O homem encontrado morto dentro de um veleiro que estava à deriva a 26 km da costa de Natal, no último dia 7 de maio, morreu por desidratação e desnutrição extremas.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (30) pelos peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), responsáveis pela investigação para definir a causa da morte.
O corpo ainda não foi identificado oficialmente. Os investigadores acreditam que se trata do italiano Stefano Magnani, de 52 anos, cujos documentos foram encontrados dentro do barco.
Segundo o perito Fernando Marinho, a altura (1,83 m) e a idade aproximada - entre 50 e 55 anos - levam a crer que se trata da mesma pessoa. No entanto, até o momento, o órgão não recebeu material genético da família para poder fazer o exame de DNA.
Ainda de acordo com os peritos, a morte teria acontecido nos últimos dias de fevereiro, mais de um mês antes do barco ser encontrado por pescadores a 26 km da costa potiguar.
O corpo não tinha nenhuma lesão traumática, ou machucado.
"O corpo já se encontrava mumificado, mas totalmente preservado", disse a perita Elaine Cunha. Apesar disso, não foi possível fazer a identificação por digitais.
Por meio das análises químicas, os peritos constataram que o homem teria morrido por falta de água e comida.
"Esse primeiro laudo já foi enviado às autoridades competentes. Ele teria morrido há cerca de dois meses, em fevereiro. Não podemos precisar o dia, mas o mês e o ano, sim. Foram feitos rigorosos exames e observamos que ele teve extrema desidratação. Não foi observada nenhuma lesão que leve a uma morte com suspeita de violência", afirmou o perito Fernando Marinho.
De acordo com o profissional, a família da suposta vítima já foi contatada pelo consulado italiano e vai enviar material genético para comparação do DNA.
O veleiro
O veleiro Mona-Mi F. S. foi encontrado em alto mar, à deriva, a 26 km da costa de Natal, no dia 7 de maio. A embarcação foi rebocada por um barco pesqueiro até o Iate Clube de Natal, onde ficou ancorada.
O barco estava com o leme e o mastro quebrados e tinha vários outros sinais de depredação.
Os funcionários do Iate Clube consideraram que, pelo estado em que o barco foi encontrado, pode ter passado muito tempo à deriva.
Parte da proa também estava destruída - provavelmente pela queda do mastro.
Fonte: g1