ministério Público Eleitoral ao Tribunal Superior Eleitoral determinou a remoção do vídeo, na ocasião.


Em 23 de outubro, o Twitter suspendeu a conta dela. Antes do perfil ser retirado do ar, ela pedia que os seguidores fossem ao endereço do pai para defendê-lo após os tiros que ele disparou contra agentes da Polícia Federal antes de ser preso.



A promotora descreveu que deixa de oferecer proposta de transação penal, um acordo com o MP em casos de infrações de menor potencial ofensivo no qual o acusado aceita cumprir pena antecipada de multa ou restrição de direitos e o processo é arquivado. A ação penal corre pela 258ª Zona Eleitoral de São Paulo porque é o domicilio eleitoral de Cristiane.


Fonte: g1

Secretário do Tesouro e Orçamento diz que serão liberados R$ 37 milhões para emissão de passaporte



O secretário do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, afirmou nesta terça-feira (22) que serão liberados R$ 37 milhões para a Polícia Federal (PF) voltar a emitir passaportes.


Ele não informou uma data para a retomada do serviço, mas explicou que isso deve acontecer dentro dos próximos dias, após reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO). Durante o encontro ocorrerá a aprovação do remanejamento da quantia de algum ministério para a PF.


Desde o último sábado (19), a emissão de passaportes está suspensa pela Polícia Federal por causa de falta de recursos.


O Ministério da Economia já anunciou ao longo deste ano cinco bloqueios orçamentários, que atingiram os ministérios e seus órgãos vinculados.


Ainda segundo o secretário, há uma negociação em curso no Congresso Nacional para aprovar um projeto de lei complementar que, se aprovado, pode liberar mais R$ 37 milhões para a Polícia Federal.


Porém, devido aos prazos de tramitação, o secretário de Orçamento Federal, Ariosto Culau, disse que a tendência é que esse segundo valor seja recomposto somente em dezembro.


Bloqueio no Orçamento

Durante o anúncio do quinto bloqueio no Orçamento de 2022 nesta terça-feira, os secretários do Ministério da Economia afirmaram que o ano foi de orçamento apertado para a máquina pública.


Com esse bloqueio, as despesas discricionárias – que incluem investimentos e custeio da máquina pública – devem ficar em R$ 85 bilhões.


"Talvez nunca tenha passado por uma discricionária de R$ 85 bi", disse Colnago.

O valor, apesar de pequeno, ainda não é suficiente para causar um shutdown da máquina pública. Ou seja, uma paralisia completa do sistema.


Fonte: g1

Esposa que matou homem e colocou corpo em freezer confessa crime: 'Queria sair com colegas', diz polícia

A esposa do homem encontrado morto dentro de um freezer em Lacerdópolis, no Oeste catarinense, confessou o assassinato à polícia nesta terça-feira (22), segundo o delegado Gilmar Antônio Bonamigo.


Homem encontrado morto em freezer em SC — Foto: Redes Sociais/Divulgação


Ela foi presa temporariamente na segunda-feira (21) em Joaçaba, na mesma região. A polícia disse que ela agiu sozinha.


Na delegacia, a professora Claudia Tavares Hoeckler, 40 anos, contou que queria sair com as colegas de trabalho para a confraternização de fim de ano em uma pousada de Abdon Batista, na Serra catarinense, mas que foi proibida pelo marido. Também alegou ter sido ameaçada de morte por ele antes de decidir agir.



O corpo de Valdemir Hoeckler, 52 anos, foi achado na noite de sábado (19), na residência em que o casal vivia. Ele estava desaparecido desde o dia 15, data em que a mulher registrou o desaparecimento.


"Faltam apenas algumas diligências. Neste momento, a confissão dela atendeu a expectativa de interrogatório. Serão feitas novas diligências complementares agora, aguardando os laudos [do corpo] para posterior investigação", esclareceu Bonamigo.


Três dias após comunicar o sumiço do marido, na sexta-feira (18), a mulher foi à delegacia prestar depoimento. Na ocasião, conforme o delegado, não era considerada suspeita. No entanto, os policiais perceberam ferimentos pelo corpo dela, "possivelmente de uma luta corporal", e solicitaram exame de corpo de delito. Ao sair da delegacia, a mulher fugiu.


Agiu sozinha

Segundo a Polícia Civil, a suspeita afirmou que agiu sozinha no homicídio.


"Contou que quando tomou a decisão entre escolher a vida dela ou a vida dele, resolveu matá-lo", relata o investigador.

O advogado da suspeita, Marco Alencar, apontou que a morte foi motivada por supostos episódios anteriores de violência doméstica. "Para preservar sua vida, matou”, disse. Após a prisão dela, o defensor emitiu nota dizendo que a mulher "se entregou espontaneamente" (leia a íntegra abaixo).


Delegado Gilmar Bonamigo, à frente do caso — Foto: Divulgação


Nota da defesa

"A defesa de Claudia Tavares Hoeckler esclarece que ela se entregou à polícia nesta segunda-feira e está à disposição da autoridade policial. O depoimento dela está marcado para amanhã. Cláudia se entregou espontaneamente mesmo sabendo que contra ela existia uma ordem de prisão.


Claudia foi ouvida na sexta-feira passada e respondeu a todas as indagações da autoridade policial -- inclusive se submeteu a um exame de corpo de delito. É preciso esclarecer que ela também permitiu a entrada dos peritos à sua casa. Esse acesso seria realizando nesta segunda com a presença dela, mas a polícia acabou por ingressar na residência durante a noite de sábado, tendo encontrado o cadáver de Valdemir Hoeckler.



A defesa, por fim, esclarece que Cláudia, em momento algum, obstruiu, absolutamente, a ação das autoridades constituídas.


Marco Alencar, advogado de defesa"


Fonte: g1

Big Brother da Argentina mostra jogo com narrador exclusivo e 'hermanos' se revoltam com derrota

Os participantes do "Gran Hermano", edição argentina do reality "Big Brother", viram confinados a derrota de virada da seleção de futebol do país para a Arábia Saudita na Copa do Catar nesta terça-feira (22).


Participantes do 'Gran Hermano', a edição argentina do Big Brother, assistem confinados ao jogo da Copa. Eles comemoraram 1º gol e ficaram revoltados com o VAR e com a virada da Arábia Saudita — Foto: Reprodução / Telefe


A rede Telefe chamou um narrador exclusivo para a transmissão. Hernán Feler narrou sem "spoilers" do mundo do lado de fora, com "cuidado para não fornecer nenhum tipo de detalhe que possa ser utilizado pelos participantes ou que signifique violação do isolamento", explicou a emissora.


Os treze participantes que ainda estão na casa durante a décima edição estavam todos com o uniforme azul e branco e comemoraram juntos o gol de Messi no primeiro tempo.



Eles também se decepcionaram juntos. Um dos vídeos da Telefe destaca: "'O que está acontecendo, Messi?': Os 'hermanitos' sofreram na partida entre Argentina e Arábia Saudita. A desilusão foi vivida na casa mais famosa do país".


Outro trecho mostrou o desespero contra o VAR de um dos participantes, Augustín, por causa dos gols anulados da Argentina.


Fonte: g1

Dezenove pontos de bloqueios em MT são liberados; maquinário foi utilizado para limpar barreiras

Dezenove pontos de bloqueios em rodovias federais e estaduais de Mato Grosso foram liberados na manhã desta terça-feira (22), de acordo com o Gabinete de Crise do governo estadual. As ações começaram durante a manhã e policiais usaram maquinários para limpar as barreiras feitas para fechar as estradas. O estado tem sido um dos principais focos das manifestações antidemocráticas. Segundo balanço da Polícia Rodoviária Federal, todos os pontos de bloqueio do país nesta terça-feira eram em Mato Grosso.


Ainda conforme o estado, equipes da Força de Segurança atuaram em dez pontos de rodovias federais, seis de vias estaduais e duas em estradas municipais. Há ainda oito pontos com bloqueios parciais e aglomeração de pessoas em 12 locais.


“O gabinete tem agido desde que as manifestações tiveram início. Contudo, a mudança no perfil do movimento, as forças de segurança deram início à operação para desobstrução de todas as rodovias do estado”, informou o estado. A Polícia Rodoviária Federal informou, na segunda-feira (21), que as manifestações se tornaram mais violentas a partir do fim de semana.


O governo informou ainda que acompanha os locais e vai atuar onde houver novas interdições e crimes estiverem sendo cometidos.


Em Primavera do Leste, o bloqueio na BR-070, a 239 km de Cuiabá, foi liberado por volta das 15h. Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros atuaram no local, que estava com pneus incendiados sobre o asfalto.



Outro trecho liberado, na BR-163, fica em em Lucas do Rio Verde, a 360 km da capital. Grupos contra o resultado das urnas usaram terra e pneus queimados para fazer barreiras e impedir o trânsito na pista. Por causa do volume, a rodovia teve de ser limpa com o uso de um maquinário -- uma motoniveladora.


Já em Sorriso, 420 km de Cuiabá, também na BR-163, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal desobstruíram as pistas, que estavam fechadas com pneus e madeiras. O serviço de inteligência irá permanecer no local para manter o tráfego liberado e, segundo a PM, quem tentar bloquear as pistas novamente será preso e apresentado à Polícia Judiciária Civil.


Forças de segurança realizam operação na BR-163 — Foto: Secretaria de Estado de Segurança Pública


Rodovias liberadas

BR 174 – Comodoro

BR 163 – Sinop

MT 140 – Sinop

MT 320 – Colíder

BR 174 – Pontes e Lacerda

BR 174 – Conquista D’Oeste

MT – Campos de Júlio

Estrada Municipal em Alta Floresta

BR 364 – Rondonópolis

BR 163 – Nova Mutum

BR 163 – Lucas do Rio Verde

BR 364 – Diamantino (Ponto 1)

BR 364 – Diamantino (Ponto 2)

BR 163 – Sorriso

BR 158 – Água Boa

MT 240 – Água Boa

MT 242 – Querência

MT 010 – Ipiranga do Norte

Violência

A PRF informou na segunda-feira que 14 pessoas haviam sido presas até então. Com elas, foram apreendidos armas e aparelhos celulares, que devem ajudar nas investigações para identificar organizadores e financiadores dos atos antidemocráticos.


No mesmo dia, duas pessoas foram presas em Sorriso com revólveres e gasolinas, quando tentavam incendiar um caminhão. Um deles é um agricultor que, em vídeos nas redes sociais, solicitava doações em dinheiro em apoio à manifestação e alimentação dos participantes.


A polícia também encontrou ligações entre o atentado a um posto de atendimento da Concessionária Rota do Oeste, em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá, e os bloqueios das estradas. No fim de semana, um grupo incendiou uma ambulância e um guincho, atirou em outros veículos e rendeu funcionários.



Cenário

O Mato Grosso tem sido um dos principais focos de bloqueios antidemocráticos. Desde o dia 30 de outubro, o estado vem registrando intervenção de grupos contra o resultado das urnas em rodovias. Mesmo após a redução dos pontos de bloqueio pelo país, a mobilização vem se mantendo e motivou a intervenção da Justiça nos últimos dias.


Os Ministérios Públicos Federal e Estadual recomendaram ao governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos) que acionasse a Polícia Militar e a Força Nacional de Segurança Pública contra os bloqueios. A recomendação foi feita no último fim de semana, quando o volume de bloqueios cresceu no estado.


De acordo com os órgãos, eles já tinham acionado a Força Nacional mas o pedido havia sido negado porque, seguindo uma determinação do STF, apenas o governador do estado pode pedir esse tipo de intervenção. Mesmo com a crescente dos bloqueios, Pivetta ainda não havia se manifestado sobre ações para conter os grupos.


Dois dias após a recomendação, o estado informou que não acionou a Força Nacional, mas que mobilizou a segurança estadual em conjunto na ação. O Gabinete de Crise mobilizado é composto por PM, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Pericia Oficial e Identificação (Politec), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e órgãos de inteligência.


Caminhões de ato em Brasília partiram de MT

O estado não só tem sido um dos maiores alvos de bloqueio, como tem sido citado em atuações fora de suas fronteiras. Relatórios da Polícia Civil do Distrito Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontam que dos 116 caminhões que participaram de atos antidemocráticos em Brasília, principalmente nas proximidades do Quartel General do Exército Brasileiro, 50 veículos eram de Mato Grosso.


Doze veículos, conforme o documento, estão registrados no CNPJ das empresas Agritex Comercial Agrícola Ltda e Vape Transportes Ltda. Ambas pertencem a Gerson Luis Garbuio e estão localizadas em Água Boa, a 736 km de Cuiabá.



Elas também figuram entre as 43 empresas – 34 só de Mato Grosso – que tiveram as contas bloqueadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, por suspeita de financiar e organizar as manifestações em Brasília e no estado.


Das 28 empresas mato-grossenses listadas pela Polícia Civil, 14 tiveram o bloqueio financeiro determinado. Entre elas, cinco fizeram doações à campanhada para reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), como Garbuio e Atílio Elias Rovaris, responsável pelo repasse de R$ 500 mil.


O g1 continua tentando contato com as empresas sobre a identificação nos atos.


Fonte: g1

Anitta é a primeira atração confirmada na Farofa da Gkay, em Fortaleza

A cantora Anitta foi anunciada nesta terça-feira (22) como atração da Farofa da Gkay, evento comemorativo de aniversário da influenciadora e humorista Gessica Kayane. O evento ocorre entre os dias 5 e 7 de dezembro em Fortaleza.


Anitta é uma das atrações que participarão da Farofa da Gkay, em Fortaleza, neste ano. — Foto: Evan Agostini/Invision/AP


"Vamos começar pela patroa", anunciou a paraibana na postagem, que rapidamente repercutiu entre usuários famosos na plataforma. Celebridades como os humoristas Tokinho e Dani Calabresa, os influenciadores Alvxaro e Jéssica Cardoso, entre outros, exclamaram exaltados com a presença da artista, indicada como "Artista Revelação" no Grammy Awards, a premiação mais importante da música.


Atração foi confirmada em publicação conjunta da influencer e do evento no Instagram. — Foto: Instagram/Reprodução


A Farofa da Gkay deste ano contará com um avião fretado levar convidados. A aeronave, modelo Airbus A321, da companhia aérea Latam, tem capacidade para 216 passageiros.


Gkay afirmou, ao divulgar frete de avião, que a edição de 2022 da Farofa "começa no ar". — Foto: Foto: Reprodução


O que é a Farofa da Gkay

Ocorrida em solo cearense pela primeira vez em 2021, a festa reúne artistas e celebridades da internet para o aniversário da influenciadora. Além das celebridades, pessoas anônimas podem concorrer a vagas no evento.


No ano passado, a Farofa ocorreu em um hotel de luxo no Bairro Moura Brasil, fechado para convidados. O evento teve briga por comida, performance no palco, pegação entre famosos e até tentativa de invasão do hotel por parte de fãs.


Entre os pontos altos da edição de 2021, estão a reconciliação dos cantores Xand Avião e Solange Almeida. Os dois ex-vocalistas do grupo Aviões do Forró se encontraram e cantaram juntos no segundo dia da festa.


Fonte: g1

Após prisão nos EUA, influenciadora Kat Torres é encaminhada a penitenciária de Belo Horizonte

Após ser presa nos Estados Unidos, a influenciadora Katiuscia Torres Soares, de 34 anos, conhecida como Kat Torres, foi encaminhada a uma penitenciária em Belo Horizonte. Kat é alvo de uma série de denúncias, entre elas estelionato e tráfico humano.


Kat Torres está presa em uma unidade prisional de Belo Horizonte — Foto: g1


A influenciadora se apresenta como coach e guru espiritual com milhares de clientes pelo mundo e passou a ser alvo de investigação depois que as famílias de duas brasileiras que viviam com ela denunciaram o desaparecimento das jovens.


A influenciadora digital Kat Torres — Foto: Reprodução/TV Globo


Em outubro, uma delas, Letícia Maia, disse que era mantida em cativeiro e que tinha conseguido fugir, mas que sua amiga, Desirrê Freitas, ainda estava no local.


O vídeo foi respondido por Yasmin Brunet, que ofereceu ajuda, mas em resposta passou a ser acusada de tráfico humano. Brunet denunciou Letícia por calúnia, difamação e ameaça.


Kat foi levada para o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na Região Leste de BH — Foto: Thais Pimentel/G1


O caso foi exposto nas redes sociais e após as denúncias das famílias à polícia, Kat e as duas jovens foram presas no dia 2 de novembro em Maine, no extremo nordeste dos EUA. Segundo a polícia de imigração, elas estavam ilegais no país.


À época, o Fantástico chegou a conversar com a guru brasileira, que confirmou a prisão por problemas com passaporte.


Por meio de nota, na manhã desta terça-feira (22), a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que Kat deu entrada no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte, no dia 19 de novembro.


Por meio de nota, o Ministério Público Federal (MPF) informou que Kat está presa preventivamente a pedido do Ministério Público Federal. Veja comunicado na íntegra:


"A ex-modelo Katiuscia Torres está presa preventivamente a pedido do Ministério Público Federal, com cooperação da Polícia Federal e da Interpol. Embora as investigações estejam sob sigilo, o MPF obteve autorização judicial para confirmar a informação. Katiuscia é investigada por tráfico de pessoas e redução a condição análoga à escravidão.


O MPF está colhendo depoimentos de vítimas de forma sigilosa, por meio de videoconferência. Qualquer pessoa que tenha sofrido danos pelas condutas da ex-modelo, já amplamente noticiadas na imprensa, pode procurar o MPF para formalizar seu relato, com a garantia de preservação de sua identidade e sem necessidade de comparecer a uma unidade da instituição. Não é necessária a assistência de advogados. Basta acessar o “MPF Serviços” e, na área “Protocolar”, clicar em “Representação inicial (denúncia)”. Na página seguinte, o(a) usuário(a) deverá preencher o formulário com a descrição dos fatos".


Voos de deportados

Kat chegou a Minas Gerais no dia 18 de novembro em um voo com 51 deportados. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Grande BH.


Ela foi recebida pela Polícia Federal, responsável por cumprir um mandado de prisão que havia sido expedido pela 5ª Vara Criminal de São Paulo. O celular e documentos da mulher foram apreendidos.


No último sábado (19), a influenciadora foi encaminhada à penitenciária.


Kat, Desirrê e Letícia se envolveram em várias polêmicas nos últimos meses — Foto: TV Globo / Reprodução


Quem é Kat Torres

Nascida em Belém (PA), em seu site oficial, Katiuscia se descreve como "life coach" com mais de mil clientes pelo mundo todo - de diversas crenças, classes sociais e exigências. Kat também afirma ser escritora, atriz e comediante.


No site, a coach promete "estratégias de evolução espiritual, na carreira, nas finanças e nos relacionamentos". Os preços dos planos para ter acesso ao conteúdo dela variam de R$ 73 (mensal) a R$ 700 (anual).


Ex-clientes dizem que foram enganadas

Supostos rituais para segurar um amor ou banhos para atrair prosperidade eram oferecidos a clientes. Posteriormente, algumas afirmaram que foram enganadas pela guru espiritual.


Em conversa com a TV Globo, uma das ex-clientes disse que ficou vulnerável após sair de casa para trabalhar com Kat.


"Ela me tirou da minha casa, da estrutura que eu estava, me colocou numa situação totalmente vulnerável, que eu estava nas mãos dela, não me pagou salário nenhum e como que eu ia sair? Fiquei com fome muitas vezes", contou.

Além disso, algumas das mulheres afirmaram que Kat propunha relacionamento com homens americanos em troca de dinheiro. Elas também afirmaram que acreditaram e investiram nas promessas da coach.


“Tinha acabado de perder os meus pais. E aí ela falou que eu precisava parar de tomar os meus antidepressivos. Eu tive que tirar as minhas aplicações. Bem por alto, acho que uns 80.000 e contar assim os juros que ela teria que pagar”. 

 

Fonte: g1

Ministério da Família diz que não vai responder ao MPF do Pará sobre declarações de Damares relacionadas a crimes sexuais no Marajó

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) disse ao Ministério Público Federal no Pará que irá se reportar apenas à Procuradoria Geral da República, e não deu detalhes a respeito das informações que a ex-ministra, Damares Alves, divulgou em um culto em Goiânia, sobre tráfico de crianças, tortura e abuso infantil em cidades do Marajó, no Pará.


Ex-ministra Damares Alves. — Foto: Luiz Alves - MMFDH


O MPF quer saber por que somente a ex-ministra tem acesso às informações divulgadas por ela, já que não há registro de informações sobre os crimes sexuais cometidos contra crianças mencionados por Damares no sistema do órgão.


O Grupo Prerrogativas, que reúne advogados brasileiros, pediu providências ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República sobre as declarações da ex-ministra. Os advogados observaram que a ex-ministra deve ser intimada a apresentar provas do que alegou.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, mandou para a Justiça Federal do Pará a representação do grupo


O grupo de advogados Prerrogativas acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) acusando-a de prevaricação (quando um servidor público tem conhecimento de alguma irregularidade mas não leva o caso às autoridades). O ministro Ricardo Lewandowski enviou o pedido de investigação à Justiça do Pará.


O MPF informou que assim que todos os dados estiverem com a unidade do Pará, eles serão analisados para verificação da existência ou não dos registros de denúncias de torturas citadas pela ex-ministra.


Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão enviou informações aos Ministérios Públicos do Pará

Quanto ao pedido de todos os casos envolvendo tráfico de crianças e estupro de vulneráveis no Brasil, o MMFDH encaminhou ontem a resposta. Está em análise.


A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) informou que encaminhou na última sexta-feira (18), as informações enviadas pelo MMFDH, à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Pará e ao Ministério Público Estadual.



De acordo com a PFDC, as informações são referentes aos últimos sete anos (2016-2022), envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis supostamente praticados no Arquipélago do Marajó.


Segundo a Procuradoria, "as planilhas apresentadas pelo MMFDH abordam informações sensíveis relacionadas com o Estado do Pará e que poderão, em alguma medida, subsidiar os esclarecimentos das autoridades locais”, porém, não informou se dentre os casos enviados pelo MMFDH, constam os mencionados por Damares.


O MMFDH informou o registro de 251 denúncias integrais, entre 2016 e 2022, que teriam sido "tempestivamente encaminhadas às autoridades naturais competentes integrantes do sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente", e há existência de 27 protocolos repetidos. Entre os anos de 2020-2022, foram cadastradas 72 denúncias.


Na segunda-feira (21), o MMFDH enviou casos de denúncias recebidas de todo o Brasil, envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulnerável, que estão sob análise da Procuradoria Federal.


O g1 procurou o MMFDH, o Ministério Público do Pará e a Polícia Civil do Pará, que também solicitou pedidos ao Ministério, mas até o fechamento deste reportagem, não recebeu retorno.


Fonte: g1