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terça-feira, junho 15, 2021

RN tem 286.577 casos confirmados e 6.508 mortes por Covid

O Rio Grande do Norte tem 286.577 casos confirmados de Covid desde o início da pandemia. A doença vitimou 6.508 pessoas no estado. Outros 1.377 óbitos estão sob investigação, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta terça-feira (15).


Na comparação com o dia anterior, foram 35 mortes a mais registradas, sendo 10 delas ocorridas nas últimas 24 horas, segundo a Sesap.

O RN tem ainda 108.073 casos suspeitos e 548.656 casos descartados de Covid. Os casos inconclusivos, tratados como "Síndrome Gripal não especificada", seguem em 131.928.


O boletim aponta também que 834 pessoas estão internadas por causa da Covid no RN - 600 na rede pública e 234 na rede privada (apenas 8 dos 10 hospitais privados atualizaram os dados, de acordo com a Sesap). Com 357 pacientes, a taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 75,4% na rede pública; com 136 internados, a rede privada tem 88,8% de ocupação.


Números do coronavírus no RN

286.577 casos confirmados

6.508 mortes

108.073 casos suspeitos

548.656 casos descartados


RN tem 286.577 casos confirmados de Covid — Foto: Divulgação


Fonte: G1

Potiguar que vende sanduíches para fazer mestrado em Portugal recebe doação de R$ 10 mil: 'Um ano dos meus estudos'

Aprovada para fazer um curso de mestrado pelo Instituto Politécnico de Coimbra, em Portugal, a potiguar Clévina Holanda Dantas, 23 anos, decidiu vender sanduíches para custear a viagem e os estudos ao longo de dois anos. A história foi contada pela Inter TV Cabugi e G1 RN nesta terça-feira (15). À tarde, a estudante de Mossoró foi surpreendida com uma doação de R$ 10 mil feita por um homem que prefere não se identificar, via PIX.


"Uma pessoa depositou R$ 10 mil na minha conta. Isso é mais de um ano do meu curso. Não sei nem como agradecer. Muito obrigada", disse, emocionada, em uma rede social.


"Eu não sei nem dizer o quanto eu trabalhei na minha vida quando eu tinha outra empresa para conseguir esse valor. Foi muito duro, e uma pessoa hoje (terça-feira) colocou na minha conta e nem me conhece, e vai custear um ano dos meus estudos", completou.


O objetivo dela era vender 2.230 sanduíches para arrecadar os recursos. Clévina também criou uma página nas redes sociais, onde as pessoas podem ajudá-la "trocando" um sanduiche por um sonho.

A campanha começou no dia 10 de junho e a estudante tem vendido cerca de 35 sanduíches por noite, em Mossoró. Clévina conta que tem ajuda da mãe e do noivo para produzir os sanduíches


Clévina Dantas, de 23 anos, 'troca' sanduiches pelo sonho de estudar em Portugal. — Foto: Iara Nóbrega/Inter TV Cabugi


Empreendedorismo

Formada em administração pela UERN, Clévina abriu seu próprio negócio em 2017 e foi por meio dele que vislumbrou o sonho de cursar o mestrado.


"Eu já tinha um negócio com quase quatro anos, então era uma empresa quase madura e senti que não conseguia desenvolver ainda mais ela por que precisava aprender mais, foi daí que conheci algumas pessoas em Portugal e fui pesquisar sobre os cursos de mestrado lá. Então resolvi vender o meu primeiro negócio pra tentar passar no mestrado. Com esse valor que custeei as candidaturas, as documentações, envios por correios", revela.



Ela conta que seu primeiro empreendimento foi na área de alimentação, mas pensou em um produto que pudesse fazer em casa. Daí surgiu a ideia do sanduiche.


Fonte: G1

Covid: RN divulga calendário de vacinação e deve receber primeiras doses da Sputnik em julho

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), usou uma rede social nesta terça-feira (15) para apresentar o calendário de vacinação contra Covid. No dia anterior, ela havia anunciado que o estado teve ter toda sua população maior de 18 anos imunizada até setembro de 2021.


Covid: Governo do RN divulga calendário de vacinação — Foto: Divulgação


De acordo com o calendário, junho vai atender o público de 59 a 50 anos; julho terá pessoas de 49 a 39 anos; em agosto, a previsão é imunizar a população de 38 a 29 anos; e, em setembro, de 28 a 18 anos.


De acordo com a governadora, a estimativa foi feita pela coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde e teve como base a frequência da chegada de lotes. O estado já vem recebendo, semanalmente, em média 50 mil doses de vacina de três imunizantes contra Covid-19 e, com a inclusão de mais dois (Janssen e Sputnik), a perspectiva é que número chegue a mais de 200 mil doses nas próximas semanas, permitindo uma maior celeridade na campanha de vacinação.


Os municípios também avançam na imunização. Natal iniciou a vacinação para pessoas a partir de 50 anos nesta terça-feira. São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, anunciou a redução para 40 anos ou mais nesta quarta-feira (16).


Primeiras doses da Sputnik chegam ao RN em julho

As primeiras doses da vacina contra Covid da Sputnik V devem chegar ao Rio Grande do Norte em julho. Segundo o governo, a previsão foi anunciada pelo presidente do Fundo Soberano da Federação Russa, Kirill Dimitriev, em reunião com os Consórcios Nordeste e Amazônia Legal, nesta terça-feira (15).


No total, serão entregues 37 milhões de doses ao Brasil. O contrato do Rio Grande do Norte é de 300 mil doses.

Mais de 1 milhão de doses aplicadas

Segundo o sistema RN + Vacina, os municípios potiguares aplicaram 1.264.068 vacinas até o início da manhã desta terça-feira (15). Ao todo, 875.587 pessoas tomaram a primeira dose no estado e 388.481 estão "totalmente vacinadas", por já terem recebido o reforço da segunda dose.


O Rio Grande do Norte tem uma população estimada em pouco mais de 3,5 milhões de habitantes.


O estado começou a vacinação contra Covid-19 no dia 19 de janeiro. Inicialmente, apenas os grupos prioritários, como idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades foram imunizados.


Desde a semana passada, municípios potiguares começaram a abrir a vacinação para o público-geral, ao mesmo tempo em que continuam vacinando grávidas, puérperas e lactantes, trabalhadores da educação e outros grupos.


Fonte: G1

Governo não renova decretos regionalizados e medidas contra Covid são flexibilizadas no interior do RN

Após reunião com prefeituras, o governo do Rio Grande do Norte decidiu não renovar os decretos regionalizados que abrangiam municípios do Vale do Açu, Região Central e Alto Oeste potiguar.


Patu, município do Alto Oeste potiguar — Foto: Prefeitura de Patu


Os decretos regionais tinham validade até esta segunda-feira (14) e não foram renovados. De acordo com o governo, os municípios agora deverão seguir o decreto geral do estado, que tem medidas menos restritivas.


Ainda segundo o governo, a decisão ocorreu por causa de um "quadro epidemiológico em estabilidade, demanda por leitos covid em queda e taxa estadual de ocupação de UTIs abaixo de 90%".


Desde o último fim de semana, o estado "zerou" a fila de espera por leitos críticos de Covid-19, com fila de espera por UTI menor que a quantidade de leitos disponíveis.


Com o fim da vigência dos decretos regionalizados passam a valer as medidas contidas no decreto estadual geral, que vale até 23 de junho.


O toque de recolher ocorre das 22h às 5h, inclusive aos domingos e feriados.

Aulas em formato híbrido ficam permitidas na educação básico.

Também fica permitida abertura das igrejas, templos e espaços religiosos, inclusive com atividades coletivas, com até 30% da capacidade.

Restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação podem funcionar até as 22 horas, com 60 minutos de tolerância para encerramento das atividades presenciais.

Salões de beleza, barbearias, academias de ginástica, box de crossfit, estúdios de pilates e afins também podem funcionar, desde que respeitados horários e protocolos sanitários.


O decreto para o Vale do Açu, anunciado em 25 de maio, determinava fechamento de atividades não essenciais, proibia venda de bebidas alcóolicas, e implantava toque de recolher integral, de 24 horas, aos domingos e feriados, e das 20h às 6h nos demais dias da semana. Com vigência inicial até 6 de junho, ele foi estendido até esta segunda (14).


O primeiro decreto regionalizado do estado havia sido anunciado no dia 21 de maio e já apontava as mesmas restrições aos municípios do Alto Oeste.


Na reunião desta segunda-feira (14), conduzida pelo secretário de Gestão de Projetos e Metas de Governo e Relações Institucionais, Fernando Mineiro, ficou acertado que caberá a cada prefeito a edição de atos normativos mais rígidos, caso considere necessários, em função das especificidades locais.


"Os decretos regionalizados foram uma boa experiência, ajudaram a conter a demanda por leitos depois de uma longa batalha. Esperamos que a situação continue melhorando para que não seja necessário dar um passo atrás", disse o secretário.


"Foi uma experiência dura, que tivemos a coragem de fazer, mas muito exitosa", considerou o presidente da Associação dos Municípios da Região Central e Vale do Açu Potiguar, Reno Marinho.


A subsecretária de Gestão de Planejamento da Secretaria Estadual de Saúde, Lyane Ramalho, alertou que a população precisa seguir com distanciamento e uso de máscara.


"A melhoria [dos indicadores] não dá, às pessoas, o direito de fazerem festas e promoverem aglomerações porque isso termina se refletido 15 dias depois. Esse é o desafio daqui pra frente", disse.


Na Central de Regulação do Oeste, para onde são levados os pacientes desses municípios, a média de solicitações de leitos covid caiu de 60, no final de maio, para 31 nesta segunda-feira (14), segundo a plataforma Regula RN. Também houve redução na fila de espera por leitos.


Fonte: G1

RN estima vacinar toda população com mais de 18 anos contra Covid até setembro

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) anunciou que o estado deverá ter toda sua população maior de 18 anos vacinada contra Covid-19 até setembro de 2021.


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Vacinação vacina covid-19 natal rn rio grande do norte — Foto: Joana Lima


Pelas redes sociais, a governadora afirmou que a estimativa foi feita pela coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde e teve como base a frequência da chegada de lotes.


"Essa estimativa foi calculada com base na quantidade e frequência com que os lotes de vacina são enviados pelo Ministério da Saúde", disse.


Em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi, a coordenadora de Vigilância em Saúde, Kelly Lima afirmou que foram levadas em consideração as vacinas que vêm chegando ao estado (Oxford, CoronaVac e Pfizer).


Mas ela citou que o estado deverá receber vacinas da Janssen - único imunizante contra Covid com dose única - nesta semana. Além disso, um lote da vacina Sputinik adquirida pelos estados do Nordeste também é aguardado.


"Isso vai dar maior aceleração a esse processo de vacinação. Nós temos essa expectativa que até a próxima semana possamos chegar à faixa dos 40 anos", afirmou.



Mais de 1 milhão de doses aplicadas

Segundo o sistema RN + Vacina, os municípios potiguares aplicaram 1.264.068 vacinas até o início da manhã desta terça-feira (15). Ao todo, 875.587 pessoas tomaram a primeira dose no estado e 388.481 estão "totalmente vacinadas", por já terem recebido o reforço da segunda dose.


O Rio Grande do Norte tem uma população estimada em pouco mais de 3,5 milhões de habitantes.


O estado começou a vacinação contra Covid-19 no dia 19 de janeiro. Inicialmente, apenas os grupos prioritários, como idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades foram imunizados.


Desde a semana passada, municípios potiguares começaram a abrir a vacinação para o público-geral, ao mesmo tempo em que continuam vacinando grávidas, puérperas e lactantes, trabalhadores da educação e outros grupos.


Fonte: G1

Detentas do sistema penitenciário do RN produzem 15 mil mudas de caju para agricultores afetados pela seca

Detentas do sistema prisional do Rio Grande do Norte já produziram 15 mil mudas de caju para serem doadas a agricultores que tiveram os cajueiros dizimados pele seca.


Sistema penitenciário produz 15 mil mudas de caju para afetados pela seca — Foto: Divulgação/Seap


A iniciativa faz parte do projeto “Cultivando a Cidadania” da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap), da Secretaria de Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) e da Emater, com apoio da Vara de Execuções Penais de Mossoró (VEP).


A produção acontece no canteiro construído na Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró. Quinze internas trabalham nos canteiros de plantio das castanhas de caju, realizando também toda manutenção e enxerto das plantas.


A Vara de Execuções Penais da Comarca de Mossoró contribuiu com recursos arrecadados de prestações pecuniárias para a construção da estufa com mil metros quadrados. A estrutura foi construída utilizando mão de obra carcerária capacitada pela Seap através de curso de pedreiro de alvenaria ministrado pelo Senai.


De acordo com a Seap, as mudas sairão da penitenciária diretamente para as mãos de agricultores familiares que necessitam das políticas públicas. O projeto não tem fins lucrativos e as mudas serão distribuídas de forma gratuita em data a ser definida. O Governo do Estado estima que com a seca prolongada mais de dez milhões de cajueiros foram dizimados no RN.


As detentas voluntárias estão sendo capacitadas pela Emater e, a cada três dias na lavoura, um será remido da pena. O diretor do estabelecimento prisional, policial penal Márcio Morais, explica que o trabalho no sistema prisional é fundamental para a ressocialização do indivíduo. “Esse projeto visa a ressocialização de internas que cumprem pena no Complexo Penal Doutor Mário Negócio, assim como fortalecer a caju cultura do Rio Grande do Norte”, disse.


Fonte: G1

Com crise hídrica, Aneel já estima alta de 5% nas contas de luz do ano que vem

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, afirmou nesta terça-feira (15) que a crise hídrica enfrentada pelo país neste ano já permite estimar uma alta de pelo menos 5% nas contas de luz em 2022.


A agência também prepara mudanças que devem encarecer a conta de luz nas próximas semanas, incluindo um aumento de mais de 20% na bandeira tarifária mais alta – que está em vigor atualmente e já adiciona R$ 6,24 na conta para cada 100 kWh consumidos ao mês (veja detalhes abaixo).


O aumento dos preços da energia tem relação com o maior acionamento das usinas termelétricas (mais caras) para suprir uma queda de geração das usinas hidrelétricas. O Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos, segundo o governo.


"O número que o Ministério de Minas e Energia tem usado publicamente é que vamos ter um custo adicional de R$ 9 bi [de janeiro a novembro de 2021], até abril já se gastou R$ 4 bi adicionalmente. Isso vai ter impacto adicional na tarifa de 5% [em 2022]", explicou Pepitone.


Esse impacto deve chegar às tarifas residenciais e comerciais no próximo ano. Os chamados "consumidores livres" – empresas que compram energia diretamente das distribuidoras – devem pagar o adicional ainda em 2021.


As informações foram dadas durante audiência pública na Câmara dos Deputados para debater a crise hídrica, nesta terça-feira (15).


Bandeiras tarifárias mais caras

Uma outra elevação nas faturas domésticas deve entrar em vigor já nas próximas semanas. O diretor-geral da Aneel informou que o reajuste das bandeiras tarifárias vigentes deve ultrapassar os 20%. A decisão será divulgada ainda neste mês.


As bandeiras tarifárias representam uma sobretaxa adicionada às faturas quando o custo da geração de energia sobe. Com a necessidade de poupar água nos reservatórios das hidrelétricas, o governo já anunciou diversas medidas que encarecem a geração de eletricidade (veja abaixo).


O reajuste das bandeiras já estava previsto, mas terá de ser ainda maior diante do cenário crítico. Na audiência, Pepitone deixou claro que o reajuste de 20% atinge apenas as bandeiras, e não o valor total das faturas.


“Não é a tarifa que vai subir 20%. Nós estamos conseguimos fazer com que os aumentos que estão ocorrendo neste ano fiquem na casa de 7%, 7,5%", explicou.


“O que acontece é que todo ano, após período úmido, em abril, a Aneel discute com o valor que será o patamar da bandeira. Neste ano, nós estamos diante da maior crise hídrica que o país vivencia. Nós não temos praticamente água para atender a geração de energia [via hidrelétricas] até novembro. Até lá, teremos que atender com as térmicas e isso tem um custo”, explicou Pepitone.

Em junho, a Aneel aplicou às contas a bandeira mais cara do sistema, chamada "vermelha patamar dois". Ela representa uma cobrança adicional de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumidos.


Com o reajuste, que deve entrar em vigor nas próximas semanas, a bandeira vermelha patamar 2 custará mais de R$ 7 a cada 100 kWh de energia consumidos, segundo Pepitone.


“Nós fizemos uma consulta pública que apresentou valor de 7 reais e alguns centavos, mas com certeza esse valor ainda deve superar um pouco os R$ 7, os 20% [de reajuste]”, disse.


Na consulta pública, a Aneel sugeriu R$ 7,57 – valor que a própria agência já prevê aumentar. Com isso, o reajuste da bandeira vermelha patamar dois será superior a 20%.


Questionado por deputados, Pepitone negou a possibilidade de a agência criar uma faixa ainda mais cara de bandeira. “Não existe discussão [para criar outro patamar de bandeira]. Os mecanismos das bandeiras continuam sendo o mesmo.”


Veja, na imagem abaixo, os valores atuais das bandeiras tarifárias:


Bandeiras tarifárias — Foto: Juliane Monteiro/Arte G1

Custo das térmicas

Na audiência, o diretor-geral da Aneel informou que o acionamento além do previsto de usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia em 2021 vai custar R$ 9 bilhões aos consumidores de energia.


De janeiro a abril deste ano, o acionamento adicional das termelétricas já custou R$ 4,3 bilhões. O governo prevê a necessidade de recorrer à geração térmica adicional até novembro, quando começa o período chuvoso.


Crise hídrica

O último período chuvoso, que acabou em abril deste ano, foi o mais seco em 91 anos, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).


Para piorar o cenário, de maio a setembro, boa parte do Brasil passa pelo chamado período seco, com chuvas escassas, insuficientes para abastecimento dos reservatórios das usinas hidrelétricas – responsáveis pela maior parte da geração de energia no país.


Com isso, o nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país está baixo e o governo precisa acionar mais usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia.


As usinas termelétricas são mais poluentes e caras que as usinas hidrelétricas. É isso que motiva, por exemplo, o acionamento das bandeiras tarifárias na conta.


Racionamento

Mesmo diante da crise hídrica, o Ministério de Minas e Energia descarta a possibilidade de apagão em 2021. Porém, estuda publicar uma medida provisória que concentra poderes para adotar medidas de racionamento de energia elétrica.


O governo e a Aneel também estudam junto à indústria eletrointensiva (que consome muita energia elétrica) medidas econômicas que incentivem a mudança da produção industrial para fora do período de pico.


O período de pico é das 18h às 21h, quando há maior consumo de energia e risco de sobrecarga no sistema. A ideia do governo é que as indústrias eletrointensivas reduzam a produção nesse intervalo, diminuindo as chances de blecautes no horário de pico.


Além das medidas em estudo, o governo já:


autorizou o acionamento de usinas termelétricas adicionais;

editou decreto que regulamenta a realização de leilões para contratar usinas “reservas” de geração de energia;

ampliou a possibilidade de acionamento de usinas termelétricas sem contrato vigente de comercialização de energia;

autorizou a importação de energia da Argentina e Uruguai;

emitiu alerta de emergência hídrica na região da Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná; e

autorizou a operação excecional de parte dos sistemas hídricos.

Corte de energia

Nesta terça, a Aneel prorrogou por mais 90 dias a proibição ao corte de energia elétrica de famílias de baixa renda por falta de pagamento.


Com isso, a proibição, que acabaria em junho, vai se estender até 30 de setembro. A decisão foi tomada pela diretoria colegiada da agência, em reunião nesta terça-feira (15).


A medida deve beneficiar 12 milhões de consumidores. "Está proibido corte de energia até setembro para consumidores baixa renda. Objetivo da agência é atenuar o sofrimento, resguardar o consumidor mais carente sem comprometimento das concessionárias de energia", afirmou Pepitone.


Fonte: G1'

Casal e filha de 16 anos são resgatados após serem feitos reféns por suspeito de matar família em Ceilândia, diz delegado

Um casal e a filha de 16 anos foram resgatados após serem feitos reféns na tarde desta terça-feira (15) pelo suspeito de matar uma família em Ceilândia, conforme informou o delegado Raphael Barboza. Segundo o investigador, Lázaro Barbosa levou a família para uma mata na região de Cocalzinho de Goiás, houve troca de tiros com as equipes policiais, que conseguiram resgatar as vítimas sem ferimentos.


34 propriedades rurais em Goiás estão ocupadas pelas forças de segurança para evitar ação de Lázaro Barbosa, suspeito de uma chacina no DF — Foto: TV Globo / Reprodução


Lázaro está fugindo de uma força-tarefa de mais de 200 policiais há seis dias pela região goiana que fica no Entorno do DF. Dois policiais foram baleados nesta terça-feira durante as buscas pelo suspeito. De acordo com Corpo de Bombeiros, os militares foram atingidos com tiros de raspão e estão sendo atendidos em hospitais goianos.


O primeiro policial foi ferido pela manhã, no povoado de Edilândia, em Cocalzinho de Goiás, no Entorno do DF. De acordo com o capitão dos bombeiros Maurílio Correia Cesar, o agente foi atingido de raspão e encaminhado ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia.


Já o segundo policial foi baleado por volta das 15h, na mesma região. Os bombeiros informaram que ele é um sargento da Polícia Militar e que foi atingido com um tiro de raspão no rosto. A corporação disse ainda que o tenente foi encaminhado consciente e de helicóptero para um hospital de Anápolis, a 55 km de Goiânia.


Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás informou que houve um confronto quando o policial militar acabou sendo baleado nesta tarde. No entanto, a pasta não informou se este confronto aconteceu durante o resgate da família feita refém.


A fuga

Lázaro está fugindo de uma força-tarefa com mais de 200 policiais há seis dias, pela região goiana que fica no Entorno do DF. Durante a fuga, de acordo com a Polícia Militar, ele invadiu chácaras, atirou em quatro pessoas, das quais duas estão em estado grave, furtou um carro e o abandonou na BR-070.


Imagens de uma câmera de vigilância, divulgadas nesta terça-feira, mostram o suspeito se escondendo da polícia em um galpão de uma chácara em Cocalzinho de Goiás (veja abaixo). Testemunhas relatam que ele dormiu no local e não ameaçou ninguém.


Os homicídios contra a família do DF foram cometidos na quarta-feira (9). Ele é suspeito de assaltar a fazenda e matar a tiros e a facadas os integrantes da família:


empresário Cláudio Vidal, de 48 anos;

Gustavo Vidal, de 21 anos - filho do casal;

Carlos Eduardo Vidal, de 15 anos - filho do casal;

Cleonice Marques de Andrade, de 43 anos - a mulher do empresário foi sequestrada e morta. O corpo foi achado no sábado (12), em uma mata próxima à casa da família.


Fonte: G1

Cantor que fez dupla com Cristiano Araújo é encontrado morto em Goiânia

A Polícia Civil encontrou nesta terça-feira (15) o corpo do cantor Luizmar de Oliveira Damasceno, de 45 anos, que estava desaparecido há quatro dias, em Goiânia. Ele já fez dupla com o sertanejo Cristiano Araújo, que morreu há seis anos em um acidente de carro.


De acordo com a corporação, Luizmar foi encontrado morto em uma área de mata no Morro do Mendanha, na capital. Conforme a Polícia Civil, o corpo do sertanejo será encaminhado ao Instituo Médico Legal (IML) para realização dos exames periciais, que devem apontar a causa da morte.


Luizmar saiu de casa, no Residencial Serra Azul 2, na sexta-feira (11), e sem levar celular. Ele morava com os pais e uma tia. Segundo a designer gráfica Dayenn Bennett, ex-mulher de Luizmar, o músico faria um show no último sábado (12), mas ele também não compareceu ao local.


Ex-parceiro de dupla do Cristiano Araújo, Luizmar Damasceno, de 45 anos — Foto: Reprodução/Instagram


Cantor comprou corda antes de sumir


Uma câmera de segurança registrou o momento que Luizmar comprou alguns metros de corda em uma ferragista do Bairro Goiá, na mesma região onde ele foi encontrado morto (veja o vídeo acima).


Nas imagens é possível ver que o cantor conversa com um funcionário do estabelecimento, que separa cinco metros de corda e entrega ao artista. Cerca de três minutos depois, Luizmar coloca o pedaço de corda na moto e vai embora.


O vídeo foi obtido pela corporação nesta terça-feira, mesmo dia que um morador chegou a informar à equipe de buscas que viu um homem com as mesmas características de Luizmar em uma mata do Loteamento Tropical Verde.


Moto do cantor Luizmar de Oliveira Damasceno é encontrada em mata — Foto: Reprodução/TV Anhanguera


Buscas com cães

A moto do cantor foi encontrada por moradores da região na manhã de segunda-feira (14), em uma área de mata no mesmo setor onde mora.


Cães farejadores do Corpo de Bombeiros chegaram a ser levados à mata onde a veículo do artista foi encontrado para tentar farejar rastros deixados de Luizmar.


Familiares do cantor também levaram roupas dele para ajudar no trabalho dos cães. Eles também acompanharam as buscas e disseram que o desaparecido não costumava passar pelo local onde a moto foi encontrada.


O cantor fez dupla com Cristiano Araújo em 2008. Eles gravaram um CD à época, mas não fizeram sucesso. Cristiano, que alcançou a fama em carreira solo, morreu em um acidente de carro em 2015.


Cristiano Araújo com Luizmar Damasceno em foto de arquivo — Foto: Arquivo pessoal


Fonte: G1

PF quer retirar da Justiça Federal e concentrar no STF investigações sobre madeira ilegal na Amazônia



A Polícia Federal pediu nesta terça-feira (15) ao Supremo Tribunal Federal que as investigações da Operação Handroanthus sobre esquemas de comercialização de madeira extraída ilegalmente da Amazônia — em tramitação na Justiça Federal no Pará e no Amazonas — sejam concentradas no próprio STF.


No fim do ano passado, mais de 200 mil metros cúbicos no valor de R$ 130 milhões de madeira foram apreendidos na Handroanthus, considerada a maior operação do gênero na história do país.


De acordo com a PF, o motivo do pedido são as relações que essas apurações no âmbito da Justiça Federal do Pará e do Amazonas têm com o inquérito aberto no Supremo sobre o mesmo assunto, que envolve o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e cuja relatora é a ministra Cármen Lúcia.


O inquérito que envolve Salles tramita no Supremo porque ele é ministro — nessa condição, tem foro privilegiado no STF. Com isso, somente a relatora — nesse caso, Cármen Lúcia — pode autorizar diligências da PF e determinar prazos de investigação, por exemplo.


Em manifestação ao Supremo, a Polícia Federal, apontou "sério risco de esvaziamento" das atribuições do STF porque decisões de juízes federais do Pará e do Amazonas estariam sendo tomadas para beneficiar investigados.


De acordo com a PF, "agentes políticos" estão atuando a fim de assegurar "impunidade" aos investigados no inquérito.


Os policiais federais informaram ao STF que a Justiça Federal do Pará determinou a restituição de bens apreendidos, como todas as madeiras em toras apreendidas, além dos conjuntos de embarcações com madeiras.


Um juiz chegou a aplicar multas em policiais federais envolvidos na apreensão da madeira durante a operação.


As investigações que têm como alvos o ministro Salles e o presidente afastado do Ibama Eduardo Bim apuram crimes de advocacia administrativa (servidor público que atua em defesa de interesse privado), organização criminosa e crime de "obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais".


Segundo a PF, “em razão do valor econômico milionário envolvido, a atuação da Polícia Federal gerou incômodo no “ramo empresarial” dedicado à extração ilegal de madeira, atraindo a mobilização de agentes políticos, a exemplo de parlamentares, inclusive, por mais incoerente que possa parecer, de chefes de órgãos gestores do Sistema Nacional de Proteção do Meio Ambiente (MMA e IBAMA)”.


“A PF foi comunicada do teor de quatro decisões favoráveis aos investigados, determinando a restituição de instrumentos (maquinários) e produtos de crime (madeira ilegal), ignorando-se a existência de prova técnica sobre a origem ilícita dos produtos florestais”, diz a Polícia Federal.


Para os investigadores, as decisões da Justiça são incomuns e geraram até apuração no Conselho Nacional de Justiça.


“É fundamental o reconhecimento da conexão entre a notícia-crime (inquérito) contra o Ministro do Meio Ambiente, senador da República e presidente do Ibama, com a Operação Handroanthus. Isso porque ambas as investigações compartilham provas, pois os agentes políticos atuam no sentido de assegurar a impunidade dos investigados pela Polícia Federal, valendo-se, para tanto, de seus cargos de alto escalão do Poder”.


Fonte: G1

Após cogitar parar supercomputador Tupã por falta de verba, diretor do Inpe anuncia compra de novo equipamento

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) anunciou a compra um equipamento para substituir o supercomputador Tupã, que faz a previsão de estiagem e clima e corria risco de ser desligado por falta de verba para o pagamento de energia elétrica e manutenção.


Em vídeo divulgado nesta segunda-feira (14), o diretor do órgão, Clézio di Nardin, disse que o novo aparelho custou US$ 729 mil (R$ 3,7 milhões) e deve ser entregue num prazo entre 50 e 60 dias (veja mais no vídeo acima).


Principal dispositivo do Inpe para previsões climáticas, o Tupã consome R$ 5 milhões em energia ao ano para funcionamento e resfriamento. Por falta de recursos, seria mantido em operação apenas até agosto, segundo disse o diretor do Inpe em entrevista ao G1. Instalado em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, o supercomputador está em atividade desde 2010 (leia mais abaixo).


É com ele que as equipes do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) fazem os relatórios sobre a estiagem no Brasil. Com o alerta de crise hídrica, os documentos são entregues semanalmente ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Sem os dados, o governo ficaria às cegas quanto à gestão do problema.



No vídeo divulgado nesta segunda, Nardin contou que o Tupã deve mesmo ser desligado após a substituição pelo novo aparelho, que é de porte menor, mas tem capacidade equivalente ao atual. A direção do Inpe informou que a compra ocorreu em parceria com Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).


Em pronunciamento nesta terça-feira (15) o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, disse que "demora um tempo para fazer os testes" do substituto do Tupã.


"Não é tão simples como um laptop, é complexo. Vai ser muito bom, porque o Tupã já está muito antigo, consome muita energia, usa água para refrigeração, já está ultrapassado. E este computador novo vai substituir com vantagens operacionais, vantagens de energia e outras vantagens dentro do sistema."


Ele, no entanto, não deu detalhes prazo de transferência para o instituto.


Após as declarações de Marcos Pontes e de Clézio di Nardin, o G1 questionou o ministério e o Inpe sobre a capacidade, a infraestrutura necessária, a vida útil e a instalação do novo aparelho, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.


Também foram enviadas perguntas sobre os custos de manutenção e energia para manter o Tupã em funcionamento até a instalação de seu substituto.


No vídeo desta segunda, Nardin citou que a compra do equipamento foi aprovada em 3 de junho. No entanto, em conversas com o G1 em 7 e em 11 de junho, o diretor do Inpe não havia citado a aquisição do equipamento. Questionadas, a assessoria de imprensa do Inpe e a do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações não confirmaram a compra de um supercomputador no período.


Em 10 de junho, Pontes falou numa live em rede social sobre a doação de um novo supercomputador ao Inpe. Na ocasião, o ministro disse que uma empresa internacional havia oferecido doado um aparelho, mas não deu detalhes.



À época, o G1 também acionou o ministério pedindo informações, mas não obteve retorno. O Inpe, no entanto, mantinha a informação de que não existia um novo equipamento na instituição.


Tupã

O Tupã foi adquirido em 2010, por US$ 23 milhões, e chegou a ser o 29° equipamento mais potente do mundo, sendo capaz de fazer 258 trilhões de cálculos por segundo.


Em 2017, o supercomputador corria o risco de ser desligado em razão do fim de sua vida útil, mas recebeu equipamentos de suporte que o mantiveram ligado até hoje. De acordo com o Inpe, em outubro de 2020, a instituição planejava a substituição, por causa do alto custo.


À época, em entrevista ao G1, o diretor do Inpe chegou a falar sobre a possibilidade de compra de máquinas menos potentes, mas mais econômicas, como uma alternativa provisória. Ele informou que, com pouca verba, faria a troca do Tupã por dois computadores de menor porte. Apesar disso, com a redução de orçamento, a substituição não ocorreu.


Já o coordenador do Cptec, Gilvan Sampaio, chegou a questionar a decisão de manter computadores de menor porte, alegando que eles não tinham a agilidade necessária.


Supercomputador que corria risco de ser desligado por falta de energia será substituído, segundo diretor do Inpe e ministro — Foto: Divulgação/Inpe


Fonte: G1

Homem mata os três filhos e a esposa no interior do ES

Um pedreiro de 42 anos assassinou a esposa e os três filhos na madrugada desta terça-feira (15) em São Domingos do Norte, no Noroeste do Espírito Santo. Após o crime, ele cometeu suicídio.


De acordo com a Polícia Militar, o autor dos crimes é Flávio Sandro Olmo. Peritos da Polícia Civil estiveram no local do crime nesta manhã.


As vítimas foram identificadas como Eusivania Marcelino de Souza, esposa de Flávio; Laisla de Souza Olmo, filha de 18 anos; Ítalo de Souza Olmo, filho de oito anos; e Anelise de Souza Olmo, de quatro anos.


Ainda segundo a PM, Flávio usou uma marreta para matar a família.


Ítalo de Souza Olmo, de oito anos, e Anelise de Souza Olmo, de quatro — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Flávio Sandro Olmo e a esposa Eusivania Marcelino de Souza — Foto: Reprodução/TV Gazeta


"O autor teria esperado a família dormir e com golpes de marreta executado a família. [...] As informações de parentes é de que o casal estava se separando, não há nenhum registro de violência anterior ou mesmo passagem criminal do autor", afirmou o tenente Gabrine de Andrade.


Laisla de Souza Olmo, de 18 anos — Foto: Reprodução/TV Gazeta


Os corpos foram encontrados pelo irmão de Flávio, que mora perto da casa onde aconteceram as mortes. Ele contou à polícia que a sobrinha mais nova, Anelise, sempre passava na casa do tio antes de ir para a escola. Como já eram 7h30 e a sobrinha não apareceu, o irmão de Flávio foi até a casa.


Segundo a Polícia Civil, não há mais detalhes a serem divulgados.


Casa onde a família foi morta em São Domingos do Norte — Foto: Reprodução/TV Gazeta


Fonte: G1

Taxa de transmissão da Covid volta a subir no Brasil, aponta Imperial College

A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil, medida pelo Imperial College de Londres, subiu esta semana e está em 1,07.


Vacinação contra a Covid-19 é aplicada em centro de imunização no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife — Foto: Sillas Gabriel/Prefeitura do Cabo/Divulgação


Isso significa que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 107. Na semana passada, o Rt do Brasil estava em 0,99.


Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (Rt de até 1,28) ou menor (Rt de 1,02). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 128 ou 102, respectivamente.


Simbolizado por Rt, o "ritmo de contágio" é um número que traduz o potencial de propagação de um vírus: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança.

A pandemia começa a ser controlada quando essa taxa fica abaixou de um por, no mínimo, duas semanas seguidas.


A universidade britânica também projeta que o Brasil tenha 14.300 mortes devido à Covid-19 nesta semana. O cenário mais positivo prevê 12.400 óbitos e, o mais negativo, 16.500.


Situação no Brasil

O Brasil registrou 928 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando nesta segunda-feira (14) 488.404 óbitos desde o início da pandemia. Os dados são resultado de uma parceria do consórcio de veículos de imprensa, formado por G1, O Globo, Extra, O Estadão de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL.


Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.970. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +5% e indica tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes do vírus.


É o 27º dia seguido de estabilidade na comparação com duas semanas atrás. Isso significa que o ritmo atual das mortes por Covid tem se assemelhado mais a um platô do que a uma queda ou a um aumento na curva, e isso em patamar bastante elevado.


Fonte: G1

Terceira onda de Covid-19 deve acelerar mortes nas próximas semanas, alertam especialistas

Na semana em que o Brasil se aproxima das 500 mil mortes por Covid-19, epidemiologistas e cientistas de dados alertam para um novo agravamento da pandemia na maioria dos Estados e regiões do país.


Bandeira do Brasil no túmulo de uma pessoa que morreu de Covid-19 e foi enterrada no cemitério do Parque Tarumã, em Manaus, em foto de 20 de maio de 2021 — Foto: Bruno Kelly/Reuters


Essa "terceira onda", expressão popularmente aceita para descrever o agravamento dos números após uma relativa melhora, está relacionada a diversos fatores — entre eles, o relaxamento das medidas restritivas, que permitiu o retorno de atividades sociais e comerciais e o consequente aumento da circulação de pessoas pelas ruas.


Mas há algumas características próprias do atual agravamento, como seu local de "início" e o as faixas etárias dos atingidos.


A preocupação é que essa retomada acontece num período em que os sistemas de saúde ainda estão bastante fragilizados e sem condições de dar vazão à chegada de milhares de novos pacientes.


"Estamos com uma transmissão comunitária do coronavírus extremamente alta e em patamares fora do controle. Para completar, temos cada vez menos intervenções para controlar isso", interpreta o médico Marcio Sommer Bittencourt, do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP.

"Diante disso, não tem como a nossa perspectiva ser positiva", diz.


De acordo com as projeções do Instituto de Métricas em Saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, o Brasil pode contabilizar um total de 727 mil mortes por covid-19 até outubro de 2021.


Caso ocorra algum evento que piore ainda mais a situação da pandemia por aqui, esse número salta para 847 mil nas estimativas mais pessimistas feitas pelos especialistas americanos.


Mas, para entender o provável futuro da pandemia no país, é preciso antes saber como chegamos até aqui.


Três ondas ou tsunami?

Os especialistas são reticentes em afirmar que o Brasil viveu a primeira, a segunda ou a terceira onda da Covid-19.


E é fácil entender a resistência a esses termos quando olhamos os gráficos de casos ou mortes relacionadas ao coronavírus: o país nunca chegou a reduzir de forma drástica os números das infecções ou dos óbitos.

Ao contrário de outros países, que têm picos muito bem definidos, a doença permaneceu relativamente estável por aqui durante muitas semanas de 2020 e 2021.


Mesmo nos períodos de maior calmaria, como os meses de outubro de 2020 e maio de 2021, a taxa de infectados e mortos nunca esteve realmente abaixo da casa das centenas ou até dos milhares.



Vamos tomar o período mais recente como exemplo: fevereiro, março e abril de 2021 foram marcados por recordes diários nos boletins epidemiológicos. Até o momento, esse foi o período mais grave desde que a doença chegou ao país.


Em maio e no início de junho, os índices da covid-19 até diminuíram um pouco, mas na maioria das vezes eles se mantiveram acima das 2 mil mortes diárias.


Onde estamos?

Após o pico observado nos primeiros meses do ano, o Brasil viveu nas últimas semanas um momento de relativa estabilidade nas hospitalizações e nas mortes por covid-19.


Vale reforçar novamente que isso ocorreu em patamares muito altos, com números elevados de novas internações e óbitos relacionados ao coronavírus.


Segundo um relatório recente produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), em muitos Estados do país essa tendência linear dos números já se modificou e tudo indica que eles voltarão a crescer a partir de agora.


"Isso nos sugere que a transmissão comunitária do vírus ainda é muito alta", avalia o pesquisador em saúde pública Leonardo Bastos, da FioCruz.


O especialista baseia sua análise nos dados do Sivep-Gripe, um banco público que registra as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que acontecem no Brasil.


Durante a pandemia, presume-se que a maioria dos pacientes que precisa ficar em enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em razão da SRAG estão infectados com o coronavírus.


Ao tabular as últimas estatísticas, Bastos encontrou um cenário bastante alarmante: praticamente todos os Estados brasileiros apresentam uma taxa superior a 10 internações por SRAG a cada 100 mil habitantes.


Esse número indica uma transmissão viral extremamente alta, como ele mesmo classificou.






As duas únicas exceções, se é que podemos classificá-las assim, são Espírito Santo e Roraima, onde essa taxa varia entre 5 e 10 internações por 100 mil habitantes, o que significa uma transmissão viral muito alta.


"Vale lembrar que as hospitalizações e os óbitos são a ponta do iceberg no processo de transmissão", pondera o pesquisador.


"A epidemia é mantida pelos casos leves e pelas pessoas infectadas que ainda não apresentam sintomas, pois elas circulam livremente sem saber que estão com o vírus", completa.


Em outras palavras, um novo agravamento da Covid-19 depende de um verdadeiro efeito dominó.


Sequência de tragédias

"A pandemia possui uma sequência natural, que envolve a transmissão, a infecção, a hospitalização, a necessidade de UTI, a intubação e a morte", explica Bittencourt.


Tudo começa com indivíduos infectados que passeiam ou trabalham pelas ruas livremente e passam o coronavírus para aqueles que ainda estão suscetíveis. Isso vai criar novas cadeias de transmissão numa progressão geométrica.


Na sequência, cerca de 15% a 20% desse grupo apresentam sintomas mais preocupantes, que vão necessitar de uma atenção médica especializada.


Uma parte importante desses pacientes precisará ficar internada em enfermarias e UTIs. Alguns deles vão desenvolver complicações e morrer.


Agora, imagine o que acontece quando a taxa de transmissão do coronavírus está extremamente alta, como revelam as análises de Bastos: a consequência disso é a explosão dos números de hospitalizações nas semanas seguintes.


E o problema fica ainda pior quando se considera que o número de leitos de enfermarias e UTIs é limitado, bem como a quantidade de médicos, equipamentos e insumos farmacêuticos.


Ou seja: não há vagas, recursos humanos ou material suficientes para suprir a demanda num momento de alta procura.


E essa falta de cuidados de saúde adequados desemboca em mais agravos: pessoas que poderiam se recuperar bem, caso recebessem a atenção necessária, simplesmente morrem em casa esperando por um leito.


O colapso no sistema de saúde, portanto, amplia a taxa de óbitos e torna essa avalanche da pandemia ainda mais dramática.


Foi isso que vivemos nos primeiros meses de 2021 e é algo que pode voltar a se repetir caso as medidas necessárias não sejam tomadas.


Pacientes mais novos e crescimento 'de baixo pra cima'

A epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo, destaca como a retomada da pandemia parece seguir uma outra trajetória a partir de agora.


A professora se baseia no último boletim do Observatório Covid-19, da FioCruz, que compilou dados até dia 29 de maio.


"Nas ondas anteriores, o colapso começou na região Norte do país e 'desceu' aos poucos para o Centro-Oeste e o Sudeste. Agora, vemos que o agravamento se inicia pelos Estados do Sul", detalha.


Maciel especula que a proximidade dessa região brasileira com a Argentina, que vive um momento complicado da pandemia, pode estar relacionado a isso.


"Não conseguimos saber se há a influência de alguma variante nesse cenário, pois não temos uma vigilância genômica capaz de detectar se alguma nova versão do vírus veio de lá e cruzou nossas fronteiras", diz.


A epidemiologista também chama a atenção para o "rejuvenescimento" da covid-19 em território brasileiro: nas primeiras semanas de janeiro de 2021, 63% das internações se concentravam em pessoas com mais de 60 anos.


No final de maio, essa porcentagem estava em 32%, o que significa uma queda de quase metade na participação dos mais velhos nos quadros graves de infecção pelo coronavírus.


Nessa faixa etária, as mortes também caíram de 81% para 54% no mesmo período analisado.


Se, por um lado, isso indica que a vacinação está funcionando e protegendo os idosos, por outro, sugere que ainda há uma fatia considerável de brasileiros que segue vulnerável.


"Também precisamos levar em conta que a redução das medidas de contenção do vírus fazem com que as pessoas com menos de 60 anos se exponham mais ao risco", observa Bittencourt.


"Por uma série de fatores, essa nova onda tem essa característica de rejuvenescimento dos acometidos, o que é muito grave. Estamos perdendo pessoas economicamente ativas, que têm família. Isso vai causar toda uma desestruturação na nossa sociedade", lamenta Maciel.


Ingredientes do repique

Mesmo com estatísticas nada animadoras, prefeitos e governadores anunciaram no final de abril e começo de maio o relaxamento das medidas mais restritivas, que determinavam o fechamento de comércios e atividades não essenciais.


Com bares, restaurantes, lojas e shoppings abertos novamente, as pessoas voltaram a circular com mais intensidade pelas ruas.


Para completar, as últimas semanas foram marcadas por eventos que motivaram aglomerações e encontros de pessoas em lugares fechados.


Foi o caso, por exemplo, do Dia das Mães (08/05) e das finais dos campeonatos estaduais de futebol — embora as partidas tenham acontecido sem público nos estádios, muitas cenas de comemoração entre torcedores e até jogadores dos times campeões acabaram registradas.


Outro fator que entra nessa equação é a chegada da temporada de frio em boa parte do Brasil: apesar de o coronavírus ser transmitido em qualquer temperatura, é natural que as pessoas permaneçam mais tempo em locais fechados e próximas umas das outras durante o outono e inverno, o que facilita a propagação da doença.


Vírus 'repaginados' e ritmo lento

Além dos fatores comportamentais e políticos, há outros dois componentes que preocupam a comunidade científica: a chegada de novas variantes do coronavírus e o ritmo lento de vacinação no país.


Quanto mais o vírus circula, maior risco de surgirem novas versões com mutações perigosas.


E esse fenômeno já foi observado em inúmeros locais do mundo: Brasil, Reino Unido, Estados Unidos, África do Sul e Índia foram palco do surgimento de variantes que geram preocupação internacional.


A variante Gama, detectada pela primeira vez em Manaus, por exemplo, teve papel decisivo na explosão de casos e mortes registradas não só no Brasil, mas em toda a América Latina, durante esse primeiro semestre de 2021.


A chegada da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, já encontrada no nosso país desde o final de maio, é vista com grande apreensão pelos especialistas: não se sabe se ela pode se tornar dominante e complicar ainda mais as coisas por aqui.


Embora todas essas cepas sejam acompanhadas de perto pelos virologistas, a boa notícia é que as vacinas continuam a funcionar relativamente bem contra elas.


Mas nada garante que novas variantes ainda mais transmissíveis, agressivas, resistentes aos imunizantes e mortais surjam daqui para a frente — o nosso comportamento, aliás, só favorece que esse perigo vire realidade.


O segundo fenômeno está relacionado à saúde pública: por uma série de questões, o ritmo da vacinação no Brasil está aquém do desejado.


Até o momento, 23,5 milhões de brasileiros tomaram as duas doses da vacina, o que representa pouco mais de 11,1% da população.


Além da evolução lenta, Maciel lembra que a campanha de vacinação no Brasil sofre para aplicar as duas doses necessárias e completar o esquema que confere uma boa proteção às pessoas.


"Muitos estão com a segunda dose atrasada, o que é muito ruim para todos nós", conta.


A experiência de outros países, como Israel, Reino Unido e Estados Unidos, revela que a situação da pandemia pode ficar um pouco melhor após cerca de 70% dos cidadãos estarem completamente imunizados.


Por ora, nosso país está bem distante dessa realidade: a expectativa é que 7 em cada 10 brasileiros tenham as duas doses da vacina aplicadas lá para o final de 2021 ou início de 2022.


E essa demora representa um risco para todos: enquanto tivermos pessoas vulneráveis, o vírus continua a circular livremente, causando os estragos que explicamos anteriormente.


E isso acontece porque os benefícios da vacinação são coletivos, não apenas individuais: esses ganhos e progressos só são colhidos em toda a sua magnitude quando uma boa porcentagem dos habitantes de um local está efetivamente imunizada.


"A vacinação deveria ser o pilar principal das medidas de contenção da pandemia", complementa Bittencourt.


O que as autoridades deveriam fazer

Do ponto de vista de saúde pública, muitos especialistas defendem que o Brasil (ou ao menos algumas regiões do país) necessita de um lockdown urgente.


O fechamento das atividades sociais e comerciais diminuiria a circulação das pessoas, o que traria impactos na transmissão viral e consequentemente diminuiria os números de casos, hospitalizações e mortes por covid-19.


Mas é difícil imaginar que, passados tantos meses de pandemia, prefeitos, governadores e o próprio governo federal tomarão alguma medida nessa linha.


As políticas que inibam as aglomerações, aliás, teriam um efeito muito melhor se fossem tomadas num momento anterior ao aumento de hospitalizações e mortes: se os gestores públicos agissem na etapa prévia, quando a transmissão do vírus pela comunidade começa a subir, isso evitaria aquele efeito dominó que se reflete no agravamento de todo o cenário.


Há ainda outras atitudes primordiais para conter a pandemia que o Brasil nunca adotou oficialmente, ou fez de maneira muito tímida, segundo os especialistas.


"Precisamos monitorar os casos leves com uma boa política de rastreio e isolamento de casos confirmados, inclusive com garantias financeiras para essas pessoas que precisarão de quarentena", aponta Bastos.


"Necessitamos também melhorar nossos sistemas de vigilância epidemiológica e genômica, para que tenhamos indicadores adequados e consigamos avaliar a transmissão comunitária do coronavírus e a distribuição das variantes. Baseados nessas informações, poderíamos ter políticas de abertura e fechamento mais efetivas", completa o pesquisador da FioCruz.


Maciel aponta para a urgência de vacinar os brasileiros mais rápido.


"Nós temos que parar de focar em comorbidades, que é um critério socialmente injusto, e passar a adotar a idade como única exigência. Deveríamos, por exemplo, chamar os indivíduos de 45 a 50 anos, depois descer para a próxima faixa etária e assim por diante", sugere.


"Para que as pessoas se dirijam até os postos de saúde, o governo deveria investir numa comunicação efetiva. Eu mesma recebo todos os dias nas minhas redes sociais dúvidas simples, que poderiam ser sanadas com informação de qualidade em campanhas públicas", observa a epidemiologista.


E o que eu posso fazer?

Do ponto de vista individual, as medidas de prevenção continuam a valer e são primordiais para proteger todo mundo.


As recomendações dos especialistas são aquelas já divulgadas há algum tempo: fique em casa e fuja de aglomerações sempre que possível.


Se precisar sair, use máscaras (de preferência, modelos profissionais como a N95 ou a PFF2, que vedam bem o rosto) e mantenha um distanciamento mínimo de 1,5 metro das pessoas que não fazem parte do seu convívio diário.


Lembre-se sempre de que o coronavírus é transmitido pelo ar. Portanto, procure ficar o menor tempo possível em locais fechados, sem janelas ou sem um bom sistema de ventilação. Lugares abertos e bem arejados são sempre mais seguros.


Vale, claro, lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel com alguma frequência


E, por último, quando chegar a sua vez de tomar a vacina, vá até o posto de saúde mais próximo de sua casa. E anote na agenda a data para voltar nessa mesma unidade e receber a sua segunda dose.


"Nós só alcançaremos a imunidade coletiva quando uma proporção alta da população estiver vacinada", reforça Bastos.


"Será nesse momento que poderemos pensar em controle da covid-19 no Brasil", completa o pesquisador.


Fonte: G1