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domingo, julho 24, 2022

Parte do teto desaba em sala na UFRN e estudante é atingido

O forro de gesso e parte do reboco da laje de uma sala da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no campus central, em Natal,desabaram na tarde desta sexta-feira (22). (Veja o vídeo).


De acordo com a instituição, um estudante bolsista ficou levemente ferido, com um arranhão, mas não precisou de atendimento médico.


Todo o prédio da Propesq foi interditado após o acidente e as equipes passaram para o trabalho remoto durante o turno da tarde.


Pedaços caíram em cima de uma mesa na sala — Foto: Divulgação


Havia três bolsistas e dois servidores trabalhando no local, mas o acidente aconteceu no horário de almoço, quando menos gente estava na sala.


A UFRN informou que a Superintendência de Infraestrutura (Infra) da instituição começou a analisar as possíveis causas do incidente e os danos.


"Nós estamos aqui com dois engenheiros fazendo um diagnóstico detalhado pra gente descobrir as possíveis causas que motivaram essa queda desse forro de gesso de uma das salas e parte do reboco da laje", explicou o superintendente de infraestrutura da UFRN, Luiz Pedro de Araújo.


Pró-reitoria de Pesquisa da UFRN (Propesq) — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Segundo ele, a avaliação é mais ampla do que apenas na sala do incidente.



"A gente está fazendo essa avaliação detalhada, não só desse ambiente, como dos ambientes vizinhos, pra que a gente possa detectar qual a causa que motivou esse desabamento, que felizmente aconteceu na hora que a equipe tinha saído pro almoço e que apenas um aluno sofreu um arranhão e não precisou de atendimento médico", pontuou.


O superintendente explicou ainda que na análise está se avaliando se houve relação com as chuvas recentes que caíram em Natal, que podem ter provocado uma infiltração.


Trecho que desabou em sala da pró-reitoria — Foto: Divulgação


"Estamos investigando. Como todos sabem, nos últimos dias tem chovido muito em Natal e nós temos 187 prédios aqui no campus central da UFRN e pode ter infiltrações com diversas causas. E a cada demanda nós vamos lá, diagnosticamos e fazemos a correção", disse.


De acordo com Luiz Pedro de Araújo, só após esse diagnóstico do problema é que será iniciada a recuperação do forro de gesso.


Fonte: g1

Homem invade casa, estupra moradora, rouba um celular e foge em Mossoró

Um homem invadiu uma casa em Mossoró, na madrugada desta sexta (22), estuprou uma moradora, roubou o celular dela e fugiu. O caso aconteceu no bairro Pousada Thermas.





De acordo com a Polícia Militar, durante o estupro o criminosos ameaçou a vítima e disse que tinha acabado de sair de um presídio. O homem fugiu levando o celular da vítima.


A mulher acionou o Ciosp por volta das 5h. Uma viatura da patrulha Maria da Penha esteve no local e encaminhou a vítima até a Delegacia da Mulher, onde foi registrada a ocorrência.


A delegada titular da Deam, Cristiane Magalhães, afirmou que para resguardar a vítima não comentaria detalhes do caso. Ela informou ainda que a mulher foi encaminhada ao Itep e passou por atendimento médico e psicológico.


Fonte: g1

Padrasto é preso por estupro de enteada de 12 anos no interior do RN



Um homem de 38 anos foi preso nesta quinta-feira (21), em São Paulo do Potengi, na região do Agreste potiguar, suspeito de cometer estuprar a própria enteada, de 12 anos de idade.


De acordo com a polícia, as investigações apontaram que os crimes ocorriam desde 2020, quando o suspeito iniciou um relacionamento amoroso com a mãe da vítima e o casal começou a morar junto.


Segundo a Polícia Civil, os policiais 1ª Delegacia Regional cumpriram um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, por estupro de vulnerável, expedido pela Vara Única da Comarca de São Paulo do Potengi


Após a detenção, o homem foi conduzido até a delegacia e encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.


Fonte: g1

Homem é preso dentro de banco na Grande Natal ao tentar fazer empréstimo com documento falso



Um homem de 59 anos foi preso dentro de uma agência bancária em Ceará-Mirim, na Grande Natal, quando tentava fazer um empréstimo usando documentos falsos nesta quinta-feira (21).


Ao ser preso, ele tentou subornar os policiais, que deram voz de prisão pelo crime de corrupção ativa, além dos crimes de uso de documento falso e tentativa de estelionato.


À polícia, o suspeito disse que adquiriu os documentos falsos em São Paulo e que eles já haviam sido usados em uma agência bancária em Parnamirim, na quarta-feira (20).


Ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.


Fonte: g1

Inscrições para concurso da ALRN se encerram nesta segunda-feira (25); salários chegam a R$ 8,3 mil

Se encerram nesta segunda-feira (25) as inscrições para o concurso público da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN). O certame seleciona 47 profissionais para os cargos de Analista Legislativo e Técnico Legislativo e os salários podem chegar a R$ 8,3 mil mais benefícios.


Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte — Foto: ALRN/Divulgação


De acordo com o edital, as inscrições são feitas exclusivamente através do site da banca organizadora. A confirmação ocorre após pagamento da taxa de inscrição. O prazo para pedido de isenção da taxa já foi expirado.


As provas serão aplicadas no dia 25 de setembro nos municípios de Natal, Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros. Pela manhã, prestam o concurso os candidatos para Técnico Legislativo, enquanto durante à tarde será a prova para o cargo de Analista Legislativo.


O certame terá duas fases. A primeira será a de provas objetivas, com 60 questões distribuídas por áreas de conhecimento. A segunda, é discursiva com os candidatos que obtiveram pelo menos 50% dos pontos previstos na fase anterior.


Vagas

São 23 vagas para Técnico Legislativo, de nível médio, com salários de R$ 4.468,16 mil mais benefícios. Serão selecionados profissionais para as áreas de apoio administrativo, contabilidade, edificações, tecnologia da informação e tecnologia de sistema. A taxa de inscrição para o cargo é de R$ 95.


Já para o cargo de Analista Legislativo, de nível superior, são 24 vagas com salários de R$ 8.338,64 mais benefícios. Serão selecionados profissionais para as áreas de processo legislativo, administração, arquitetura, contabilidade, engenharia civil, engenharia elétrica, tecnologia da informação e medicina. Para o cargo, a taxa de inscrição é de R$ 125.


Entre os benefícios para ambos os cargos estão R$ 1,4 mil em auxílio-alimentação, e valores referentes ao auxílio de assistência à saúde, que varia de acordo com a idade do servidor.

O edital traz atribuições e requisitos para cada cargo. O documento estipula, ainda, reserva de vagas para Pessoas com Deficiência (PcDs) e negros.


Fonte: g1

Hospitais do RN registram falta de insumo para exames de ressonância e tomografia há mais de um mês

O Rio Grande do Norte enfrenta há cerca de 45 dias a falta do contraste iodado - uma medicação usada em exames de imagem, como ressonâncias, cateterismos e tomografias computadorizadas para diagnosticar e tratar doenças.


Exames de tomografia (Arquivo) — Foto: Prefeitura de Pedra Branca do Amapari


A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) afirma que o problema é nacional e que os fornecedores alegam não ter o produto disponível.


No dia 12 de julho, o Ministério da Saúde recomendou aos estados o racionamento do uso da medicação.


Entre as orientações, o Ministério da Saúde orientou a priorização de procedimentos em pacientes de maior risco e em condições clínicas de urgência e emergência; evitar qualquer desperdício, e "considerar a utilização de métodos diagnósticos alternativos, quando possível".


"A escassez de meios de contraste é global e de grande preocupação. A interrupção nas cadeias de suprimento, produção e distribuição ocorre principalmente por consequência da pandemia da COVID-19, na China, uma vez que medidas de “lockdown” foram decretadas localmente, impactando na cadeia de produção das indústrias chinesas", diz a nota conjunta do ministério com outras instituições, enviada às secretarias estaduais.


A secretaria do Rio Grande do Norte afirmou que está com processos emergenciais de aquisição em aberto e aguarda respostas dos fornecedores, mas não tem previsão para recebimento da medicação.


Segundo Ralfo Medeiros, diretor da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), praticamente todos os hospitais da rede pública estadual, que são atendidos pelo órgão, já tiveram pedido de abastecimento negado pela Unicat por falta do insumo.


Segundo a Sesap, os exames não foram completamente paralisados, porque o insumo não é utilizado em todos os casos de ressonância e tomografia. De janeiro a maio, foram realizados 23.808 exames de tomografia e 5.856 ressonâncias magnéticas na rede estadual.


O g1 questionou o percentual de casos em que o contraste foi utilizado, mas não recebeu a informação até a última atualização desta matéria. A pasta também não informou, ainda, quantas pessoas aguardam por exames e dependem do insumo.


Fonte: g1

Itep anuncia mudanças no agendamento para emissão de carteiras de identidade no RN

O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) do Rio Grande do Norte anunciou nesta sexta-feira (22) o aumentou no número de vagas de agendamento para serviço de emissão de carteiras de identidade no estado. Mudanças também foram realizadas no modelo de agendamento eletrônico.


Carteira de identidade emitida pelo Itep/RN — Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi


Segundo o diretor-geral do órgão, Marcos Brandão, Natal passa a ter 500 vagas diárias, ou 2.500 vagas semanais, para agendamento do serviço. Até, então eram 400 vagas por dia, na capital.


O agendamento online para Natal foi alterado. O serviço começava às 8h da sexta-feira, para reserva das vagas para a semana seguinte, com a disponibilização de todos os horários. O problema é que normalmente as vagas para a capital acabavam em poucos minutos.


A partir de agora, segundo o órgão, toda sexta, serão disponibilizadas 1.500 vagas para agendamento para a semana seguinte, para o usuário escolher qualquer dia entre a segunda e a sexta-feira.


Mas outras vagas também serão disponibilizadas diariamente, de segunda a quinta, sempre para o dia seguinte. Ao todo, serão 2.500 vagas semanais.


Acesse o link de agendamento do Itep aqui.


Para o restante do estado, segue valendo o agendamento da sexta-feira. Caso as vagas da semana não sejam totalmente preenchidas na sexta, continuam disponíveis no site ao longo da semana.


Emissão de urgência

Outra mudança que deverá ser regulamenta nos próximos dias é a emissão de urgência. O órgão informou que dará prazo de oito dias para entregar o documento para aquelas pessoas que comprovarem a necessidade emergencial do documento, por causa de uma viagem ou assinatura de contrato, por exemplo. As regras ainda serão definidas.


Atualmente, o usuário leva até 40 dias para receber o documento impresso. No entanto, com a emissão do novo modelo da carteira de identidade, com biometria, que passou a ser feita em dezembro de 2022, os usuários podem ter acesso ao documento em formato digital por meio do aplicativo para smartphone RG Digital RN até 15 dias após o pedido da identidade.



"Já emitimos quase 48 mil RGs biométricos desde o início do sistema e a gente está aperfeiçoando. Então, hoje a gente veio primeiro a melhorar o sistema de agendamento. A gente vai expandir o agendamento, com cerca de quinhentos agendamentos diários só em Natal. Na sexta-feira, o cidadão, a partir das 8h, entra no sistema e escolhe qual é a localidade onde ele quer realizar sua identidade. E na semana, também, todos os dias, às 8h, ele pode entrar e fazer o seu agendamento", afirmou Marcos Brandão.


Fonte: g1

PT oficializa candidatura de Fátima Bezerra ao governo do RN

O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou neste sábado (23) o nome da professora Fátima Bezerra, de 67 anos, para disputar a eleição ao governo do Rio Grande do Norte, em outubro.


Fátima Bezerra (PT), candidata a governadora, e Walter Alves (MDB), candidato a vice — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


O lançamento da candidatura foi confirmado em convenção da legenda na tarde deste sábado. A convenção aconteceu no ginásio da Escola Estadual Floriano Cavalcanti, na Zona Sul de Natal.


Foi oficializado ainda que o vice na chapa será Walter Alves (MDB).


Fátima Bezerra, atual governadora do Rio Grande do Norte, tenta a reeleição ao cargo para os anos de 2023 a 2026. Antes de ser governadora, foi deputada estadual (dois mandatos), deputada federal (três mandatos) e senadora.



Quem é Fátima Bezerra?

Natural de Nova Palmeira (PB), Fátima Bezerra foi morar em Natal ainda adolescente e nos anos seguintes se formou em pedagogia na UFRN, se tornando professora da rede pública estadual e municipal.


Também já foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) antes de começar a carreira na política.


Fonte: g1

PSTU oficializa candidatura de Rosália Fernandes ao governo do RN

O diretório estadual do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) oficializou neste sábado (23) o nome da assistente social Rosália Fernandes, de 54 anos, para disputar o governo do Rio Grande do Norte, em outubro.


Socorro Ribeiro e Rosália Fernandes: chapa candidata ao governo do RN pelo PSTU — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi


O lançamento da candidatura foi confirmado em convenção da legenda no início na manhã deste sábado - o período para realização das convenções partidárias começou na quarta, conforme o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A convenção aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde), em Natal.


Essa é a primeira vez que Rosália Fernandes vai disputar o governo do RN. Antes, já foi candidata a deputada estadual e à prefeitura de Natal.


A vice na chapa será a professora Socorro Ribeiro.


Quem é Rosália Fernandes?

Natural de Marcelino Vieira, Rosália Fernandes foi criada em Mossoró e mora em Natal desde 1998. Entrou no serviço público como auxiliar de enfermagem e depois seguiu como assistente social no Hospital Walfredo Gurgel.


Ela Iniciou a militância política no movimento estudantil e ingressou no PSTU em janeiro de 2000. Além disso, teve atuação como diretora do Sindicato dos Servidores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN).


Fonte: g1

Avião 'baleia' Beluga pousa em Fortaleza em 1ª viagem da aeronave à América Latina; veja chegada

O avião cargueiro Airbus Beluga ST, conhecido como avião "baleia", chegou em Fortaleza em seu primeiro pouso na América Latina. A aeronave pousou por volta das 15h25 deste domingo (24), no Aeroporto de Fortaleza.


Um grande número de curiosos compareceu a uma área de observação próxima ao terminal de cargas do aeroporto para testemunhar a chegada da aeronave. No momento, uma escada utilizada para facilitar a visão de algumas pessoas despedaçou-se, mas não houve feridos.


O avião vai pernoitar em Fortaleza, decolando às 8h desta segunda-feira (25) ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), para transportar um helicóptero ACH160. Até lá, interessados em ver a aeronave ainda podem comparecer à área externa da pista do terminal de cargas do aeroporto.


A aeronave é conhecida pelo seu formato exótico, que se assemelha a uma baleia beluga, também conhecida por baleia-branca.


Curiosos observam a chegada do avião "baleia" pela primeira vez no Brasil, no Aeroporto de Fortaleza — Foto: Paulo Cardoso/SVM


Visto de perto

A passagem inédita da aeronave despertou o interesse de várias pessoas que compareceram a uma área próximo à pista de carga do aeroporto.


Um deles foi o motorista Carlos César quase perdeu o horário da chegada do airbus. Ele chegou ao local apenas 15 antes do pouso avião e disse que é um admirador desse tipo de aeronave. "O beluga é um avião muito show, para quem conhece a história dele é sensacional. Um acontecimento desse aqui é imperdível. Eu sempre venho quando chegam aviões assim mais especiais", disse.


Curiosos testemunharam a primeira vez que o avião beluga pousou no Brasil, no aeroporto de Fortaleza. — Foto: Fabiane de Paula/SVM


Já o professor aposentado Nelson Paiva fez questão de trazer a filha para acompanhar a chegada do avião beluga e não escondeu a felicidade.


"É um momento especial. Um avião raro desse pousando aqui no Ceará dificilmente a gente vê. Por isso temos que prestigiar", comentou.

A equipe de pilotagem da aeronave foi recebida pelos funcionários do Aeroporto de Fortaleza logo que desceram do avião. Eles posaram para uma fotografia com a bandeira do Brasil.


Equipe de pilotagem do avião beluga é recepcionada pelos funcionários do Aeroporto de Fortaleza com a bandeira do Brasil. — Foto: Fabiane de Paula/SVM


Reprogramação

Inicialmente, o transporte aéreo tinha previsão de chegada para as 16h10 deste sábado (23). No entanto, a Fraport, empresa que administra o Aeroporto de Fortaleza, informou que a aeronave teve uma reprogramação e pernoitará fora do país.


A Fraport anunciou, então, que o avião chegaria em Fortaleza às 13h deste domingo. Contudo, a empresa não contava com uma tempestade em Dacar, no Senegal, que impediu a aeronave de decolar, atrasando a chegada à capital cearense.


Da capital cearense, o avião segue rumo ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).


Pessoas observam a chegada do avião beluga em Fortaleza. — Foto: Fabiane de Paula/SVM

Avião "baleia" beluga chega ao Brasil pela primeira vez. — Foto: Fabiane de Paula/SVM


Detalhes da aeronave


Conforme o site da Airbus, a aeronave tem 56,16 metros de comprimento, com 17,25 m de altura e 44,84 m de abertura de asa. A aeronave tem carga útil máxima de 40 toneladas, com alcance máximo 1.650 quilômetros (km), a depender da quantidade de combustível e da carga.


A empresa indicou que a aeronave está disponível para companhias de frete como um meio para transporte de cargas de maiores dimensões, tendo um dos bagageiros de maior volume entre aviões civis ou militares atualmente.


Formato da aeronave é similar ao de uma baleia Beluga. — Foto: AP Photo/John Bazemore


Fonte: g1

Jacaré gigante é retirado de lago com pá carregadeira no Tocantins

Vídeos que circularam nas redes sociais mostram um jacaré gigante sendo capturado no lago, em Luzimangues, distrito de Porto Nacional. O animal, com mais de 4 metros, foi amarrado com cordas e içado por uma pá carregadeira. Depois, ele foi colocado em uma caçamba e transportado para outro local.


O caso foi registrado neste sábado (23), às margens da Mineradora Potti. O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado e, quando chegou ao local, encontrou o animal vivo e capturado pelos funcionários da empresa.


Ainda segundo os bombeiros, logo após, o animal foi colocado em uma caçamba da subprefeitura de Porto Nacional e levado pelos funcionários para os mangues do lago, onde não há presença de visitantes.



A Polícia Militar informou que foi até o lago depois de receber informações sobre tentativas de ataque ao animal. Os militares perceberam que o jacaré estava com lesões antigas, sem as patas dianteiras e provavelmente cego de um olho. Um biólogo falou sobre as condições em que o animal foi resgatado.


Jacaré visto no lago de Luzimangues é capturado — Foto: Divulgação


O que diz a Mineradora

O representante da mineradora disse ao g1 que o jacaré-açu foi visto no período da manhã. No momento em que um funcionário subiu na balsa, o animal estava no lago com a boca aberta.


O representante informou que os funcionários imobilizaram o animal usando cordas e acionaram o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. A área é frequentada por várias pessoas, principalmente, durante esse período seco, quando o calor fica mais intenso.


"Nós imobilizamos o animal porque ele estava muito agressivo e o local é usado por banhistas. Quando a polícia chegou, o animal estava no chão. Eles pediram apoio para içar e colocar o jacaré na caçamba. O animal não sofreu maus tratos nenhum, não teve lesões, estava vivo, pelo vídeo dá para ver ele muito agressivo, foi resgatado sem machucado", disse.


O representante afirmou que os militares pediram apoio porque não havia uma viatura para transportar um animal tão grande.


O g1 também solicitou informações para a Prefeitura de Porto Nacional e aguarda uma resposta.


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Jacaré é puxado por pá escavadeira durante captura — Foto: Divulgação


A captura foi correta?

Para o biólogo Aluísio Vasconcelos, é preciso levar em conta as circunstâncias em que o animal foi encontrado e as condições disponíveis.


"Quando a gente vai fazer o manejo de jacarés, no caso esse é um jacaré-açu, geralmente a gente venda os olhos, amarra a boca e aí ele fica imóvel. Com várias pessoas, se amarra as patas dianteiras e traseiras. Só depois a gente consegue manusear o animal sem sofrer algum acidente ou deixá-lo estressado", explicou.


Na visão dele, considerando o tamanho do jacaré e o fato de ele ter sido transportado de forma rápida com ajuda dos equipamentos, o animal não deve ter passado por situação de sofrimento.


"Não vou dizer que foi errado. Poderiam ter feito esse manejo correto, mas pelo vídeo deu para ver que foi algo rápido. Agora não podia ter deixado aquele monte de gente olhando. Quanto mais gente se tem próxima do animal, mais estresse ele sofre", argumentou.


Jacaré capturado no lago de Luzimangues tem mais de 4 metros de comprimento — Foto: Divulgação


Sem as patas

No vídeo, é possível ver que o jacaré está com as patas dianteiras amputadas. O biólogo afirmou que o animal pode ter sofrido ataque de piranhas.


"As piranhas podem comer as patinhas ou possivelmente quando ele está predando outro animal, elas aproveitam".


Apesar desse ferimento que não se regenera, o bicho consegue se adaptar no meio ambiente, disse o biólogo.


O especialista acredita ainda que os funcionários da mineradora conseguiram amarrá-lo por ele não ter as patas, o que impede a mobilidade do animal. "Pata predada reduz a movimentação dele, e isso é uma sorte que eles tiveram. Se ele tivesse com as patas inteiras, talvez não tivessem conseguido pegar esse jacaré", explicou.


Fonte: g1

Brasil não atinge metas da vacinação infantil e tem taxas abaixo da média mundial; entenda em 6 gráficos



Os números da vacinação infantil no Brasil estão cada vez mais desafiadores e apontam uma tendência de queda nos últimos anos em vacinas essenciais para os pequenos, como a BCG, a tríplice bacteriana e as contra a hepatite B e a poliomielite, todas com taxas de cobertura menores que médias mundiais.


É o que mostram os dados de um novo relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), divulgados na última semana e analisados pelo g1.


Para o ano de 2021, a OMS e o Fundo levaram em conta informações de 177 países, incluindo o Brasil, e concluíram que, no mundo todo, os dados mostram o maior retrocesso contínuo na vacinação infantil em 29 anos. No nosso país, os números pintam um panorama diferente, mas não menos preocupante.



"É um quadro dramático. [Nesse relatório da OMS], nós estamos entre os 10 piores países do mundo em vacinação, ao lado do Haiti e da Venezuela, países que tem dificuldades econômicas enormes e não têm um programa tão organizado como o nosso", lamenta Carla Domingues, epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI).


Vacina BCG: cobertura contra a tuberculose grave

A vacina BCG é umas das primeiras da vida. Ela é indicada horas após o nascimento até no máximo antes da criança completar os 5 anos de idade, e protege contra formas graves da tuberculose, como a meníngea e miliar, complicações que podem levar à morte.


O imunizante existe há mais de 100 anos e é uma das vacinas mais utilizadas no mundo. No Brasil, embora tenhamos tido uma certa recuperação em 2018, a taxa de imunização da BCG vem caindo consideravelmente desde 2019, durante o primeiro ano do governo Bolsonaro, quando diversos estados precisaram racionar a vacina.


Naquele ano, segundo as estimativas da OMS e do UNICEF, a cobertura vacinal foi de 79%, a primeira vez em quase duas décadas que o índice foi menor que a taxa global de imunização. Já em 2021, no segundo ano da pandemia, somente 63% das crianças receberam a vacina. Até 2015 essa taxa beirava os 100% no país (veja gráfico acima).


Em maio deste ano, conforme mostrou o g1, diversas entidades médicas enviaram uma carta ao Ministério da Saúde alertando mais uma vez para a falta do imunizante em postos de saúde pelo Brasil. Segundo a pasta informou à época, o imbróglio envolvia dificuldades na aquisição do imunizante e, por isso, o ministério diminuiria novamente o envio de doses mensais aos estados. Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde não respondeu até a última atualização desse texto.


Domingues lembra que um dos problemas que resultam nessa baixa cobertura, é justamente essa falta de organização e logística. Ela lembra que para pais desempregados ou que trabalham no mercado informal, por exemplo, aparecer num posto de saúde pode ser algo desafiador.


"Eu tenho que ter uma ação muito séria e rápida, para [que aquela mãe, pai ou responsável] volte a trabalhar. Se aquilo é uma ação demorada, tem fila, tem falta de vacina, tem uma burocracia, você desiste. Esse pai vai se perguntar por que perder um dia de trabalho", observa a epidemiologista.

Neste ano, segundo dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde -que não foram levados em conta pelo atual relatório da OMS/UNICEF e utilizam uma metodologia diferente-, a cobertura vacinal do imunizante está em torno 53% (considerando a última atualização até o dia 21).


Vacina contra a hepatite B

A primeira dose da vacina contra a hepatite B também deve ser aplicada nas primeiras horas de vida de um recém-nascido, mais especificamente entre as primeiras 12 ou 24 horas. O imunizante previne contra uma forma grave da hepatite, um tipo de inflamação no fígado que é provocada pelo vírus B da doença (o HBV).


De acordo com as estimativas da OMS e do UNICEF, embora a taxa de vacinação no Brasil tenha sido superior ao índice mundial para a terceira dose contra a doença por mais de 18 anos, desde 2015 o país não alcança o patamar de 95% recomendado por especialistas (veja acima).


A situação piorou ainda mais no último ano, quando essa taxa de vacinação despencou para 68%.


Este ano, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, a população-alvo atingiu uma cobertura vacinal de apenas 46% até o momento.


"O Ministério da Saúde cada vez mais tem investido menos em campanhas de esclarecimento e de conscientização da população. Lança-se uma campanha de vacinação e sequer tem uma mobilização da sociedade", critica Domingues.


Vacina contra a poliomielite

O último caso de pólio no Brasil foi detectado em 1989. A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, tem certificado de erradicação no país desde 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas devido ao risco de volta da doença infectocontagiosa.


Kfouri explica que, como a campanha de vacinação contra a pólio foi muito bem sucedida por aqui ao longo das últimas décadas, a importância dessa imunização e de outras do calendário básico é muitas vezes desprezada pela atual geração de pais e responsáveis.



O infectologista diz que isso é o resultado do próprio sucesso das vacinas, que foram tão eficazes em combater essas doenças nas últimas décadas que provoca um sentimento de desinteresse nas pessoas, que não se sentem mais motivadas a se vacinar porque não convivem e nunca conviveram com essas moléstias.


"O que move as pessoas em busca da proteção é a percepção do risco. Quando você se sente ameaçado, você vai correr atrás. Quando não, você vai ficar em dúvida, questiona, deixa para outro dia. É assim que funciona", ressalta.

Segundo dados da OMS e do UNICEF, desde 2016 o Brasil não alcança a faixa ideal para a terceira dose da vacina da pólio, aplicada a partir dos 6 meses de vida. Em 2021, esse índice foi de apenas 61% (gráfico acima).


Já em 2022, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde consultados pelo g1, a cobertura vacinal está em torno de 45%.


Vacina contra difteria, tétano e coqueluche

A difteria é uma infecção grave no nariz e na garganta, que pode causar dificuldades na respiração. Já o tétano é uma infecção bacteriana que afeta os nervos provocando uma rigidez muscular em todo o corpo. Por sua vez, a coqueluche é uma doença altamente infecciosa que atinge o trato respiratório e causa fortes crises de tosse.


Um ponto em comum, é que todas essas três doenças podem ser facilmente evitadas por meio da vacinação, ofertada gratuitamente pelo SUS.


Apesar dessa disponibilidade, o percentual de bebês que tomaram a terceira dose da chamada tríplice bacteriana, também vem caindo consideravelmente. No ano passado, segundo as estimativas da OMS e do UNICEF, a cobertura atingiu a pior marcar dos últimos 20 anos: cerca de 68%, enquanto o percentual recomendado deve beirar os 95% (veja acima).


Até o último dia 22 de julho, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal está em torno de 40%.



Cobertura da tríplice viral

A tríplice viral é uma vacina que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba, doenças virais infectocontagiosas.


A OMS e o UNICEF separam globalmente os dados de vacinação para rubéola e o sarampo. Por isso, os índices aparecem em gráficos diferentes, mas têm o mesmo percentual para o Brasil. Além disso, no último relatório das entidades, não foram divulgados dados globais de vacinação contra a caxumba.


No Brasil, a queda da cobertura para a vacina tríplice viral começou em 2017 e vem continuando desde então. E, segundo especialistas ouvidos pelo g1, as consequências disso são claras.


Em 2019, o país perdeu o certificado de erradicação do sarampo após a confirmação de um caso no Pará. 2 anos depois, ao longo do ano de 2021, 2.306 casos suspeitos de sarampo foram notificados em todo o Brasil, destes 668 (29,0%) foram casos confirmados.


Domingues explica que a elevada cobertura (em torno de 95%) é necessária justamente para evitar cenários como esse, tendo em vista que a doença é altamente contagiosa.


"Se eu tenho [hipoteticamente] o sarampo e temos uma cobertura de 70% num município com mil crianças, por exemplo, nós estamos falando de 300 crianças que estão desprotegidas. E a chance dessa pessoa infectada que chegou naquela comunidade ter outra pessoa para contaminar é enorme. O sarampo para cada uma pessoa doente, contamina 18", alerta a epidemiologista.


Fonte: g1

'Marcelo e Aldo foram criados como irmãos', diz parente de turista vítima de afogamento em Porto de Galinhas

"Marcelo e Aldo foram criados como irmãos desde os 5 anos de idade. Provavelmente, um foi tentar salvar o outro." A fala é do policial André Felicioni, cunhado do contador Marcelo Dionísio da Silva, que se afogou no mar de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco. A outra vítima é Aldo Barros Alves. Os dois tinham 48 anos.


Aldo Barros Alves (à esquerda) e Marcelo Dionísio da Silva (à direita) — Foto: Reprodução/Instagram


Os dois turistas estavam hospedados no resort de luxo Enotel com a família e entraram no mar no começo da noite da sexta-feira (22). No momento do afogamento, estavam com eles dois adolescentes de 12 e 13 anos. O primeiro a ser resgatado foi Marcelo, que já estava morto.


Horas depois, os salva-vidas tiraram Aldo do mar. Ele foi reanimado, socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto de Galinhas, onde morreu.


Os dois homens que morreram eram cunhados. Marcelo veio de Pouso Alegre, em Minas Gerais, e Aldo, de São Paulo. Eles estavam com as esposas e os filhos passando férias no litoral pernambucano.


De acordo com o cunhado de Marcelo, os pais do contador são pernambucanos de Garanhuns, no Agreste. Por causa disso, o velório ocorre na Organização social de Assistência Cristo Redentor, no bairro de São José, neste domingo (24). O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de São João, cidade limítrofe.



O corpo de Aldo deve ser levado para São Paulo, de onde ele veio. Entretanto, a família enfrenta dificuldades com relação ao traslado, já que, no fim de semana, não há expediente dos cartórios.


"Os pais de Marcelo são de Garanhuns. Eles foram para São Paulo, depois voltaram. A mãe dele mora aqui. Ele, mesmo, morava em Pouso Alegre. O Aldo ainda precisa desse trâmite para liberar o traslado, porque em Porto de Galinhas não tem plantão nos cartórios, no fim de semana. A esposa dele e o filho já foram para lá", afirmou André Felicioni.


Local do afogamento


Buscas por homens que se afogaram no mar de Porto de Galinhas — Foto: Reprodução/WhatsApp


De acordo com a prefeitura de Ipojuca, os homens entraram no mar após as 17h, quando o turno dos salva-vidas já tinha acabado. Teriam entrado na água "exatamente no local sinalizado com bandeiras vermelhas indicando a proibição para banho e o risco de afogamento".


No momento do afogamento, eles estavam na companhia de dois sobrinhos, de 12 e 13 anos. Os dois adolescentes conseguiram nadar e sair da correnteza. As esposas dos dois estariam no resort com outras pessoas da família. O grupo teria chegado ao hotel no dia 17 de julho.


O primeiro a ser encontrado foi Marcelo Dionisio, que já estava morto. Aldo Barros Alves só foi achado às 19h50. Ele foi reanimado pelos salva-vidas, bombeiros e equipe de resgate do resort antes de ser socorrido para a UPA.


Segundo André Felicioni, foi um dos adolescentes que indicou aos salva-vidas o local em que os dois homens se afogaram. "As crianças que estavam lá falaram que eles não estavam no local proibido. A água é que foi levando-os para a correnteza, mas entraram no local permitido", afirmou.


Fonte: g1

Viés de negatividade: por que os efeitos das críticas duram muito mais do que os dos elogios

Na infância, muitas vezes somos ensinados a usar a expressão "o que vem de baixo não me atinge", quando ouvimos um insulto.


Viés de negatividade — Foto: Getty Images via BBC


Mas, com a experiência, os adultos entendem que este velho ditado está longe de ser verdade.


Enquanto lesões físicas podem levar semanas para cicatrizar, comentários negativos podem deixar cicatrizes para o resto da vida.


Seja uma crítica feita serenamente por um professor na sala de aula ou um comentário cruel disparado no calor de uma discussão por um amigo ou namorado, tendemos a lembrar muito melhor das críticas do que dos comentários positivos.


E isso se deve a um fenômeno chamado viés da negatividade.



Na verdade, uma série de efeitos complexos pode ser explicada por este viés, que é a tendência universal das emoções negativas nos afetarem com mais força do que as positivas.


Isso nos faz prestar atenção especial às ameaças e exagerar os perigos, de acordo com Roy Baumeister, psicólogo social da Universidade de Queensland, na Austrália, e coautor do livro The Power of Bad: And How to Overcome It.


Embora focar no lado mais sombrio do mundo que nos rodeia possa parecer uma perspectiva deprimente, isso ajudou os seres humanos a superar tudo, desde desastres naturais a pragas e guerras, deixando-os mais bem preparados para lidar com estes eventos (embora haja evidências de que o otimismo também possa ajudar a nos proteger de situações extremas).


O cérebro humano evoluiu para proteger nossos corpos e nos manter vivos — e possui três sistemas de alerta para lidar com novos perigos.


Há o antigo sistema de gânglios basais que controla nossa resposta de luta ou fuga; o sistema límbico que desencadeia emoções em resposta a ameaças para nos ajudar a entender os perigos; e o córtex pré-frontal mais moderno, que nos permite pensar logicamente diante de ameaças.


"Nossos ancestrais que tinham esse viés [negativo] eram mais propensos a sobreviver", diz Baumeister.



Os seres humanos são programados para procurar ameaças e, com apenas oito meses, os bebês se viram com mais urgência para olhar a imagem de uma cobra do que de um sapo mais amigável.


Aos cinco anos, eles aprendem a priorizar uma cara de raiva ou medo, em vez de uma feliz.


Baumeister diz que focar primeiro nos problemas pode ser uma boa estratégia. "Primeiro, se livre dos (aspectos) negativos e resolva os problemas. Essencialmente, estanque a hemorragia."

Mas, embora focar no lado ruim possa nos manter seguros em situações extremas, o viés da negatividade pode se provar inútil no dia a dia. Baumeister acredita que até que aprendamos a superar o impacto desproporcional do negativo, ele distorce nossa visão de mundo e como reagimos a ele.


Por exemplo, a vida tende a parecer sombria ao folhearmos as páginas de um jornal. Os jornalistas são frequentemente acusados ​​de buscar más notícias, uma vez que as mesmas vendem jornais e atraem os espectadores.


Isso pode ser parcialmente verdade. Os pesquisadores mostraram que os leitores são naturalmente atraídos por histórias calamitosas e são mais propensos a compartilhá-las com outras pessoas.


Rumores sobre perigos potenciais — mesmo que sejam improváveis — se espalham com muito mais facilidade do que rumores que poderiam ser benéficos.


Em um estudo, cientistas da Universidade McGill, no Canadá, usaram a tecnologia de rastreamento ocular para analisar em que notícias os voluntários prestavam mais atenção.


Descobriram que os participantes geralmente escolhiam histórias sobre corrupção, reveses, hipocrisia e outras más notícias, em vez de histórias positivas ou neutras.


As pessoas que estavam mais interessadas em temas da atualidade e política eram particularmente propensas a escolher notícias ruins — mas, quando perguntadas, diziam que preferiam as notícias boas.


O que lemos e assistimos no noticiário pode aumentar nossos medos.


Por exemplo, nosso medo do terrorismo é pronunciado mesmo que o número de pessoas mortas por grupos terroristas nos últimos 20 anos nos EUA seja menor do que o número de americanos que morreram em suas banheiras durante o mesmo período, explica Baumeister em seu livro.


Embora a preocupação com uma situação hipotética, mas horrível, possa nos deixar com medo, uma pequena experiência ruim pode ter um impacto desproporcional em todo o nosso dia.


Efeito duradouro da crítica

Randy Larsen, professor de ciências psicológicas e cerebrais da Universidade de Washington em St Louis, nos EUA, revisou evidências sugerindo que as emoções negativas duram mais do que as felizes.


Ele descobriu que tendemos a passar mais tempo pensando em eventos ruins do que bons, o que talvez ajude a explicar por que momentos embaraçosos ou comentários críticos podem nos assombrar por anos.


Pode ser difícil não remoer comentários ofensivos de um namorado, parente ou amigo. "Acho que os comentários negativos das pessoas que amamos e confiamos têm mais impacto do que de estranhos", diz Baumeister.

Isso acontece em parte porque temos expectativas de como nossos amigos e familiares devem se comportar conosco.


Em alguns casos, comentários negativos de pessoas que amamos podem provocar feridas mentais duradouras e ressentimentos que podem levar ao rompimento de relacionamentos.


Pesquisadores da Universidade de Kentucky, nos EUA, descobriram que as relações raramente se salvam quando os parceiros ignoram os problemas da relação para permanecer "passivamente leais".


"Não são tanto as coisas boas e construtivas que os parceiros fazem ou deixam de fazer um pelo outro que determinam se um relacionamento funciona, mas sim as coisas destrutivas que fazem ou deixam de fazer em reação aos problemas", afirmaram.

Outro estudo, que acompanhou casais por mais de 10 anos, mostrou que o grau com que expressavam sentimentos negativos um pelo outro nos dois primeiros anos de casamento previa se iriam se separar — com níveis de negatividade mais altos entre os casais que se divorciavam.


O viés da negatividade explica por que muitos de nós podemos ser culpados por dar como garantidos nossos relacionamentos quando estão indo bem — mas rapidamente perceber imperfeições e inclusive transformar questões menores em problemas maiores.


As críticas também são amplificadas quando chegam em grandes quantidades, tornando as redes sociais uma potencial câmara de eco da negatividade.


Billie Eilish ganhou cinco estatuetas no Grammy 2020, entre elas as quatro maiores categorias da noite — Foto: FREDERIC J. BROWN / AFP


Apesar de ser autora do álbum mais vendido de 2019, a cantora Billie Eilish contou ao programa Breakfast, da BBC, que evita olhar os comentários.


"Estava arruinando minha vida", disse ela. "Quanto mais legais as coisas que você faz, mais as pessoas te odeiam. É uma loucura. Está pior do que nunca."

A estrela pop Dua Lipa e Nicola Roberts, ex-integrante do grupo Girls Aloud, são outros exemplos de celebridades que falaram sobre o impacto da chamada trollagem.


Baumeister afirma que não temos a capacidade de lidar com a negatividade nas redes sociais, porque nosso cérebro evoluiu para prestar atenção e nos advertir sobre uma comunidade próxima de caçadores-coletores, em vez de centenas ou milhares de estranhos.


"Então, ouvir coisas negativas de um grande número de pessoas tem que ser devastador", diz ele.

É claro que o impacto de ser trollado online ou criticado por um amigo varia de pessoa para pessoa.


Dua Lipa ganhou Grammy de revelação e de melhor gravação dance — Foto: Mario Anzuoni / Reuters


Efeitos físicos de comentários negativos

Mas receber, internalizar e reforçar quaisquer comentários negativos pode aumentar o estresse, a ansiedade, a frustração e a preocupação, observa Lucia Macchia, cientista comportamental e pesquisadora visitante da Universidade London School of Economics (LSE), no Reino Unido.



"Lidar com estas emoções negativas tem um grande impacto no nosso corpo, já que podem até criar e exacerbar a dor física", acrescenta.

Dezenas de estudos mostram, no entanto, que as pessoas tendem a olhar para o lado positivo à medida que envelhecem.


Os cientistas se referem a este efeito como "viés da positividade" — e acreditam que começamos a lembrar mais de detalhes positivos do que de informações negativas a partir da meia-idade.


Baumeister acredita que isso acontece porque precisamos aprender com os fracassos e as críticas na juventude, mas esta necessidade diminui à medida que envelhecemos.


No entanto, os comentários negativos podem ser prejudiciais em qualquer idade, especialmente em momentos em que estamos particularmente sugestionáveis ​​ou vulneráveis.


"Quando você já está deprimido, é mais difícil se recuperar, então pode não ser um bom momento para ouvir comentários negativos", diz Baumeister.

Como se proteger dos impactos negativos das críticas

Um tema altamente debatido é se pessoas com certos tipo de personalidade são mais propensas à negatividade do que outras.


Mas um estudo recente não encontrou "evidências consistentes" da relação entre os traços de personalidade ou ideologia política de alguém e o viés da negatividade.


"Todos nós somos sensíveis a comentários negativos no sentido de que não há traços de personalidade 'mais fortes'. Lembrar que todo mundo recebe comentários negativos pode nos ajudar a lidar com eles... e pode ser uma boa estratégia para proteger nossa própria saúde mental", ela acrescenta.


"Outra estratégia útil poderia ser considerar que os comentários estão mais ligados à pessoa que os faz do que a quem os recebe."

Ao reconhecer o viés da negatividade, podemos anular as respostas indesejáveis ​​e até aproveitar seus benefícios.


Por exemplo, Shelley Taylor, professora de psicologia social da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos EUA, mostrou que mulheres com câncer de mama às vezes criam crenças otimistas, mas pouco realistas, para ajudá-las a lidar com a situação.


Estas "ilusões positivas" estão associadas a benefícios para a saúde mental e física, sugerindo que podem ajudar a nos centrar em momentos de necessidade.


O trabalho de Taylor também lançou luz sobre uma resposta comumente usada diante da negatividade, chamada de minimização, que é nossa capacidade de "atenuar, minimizar e até apagar o impacto desse evento".


Por exemplo, as pacientes com câncer no estudo de Taylor às vezes se comparavam a mulheres que estavam em situação pior do que a delas, para fazer com que seu problema parecesse menor.


Felix Baumgartner (esquerda) comemora seu pouso com Art Thompson, diretor técnico da missão que o levou à estratosfera — Foto: Ross D. Franklin/AP


O paraquedista Felix Baumgartner, destemido profissional, pode não ser alguém que você imagine que precisaria usar técnicas de minimização para enfrentar seus medos.


Mas Michael Gervais, psicólogo que trabalha com atletas olímpicos, recorreu a estas técnicas para ajudar Baumgartner a alcançar seu objetivo de se tornar o primeiro paraquedista a romper a barreira do som.


De acordo com entrevistas que concedeu, Baumgartner tinha medo de ficar preso em seu traje especialmente confeccionado.


Em vez de vê-lo negativamente como uma prisão em potencial, Gervais o ensinou a visualizar como o traje poderia transformá-lo em um super-herói, ampliando os benefícios e diminuindo as desvantagens.


Usando uma combinação de técnicas de respiração e uma forma de terapia cognitivo-comportamental (TCC), Baumgartner conseguiu cumprir seu objetivo e se tornar o "Fearless Felix", o "Destemido Felix".


Poucos de nós compartilharão as grandes ambições de Baumgartner, mas todos nós podemos aprender com ele.


Ao anular o negativo e acentuar o positivo, podemos ter mais chances de alcançar nossos sonhos.


Fonte: BBC