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sexta-feira, agosto 12, 2022

Jorge do Rosário prestigia o encerramento da Festa de Santa Clara em Mossoró



Na quinta-feira (11), o pré-candidato a deputado estadual Jorge do Rosário (Avante), esteve presente no encerramento da Festa de Santa Clara, padroeira do bairro Dom Jaime Câmara em Mossoró. Jorge participou da procissão de encerramento e das cerimônias religiosas que celebram a santa, que é símbolo de humanidade e bondade.


O pré-candidato pelo Avante também se encontrou com Pe. Sátiro Cavalcanti Dantas, idealizador dos festejos de Santa Clara e responsável por grandes obras sociais na comunidade.


"É um momento para renovar a fé e reencontrar o querido amigo Padre Sátiro, que é um patrimônio de Mossoró”, comentou.





Reunião


Jorge ainda foi recebido no conjunto Três Vinténs e bairro Aeroporto, onde ouviu propostas e reivindicações para a construção do seu projeto de desenvolvimento para o Rio Grande do Norte.


Na reunião, Jorge ouviu da população reclamações sobre a falta de infraestrutura e principalmente a falta de creche para as crianças. Jorge se disse preocupado com essa questão das creches, pois ela agrava o problema do desemprego.


“A questão do desemprego para as mulheres, principalmente para as que são mães, é mais complicada, pois além da falta de emprego elas não têm onde deixar os filhos quando precisam ir trabalhar”, disse Jorge.

Porto-indústria do RN será construído em Caiçara do Norte

O local que deve abrigar o Porto Indústria-Multipropósito Offshore do Rio Grande do Norte está no litoral Norte, entre os municípios de Caiçara do Norte e São Bento do Norte, a cerca de 160 km de Natal. Outras áreas nos municípios de Porto do Mangue, Touros e Natal também foram cogitadas, mas a definição levou em conta a viabilidade técnica, ambiental e também econômica das regiões. O empreendimento é necessário para a exploração da energia eólica offshore (no mar) e exportação de outros produtos, como o Hidrogênio Verde (H2V). Nas previsões animadoras da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec/RN), será possível iniciar as obras físicas em 2023.


Após estudos liderados pela UFRN, o governo anunciou que o Porto-indústria, necessário ao offshore, será construído no litoral entre Caiçara do Norte e São Bento do Norte


O próximo passo, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, é avançar nos estudos da área escolhida com vistas a iniciar o processo de licenciamento já em  2023, com as físicas começando até 2024 e concluídas em cinco anos. Os estudos continuarão à cargo da UFRN.


“Em 2023, poderemos fazer, em paralelo, a chamada pública, que pode ensejar nova documentação. As obras físicas, acreditamos que podem começar entre 2023 e 2024 e serem concluídas até 2029... 2030. Vamos agora providenciar a documentação legal para encaminharmos à Secretaria do Portos e partirmos para o processo de licenciamento ambiental. Com isso, ficará tudo preparado para a Parceria-Público-Privada (PPP). Temos lei da PPP mas ela precisa ser atualizada”, pontuou o secretário.


O Estado deverá buscar investimentos de R$ 6 bilhões para a implantação do empreendimento sem oferecer um fundo garantidor às empresas interessadas em operá-lo. “Todas as empresas que vierem para a chamada pública vêm sabendo. Geralmente o retorno de capital para esse tipo de projeto é de 35 anos, podendo chegar ao dobro disso. Mas a viabilidade do nosso é de que em 12 anos haja o retorno do capital investido. É o que os estudos apontam”, garante ele.


O governo do RN já assinou protocolos de intenções com algumas empresas interessadas em investir no desenvolvimento do porto, como é o caso das chinesas Spic e CCCC, e da dinamarquesa Vestas. Torquato diz que oito empresas já fizeram pedido de licenciamento no IBAMA, interessadas em produzir energia offshore na área do porto multiuso. Elas poderão, por exemplo, ter seus aerogeradores produzidos na retroárea do novo terminal. 


Para chegar a definição sobre o local do porto-indústria, o Governo do Estado contratou estudos técnicos, desenvolvidos pela Universidade Federal do Rio Grande, através da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec). O diagnóstico prevê estudo de viabilidade técnico-econômica-ambiental (EVTEA) para o porto-indústria; identificação e caracterização das partes interessadas do porto-indústria e também a elaboração do plano estratégico para operacionalização e para o desenvolvimento da cadeia produtiva e industrial. 


“A instalação do porto é crucial porque as usinas do segmento offshore são tão grandes que só é possível sua instalação no mar quando são construídas no próprio porto. Já temos o relatório que define estrategicamente o local ideal para a construção desse porto. Nos quatro locais, o levantamento foi pontuando o mais adequado e, em cima disso, apontaram para Caiçara do Norte e São Bento do Norte. Em seguida apareceu Porto do Mangue, Touros e Natal”, revelou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedec), Sílvio Torquato.


Porto exige retroárea de 13 mil hectares 


Sílvio Torquato, titular da Sedec, explicou que, para a construção desse novo porto, será necessária uma retroárea de 13 mil hectares, de modo a trazer o menor impacto possível ao meio ambiente e que não necessite desapropriar áreas, processo que costuma demandar tempo. 


Sílvio Torquato: governo já assinou protocolos com empresas interessadas em investir no novo porto


“Um dos pontos analisados foi essa questão da área disponível e que não traga grandes riscos de problemas ambientais, problemas de invasões e assentamentos. Em Porto do Mangue, a falha geológica é excelente, mas as Dunas do Rosado formam uma  Área de Proteção Ambiental  e isso pode trazer problemas futuros. Já Touros é uma cidade mais voltada para o turismo e seria caro desapropria áreas”, disse ele. 


Natal ficou em último lugar na pontuação entre as áreas candidatas por haver na capital maiores riscos já elencados pelo secretário. Contudo, Sílvio Torquato diz que tanto o porto de Natal quanto os de Guamaré e Areia Branca permanecerão com a mesma importância para a economia do Estado.


O porto de Natal é utilizado para cargas gerais, mas principalmente para a exportação de frutas e rochas (quartzitos) e cabotagem de cargas em contêiner. O Porto-ilha de Areia Branca é offshore, mas especializado no escoamento do sal marítimo com capacidade para movimentar 3,4 milhões de toneladas de sal por ano, enquanto que o Porto de Guamaré é utilizado exclusivamente para embarque e desembarque de pequenas e médias cargas de petróleo. “Porém, sentimos necessidade de termos um terceiro porto à altura de grandes embarques”, ressaltou o secretário.


O porto indústria tem previsão de ser o primeiro da América Latina com características da produção de energia no mar e hidrogênio verde, havendo ainda a possibilidade de englobar a produção de aço de verde, já que o estado também é produtor de ferro. Com o novo terminal, o RN deverá avançar na produção sustentável, já que o aço verde nada mais é que a produção do metal usando energia renovável, como a eólica.


“Temos condição de geração energia eólica no mar equivalente a 10 usinas de Itaipu, ou seja, 140 Gb de energia eólica offshore. Nossa costa é rasa, até 20 km uma profundidade máxima de 15 metros, o que facilita a afixação de aerogeradores além de termos os melhores ventos do mundo”, destacou Torquato.


Projeto é apresentado a empresários em SP


Os estudos para a construção do porto indústria já foram apresentados há alguns dias na Federação das Industrias do Rio Grande do Norte (Fiern), cuja diretoria reagiu bem ao que ouviu e prometeu participar das articulações institucionais e das iniciativas que resultem na conquista dos recursos para o que chamou de “projeto fundamental ao avanço da infraestrutura e da logística” no estado. Na terça-feira (9), o mesmo foi apresentado pela governadora Fátima Bezerra e pelo secretário Sílvio Torquato (Sedec) no 10º Fórum LIDE de Infraestrutura, Logística e Energia, que reuniu empresários em São Paulo.


Na ocasião a chefe do Executivo potiguar anunciou investimentos de R$ 45 bilhões na matriz energética renovável no estado pelos próximos quatro anos e destacou a chegada do complexo offshore inédito e pioneiro no Brasil. Segundo Fátima, o foco é assumir o protagonismo ao contribuir para a transição e o equilíbrio da matriz energética no País.


Ela anunciou ainda a criação de Conselho Estadual de Política Energética, que terá a participação de representantes da sociedade civil e de órgãos ambientais para compatibilizar o desenvolvimento com a preservação do meio ambiente com o objetivo de acelerar o desenvolvimento do Porto-Indústria Verde. “Este complexo está voltado para a indústria offshore, combinado com a produção, armazenamento e exportação de hidrogênio verde, tornando o Rio Grande do Norte o pioneiro do segmento para que possamos contribuir para descarbonização do planeta. Esse porto pode gerar 25 mil empregos diretos e indiretos", disse no evento.


A falta de uma estrutura adequada para escoar a produção tem deixado o Rio Grande do Norte para trás na corrida do Hidrogênio Verde (H2V), que é considerado o combustível do futuro. A Bahia já está recebendo a primeira fábrica desse combustível com investimentos de  US$ 120 milhões. Já em Pernambuco, o Complexo Industrial Portuário de Suape vai acomodar um TechHub Hidrogênio Verde. Os projetos focados na produção, transporte, armazenamento e gestão de H2V receberão, inicialmente, R$ 45 milhões.


O Ceará também segue na corrida. O governo cearense fez acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e a Universidade Federal do Ceará (UFC) para construir um hub de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Agora, busca atrair investidores para a produção do H2V. Até meados de abril passado, 17 memorandos de entendimento para a criação de usinas foram assinados com empresas nacionais e estrangeiras. Outros quatro estão em andamento.


“É importante destacar que, entre os principais geradores de energias renováveis do Brasil, o RN é o único estado atualmente com oferta excedente, ou seja, produz mais do que consome e exporta energia limpa. Portanto, as empresas que se instalarem na área industrial do porto, seja para produzir torres e componentes, seja para instalar plantas offshore ou produzir hidrogênio e amônia verdes, se beneficiarão deste grande potencial na costa potiguar”, prevê Sílvio Torquato.


Fonte: Tribuna do Norte

Região Metropolitana de Natal tem mais de 135 mil em extrema pobreza

Estudo divulgado na nona edição do Boletim das Desigualdades nas Metrópoles aponta que mais de 135 mil pessoas estão em condição de extrema pobreza na Região Metropolitana de Natal. A pesquisa desenvolvida em parceria estabelecida pelo Observatório das Metrópoles, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL) analisa dados que cobrem o período de 2012 a 2021. 


Renda mensal da extrema pobreza é de R$ 160 per capita


No início da análise, cerca de 86.633 pessoas eram consideradas extremamente pobres na região da capital potiguar. Ainda de acordo com o estudo, Natal foi uma das capitais que registrou maior desigualdade de renda, acompanhada de outras capitais nordestinas como Aracaju, João Pessoa e Salvador. Em valores mensais de 2021, a linha de pobreza é de aproximadamente R$465 per capita e a linha de extrema pobreza é de aproximadamente R$160 per capita.


A pesquisa considerou dados do IBGE e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc). Para o cálculo foi utilizado o coeficiente de Gini, um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. O cálculo mostra que, quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade de rendimento e, quanto mais próximo de 0, mais igual é a região analisada. Em Natal, o cálculo chegou a 0,588 em 2021, o valor anterior era de 0,529. 


De acordo com o professor do departamento de demografia e estatística da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Ricardo Ojima, um dos fatores que influenciou esse crescimento foi a chegada da pandemia. “Isso [aumento da desigualdade] se deve pelo fato de que houve um ganho da renda média daquela população que está entre os 10% mais ricos, enquanto que os 40% mais pobres tiveram um decrescimento da sua renda nos últimos anos, sobretudo no período da pandemia”, explica. Esse dado diz, basicamente, que as pessoas mais ricas ficaram ainda mais ricas, enquanto as mais pobres tornaram-se ainda mais pobres.


Além disso, ele aponta o aumento do desemprego como um desses fatores. Segundo Ojima, mesmo depois de 2020 houve demora na retomada de empregos influenciada pelo atraso do processo de vacinação, que também influenciou o crescimento das taxas de pobreza no estado. “Se a vacinação tivesse começado mais cedo, a retomada dos empregos poderia ter sido um pouco mais agilizada, uma vez que o setor de serviços e turístico é um importante setor da economia da região”, disse. 


O professor ressalta ainda que a interrupção do pagamento do Auxílio Emergencial em 2021 também foi um fator contribuinte no crescimento da pobreza, que andou em conjunto com o desemprego. “Em 2020 o auxílio emergencial contribuiu para o aumento da renda média da população mais pobre. No caso de 2021, por conta dessa interrupção no pagamento do auxílio emergencial, o impacto foi contrário”, disse. 


A inflação dos preços da cesta básica foi um ponto destacado como um fator que contribuiu para a diminuição do poder de compra da população. “A inflação aumentou a quantidade de pessoas na linha da pobreza e também aumentou a quantidade de pessoas na linha da extrema pobreza”, destaca Ricardo Ojima.


Ainda de acordo com o boletim, a renda média da população total da região metropolitana de Natal teve ganho quando compara 2014 a 2021, ou seja, passou de R$ 1.335 para R$ 1.609. Apenas Natal e Belém tiveram variações positivas. Para o professor Ricardo Ojima, esse é um ponto que merece destaque, mas não é comemoração. “Isso não é necessariamente um ponto a se comemorar porque boa parte desse ganho, desse rendimento da população em geral foi puxado pelo complemento da renda média dos 10% mais rico, ou seja, colocar esse ganho na média é aparentemente positivo, mas foi desequilibrado na distribuição da população”, ressalta o professor.


“A gente tem que se virar”, diz Fátima


Fátima da Silva, 37, é moradora do município de Ceará-mirim, região metropolitana de Natal. Tem duas filhas de 15 e 18 anos de idade e cuida sozinha da família vendendo doces nos ônibus. Ela vive sem ter certeza do amanhã, mas faz planos de “ser alguém na vida” agora que voltou a estudar. “Deus é quem sabe até lá, o dia a dia da gente Deus é quem sabe, mas faço planos de um dia ser alguma coisa na vida, mas hoje em dia é muito difícil”, conta.  Ela diz, ainda, que muitas pessoas estudam, mas não têm emprego, a exemplo de sua filha, que está terminando o ensino médio. “Muitas vezes tem estudo e não tem [emprego]. Eu tenho uma filha minha que tem estudo e não tem emprego. Já foi várias vezes em supermercados, em vários cantos e esse emprego nunca chegou. Nunca chega. Infelizmente nunca chega esse emprego”, lamenta.


Fátima da Silva, de 37 anos, tem dificuldades para manter a casa e comprar comida


A falta de emprego afeta as necessidades mais básicas da sua sobrevivência. A escassez alimentar, a necessidade de ter um teto, por mais que seja difícil mantê-lo, são fatores que a inquietam todos os dias. “Tem que se virar do jeito que pode para poder comer, se alimentar porque, infelizmente, todo ser humano precisa do básico de três refeições durante o dia. Você tem que tomar café da manhã, tem que almoçar e tem que jantar. Se você não tiver essas três refeições durante o dia, como você vai sobreviver?”, questiona. As obrigações com a casa também são incertezas na sua vida. “Tem que pagar água, luz. Às vezes não paga aluguel, mora de favor, mas tem que manter água, luz, internet, comida, gás”, continua. De acordo com ela, o auxílio oferecido pelo governo também não supre as necessidades básicas, tendo em vista os preços inflacionados em todo o país. “Eu estava tirando 400 reais. Então se torna difícil, porque não é muito dinheiro. Muitas vezes você tira 110 para um gás e de 400 você fica com quanto para fazer uma feira básica para passar um mês? A coisa mais ruim é quando nossos filhos chegam e dizem 'mãe, hoje não tem nada para comer', conclui.


País precisa de políticas públicas


O professor Ojima destaca, ainda, que o avanço da economia ainda é lento, mas constante à medida que o país sai da situação da pandemia e aumenta a cobertura vacinal da população. Ele diz que o principal objetivo é resolver o problema da fome, já que o país voltou a ocupar o mapa da fome este ano. “Acho que o primeiro objetivo, em termos de políticas públicas, é uma resolução imediata, emergencial em relação à fome. O Auxílio Brasil precisa ser complementado. Não basta só dar dinheiro para essas pessoas, mas tem que oferecer condições para que elas acessem a alimentação a preços mais acessíveis”, disse. 


Políticas de proteção social também podem ser eficazes nesse combate. “Políticas públicas que busquem incentivar a tomada de empregos, controlar, sobretudo a inflação sobre os alimentos e oferecer condições dessa população sair da situação de extrema pobreza”, finaliza. 


As regiões metropolitanas concentram quase 40% da população brasileira, ou mais de 80 milhões de pessoas. De acordo com as informações disponibilizadas, o panorama brasileiro chega a ser ainda mais alarmante. Entre 2020 e 2021, mais de 3,8 milhões de brasileiros residentes nas metrópoles entraram em situação de pobreza. De acordo com o boletim, esse número corresponde a 23,7% da população, um aumento de 7,2 milhões de pessoas em relação a 2014, quando representava 16% da população. Além disso, o estudo revelou 2014 foi o único ano, desde o começo da pesquisa, que a desigualdade de renda medida pelo coeficiente de Gini passou por uma “redução”, atingindo 0,538.


Fonte: Tribuna do Norte

Setor de serviços do RN tem pior resultado para junho desde 2011

No mês de junho, o Rio Grande do Norte teve uma diminuição de 6,0% no volume de serviços, pior resultado para um mês de junho desde o início da série histórica em 2011. Com esse resultado, o RN também apresenta o segundo pior desempenho nacional, ficando à frente apenas do Acre, que apresentou queda de 7,9%. Esse resultado interrompeu uma sequência de três meses de crescimento.


Setor de transportes teve alta de 0,6% em junho, e segundo o IBGE, puxado principalmente pelo escoamento de insumos e produtos da agropecuária e da indústria


Mato Grosso do Sul (2,7%), Mato Grosso (2,6%) e Paraná (2,5%) apresentaram os melhores índices entre as unidades da federação. Já a média nacional foi de 0,7%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 


Comparado ao mesmo mês do ano anterior, o Índice de Volume de Serviços registrou uma variação de 1,0%. Ao passo que a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 11,3%.


Ademais, o Índice de Receita Nominal de Serviços também caiu 6,0% em relação a maio de 2022. Essa diminuição colocou o Rio Grande do Norte como a segunda maior queda na receita nominal de serviços do Brasil, menor apenas que a do Acre (-6,3%). Esse número também é o pior para um mês de junho desde o início da série histórica em 2011.


No País, o volume de serviços prestados em junho registrou expansão de 0,7%, na comparação com maio, com avanços em quatro das cinco atividades pesquisadas). Pela pesquisa, foram destaques os desempenhos dos segmentos de transportes (0,6%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%). As demais altas ocorreram em outros serviços (0,8%) e serviços prestados às famílias (0,6%). A única taxa negativa em junho foi registrada pelo segmento de informação e comunicação (-0,2%).


Segundo o IBGE, o transporte de cargas foi puxado principalmente pelo escoamento de insumos e produtos da agropecuária e da indústria e pelo "boom" do comércio eletrônico. No mês de junho de 2022 em relação a junho de 2021, o volume de serviços prestados teve uma alta de 6,3%.


Após a alta de 0,7% no volume de serviços prestados em junho ante maio, o setor de serviços passou a funcionar em patamar 7,5% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitária no País. 


Em junho, os transportes passaram a operar 16,9% acima do nível pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020, enquanto os serviços prestados às famílias ainda estavam 6,1% abaixo.


Os serviços de informação e comunicação estão 12,1% acima do pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 2,0% além.


Os serviços profissionais e administrativos estão 7,1% acima do patamar de fevereiro de 2020.


Turismo


O agregado especial de Atividades turísticas caiu 1,8% em junho ante maio, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo IBGE. O segmento opera 2,8% aquém do patamar de fevereiro de 2020, no pré-pandemia.


Na passagem de maio para junho, sete dos 12 locais pesquisados tiveram perdas. A principal influência negativa foi de São Paulo (-2,2%), seguido por Rio de Janeiro (-1,2%), Distrito Federal (-3,3%), Espírito Santo (-6,6%) e Pernambuco (-2,5%). Na direção oposta, Rio Grande do Sul (4,7%) teve o avanço mais importante.


Na comparação com junho de 2021, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil teve alta de 25,9% em junho de 2022, 15ª taxa positiva seguida, impulsionada pelos ramos de restaurantes; locação de automóveis; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; serviços de bufê; e transporte aéreo.


Todas as 12 unidades da federação investigadas mostraram avanços nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (30,2%), Minas Gerais (43,5%), Rio Grande do Sul (42,1%), Paraná (31,4%) e Bahia (25,7%).


PMS Junho: Desempenho do setor de Serviços no RN

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Serviços


Volume de serviços

Junho/Maio: -6,0%

Junho 2022/Junho 2021: 1,0%

Acumulado 2022: 7,4%

Acumulado 12 meses: 11,3%


Receita nominal de serviços

Junho/Maio: -6,0%

Junho 2022/Junho 2021: 13,9%

Acumulado 2022: 16,5% 

Acumulado 12 meses: 18,1%


Fonte: Tribuna do Norte

Carta em defesa da democracia e do sistema eleitoral ultrapassa 1 milhão de assinaturas no dia em que foi lida

A carta em defesa da democracia e do processo eleitoral brasileiro, divulgada pela Faculdade de Direito da USP, ultrapassou nesta quinta-feira (11) 1 milhão de assinaturas. A marca foi atingida pouco antes das 22h, no mesmo dia em que o texto foi lido, durante evento na sede da faculdade, no Centro de São Paulo.


Multidão se reúne no Largo São Francisco, no Centro de SP, em ato em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro — Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO


O documento foi aberto ao público em 26 de julho e assinado por autoridades, banqueiros, empresários, ex-presidentes, atletas e artistas.


Carta da USP em defesa da democracia ultrapassa 1 milhão de assinaturas — Foto: Reprodução


A data foi escolhida por marcar o aniversário da criação dos cursos de direito no país e coincide com a leitura de manifesto no mesmo local em 1977 para denunciar a ditadura militar, que subtraiu direitos e matou opositores do regime.


Mecanismos de segurança

Desde que foi lançada, a plataforma é alvo de ataques e já recebeu mais de 20 mil tentativas de fraude.


De acordo com Pinheiro Lima, as tentativas de ataque já eram esperadas, e mecanismos de segurança que funcionam 24 horas por dia vêm conseguindo impedi-las de acessar o sistema.


Além disso, os organizadores estão conseguindo rastrear as origens dos ataques e novas providências serão tomadas.


O documento foi endossado por oito candidatos à presidência, ex-presidentes, ex-Ministros do Supremo Tribunal Federal, além de banqueiros, atletas e inúmeros artistas. Os nomes podem ser conferidos pelo sistema de busca da página.


Ainda de acordo com os responsáveis pela carta, levantamento por profissões aponta que ela já foi assinada por:



727 porteiros

8.973 desempregados

5.045 enfermeiros

4.217 motoristas

6.619 policiais

519 delegados de polícia

28.868 engenheiros

15 mil médicos

4231 magistrados



Segundo os responsáveis pela coleta dos dados, nomes de políticos, autoridades, atletas, e celebridades passam por uma checagem e confirmação feita com os respectivos assessores.


A "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!" foi lançada depois de seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. Entenda mais abaixo.


Uma versão em inglês do documento deve ser lançada pelos organizadores, já que os Estados Unidos, depois do Brasil, são o segundo país com o maior número de acessos, seguido por Portugal, Reino Unido e Alemanha.



Durante evento em São Paulo nesta segunda (8), o presidente Jair Bolsonaro disse que não vai assinar e criticou o documento.


Carta em defesa da democracia

A carta foi lançada depois de seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.


A "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!" e a lista com os nomes foram divulgadas no dia 26 de julho no site da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).


Além de personalidades como Chico Buarque, Roberto Setúbal, Ellen Gracie e Luiz Gonzaga Beluzzo, o movimento recebeu um engajamento de nomes como o da escritora e presidente interina da ABL Nélida Piñon, da atriz e imortal Fernanda Montenegro, dos ex-ministros do STF Joaquim Barbosa, Francisco Resek e Nelson Jobim, dos cantores Gal Costa, Zélia Duncan, Maria Bethânia e Frejat, dos atores Antonio Calloni e Bruno Gagliasso, do cineasta Fernando Meirelles, dos escritores Luís Fernando Veríssimo, Martha Medeiros e Djamila Ribeiro, dos historiadores Eduardo Bueno e Lilia Schwarcz, entre outros.


No total, 12 ex-ministros do STF assinaram o documento.


A carta diz que recentes "ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o Estado Democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira".



"Nos próximos dias, em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos."


"Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições", diz trecho (leia a carta completa abaixo).


Dentre os empresários estão Walter Schalka, presidente da Suzano; Roberto Setúbal, ex-presidente do Banco Itaú; Natália Dias, CEO da Standard Bank; Pedro Moreira Salles, presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco; Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central; Tarcila Ursini, conselheira de administração da EB Capital, entre outros.


Também aparecem entre as assinaturas os artistas Arnaldo Antunes, as atrizes Debora Bloch e Alessandra Negrini, os ex-jogadores de futebol Walter Casagrande e Raí, o cineasta João Moreira Salles, o escritor Paulo Coelho e padre Júlio Lancellotti, que atua na defesa da população de rua em São Paulo.


As pessoas interessadas em assinar o documento poderão fazê-lo online pelos sites da Faculdade de Direito da USP, da Associação de Juízes Federais, Associação do Ministério Público e do Grupo Prerrogativas.



Celso de Mello, ministro aposentado e ex-presidente do STF, afirmou à TV Globo, sobre o momento político atual, que "os diversos pronunciamentos de Bolsonaro, especialmente aqueles que injustamente ofendem e atacam o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral e o sistema eleitoral, são suficientes para revelar a figura de um político sem qualquer noção dos limites que o regime democrático e o dogma constitucional da separação de Poderes impõem a quem, como ele, exerce as altas funções de presidente da República".


Segundo Mello, "torna-se vital reconhecer que o regime democrático, analisado na perspectiva das delicadas relações entre o poder e o direito, não terá condições de subsistir, quando as instituições políticas do Estado falharem em seu dever de respeitar a Constituição e as leis da República, pois, sob esse sistema de governo, não poderá jamais prevalecer a vontade de uma só pessoa, de um só estamento, de um só grupo ou, ainda, de uma só instituição".


Fonte: g1

Homem é morto pela polícia depois de atirar na companheira e na enteada, em Belo Horizonte

Um homem de 54 anos morreu em um confronto com a Polícia Militar (PM) na noite dessa quinta-feira (11) no bairro Santa Cruz, Região Nordeste de Belo Horizonte.


Fernando Mares morreu em cofronto com a PM. — Foto: Redes Sociais/Reprodução


Segundo informações da PM, o dentista Fernando Mares vivia com a mulher e com a enteada e o casal tinha um relacionamento conturbado, com brigas recorrentes.


Na noite dessa quinta-feira (11), vizinhos ouviram gritos e discussões seguidos de disparos de arma de fogo e acionaram o apoio policial.


Homem estava com uma arma apotada para a companheira quando os militares chegaram. — Foto: Gláucio Nogueira/TV Globo


Quando os militares entraram na casa, visualizaram Fernando alterado e ameaçando matar a companheira e a enteada, as duas já tinham sido baleadas por ele.


A companheira dele estava na mira da arma de fogo e os policiais tentaram negociar uma rendição com Fernando.


O homem, em determinado momento, mudou o alvo e ameaçou os policiais com a arma.


O casal vivia no bairro Santa Cruz há cerca de um ano. — Foto: Gláucio Nogueira/TV Globo


Após as negociações não terem sucesso e diante do risco que as mulheres e os agentes corriam, Fernando Mares foi baleado.


Ele foi socorrido mas morreu a caminho do hospital.


Mulher e enteada foram encaminhadas para o Hospital Odilon Behrens. — Foto: Gláucio Nogueira/TV Globo


A mulher dele foi atingida com cinco disparos, um deles no rosto. Ela foi levada consciente para o Hospital Odilon Behrens.


A enteada foi baleada na perna esquerda e encaminhada para a mesma unidade de saúde.


A Polícia Civil investiga o caso.


Fonte: g1