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segunda-feira, novembro 15, 2021

Expofruit anuncia programação científica para retomada do evento em Mossoró

A Feira Internacional de Fruticultura Tropical Irrigada - Expofruit 2021 será realizada de 24 a 26 de novembro, na Estação das Artes, em Mossoró, com o tema "Valorizando as Oportunidades na Fruticultura". É a retomada do evento de modo presencial, após o cancelamento da edição do ano passado por causa da pandemia da Covid.


Rio Grande do Norte pode triplicar exportação de melão para o Chile — Foto: Elisa Elsie


A programação científica que ocorrerá como Seminário Internacional da Expofruit 2021 será realizada na Universidade Federal do Semiárido (Ufersa) e terá como destaque as novidades do setor, o aumento das exportações de frutas nos últimos anos e a abertura de novos mercados, além de contar com uma série de apresentações com temas ligados à cadeia produtiva da fruticultura como seminários, fóruns, oficinas, painéis e cursos. As inscrições para os eventos estão abertas no site www.expofruit.com.br.


"Temos uma ótima expectativa para o retorno da Expofruit, que é a principal feira de fruticultura do país. O evento é um momento para que os vários atores da cadeia produtiva possam reforçar o relacionamento já existente e uma oportunidade para que eles possam ver a fruta no ambiente em que é produzida e já prospectar negócios para as safras seguintes", afirma o presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX-RN), Fábio Queiroga.



O evento exigirá a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid para participar do evento.


Seminário Internacional da Expofruit 2021

O Seminário da Cajucultura dará largada à programação no dia 24, com apresentações sobre os potenciais e desafios para o cultivo do caju. No dia 25, o Fórum da Fruticultura terá duas palestras seguidas de mesas redondas. A primeira vai expor o Estudo da Fruticultura: Melão, Melancia, Manga e Mamão da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e será seguida por um debate com a participação do Sebrae, COEX, Secretaria da Agricultura da Pecuária e da Pesca do Rio Grande do Norte (SAPE) e de representantes de diversos municípios potiguares.


A palestra seguinte contará com a participação on-line da Consulesa Geral da China, Yan Yuqing, que falará das Estratégias Comerciais para a Fruticultura - Brasil x China. No último dia da Expofruit será realizado o Seminário Frutas para o Nordeste. O evento mostrará as pesquisas em torno dos cultivos da Pitaya, Morango, Maracujá e Uva na Universidade Federal do Semiárido (Ufersa) e será finalizado com uma visita à Fazenda Experimental da Ufersa. A programação completa está no site www.expofruit.com.br.


Fonte: g1

Saúde pública do RN registra menor número de leitos de UTI para Covid desde maio de 2020

O Rio Grande do Norte registrou neste domingo (14) o menor número de leitos de UTI operacionais para atendimento a pacientes com Covid-19 desde maio do ano passado, quando havia uma corrida contra o tempo para aumentar a assistência.


Leitos de UTI Covid-19 no Seridó e Oeste do Rio Grande do Norte, RN, leito crítico — Foto: Divulgação/Sesap


De acordo com os dados do sistema Regula RN, usado para administração dos leitos públicos voltados à Covid-19, o estado tinha 164 leitos em uso ou prontos para serem usados neste domingo (14). O número não leva em conta os leitos bloqueados, que eram 8 na manhã desta segunda (15).


O governo do estado começou a reverter leitos Covid para pacientes de outras doenças em julho deste ano, a partir da redução da demanda. Contratações de leitos também deixaram de ser renovadas.



A última vez em que o estado tinha registrado um número abaixo de 170 leitos foi o dia 23 de maio de 2020 - cerca de dois meses após o início da pandemia. A rede é formada por leitos de hospitais estaduais, municipais e da rede privada contratados pelo SUS.


Já o auge da oferta de leitos aconteceu em junho deste ano. No dia 25 de junho o estado tinha 415 leitos disponíveis. Naquela data, a taxa de ocupação era de 72,2% e houve mais de 50 pedidos de internamento.


Durante a pandemia, por mais de uma vez, o estado chegou a ter fila de espera com mais de 100 pessoas que precisavam de leitos de UTI.


Porém, mesmo com a reversão dos leitos para atendimento a pacientes de outras doenças, a taxa de ocupação se mantém estável. Neste domingo (14), a taxa de ocupação no estado ficou em 51% e ao longo do dia houve 21 solicitações de leitos.


Na manhã desta segunda-feira (14), a taxa de ocupação estava menor e havia 85 leitos disponíveis contra 79 ocupados.


Dois hospitais chegaram a ficar com 100% de ocupação: o Hospital de Campanha de Natal e o Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal. Porém ambas as unidades registraram redução de leitos.


O hospital de campanha chegou a ter mais de 30 leitos de UTI durante a pandemia e atualmente só conta com 8 no Regula RN. Já o Maria Alice chegou a ter 10 e agora conta com três registrados.


Fonte: g1

Último paciente com Covid de hospital referência para doença no Rio recebe alta e deixa unidade

O último paciente internado com Covid no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte do Rio, recebeu alta média nesta segunda-feira (15). O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o secretário de Saúde, Daniel Soranz, acompanharam a liberação médica.


Adelino Gomes Silva Filho, 70 anos, único paciente com Covid, deixa hospital Ronaldo Gazolla — Foto: Henrique Coelho/g1


Adelino Gomes Silva Filho, de 70 anos, é morador da Ilha do Governador e tem 29 filhos. Ele estava internado desde o dia 20 de agosto.


“Quase cheguei morto, consegui sobreviver, e estou indo embora. Daqui a pouco eu estou em casa (...) Agora vou encontrar meus filhos e seguir meu caminho”, disse.

“Todos estiveram do meu lado, senão eu tinha morrido (...) O momento mais difícil foi o início. No início eu estava pirado. Os médicos tiveram muita paciência comigo. Agradeço de todo coração a eles, que dê tudo certo para eles. Eles foram muito legais comigo. Eu já era para ter partido para outro caminho, mas papai do céu não deixou, nem eles”, disse o paciente com uma lista dos profissionais de saúde que o atenderam.


Ele aproveitou para deixar um recado para a população: "Se vacina. Tem que se vacinar, porque se não tomar a dose tu vai partir pro outro lado, maluco”.


Adelino, único paciente de Covid de hospital referência para doença no Rio recebe alta — Foto: Reprodução/ TV Globo


A unidade foi designada, no começo da pandemia, para ser a referência no município no tratamento da doença. Desde o começo da crise sanitária, é a primeira vez que o número de internados no local foi zerado.


Hospital vai receber pacientes com sequelas



Hospital Ronaldo Gazolla — Foto: Reprodução/TV Globo


De acordo com o painel sobre Covid da Prefeitura do Rio, a cidade contava com 37 pessoas internadas por causa da doença no começo da tarde desta segunda (15).


No fim de setembro, o secretário Daniel Soranz afirmou que o Hospital Ronaldo Gazolla voltaria a receber pacientes com sequelas da Covid e vítimas de outras doenças.


“O hospital começa agora um novo ciclo, vai passar a atender pacientes com sequelas da covid. A rede de saúde tem 140 pacientes com sequelas da doença. O hospital vai abrir o ambulatório, começa a ofertar procedimentos eletivos para que a gente consiga normalizar o atendimento”, afirmou Soranz.


O Hospital Ronaldo Gazolla tem 4 mil funcionários e todos trabalharam no combate à Covid. A unidade tem 420 leitos, sendo 280 de UTI. Apenas em 2021, o hospital recebeu 9,5 mil pacientes com Covid.


Vacinação

Nesta segunda-feira, Feriado da Proclamação da República, não haverá vacinação contra a Covid-19 no Rio. Quem estava com a segunda dose agendada pôde se vacinar no sábado (13) e também pode se vacinar nesta terça-feira (16).



A vacinação retorna na terça-feira, quando, em primeira dose, serão vacinadas as pessoas com 12 anos ou mais, que ainda não tenham se vacinado. Isso vale até pelo menos o fim de novembro.


Fonte: g1

Mãe de Marília Mendonça diz que neto ainda não sabe da morte da cantora: 'Para ele, a mãe foi trabalhar'

Nesta sexta-feira (12), uma semana após o acidente aéreo que matou Marília Mendonça e mais quatro pessoas, a mãe da cantora, Ruth Moreira, e o irmão dela, João Gustavo, receberam o Fantástico para uma entrevista exclusiva.


Os dois conversaram com Renata Ceribelli na casa onde Marília morava com toda a família — a mãe, o padrasto, o irmão e o filho, Léo, de 1 ano e 11 meses. Eles falaram do que mais sentem falta: da risada de Marília.


"Ela sempre ria alto. Tudo dela era muito intenso. A gente consegue ouvir a risada dela no coração da gente, porque ela está aqui em todo canto dessa casa. Ela está aqui, todo pedacinho lembra muito ela", diz Ruth.


Mãe de Marília Mendonça diz que neto ainda não sabe da morte da cantora — Foto: Reprodução/Fantástico


João Gustavo contou que apesar da dor, é Ruth que tem consolado todo mundo da família. "Estou consolando meus amigos, minha família, porque ela queria que eu fosse forte (...) Sempre disse isso: 'Mãe você é forte. Mãe, você é mais forte do que eu'. Estou sendo porque sei que era isso que ela queria", explica a mãe da cantora.


Ruth diz também uma grande motivação para ser forte é o neto, Léo, que ela não quer que seja afetado pelos sentimentos de dor e saudade da família.


"Eu chorei muito dois dias, depois não. Porque eu tenho meu neto, e se ele me vê chorando vai se desesperar, né? Nos primeiros dias eu corria lá em cima e chorava, chorava. Urrava, sabe? Gritava por dentro. E aí lavava o olho e ia brincar e cantar com ele as musiquinhas dele, cair no chão, jogar bola... E ele morre de rir. Quando tem esse tempinho assim, que eu começo a ficar triste, falo: 'Agora não. Agora é a hora de eu brincar com ele"', afirma.

Léo ainda não sabe que a mãe morreu. Ruth diz que o menino acredita que a mãe está trabalhando e pretende contar sobre a tragédia "devagarinho".


"Ele ainda não entende o que está acontecendo. Para ele, a mãe foi trabalhar, como a gente sempre falou para ele: 'A mãe está trabalhando'. Porque se ele olhar a porta do quarto dela fechada, ele fala 'mamãe'. Ele quer ir lá, quer bater, quer entrar. Às vezes eu entrava com ele, falava: 'Mãe não está aqui, não, mamãe está trabalhando", afirma.



Marília em vídeo com o filho, Léo — Foto: Fantástico


João Gustavo, irmão de Marília, diz que eles ainda pensam a melhor forma de contar ao menino, que faz 2 anos em dezembro, sobre a morte da mãe: "A gente já pensou em várias várias formas, né? Eu até comentei com a minha mãe esses: a gente vai falar da estrelinha, falar da rainha. A mãe dele foi uma rainha foi uma rainha no Brasil, foi a rainha do Brasil".


Ruth ainda contou que ainda não teve "tempo de ter um luto", porque passou a semana em reuniões para resolver questões como a guarda de Léo. A decisão era a principal urgência dela e foi resolvida: o menino continuará morando com a avó. O pai, o cantor sertanejo Murilo Huff, concordou em ter a guarda compartilhada com Ruth.


"Nós somos família e vamos criar o Léo do mesmo clima aqui. De paz e amor, porque ele vai precisar muito da gente", garante a avó do menino ao lado de Murilo.

Léo recebe carinho de toda a família: Ruth, a mãe de Marília, o pai Murilo, e o tio, João Gustavo — Foto: Fantástico



Fonte: Fantástico

Tio de Marília Mendonça mandou mensagem para a mãe dela momentos antes de acidente: 'Quase pousando'



Ruth Moreira, mãe de Marília Mendonça, recebeu uma mensagem do irmão momentos antes da queda do avião que acabou matando ele, a cantora e mais três pessoas. Em entrevista exclusiva que deu ao Fantástico, Ruth mostrou o print da última conversa com Abicieli, em que ele diz: "Quase pousando".


"Aí eu subi, fiquei tranquila. Acho que depois que eu subi, o acidente aconteceu. E mãe começa a pressentir, né? Eu já comecei a passar mal antes de a notícia chegar", relembra.

João Gustavo, irmão de Marília, revelou como a notícia chegou à casa da família e quem foi o responsável por informar a Ruth que a filha e o irmão haviam morrido. Ao saber da tragédia, ela desmaiou.


"Eu não sabia o que eu fazia. Perdi todo o sentido. Quem foi dar a noticia para ela foi a pastora que estava aqui dando uma força para a gente, orando. E aí, quando falaram, ela passou mal", conta João Gustavo.


Durante a cobertura do trabalho de resgate, foi possível ver a retirada dos objetos pessoais de Marília da aeronave, entre eles um caderno que foi entregue à família. Ruth diz que ainda não conseguiu abri-lo e que com certeza ele deve conter músicas inéditas da cantora.


"Vou continuar forte sem mexer nas coisinhas dela. As vezes em que eu tenho muita saudade, vou lá, abraço o travesseiro, cheiro o travesseiro dela. Passo lá no closet dela para cheirar as roupas dela. Saio e fecho a porta do quarto".

O aniversário de Ruth foi um dia antes do acidente, e Marília fez uma homenagem para a mãe, dando para ela uma cesta de café da manhã com flores.


"Se eu soubesse que era uma despedida tinha abraçado mais ela. Eu tinha beijado mais ela, sabe? Mas essa lembrança foi a última que ela deixou. Ela estava feliz", lembra Ruth.


Fonte: Frantástico

Brasileiro desmaia ao quebrar recorde de 34h seguidas fazendo embaixadinhas e entrar no Guinness Book

Recordista mundial de embaixadinhas, Ricardo Silva Neves, de 57 anos, estabeleceu um novo marco: foram 34 horas e 5 minutos batendo o famoso 'lelê', neste domingo (14), em uma praia de Santos, no litoral de São Paulo. Ele chegou a usar o banheiro fazendo embaixadinhas e desmaiou assim que quebrou o recorde.


O marco anterior era do próprio Ricardinho das Embaixadinhas, como é conhecido, realizado em março de 2020. Ele foi até Belo Horizonte (MG) e não deixou a bola tocar o chão por 34 horas, 4 minutos e 16 segundos.


Ricardinho mora em Curitiba, no Paraná, e ficou desde às 11h de sábado (13) batendo bola na Concha Acústica, localizada na orla do bairro Gonzaga. O tempo pretendido foi alcançado por volta das 21h, e uma multidão que o acompanhava vibrou com a conquista


Ricardinho das Embaixadinhas desmaiou após conclusão de novo recorde mundial — Foto: g1 Santos


Ao g1, nesta segunda-feira (15), o recordista contou que o objetivo é chegar a 48 horas seguidas com a bola nos pés, mas que vai indo pouco a pouco, para acostumar o próprio corpo ao período de exercício. "O final é sempre desgastante. Durante a madrugada, vem o sono também, mas os bombeiros me ajudaram bastante para não dormir. Tem hora que a bola parece que pesa 50 kg", disse.


Ricardinho conta que chegou a desmaiar assim que encerrou as embaixadinhas. "Quando meu filho veio me abraçar, deu aquele apagão. Fiquei meio tonto e caí para trás, não vi mais nada. Depois acordei e fui para a galera comemorar", recorda.


"Quando fui ao banheiro, coloquei a bola na nuca para fazer xixi, e fica tudo sendo filmado e transmitido no telão para o público acompanhar. Menos as partes íntimas. Se tivesse chuveiro, eu teria tomado banho e feito a barba, também", brinca.

Na segunda-feira que vem (22), segundo Ricardinho, uma equipe do The Guinness Book irá lhe entregar uma ata homologando o recorde, que já deve ser publicado na edição de 2022 do livro. A bola utilizada para quebrar o recorde será doada para uma instituição leiloá-la. A renda será destinada para a organização Médico Sem Fronteiras.


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Ricardinho das Embaixadinhas já bateu recorde de maior tempo 32 vezes — Foto: Arquivo Pessoal/Pedro Freitas Neves

Fonte: g1

Auxílio Brasil: inscritos no Cadastro Único serão selecionados todos os meses

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Todos os meses, o Ministério da Cidadania vai selecionar novos beneficiários para o Auxílio Brasil, mas é preciso estar com o Cadastro Único atualizado.


A inscrição no Cadastro Único é um requisito para entrar no substituto do Bolsa Família e em outros programas sociais do governo federal, mas não garante que a família será selecionada para o programa.


Mas, caso o cadastro esteja atualizado há menos de 2 anos e não tenha ocorrido mudanças de endereço, renda ou de outras informações da família, não é necessário realizar uma nova atualização.


O fato de a família estar inscrita no Cadastro Único, com dados atualizados e elegíveis, não resulta na imediata concessão do Auxílio Brasil. A família estará numa lista reserva, que será executada à medida que o governo tenha recursos no orçamento.


Já as famílias com dados inconsistentes no Cadastro Único poderão ser impedidas de ingressar no programa até que sejam sanadas as inconsistências identificadas. A falta de atualização leva à exclusão do registro no CadÚnico depois de quatro anos.



Todos os anos, o governo federal revisa os dados e chama as famílias com informações desatualizadas para corrigir a situação, sendo que as famílias, no momento da inscrição, comprometem-se a atualizar os dados a cada dois anos no máximo.


As prefeituras, que têm autonomia para operar o cadastro, também podem fazer a convocação. A chamada ocorre por cartas, telefonemas ou mensagens em extratos bancários.


A atualização só pode ser feita em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou em postos de atendimento do CadÚnico ou do Bolsa Família. Em caso de mudança de endereço, de telefone, de estado civil, de renda mensal ou em eventos de nascimento, adoção ou falecimento na família, por exemplo, o cadastro deve ser atualizado o mais rápido possível.


É possível saber se a família está cadastrada e se precisa atualizar as informações por meio do aplicativo Meu CadÚnico. A ferramenta informa se o cadastro está desatualizado ou em processo de averiguação e permite a impressão de comprovantes.


Caso o usuário não tenha internet, deve procurar algum CRAS ou um posto de atendimento do CadÚnico. O endereço mais próximo pode ser localizado no site Mapas Estratégicos para Políticas de Cidadania (MOPS).


Podem se inscrever no Cadastro Único famílias que ganham, por mês, até meio salário mínimo por pessoa (R$ 550), tenham renda mensal total de até três salários mínimos (R$ 3,3 mil), pessoas que moram sozinhas ou que vivem em situação de rua (só ou com a família).


Caso a família receba mais de três salários mínimos, a inscrição só será permitida se as demais condições forem atendidas, mas apenas se o cadastro for vinculado à inclusão em programas sociais federais, estaduais ou municipais.


O programa


Todas as famílias já beneficiadas pelo Bolsa Família serão incluídas automaticamente no Auxílio Brasil, sem a exigência de recadastramento. Os pagamentos terão início no dia 17 de novembro, seguindo o calendário habitual do Bolsa Família.


Segundo o Ministério da Cidadania, em novembro serão beneficiadas cerca de 14,6 milhões de famílias. Em dezembro, o número de famílias atendidas deverá passar para 17 milhões, mas essa ampliação ainda depende de fonte de financiamento.


O presidente Jair Bolsonaro editou na segunda-feira (8) decreto que regulamenta o Auxílio Brasil. Entre as regras estabelecidas, está a definição dos valores que serão pagos aos beneficiários.


O novo programa social, no entanto, chega ainda cercado de incertezas sobre sua fonte de financiamento e sobre a tramitação da PEC dos Precatórios.


Serão atendidas pelo programa famílias em situação de extrema pobreza (que tenham renda de até R$ 100 por pessoa por mês) e em situação de pobreza (que tenham renda entre R$ 100,01 e R$ 200 por pessoa por mês).


Segundo o Ministério da Cidadania, as famílias em situação de pobreza apenas poderão receber benefícios se possuir em sua composição gestantes ou pessoas com idade até 21 anos incompletos.


O valor médio do benefício será de R$ 217,18 mensais em novembro. Segundo o governo, o valor representa um aumento de 17,84% no tíquete médio pago até então no Bolsa Família (R$ 190).


O valor de pelo menos R$ 400 mensais para o benefício agora virou promessa para dezembro e continua dependendo da aprovação da PEC dos Precatórios.


Fonte: g1

Bolsonaro diz que questões do Enem 'começam agora a ter a cara do governo'



O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (15) em Dubai que agora as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) "começam a ter a cara do governo" 


"O que eu considero muito também: começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do Enem", disse Bolsonaro. "Ninguém precisa ficar preocupado. Aquelas questões absurdas do passado, que caíam tema de redação que não tinha nada a ver com nada. Realmente, algo voltado para o aprendizado."


Durante a semana, servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo exame, afirmam que sofreram pressão psicológica e vigilância velada na formulação do Enem 2021 para que evitassem escolher questões polêmicas que eventualmente incomodariam o governo Bolsonaro.


O Fantástico conversou com parte dos 37 servidores públicos que entregaram seus cargos. Eles detalham as tentativas de interferência no conteúdo das provas, situações de intimidação e acusam o presidente do órgão de despreparo.


Nesta segunda, o presidente falou com a imprensa na saída da Expo 2020, em Dubai. Este é o terceiro dia da viagem oficial ao Oriente Médio.


“Conversei muito rapidamente com o Milton [Ribeiro, ministro da Educação]. Seria bom vocês conversarem com eles, o que levou àquelas demissões. Não quero entrar em detalhes, mas é um absurdo o que se gastava com poucas pessoas lá. Um absurdo, tá?", disse Bolsonaro.


"Inadmissível o que acontecia. Então o Milton é uma pessoa séria, responsável, é do ramo, ele mandou mensagem para mim agora há pouco, diz que a prova do Enem vai correr na mais absoluta tranquilidade."


As queixas dos servidores foram relatadas a deputados da Frente Parlamentar de Educação, que pretende colocar em votação na semana que vem na Comissão de Educação da Câmara um pedido de audiência pública para detalhamento dos fatos.


Depois do pedido coletivo de exoneração de cargos, o presidente do Inep, Danilo Dupas, foi convocado na comissão de educação da Câmara para dar explicações, mas disse que gostaria de tratar internamente a questão.


Marcada para os próximos dois domingos, 21 e 28 de novembro, a prova do Enem é elaborada todos os anos com 180 questões. Todas as perguntas são retiradas do Banco Nacional de Itens, formado por milhares de questões redigidas por professores escolhidos por edital. A equipe técnica do Inep escolhe as 180 questões com nível de dificuldade adequado a cada edição anual do exame.


Fonte: g1

Bolsonaro diz que espera, em 'pouquíssimas' semanas, 'casar ou desfazer o noivado' com o PL



O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (15) que espera, dentro de "pouquíssimas semanas", se "casar ou desfazer o noivado" com o PL.


O presidente falou com a imprensa na saída da Expo 2020, em Dubai. Este é o terceiro dia da viagem oficial ao Oriente Médio.


"Eu espero em pouquíssimas semanas, duas, três, no máximo, casar ou desfazer o noivado. Mas eu acho que tem tudo para a gente casar e ser feliz", disse o presidente.


Na semana passada, o PL havia anunciado que o presidente se filiaria ao partido. E marcou a data do ato de filiação para o dia 22 deste mês.


A ida de Bolsonaro para o partido começou a ficar indefinida neste domingo (14), quando o próprio presidente falou para jornalistas, em uma feira de aviação em Dubai, que ainda tinha pendências para conversar com Valdemar Costa Neto, presidente do PL.


Depois, o PL e Valdemar divulgaram nota informando que a filiação não ocorreria mais no dia 22 e que não havia uma nova data marcada. O partido revelou que Bolsonaro e Valdemar tiveram "intensa troca de mensagens" na madrugada de sábado para domingo.


Nesta segunda, Bolsonaro voltou a dizer, como fez na véspera, que as principais pendências a serem resolvidas com o PL são o apoio do partido na eleição estadual de São Paulo e o comprometimento de Valdemar e da sigla com a pauta conservadora defendida pelo presidente.


"O que acontece: alguns estados, que para mim, para a possível eleição, se eu vier a ser candidato, são vitais, como São Paulo. Ele tem um compromisso em São Paulo, que tem mais de 30 milhões de eleitores", detalhou o presidente.


Sobre a pauta conservadora, Bolsonaro diz que quer ver Valdemar defendendo esses temas no ato de filiação.


"E temos um patrimônio muito grande. Falei, mandei mensagem para o Valdemar Costa Neto. Temos bandeiras que não sou eu falando no dia da filiação. Quero que ele também fale. Nós dois devemos estar afinados", afirmou o presidente.


Reação negativa

De acordo com o blog da Andréia Sadi, Bolsonaro resolveu suspender a filiação ao PL após a repercussão negativa da união com o partido nas redes sociais - na mesma semana em que o ex-ministro Sergio Moro discursou, durante filiação ao Podemos, ressaltando o combate à corrupção como prioridade para uma eventual candidatura à Presidência da República.


O PL é um dos principais partidos do grupo informal da Câmara conhecido como Centrão, com o qual Bolsonaro se aliou e de quem depende para aprovar projetos de interesse do governo e se sustentar politicamente.


Nesse grupo, Valdemar é um dos políticos historicamente mais influentes. Em 2012, Valdemar foi condenado no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 7 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.



Ele foi preso em 2013 e em 2014 passou a cumprir prisão domiciliar. Dois anos depois, em 2016, o ministro do STF Luís Roberto Barroso concedeu perdão da pena e determinou a soltura. Na ocasião, a decisão seguiu parecer da Procuradoria Geral da República (PGR).


Fonte: g1

Pacheco diz esperar sabatina de Mendonça na CCJ entre 30 de novembro e 2 de dezembro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira (15) esperar que a sabatina de André Mendonça seja marcada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) entre 30 de novembro e 2 de dezembro.


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Mendonça foi indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Jair Bolsonaro em julho. Desde então, o nome do ex-ministro e ex-advogado-geral da União (AGU) ainda não foi sabatinado pela CCJ, que é presidida por Davi Alcolumbre (DEM-AP). O senador tem recebido críticas dos colegas por ainda não ter marcado a sabatina de Mendonça.


Pacheco informou que o Senado vai fazer um esforço concentrado de votações entre o fim deste mês e o início do próximo. Nesse período, ele espera votar nomeações que ainda estão pendentes, como a de Mendonça.


“Eu tenho muita convicção que a CCJ, não só em relação a essa indicação, mas em relação a outras indicações, inclusive do CNJ, CNMP, possa realizar as sabatinas e vir ao plenário realizar as votações. Tenho muita confiança que tudo possa ocorrer no final de novembro e início de dezembro”, disse Pacheco em entrevista em Portugal, onde participou do 9º Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pelo IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa).


“Esse esforço concentrado é importante. Estamos ainda pela pandemia, com sistema semipresencial. Muito importante que os senadores estejam no Senado para votar, porque essas indicações que exigem a presença física”, destacou.


Na semana de esforço concentrado, além da possibilidade de análise do nome de André Mendonça, os senadores podem votar indicações para embaixadas do Brasil no exterior, conselhos de Justiça e do Ministério Público, agências reguladoras, entre outros órgãos.


Mendonça foi indicado para a vaga que surgiu no Supremo em decorrência da aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.


A Constituição prevê que os ministros do STF, assim como outras autoridades federais, só podem assumir o cargo após sabatina e aprovação na CCJ do Senado e, em seguida, confirmação do nome em plenário. A inclusão do tema na pauta cabe aos presidentes da CCJ e do Senado, nas duas etapas.


Fonte: g1

Brasil cresce 'acima da média mundial', diz Guedes a empresários em Dubai; projeções não comprovam fala

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (15) em evento com investidores e empresários em Dubai, nos Emirados Árabes, que o Brasil está "crescendo acima da média mundial" – e creditou o suposto resultado ao presidente Jair Bolsonaro.


O fórum de investimentos em Dubai faz parte da programação da viagem oficial de Bolsonaro ao Oriente Médio, iniciada no sábado (13). Até o fim da semana, o presidente também visitará Bahrein e Catar. Segundo o governo, a comitiva busca atrair investimentos internacionais para o Brasil.


"O Brasil foi uma das economias que menos caíram, voltaram mais rápido, criaram mais empregos e estamos crescendo, também, acima da média mundial. Isso, graças à orientação do nosso presidente de não deixar nenhum brasileiro para trás durante a pandemia", declarou Guedes na abertura do evento Invest in Brasil Forum.

Projeções feitas por economistas dentro e fora do Brasil, no entanto, não confirmam a declaração do ministro.


O país deve fechar 2021 com crescimento entre 4,5% e 5%, a depender da estimativa considerada. A expectativa de crescimento médio mundial oscila em patamar superior, de 5,5% a 6%.


Em setembro, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) destacou a recuperação "muito desigual" da crise de Covid-19 entre os países e informou estimativa de que a economia mundial cresça 5,7% em 2021 e 4,5% em 2022.



Para os dois anos, a estimativa da OCDE é de que o Brasil fique abaixo da média, crescendo 5,2% neste ano e 2,3% no próximo. Veja no gráfico abaixo:


Estimativas para o desempenho do PIB — Foto: Economia G1


Em outubro, foi a vez de o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisar suas projeções de crescimento para os países até o fim de 2022. De acordo com o FMI, a economia global deve registrar alta de 5,9% em 2021 e 4,9% em 2022. Os números, novamente, são superiores ao crescimento projetado pela instituição para o Brasil: 5,2% e 1,5%, respectivamente.


O crescimento projetado pelo FMI para a economia brasileira em 2022 coloca o país, ainda, na última colocação entre as nações do G20. O grupo reúne os 19 países mais ricos do mundo e a União Europeia.


Segundo o levantamento feito pela BBC, com base nas projeções do fundo internacional, o Brasil deve ficar abaixo inclusive do esperado para outros países emergentes, como Rússia (2,9%), Argentina (2,5%) e África do Sul (2,2%). Veja na imagem:


Projeções do FMI para o PIB dos países — Foto: BBC


Crescimento em 2021

No discurso, Guedes chegou a afirmar que a economia brasileira "está crescendo 5,5% esse ano", sem informar a origem da estimativa.


"A economia está crescendo 5,5% esse ano e já temos contratados, para os próximos anos, mais de US$ 100 bilhões em contratos assinados em ferrovias, gás natural, petróleo, energia elétrica, ferrovias, portos", disse o ministro da Economia.

O boletim Focus, que reúne as estimativas do mercado financeiro, prevê atualmente que o Brasil fechará o ano com crescimento de 4,93% – a cifra vem caindo, semana após semana, conforme as expectativas são revisadas.


A própria Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia estimou, em boletim divulgado em setembro, que o PIB brasileiro crescerá 5,3% no ano, percentual inferior aos 5,5% citados por Guedes.



A SPE, no entanto, prevê uma inflação oficial de 7,9% no período, bem abaixo dos 9,33% previstos no boletim Focus da última semana.


Não é igual no mundo todo: inflação no Brasil deve fechar ano maior que a de 83% dos países


'Paraíso para investimentos'

Ainda no evento em Dubai, Guedes afirmou que "espera de braços abertos" os recursos dos emiráticos e que o Brasil vem se tornando um paraíso para investimentos.


"A economia era o paraíso dos rentistas e o inferno dos empreendedores. Agora o Brasil está virando um paraíso para os empreendedores, juros mais baixos, economia mais crescendo mais rápido”, disse.



A declaração, mais uma vez, destoa do cenário atual. A taxa básica de juros, a Selic, abriu 2021 a 2% ao ano, mas em outubro teve a sexta alta consecutiva.


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a Selic de 6,25% para 7,75% ao ano, e as previsões do mercado indicam que a taxa possa superar os 10% em 2022, como parte da estratégia do BC para conter a alta da inflação.


Fonte: g1

Bolsonaro mente e diz a investidores em Dubai que Amazônia 'não pega fogo' e 'ataques' 'não são justos'



O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (15), durante evento com investidores em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que "os ataques que o Brasil sofre em relação à Amazônia não são justos".


Bolsonaro convidou os investidores árabes a conhecerem a floresta. Ele mentiu ao dizer que, "por ser uma floresta úmida, não pega fogo."


"O fato de a floresta não pegar fogo, isso é uma meia verdade. Ela não cria incêndios florestais, porque é uma floresta úmida. A floresta não pega fogo naturalmente – mas se alguém colocar fogo nela, ela incendeia", afirma Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

"Por isso que a gente fala que os incêndios na Amazônia, as queimadas, elas são criminosas. Então pega fogo, sim, na floresta – quando você tem o crime ambiental agindo, em 99% das vezes", conclui.


A afirmação é semelhante a uma que o presidente fez em discurso na ONU no ano passado. Uma checagem do Fato ou Fake já havia apontado que ela é falsa.


“Afirmar que a floresta é úmida como um todo era algo verdadeiro há 60 ou 70 anos; hoje, com 20% desmatado, isso não é mais um fato", explicou o ambientalista Antonio Oviedo, assessor do Instituto Sócio-Ambiental (ISA), ONG presente na Amazônia há 25 anos.



"Ela é úmida em áreas como no interior do Rio Solimões ou no Alto do Rio Negro, onde não tem muitas estradas, mas mesmo lá o fogo já tem entrado, por conta do desmatamento. Quando se fragmenta a floresta em blocos, vem o efeito de borda. Quanto mais bordas tiver, mais seca fica, e facilita a entrada do fogo”, afirmou Oviedo.

A diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, reforçou que “o desmatamento, a exploração da madeira e outras atividades humanas mudam a condição da floresta úmida como barreira ao fogo”. O Ipam trabalha desde 1995 pelo desenvolvimento sustentável na região.


Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também apontam, de forma repetida, os focos de incêndio acima da média na floresta nos últimos meses. Em junho, houve o maior número de focos para o mês em 14 anos; em julho, foram quase 5 mil focos; em agosto, 28 mil.


'Mais de 90% de área preservada'

Bolsonaro também afirmou que a Amazônia tem mais de 90% de área preservada, "exatamente igual" a como era em 1500.


"Os ataques que o Brasil sofre quando se fala em Amazônia não são justos. Lá, mais de 90% daquela área está preservada, está exatamente igual quando foi descoberto no ano de 1500. A Amazônia é fantástica", declarou.


A afirmação também não é verdadeira, conforme explica Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas – iniciativa do Observatório do Clima e de outras ONGs, universidades e empresas de tecnologia que mapeia anualmente a cobertura e uso do solo do Brasil.


"O bioma Amazônia tem de vegetação nativa aproximadamente 86%. Só que tem pelo menos 4% do bioma que é vegetação secundária. Então 20% da Amazônia já foram desmatadas. Se você considera as áreas que tiveram fogo ou exploração florestal irregular e também outros tipos de impacto – como os efeitos de borda, o garimpo – pelo menos outros 20% da Amazônia estão impactados", afirma Azevedo.


"Então a gente não pode falar de uma Amazônia totalmente conservada. A Amazônia está passando por uma ameaça forte. Inclusive, o que os estudos recentes têm mostrado é que em algumas regiões a Amazônia já não cumpre o papel de ser a principal fonte de absorção de carbono. Em alguns lugares, ela já está sendo uma fonte de emissão líquida – o que é algo terrível para a questão climática", pontua.


Astrini reforça a explicação do colega e acrescenta:


"Floresta intacta, igual a 1500, eu diria que é da metade para menos da floresta. A única coisa que a gente tem igual a 1500 é o governo tentando tomar terra de índio, promovendo, enfim, invasão de áreas, desmatamento, isso aí tá igualzinho a 1500", diz.


No sábado (13), primeiro dia da viagem oficial ao Oriente Médio, Bolsonaro já havia dito que o Brasil foi "atacado" na COP 26, a Conferência do Clima organizada pela ONU, em Glasgow.


Bolsonaro não foi à COP, mas integrantes do governo – como o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite – representaram o país. Ao longo dos dias na Escócia, o ministro defendeu a gestão do presidente, a mineração e se recusou a responder se o governo Bolsonaro vai retirar apoio a projetos de lei no Congresso Nacional que integram o chamado "combo do desmatamento".


Esforços 'bem sucedidos', diz França

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, abordou a política ambiental do governo – que tem sido criticada por ambientalistas, políticos e celebridades no Brasil e no exterior. Para o chanceler, os esforços do governo contra crimes ambientais, com o uso das Forças Armadas, são “bem-sucedidos”.


Em 2020, Bolsonaro recriou o Conselho Nacional da Amazônia Legal, chefiado pelo vice-presidente Hamilton Mourão. O presidente autorizou três operações para que as Forças Armadas combatessem crimes ambientais, contudo, os registros de desmatamento seguiram altos na Amazônia.


Só que a afirmação de França é desmentida pelos números. No mês passado, por exemplo, o desmatamento na Amazônia Legal foi o maior para outubro desde 2015, segundo o Inpe. Em setembro, os números só não foram piores que os de 2019, quando atingiu recordes históricos. Em agosto, foi o terceiro pior desde 2015; em julho, houve a segunda pior temporada em 5 anos.


De agosto de 2019 até julho de 2020 – já depois do envio das Forças Armadas à Amazônia – houve um crescimento de 9,5% no desmatamento da Amazônia.


França também citou no discurso as metas do Brasil para redução de emissões e de desmatamento, anunciadas durante a conferência sobre o clima da ONU, a COP26, recém-encerrada em Glasgow.


O governo brasileiro faz uma ofensiva para tentar vender a imagem de um país que protege suas florestas. Isso ocorreu na COP26 e prossegue em Dubai. Na Expo 2020, por exemplo, o pavilhão brasileiro fica no distrito da sustentabilidade da exposição universal.


Viagem ao Oriente Médio

Jair Bolsonaro participou nesta segunda de um fórum de investimentos em Dubai, nos Emirados Árabes, como parte da programação da viagem oficial a países do Oriente Médio. Uma comitiva de ministros acompanhou o presidente no evento.


Bolsonaro está no terceiro dia de agendas nos Emirados Árabes, primeiro destino de uma viagem por três países do Golfo Pérsico. O presidente irá na terça-feira (16) ao Bahrein e na quarta (17) ao Catar com o objetivo de apresentar oportunidades de negócios em áreas como infraestrutura, agricultura e defesa.


O "Invest in Brazil Forum" é organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), um órgão do governo federal.



Durante a abertura do evento, o presidente também fez propaganda do cargueiro KC-390 fabricado pela Embraer. A aeronave é motivo de atrito entre a fabricante e a Força Aérea Brasileira (FAB), que anunciou a redução da compra de unidades da aeronave – de 28 para 15.


A Embraer declarou que adotará medidas cabíveis em relação ao acordo com a FAB, o que sinaliza um possível litígio na Justiça. O governo deseja abrir uma renegociação com a empresa.


Fonte: g1

A cidade do Canadá destruída em horas por fogo após registrar 49,6ºC

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou durante a COP 26, a conferência climática das Nações Unidas, que o país está se aquecendo em um ritmo duas vezes mais rápido do que o resto do mundo.


A cidade do Canadá destruída em horas por fogo após registrar 49,6ºC — Foto: Reprodução/BBC


Esse aumento de temperaturas foi duramente sentido na cidade de Lytton, no sul do país.


Em junho de 2021, os termômetros locais atingiram 49,6ºC, a maior temperatura já registrada em um lugar tão ao norte do planeta.


Um dia depois de atingir essa marca, o pequeno município foi engolido por chamas.


A cidade do Canadá destruída em horas por fogo após registrar 49,6ºC — Foto: Reprodução/BBC


“Meu senso de pertencimento a um lugar desapareceu numa nuvem de fumaça em 30 de junho”, diz Patrick Michell, líder da comunidade indígena Kanaka Bar, que vive no local.



Após perder sua casa no incêndio, ele teve que se mudar para um motor home com a esposa. A filha dele, Serena, estava grávida de oito meses no dia do incêndio e teve que fugir levando apenas algumas roupas.


Os desabrigados de Lytton agora buscam respostas e responsáveis pelo incidente.


Existe a suspeita de que uma faísca vinda da estrada de ferro local tenha dado origem às chamas, mas uma investigação não encontrou ligação entre a linha de trem e o incêndio.


Neste vídeo da série “Vida a 50ºC”, a BBC foi até a cidade canadense destruída pelo fogo, onde alguns moradores planejam construir novas casas de forma mais sustentável.


Fonte: BBC

Irmãos indianos ganham prêmio internacional por sistema de separação de resíduos

Dois jovens irmãos indianos incentivaram os líderes mundiais a agirem contra a mudança climática depois de ganharem um prestigioso por seu combate à poluição causada pelo lixo doméstico em Nova Délhi.


Vihaan e Nav Agarwal, de 17 e 14 anos, o Prêmio Internacional da Paz Infantil 2021 — Foto: Phil nijhuis / ANP / AFP


Vihaan e Nav Agarwal, de 17 e 14 anos, receberam neste sábado (13) o Prêmio Internacional da Paz Infantil 2021 por desenvolver um sistema para separar o lixo reciclável e organizar a coleta de lixo em milhares de residências.


A fundação holandesa KidsRights, organizadora do evento, elogiou a "coragem e compromisso no combate à poluição em sua cidade natal" de Nova Délhi, a mais poluída do mundo.


Os irmãos indianos começaram em casa, separando materiais recicláveis de outros resíduos, e então criaram um grupo no WhatsApp em sua vizinhança para se juntar a várias famílias. — Foto: One Step Greener


Greta e Malala

Os irmãos seguem os passos da ativista ambiental sueca Greta Thunberg e Malala Yusafzai, uma ativista educacional paquistanesa, ambas vencedoras do prêmio em edições anteriores.


Desde 2005, o KidsRights premia um menor a cada ano por seu compromisso com os direitos da criança.


"Nossa mensagem é que é preciso agir. Muitas crianças no mundo estão agindo", afirmou Vihaan, ao ser questionado sobre o que diria aos líderes mundiais na cúpula do clima COP26.

"Outra mensagem seria: não fiquem no nosso caminho", acrescentou ele à AFP em uma entrevista em vídeo.


"Para todos os jovens que podem assistir e ler isto, eles nunca devem temer as mudanças climáticas", continuou.


Colapso do lixo

Crescer em Nova Délhi afetou a saúde de Vihaan, que é asmático, e os irmãos gostariam de poder brincar ao ar livre com mais frequência e desfrutar da natureza.


A ideia de sua iniciativa, "One Step Greener" (Um passo mais verde), surgiu após o colapso do aterro de Ghazipur em 2017, que matou duas pessoas e causou aumento da poluição.


Montanha de lixo de Ghazipur prejudica a saúde dos moradores de Nova Délhi, na Índia, em imagem de 2019 — Foto: Money Sharma/AFP


Os irmãos começaram em casa, separando materiais recicláveis de outros resíduos, e então criaram um grupo no WhatsApp em sua vizinhança para se juntar a várias famílias.



A iniciativa, que começou com 15 domicílios em 2018 - quando tinham 14 e 11 anos -, envolve hoje 1.500 domicílios, além de escritórios e escolas.


Fonte: France Presse