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domingo, junho 26, 2022

Golpe: motoristas abastecem o carro e fogem do posto sem pagar

O Fantástico conta uma história com uma cena comum em qualquer cidade brasileira, mas com um desfecho surpreendente: um motorista vai abastecer o carro, só que na hora de acertar a conta... Acelera e foge sem pagar.



Em um posto em Minas Gerais, um motorista conversa com o frentista. Parece um cliente como outro qualquer e chega a colocar o braço para fora quando o funcionário fecha o tanque, mas nada de dinheiro.


Em Manaus, os postos entraram em alerta. A frentista Railma gravou com o celular o HB20 branco usado para o golpe. O vídeo ajudou, porque fez com que ela e uma colega frentista não herdassem o prejuízo.



O motorista filmado por Railma já tinha sido flagrado outras vezes. Até que um dia não conseguiu fugir. Em um sábado, por volta das 10h, o carro vinha em alta velocidade numa avenida, e a perseguição acabou quando ele bateu em outro veículo, atingiu também um motociclista, perdeu o controle, subiu na calçada arrebentando uma barreira e entrou no muro de uma casa.


O motorista ficou um mês preso e atualmente responde em liberdade. No mesmo dia, outro carro também tentava escapar da polícia. Só que em Fortaleza, e com o mesmo esquema. O motorista tinha abastecido R$ 360 em gasolina. O carro fugiu na contramão e avançou sinal... Até o suspeito ser parado e preso.


Em Taubaté, no interior de São Paulo, um carro fugiu pelas ruas depois de abastecer em três postos na mesma tarde, sem gastar um real.


“O condutor do veículo junto com o passageiro dianteiro, eles realmente afirmaram que estavam ali fazendo uma brincadeira, que eles tinham realmente dinheiro para pagar e queriam pregar uma peça no posto. Simplesmente, uma brincadeira de mau gosto. E essa brincadeira de mau gosto, contudo, ela é crime”, contou Marcelo Augusto Bocado Paes, delegado da Polícia Civil.



Motorista enche tanque com gasolina e foge de posto sem pagar R$ 370 em Ibaté

VÍDEO: motorista abastece e sai sem pagar de posto de combustíveis no interior de SP

O primeiro posto que levou o golpe avisou a polícia. A Guarda Municipal começou a acompanhar o veículo pelas câmeras de segurança. Até que conseguiu parar o carro. O motorista e o carona foram responsabilizados pelo delito de furto, qualificado mediante a fraude, e vão responder por uma pena de dois a oito anos.


“A mãe retornou ao posto e falou ‘esse é meu filho. Eu não criei filho para fazer isso, e ele está aqui para pedir desculpa e pagar o que deve’”, disse o dono do posto, Leandro Misael dos Santos.

A mesma coisa fez o pai do motorista que cometeu o delito em Minas Gerais. Assista à integra da reportagem no vídeo acima para mais informações e depoimentos; e entenda por que, muitas vezes, o prejuízo fica com o frentista.


Fonte: Fantastico

Brasil registra 41 mortes por Covid-19 neste domingo; média de casos é a mais alta desde março

O Brasil registrou neste domingo (26) 41 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 670.459 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 193. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de 20%, indicando tendência de alta. Já a média móvel de casos chegou a 53.798, a maior registrada desde 1º de março.


Brasil, 26 de junho

Total de mortes: 670.459

Registro de mortes em 24 horas: 41

Média de mortes nos últimos 7 dias: 193 (variação em 14 dias: +20%)

Total de casos conhecidos confirmados: 32.076.972

Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 18.074

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 53.798 (variação em 14 dias: +21%)


Média de mortes neste domingo (26) — Foto: Arte/g1


Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul e Piauí não tiveram registro de mortes nas últimas 24 horas. Os estados de Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e Tocantins, além do Distrito Federal, não divulgaram atualização dos dados neste sábado.


No total, o país registrou 18.074 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 32.076.972 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 53.798, variação de +21% em relação a duas semanas atrás.


Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.


Fonte: g1

Felipe Neto relata ameaça de segurança ao assistir jogo de futebol em camarote no Engenhão: 'Tinha q botar uma bomba aí'

O influencer digital Felipe Neto usou as redes sociais neste domingo (26) para relatar que foi vítima de uma ameaça durante um jogo de futebol entre Botafogo e Fluminense no Engenhão, na Zona Norte do Rio. A ameaça, segundo ele, foi feita por um segurança do local.


O youtuber Felipe Neto — Foto: Divulgação (via BBC)


“Estava assistindo ao jogo no meu camarote. Um segurança da empresa Blindados abordou meu motorista na porta e perguntou: “de quem é esse camarote?” Ao ouvir q era meu, respondeu: “pff, tinha q botar uma bomba aí pra explodir e não sobrar nada”, postou no Twitter.


Após o relato, o youtuber revelou que vem sendo alvo de ameaças nos últimos 4 anos e que não se sente seguro em nenhum lugar.


“Vamos fazer representação contra esse homem, mas esse é o resumo da minha vida nos últimos 4 anos. A qualquer momento algo pode acontecer comigo. Se isso acontecer, só peço q vcs lembrem quem foram as pessoas responsáveis por alimentar esse ódio contra mim”.


Ele contou ainda que após o episódio, a diretoria do Botafogo entrou em contato com ele e prometeu apurar o caso.


“A Diretoria do Botafogo entrou em contato comigo e garantiu que não poupará esforços para identificar o segurança que fez a ameaça de bomba contra mim. A empresa Blindados, responsável pelos seguranças do local, também está investigando para identificá-lo”.


Fonte: g1

Datafolha: 63% dos brasileiros afirmam não ganhar o suficiente e ter problemas financeiros

Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" neste domingo (25) aponta que 63% dos brasileiros afirmam não ganhar o necessário e ter problemas financeiros em casa.


Datafolha: 63% dos brasileiros afirmam não ganhar o necessário e ter problemas financeiros — Foto: Natalia Filippin/G1


Desse total, 37% declaram que o orçamento familiar não é suficiente e que, às vezes, chega a faltar. Já uma parcela de 26% diz que ganha muito pouco.


O Datafolha ouviu 2.556 brasileiros em 181 cidades na quarta-feira (22) e quinta (23). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou menos.


Segundo a publicação, a pesquisa divulgada neste domingo mostra uma reversão de tendência.


A parcela de brasileiros que declarava ter limitações financeiras vinha recuando desde o seu pico, alcançado em julho de 2016, quando 67% responderam ter problemas com o orçamento. Há um ano, essa parcela havia retraído para 55%.



Veja o resultado:

Você diria que o dinheiro que você e sua família ganham:


Não é suficiente, às vezes falta: 37%

É exatamente o que precisam para viver: 32%

É muito pouco, trazendo muitas dificuldades: 26%

Mais do que suficiente: 5%

Daqui pra frente a inflação vai aumentar, vai diminuir ou vai ficar como está?


Aumentar: 63%

Ficar como está: 19%

Diminuir: 13%

Daqui pra frente o desemprego vai aumentar, vai diminuir ou vai ficar como está?


Aumentar: 45%

Ficar como está: 27%

Diminuir: 23%

E o poder de compra dos salários vai aumentar, diminuir ou ficar como está?


Diminuir: 34%

Ficar como está: 33%

Aumentar: 29%

Situação econômica do país - nos últimos meses, como evoluiu?


Piorou: 67%

Ficou como estava: 17%

Melhorou: 15%

Não sabe: 1%

Situação econômica do entrevistado - nos últimos meses, como evoluiu?


Piorou: 47%

Ficou como estava: 32%

Melhorou: 20%

Não sabe: 0

Nos próximos meses, a situação econômica do país vai melhorar, vai piorar ou vai ficar como está?


Piorar: 34%

Melhorar: 33%

Ficar como está: 29%

Nos próximos meses, a sua situação econômica vai melhorar, vai piorar ou vai ficar como está?


Piorar: 34%

Melhorar: 33%

Ficar como está: 29%


Fonte: g1

‘Dom será cremado no país que amava’, afirma esposa de Dom Philips, que pediu segurança para defensores do meio ambiente

A mulher de Dom Phillips, Alessandra Sampaio pediu mais segurança para os defensores do meio ambiente para que as famílias deles não passem pela perda que ela e os parentes do indigenista Bruno Pereira estão passando. Ela também fez questão de dizer que Dom está sendo cremado no país que amava, pelo qual lutou e que escolheu para viver. Ela fez um pronunciamento durante o velório do jornalista inglês.


Jornalista inglês Dom Phillips — Foto: Reprodução Twitter/@domphillips


“Hoje Dom será cremado no país que amava, seu lar escolhido, o Brasil. O dia de hoje é de luto”, afirmou Alessandra.

O corpo do jornalista inglês Dom Phillips, assassinado no Vale do Javari, no Amazonas, é velado neste domingo (26) no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.



Ela ressaltou que a família seguirá atenta a todos os desdobramentos das investigações e que pediu segurança para quem defende o meio ambiente e as famílias.


“Seguiremos atentos a todos os desdobramentos das investigações, exigindo justiça no significado mais abrangente do termo. Renovamos a nossa luta para que nossa dor e a da família de Bruno Pereira não se repitam. Como também as das famílias de outros jornalistas e defensores do meio ambiente, que seguem em risco”, disse a esposa de Dom.


Alessandra pediu que a percepção da importância com o cuidado com o meio ambiente se transforme em atos práticos pela preservação da vida.


“Esse movimento mundial de solidariedade e justiça e de consciência pela conservação da natureza e dos povos que a protegem traz uma imensa esperança a todos nós, eu tenho certeza disso”, afirmou.


Alessandra agradeceu a todos que participaram das buscas pelo marido e pelo indigenista Bruno Pereira. Ela também agradeceu aos profissionais de imprensa na cobrança por transparência nas investigações e mobilização em torno do caso.


“Eu agradeço de coração a todas as pessoas que se solidarizaram com Dom, com Bruno, com nossas famílias e amigos aqui no Brasil e em outros países”, destacou.



A mulher de Dom Philips afirmou que as homenagens finais ao jornalista inglês serão feitas em uma cerimônia restrita aos familiares.


"Dom era uma pessoa muito especial, não apenas por defender aquilo que acreditava como profissional, mas também por ter um coração enorme e um grande amor pela humanidade. Vamos celebrar a doce memória de Dom e a sua presença em nossas vidas", disse Alessandra.


O corpo de Phillips chegou ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira (23) em um avião da Polícia Federal (PF). A viúva dele, Alessandra Sampaio, recebeu da PF a aliança do marido.


Dom e o indigenista Bruno Pereira foram vistos pela última vez em 5 de junho, enquanto faziam uma expedição na região do Vale do Javari, no Amazonas.



Os corpos dos dois foram encontrados no dia 15. Laudos periciais confirmaram que eles foram mortos a tiros, com munição de caça.


Três homens já foram presos por terem participação no crime. Segundo a Polícia Federal, outros cinco homens que ajudaram a enterrar os corpos de Bruno e Dom na mata foram identificados.


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Viúva mostra aliança do marido, encontrada no Amazonas — Foto: Reprodução


Além disso, nesta quinta, um homem se apresentou à polícia em São Paulo dizendo que participou dos assassinatos.


A perícia apontou que Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.


A motivação do crime ainda é incerta, mas a polícia apura se há relação com a atividade de pesca ilegal e tráfico de drogas na região.



Segunda maior terra indígena do país, o Vale do Javari é palco de conflitos típicos da Amazônia: desmatamento e avanço do garimpo.


Fonte: g1

Defesa de Demétrius alega que procurador sofre com 'problemas de ordem psiquiátrica' e que colegas já sabiam

A defesa do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, preso na última quinta-feira (23) após espancar a procuradora-geral de Registro, no interior de São Paulo, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39, alega que o homem sofre com “problemas de ordem psiquiátrica”, que a condição era de conhecimento dos colegas de trabalho e que a situação o levou a pedir exoneração do cargo.


Justiça determinou a detenção de Demétrius na quarta-feira (22) — Foto: Reprodução/Redes Sociais


Em contato com a TV Globo, o advogado de Demétrius, Marcos Modesto, disse que as agressões da última segunda-feira (20), que foram filmadas e repercutiram nacionalmente, são sinais de um “novo episódio psicótico” do procurador, a quem defende o encaminhamento para tratamento médico adequado.



O advogado ressaltou que não são justificáveis as agressões, mas reforçou que o procurador já havia tido um “quadro psicótico” em 2020, que, inclusive, o motivou a pedir exoneração [demissão da função pública] e o manteve longe do cargo por sete meses, até conseguir retomá-lo por decisão judicial.


Na ocasião, segundo Modesto, Demétrius teve comprovados os quadros de “surtos psicóticos e delírios persecutórios”. Com base no histórico médico do agressor, portanto, o advogado diz acreditar que Demétrius “lamentavelmente veio a cometer os atos de lesão corporal que merecem o absoluto repúdio da sociedade”.


O advogado de defesa do procurador aponta, ainda, que “em virtude de seu quadro de saúde mental, fragilizado devido a problemas de ordem pessoal, às pressões naturais do cargo, bem como à animosidade que sentia em seu ambiente de trabalho, ele solicitou mudança de setor, e esse pedido não foi atendido por seus superiores hierárquicos”.



Modesto acredita, portanto, que, assim como no primeiro surto, em 2020, Demétrius agiu com “falta de consciência de seus atos”. O defensor disse ainda que a agressão não foi por misoginia ou em discriminação a mulher, mas “em decorrência da deterioração de sua saúde mental, a qual merece e deve ser tratada, e não ser ainda mais prejudicada”.


Atestado de saúde ocupacional

Um documento assinado por um médico do trabalho em 9 de dezembro de 2020, que considera Demétrius inapto a dar sequência às atividades na Procuradoria Geral de Registro, tinha anexado um laudo com uma avaliação da médica psiquiátrica Roberta Airoldi, com a data do dia anterior.


Após avaliar o procurador a profissional apontou que Demétrius, à época, apresentava: “sintomas sugestivos de transtorno de estresse pós-traumático e episódio agudo de paranoia, que teve remissão após uso de medicação adequada. Após o episódio de estresse agudo, apresentou amnésia lacunar [perda de memória repentina e transitória], por aproximadamente 24 horas e delírios persecutórios. Neste momento, não apresenta-se capaz de tomar decisão sobre sua exoneração, que deve ser imediatamente adiada”.


A médica, por fim, sugeriu que o Procurador fosse afastado das atividades por 15 dias.


Exonerado e retorno ao cargo


A Prefeitura de Registro confirmou que antes de o procurador Demétrius espancar a chefe e procuradora-geral, ele havia pedido exoneração do cargo e deixado as funções em 25 de novembro de 2020 devido a problemas de relacionamento com as colegas. Ele ficou afastado por mais de sete meses.


Segundo a administração, além de relatar dificuldades no convívio com a equipe da procuradoria, Demétrius teria dito que sofria assédio moral da chefe na época.


Ainda segundo a prefeitura, o procurador retornou ao cargo por decisão da Justiça no dia 28 de junho de 2021.


O procurador seguiu em exercício até segunda-feira (20), dia em que agrediu Gabriela. Na terça (21), a Prefeitura de Registro determinou no Diário Oficial a suspensão preventiva de Macedo e, na quarta (22), a Justiça decretou a prisão preventiva do procurador, que foi preso na do dia seguinte.


Macedo passou por audiência de custódia na quinta (23). Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) alegou que diante dos elementos apresentados no processo, não foi verificada ilegalidade no cumprimento do mandado de prisão do acusado. Por isso, ele seguirá preso.


Agressão

O caso aconteceu na tarde de segunda-feira (20), por volta das 16h50, na sala da Procuradoria Geral do município, na Prefeitura de Registro.


Demétrius já havia apresentado comportamento suspeito e sido grosseiro com outra funcionária do setor, conforme relatado por Gabriela à Polícia Civil.


A procuradora havia cobrado providências sobre o episódio de grosseria contra uma funcionária, que estava com medo de trabalhar no mesmo ambiente que Demétrius e enviou um memorando à Secretaria Administrativa com uma proposta de procedimento administrativo.


Na segunda-feira (20), foi publicada no Diário Oficial do município a criação de uma comissão para apurar os fatos. Segundo Gabriela, provavelmente foi isso que desencadeou as agressões.



Após a repercussão do episódio de agressão na segunda (20), Demétrius Oliveira Macedo disse à Polícia Civil que sofria assédio moral no local de trabalho. "Ele admitiu que agrediu a vítima e alegou que assim o fez por sofrer assédio moral", afirmou Fernando Carvalho Gregório, delegado do 1º Distrito Policial do município, em entrevista à TV Tribuna, afiliada à Rede Globo.


A Prefeitura de Registro, em nota, manifestou "mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência”, protagonizados pelo procurador.


"Reafirmamos nosso compromisso com a prevenção e enfrentamento a todas as formas de violência, principalmente aquelas que vitimizam mulheres. Os servidores da Procuradoria Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico", escreveu.


A administração municipal disse, ainda, aos demais servidores: "recebam nosso amparo e saibam que a prática de violência é veementemente repudiada e será severamente punida".


Fonte: g1

Casal pede à Justiça para terminar união estável, mas acaba se casando: 'ninguém esperava'

O que era para ser o fim de um relacionamento de mais de 10 anos se tornou um recomeço na vida do casal Max Tony Mateus dos Santos e Marcielle Lima Santos. Na segunda-feira (20), eles iriam assinar a dissolução da união estável, mas uma conversa com servidores do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) fez os companheiros desistirem do término e mais do que isso: eles se casaram no dia seguinte.


Max Tony Matheus dos Santos e Marcielle Lima Santos no casamento civil — Foto: Tjap/Divulgação

O fato inusitado ocorreu esta semana no fórum da cidade de Pedra Branca do Amapari, no Centro-Oeste do Amapá. O casal chegou a ir até a Comarca para a assinatura da dissolução da união estável, mas após diálogo com servidores aconteceu a decisão pelo casamento civil.



O Tjap explicou que o casal foi recebido na segunda-feira (20) pela mediadora Nilce Ferreira e o conciliador Elivaldo Silva, que perceberam que ainda havia bons sentimentos entre o casal e, por isso, usaram técnicas de constelação familiar e círculo restaurativo para que Max e Marcielle se reconciliassem.


"A gente viu que ainda existia algo em comum entre nós dois. Aí ela [mediadora] perguntou: 'vocês querem casar hoje?'. Nós respondemos que não, que não dava. Aí ela falou: 'vão para casa, relaxem e quando for amanhã vocês vêm bem arrumadinhos'. Aí no outro dia a gente voltou ao Fórum e eles tinham organizado casamento, comprado bolo e fizeram a cerimônia", disse a esposa.

O casamento foi uma surpresa para ambos, mas eles conversaram e decidiram dar esse novo passo na relação.


"Foi tudo bem surpresa, ninguém esperava, mas foi algo muito emocionante. A conciliadora teve a sensibilidade em ver que ainda existia um sentimento entre nós dois. Algo que a gente não estava conseguindo ver, ela conseguiu em um único dia e poucas horas de conversa", completou.

A mediadora Nilce Ferreira explicou que o casal estava separado há um ano, mas tentava a reconciliação. Com isso, a profissional conseguiu que os companheiros optassem pela conversão da união estável em casamento.



"Percebi que ainda existia amor entre os dois, que estavam muito emocionados. Expliquei todo o procedimento de conversão para o casamento e o fato foi comunicado à juíza da Comarca, que se colocou à nossa disposição”, relatou.


Cerimônia de casamento entre Max e Marcielle — Foto: Tjap/Divulgação


Eletricista de máquinas pesadas, Max falou que resolveu dar uma segunda chance para a relação com Marcielle porque percebeu que ainda é apaixonado por ela.


"Ainda existia amor entre eu e a minha esposa. Eu queria voltar e ela também, aí demos uma chance um para o outro. A gente sempre quis casar, mas nunca tinha tido a oportunidade", comentou.


Há 11 anos em união estável, desde março o casal havia voltado a viver na mesma casa. No entanto, devido a problemas pessoais, Marcielle disse que não havia um bom diálogo com o companheiro.



"Nesse dia que a gente foi ao Fórum que a gente conseguiu conversar mesmo. A gente nunca tinha tido nenhum tipo de conversa, porque aconteceram muitas coisas, eu fiquei doente, minha filha engravidou, meu filho foi morar em outro estado e tudo isso fez eu ir me fechando", disse Marcielle.


O casal não tem nenhum filho junto. Max tem dois filhos de 13 e 15 anos, já Marcielle é mãe de dois meninos de 15 e 18 anos e de uma menina de 17 anos.


A esposa contou que um dos fatores que causou o desgaste na relação foi o pouco tempo que o casal dedicava para a família. Por isso agora os planos são de passarem mais tempo ao lado dos filhos e viajando juntos.



"Nosso plano daqui para frente é curtir mais a família, porque a gente só falava em trabalho, trabalho, trabalho... Agora a gente quer fazer uma viagem para curtir a nossa família, junto com os nossos filhos. A gente não tinha esse momento e meu esposo sempre cobrava, mas nunca dava", contou.


Após a situação curiosa no Fórum de Pedra Branca do Amapari, Marcielle descobriu a importância do diálogo na relação amorosa e orienta outras casais a buscarem ajuda antes da decisão pelo término.


"Se o casal tiver passando por problemas, uma terapia ajuda, sim. No nosso caso foi muito importante a conversa que a gente teve com o pessoal do Tribunal de Justiça. Se tem amor, por que não dar uma chance? A família é importante. Uma simples conversa fez toda a diferença", opinou.


Fonte: g1

Caio Paes de Andrade recusa convite de conselho da Petrobras para dar explicações sobre política de preços

Indicado pelo governo para assumir o comando da Petrobras, Caio Paes de Andrade recusou um convite do Conselho de Pessoas da estatal para dar explicações sobre mudanças na política de preços dos combustíveis.


Caio Mario Paes de Andrade — Foto: Reprodução


A informação consta em ata divulgada pelo Conselho neste fim da semana.


Andrade respondeu a duas perguntas por escrito, mas, segundo conselheiros da estatal, seria melhor que ele tivesse comparecido.


Nesta segunda-feira (27), a estatal deve nomear o novo presidente da estatal.


Fonte: g1

Ministro da Justiça diz que não tratou de operações da PF com Bolsonaro durante viagem aos EUA

O ministro da Justiça, Anderson Torres, publicou neste domingo (26) em uma rede social uma mensagem na qual disse que não tratou de operações da Polícia Federal com o presidente Jair Bolsonaro durante a viagem que eles fizeram aos Estados Unidos no início deste mês.


O ministro da Justiça, Anderson Torres, em imagem de dezembro de 2021 — Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil


Anderson Torres integrou a comitiva de Bolsonaro que viajou para Los Angeles, onde o presidente participou nos dias 9 de 10 deste mês da Cúpula das Américas.


Segundo interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, em 9 de junho, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disse a uma filha que Bolsonaro havia lhe relatado "pressentimento" de que ele, Ribeiro, poderia ser usado para atingir o presidente. Milton Ribeiro foi preso pela PF no último dia 22 e solto um dia depois.



"Diante de tanta especulação sobre minha viagem com o Presidente Bolsonaro para os EUA, asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF. Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa, na referida viagem", publicou Anderson Torres neste domingo.


A Polícia Federal é vinculada ao Ministério da Justiça.


Com base nessa e em outras gravações, o Ministério Público pediu autorização da Justiça para apurar se houve interferência de Bolsonaro nas investigações sobre Milton Ribeiro. O caso foi enviado para análise do Supremo Tribunal Federal (STF), e a relatora é a ministra Cármen Lúcia.


O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, disse ter sido autorizado pelo presidente a dizer à imprensa que ele "não interferiu na PF" e que não tem "nada a ver com essas gravações".


Prisão de Milton Ribeiro

Milton Ribeiro foi preso no dia 22 – e solto no dia 23 – na ação da Polícia Federal que investiga a suposta atuação de pastores na liberação de recursos do Ministério da Educação.


Em março deste ano, se tornou conhecida uma gravação na qual Ribeiro, ainda como ministro, disse que priorizava o repasse de dinheiro a municípios indicados por pastores e que, ao fazer isso, atendia a um pedido do presidente Jair Bolsonaro.


Depois, Milton Ribeiro negou. Afirmou que não priorizava municípios indicados por pastores e que Bolsonaro não havia lhe pedido isso. O episódio levou à demissão do então ministro.


Com a saída de Ribeiro do cargo, as investigações saíram do STF e foram para a Justiça Federal em Brasília. O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, entendeu que, soltos, Ribeiro e os pastores poderiam interferir nas investigações e, por isso, determinou a prisão deles.


Um dia depois, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), com sede em Brasília, mandou soltar os investigados. O magistrado entendeu que medidas cautelares seriam mais adequadas porque Ribeiro não é mais ministro.


Fonte: g1

Escândalo do MEC: comprovantes mostram depósitos na conta de parentes de pastores

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O empresário José Edvaldo Brito enviou à Controladoria-Geral da União (CGU) comprovantes de depósitos realizados nas contas de parentes dos pastores suspeitos de desviar recursos da educação.


Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Wesley Costa de Jesus, genro do pastor Gilmar Santos, recebeu R$ 17 mil em negociação de evento com a presença do então ministro da educação Milton Ribeiro, no interior de São Paulo.


A TV Globo teve acesso ao comprovante de pagamento que data do dia 05 de agosto de 2021. O depositante é a Sime Prag do Brasil LTDA ME (uma empresa de dedetização).



Gilmar dos Santos é um dos pastores que foram alvo da operação da PF nesta quarta (22). O outro é Arilton Moura. Os dois são investigados por suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC).


Segundo o Brito, o depósito foi feito pelo empresário Danilo Felipe Franco. No mesmo dia, Danilo fez, em seu próprio nome, outros dois pagamentos: R$ 20 mil para Luciano de Freitas Musse, ex-assessor do MEC; e R$ 30 mil para Helder Diego da Silva Bartolomeu, genro do outro pastor, Arilton Moura. Brito disse à CGU que pediu a Danilo para fazer os depósitos.


O parecer do Ministério Público que serviu de base da operação contra os pastores e o ex-ministro menciona um relatório da CGU e cita que "Danilo Felipe Franco realizou três transferências bancárias a pessoas ligadas ao pastor Arilton Moura, totalizando R$ 67 mil. Os três depósitos, para Wesley, Musse e Helder, somam R$ 67 mil". Segundo as investigações, o dinheiro fazia parte das tratativas.


O evento do ministro Milton Ribeiro com prefeitos da região de Nova Odessa, aconteceu em 21 de agosto, 16 dias depois dos pagamentos. O evento foi organizado pelos pastores que estão sob investigação.



Segundo as investigações da Polícia Federal, o pastor Arilton Moura pediu R$ 100 mil ao empresário José Edvaldo Brito, em troca da realização do evento em Odessa.


O empresário disse que fez os depósitos a pedido do pastor Arilton Moura. Segundo ele, os recursos seriam para ações filantrópicas.


Com autorização da justiça, a Polícia Federal interceptou uma conversa entre o pastor e uma advogada nesta quarta-feira(22). No diálogo, o pastor demonstra preocupação com a esposa e pede à advogada que a tranquilize.


“Eu preciso que você ligue para a minha esposa, acalme minha esposa. Porque se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo”, afirmou o pastor.


Em resposta, a advogada disse: “Fica tranquilo. Entra em oração para se acalmar e a gente cuida das coisas por aqui”.


Não fica claro a quem Arilton estava se referindo quando falou em "menininha".


Influência de pastores

Em 9 de abril de 2021, a influência dos pastores no MEC ficou explícita em uma entrevista concedida à TV Gazeta. Na ocasião, o então ministro Milton Ribeiro foi a Goiânia exclusivamente para a entrevista com o pastor Gilmar Santos.



"Conforme nós anunciamos, está aqui conosco o ministro da educação Milton Ribeiro, a quem de antemão eu quero reconhecer a nossa dívida de gratidão pelo esforço e empenho que ele fez pra atender o nosso convite para este bate-papo e para fazer uma exposição aqui das atuações de toda sua pasta", disse Gilmar.


O pastor também agradeceu ao colega Arilton Moura, que estava nos bastidores do estúdio, por coordenar a entrevista.


Durante a entrevista, Gilmar destacou sua atuação para estreitar o relacionamento de prefeitos e secretários de educação com o ministro.


"A nossa pequeníssima cooperação, em aproximá-los do ministro e da sua equipe técnica me deixou realizado por ver que eles saíram de lá com brilhos nos olhos, entendendo que há recursos à disposição para seus municípios na área da educação e eles dependiam só de orientações de como ter acesso", disse Gilmar.


Alerta de Bolsonaro

A investigação da PF culminou na operação batizada de "acesso pago", deflagrada nesta quarta-feira (22). Além de depoimentos e documentos, a PF juntou interceptações telefônicas, todas autorizadas pela Justiça.


Em uma das conversas gravadas, o ex-ministro conta pra filha que havia recebido uma ligação do presidente Jair Bolsonaro (PL): "Hoje, o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento novamente de que podem querer atingi-lo através de mim, sabe?". Em seguida, afirma: "Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa, sabe? Bom, isso pode acontecer, se houver indícios, mas não há porquê".


O telefonema foi no dia 9 de julho, mesma data em que o presidente Jair Bolsonaro estava com o ministro da justiça, Anderson Torres, na cúpula das américas, em Los Angeles.


Pedido de investigação

O líder da oposição no senado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), encaminhou para ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que já conduz um inquérito sobre outra suposta interferência do presidente na PF, um pedido para que seja apurada "a conduta de violação de sigilo e de obstrução da justiça do presidente Jair Bolsonaro"


"A partir de agora não é somente o esquema de corrupção do Ministério da Educação, é a atuação do presidente da república pra impedir a atuação da polícia federal fazendo uso de informações privilegiadas", disse Randolfe.



A oposição entende que a coincidência de datas das conversas que aparecem nas investigações da PF reforça a necessidade de apurar um segundo crime.


Caso no Supremo

O juiz Renato Borelli, responsável pela investigação do ex-ministro Milton Ribeiro, decidiu enviar o caso para o Supremo porque viu indícios de interferência do presidente, que tem foro privilegiado.


As investigações devem ficar com a ministra Cármen Lúcia, que já conduziu o inquérito sobre suspeitas de desvio de recursos do MEC, quando Milton Ribeiro era ministro.


Fonte: g1

Aliados de Bolsonaro não explicam 'pressentimento' de Bolsonaro e atribuem áudio de Ribeiro a retaliação da PF

A estratégia do Palácio do Planalto para desqualificar a ligação telefônica em que o ex-ministro Milton Ribeiro diz ter sido informado por Jair Bolsonaro, em 9 de junho, de que poderia ser alvo de buscas pela Polícia Federal – o que efetivamente ocorreu no dia 22 de junho – é tratar a divulgação do áudio como uma retaliação de integrantes da corporação por não terem conseguido aumento salarial.


O presidente Jair Bolsonaro e o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, em imagem de 4 de fevereiro de 2022 — Foto: Evaristo Sa/AFP/Arquivo


Para aliados de Bolsonaro, ouvidos em condição de anonimato pelo blog, os agentes da PF estão insatisfeitos com o recuo do governo na promessa de conceder reajustes à categoria e, por isso, decidiram vazar a gravação.


Em fevereiro, Bolsonaro afirmou que priorizaria o aumento de categorias policiais, uma de suas principais bases de apoio. No início de junho, porém, o presidente disse que "tudo indica" que não haverá reajustes para servidores públicos neste ano.


No áudio vazado, o ex-ministro diz em conversa com uma filha que recebeu uma ligação de Jair Bolsonaro, no dia 9 de junho, em que o presidente dizia ter um "pressentimento" de que "eles podem querer atingi-lo através de mim".


Na conversa com a filha, Milton diz ainda que Bolsonaro lhe disse que "acha que vão fazer uma busca e apreensão"(veja transcrição e ouça o áudio abaixo).


Esses interlocutores do presidente, porém, não negam que a ligação tenha ocorrido. Dizem apenas que Bolsonaro fala com todos os ex-ministros – exceto Abraham Weintraub, que também foi ministro da Educação.


Tampouco explicam como o presidente teve esse pressentimento e por que o teria comunicado ao ex-ministro.


Em entrevista ao blog na sexta-feira (24), o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wasseff, disse que foi autorizado pelo presidente a dizer à imprensa que ele "não interferiu na PF" e que não tem "nada a ver com essas gravações".


Fonte: Andreia Sadi

Esposa de Milton Ribeiro disse que ele 'estava sabendo da operação' e que 'para ter rumores do alto é porque o negócio já estava certo'

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No dia da prisão de Milton Ribeiro, sua esposa, Myrian Ribeiro, disse que ele já "estava sabendo" que seria alvo da Polícia Federal. O ex-ministro da Educação foi preso na quarta-feira (22) e, por ordem judicial, foi solto no dia seguinte.


“Ele não queria acreditar, mas ele... ele estava sabendo. Para ter rumores do alto (...) é porque o negócio já estava certo", , disse em interceptação telefônica feita pela PF autorizada pela Justiça.

O interlocutor da conversa foi identificado como "Edu" e não teve a identidade revelada.


Em conversa com uma de suas filhas que também foi gravada, Ribeiro diz que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ligou para ele, dizendo que estava com um "pressentimento" de que pudessem atingi-lo por meio do ex-ministro. "Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa, sabe? Bom, isso pode acontecer, se houver indícios, mas não há porquê".


Fonte: g1

Escândalo do MEC: após prisão, pastor diz que iria 'destruir todo mundo' se família fosse atingida

Um dos pastores investigados e presos sob a acusação de atuar informalmente junto a prefeitos para liberação de recursos do Ministério da Educação, Arilton Moura afirmou após ter sido preso que iria “destruir todo mundo” se a investigação atingisse sua família.


A conversa na qual Moura trata da investigação se deu pouco após a detenção do pastor, na última quarta (22).


Em telefonema interceptado pela Polícia Federal, o pastor conversa com uma advogada. Moura diz a ela que já havia sido detido pela PF e que havia chegado à sede da corporação no Pará. O pastor demonstra preocupação com a esposa e pede à advogada que a tranquilize.



“Eu preciso que você ligue para a minha esposa, acalme minha esposa. Porque se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo”, afirmou o pastor.


Em resposta, a advogada disse: “Fica tranquilo. Entra em oração para se acalmar e a gente cuida das coisas por aqui”.


Arilton Moura foi detido em Belém (PA), no âmbito da operação Acesso Pago, da Polícia Federal, que também deteve preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, os presos na operação foram soltos nesta quinta (23).


Arilton Moura é apontado pelas investigações como um auxiliar do pastor Gilmar Santos. Os dois são investigados por supostamente pedirem propina a prefeitos em troca de liberação de verba e investimentos do Ministério da Educação para municípios.


O ministro da Educação, Milton Ribeiro, com o pastor Arilton Moura em 30 de novembro do ano passado — Foto: Luis Fortes/MEC


A Polícia Federal apontou que Moura teria pedido ao empresário José Brito, de Piracicaba, o pagamento R$ 100 mil em troca da realização de um evento da pasta no interior de São Paulo.


De acordo com a PF, desse montante, R$ 30 mil foram repassados para o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Hélder Bartolomeu, genro do pastor, que também foi preso na operação e posteriormente solto.


Fonte: g1

Advogado diz que Bolsonaro e Ribeiro não se falam: 'Não existe nada entre o presidente e o ex-ministro'



O advogado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef, afirmou nesta sexta-feira (24) que o presidente e o ex-ministro da educação Milton Ribeiro não têm contato.


O advogado deu a declaração em uma entrevista a jornalistas dentro do Palácio do Planalto. Nesta sexta (24), uma conversa entre Ribeiro e sua filha foi divulgada. Na gravação, o ex-ministro diz que recebeu uma ligação de Bolsonaro e que o presidente dizia temer uma investigação da Polícia Federal.


A ligação ocorreu em 9 de junho. Nesta quarta-feira (22) Ribeiro foi alvo de uma operação da PF e chegou a ser preso. Ele é investigado por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência por suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do MEC.



“Não existe nada entre o presidente e o ex-ministro. Eles não têm contato. Eles não se falam. O presidente cuida do Brasil. Ele não é advogado e nada tem a ver com o ex-ministro e investigações contra o seu ex-ministro”, disse Wassef.


Ao ser questionado se Bolsonaro teve acesso privilegiado à investigação da PF, Wassef negou e afirmou que estão dando “uso político à máquina pública”.


“É uma acusação fake, falsa, criminosa, infundada que o presidente Bolsonaro interferiu na Polícia Federal. Se ele tivesse o poder ou se ele tivesse interferido, os senhores acham que o ministro teria sido preso?”, disse.


O advogado afirmou ainda que "se o ex-ministro usou o nome do presidente Bolsonaro, usou sem seu conhecimento, sem sua autorização" e que Ribeiro deveria responder por isso.


"Se o ex-ministro usou o nome do presidente Bolsonaro, usou sem seu conhecimento, sem sua autorização ele que responda, compete ao ex-ministro se explicar sobre o que não existem judicial e também acabou não depondo, nem ele, nem os outros presos", disse Wassef.


O presidente Jair Bolsonaro não estava em Brasília no momento da conversa. Ele cumpre agenda, nesta sexta (24), em Campina Grande, na Paraíba.



Investigação

O inquérito foi aberto após o jornal "O Estado de S. Paulo" revelar, em março, a existência de um 'gabinete paralelo' dentro do MEC controlado por pastores. Dias depois, o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou um áudio de uma reunião em que Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, repassava verbas para municípios por indicação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.


Após a revelação do áudio, Ribeiro deixou o comando do Ministério da Educação.


Operação acesso pago

Nesta quarta-feira (22), a Polícia Federal (PF) prendeu Milton Ribeiro e outras quatro pessoas no âmbito de uma operação, batizada de Acesso Pago, que investiga a prática de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação.



A investigação envolve o áudio no qual o ex-ministro dizia liberar verbas da pasta por indicação de dois pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura, a pedido de Bolsonaro.


Alguns prefeitos também denunciaram pedidos de propina – em dinheiro e em ouro – em troca da liberação de recursos para os municípios. Milton Ribeiro disse que pediu apuração dessas denúncias à Controladoria-Geral da União (CGU).


O ex-ministro já havia prestado depoimento à PF no final de março, quando confirmou que recebeu o pastor Gilmar a pedido de Bolsonaro. No entanto, ele negou que tenha ocorrido qualquer tipo favorecimento.


Decisões

A decisão que determinou a prisão de Ribeiro e outras quatro pessoas foi proferida pelo juiz do Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília. O magistrado afirmou que, soltos, eles poderiam causar riscos às investigações sobre o escândalo do MEC.



No entanto, nesta quinta-feira (23), o desembargador Ney Bello derrubou a decisão sob o argumento de que Milton Ribeiro não integra mais o governo e que os fatos investigados não são atuais, portanto, para ele, não se justifica a prisão. Por isso, o desembargador determinou que a prisão deveria ser convertida em uma medida cautelar.


Pedido do MPF

O Ministério Público Federal (MPF) pediu para a Justiça que a investigação sobre o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro seja enviada para o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o MPF, a medida é necessária porque há indício de que o presidente Jair Bolsonaro pode ter interferido na investigação.


O MPF justifica o pedido com base em interceptações telefônicas de Milton Ribeiro que indicam a possibilidade de vazamento das apurações do caso. De acordo com o Ministério Público, há indícios de que houve vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do Bolsonaro.


O juiz Renato Boreli, da 15ª Vara de Justiça Federal de Brasília atendeu ao pedido do MPF. No STF, a relatora será a ministra Cármen Lúcia.


O g1 e a TV Globo perguntaram à Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) se o Palácio do Planalto pretende se manifestar e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.


Fonte: g1