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domingo, fevereiro 28, 2021

Secretaria de Saúde transfere mais 3 pacientes com Covid-19 de avião da Grande Natal para o interior do RN

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) transferiu de avião neste domingo (28) mais três pacientes da Região Metropolitana de Natal para o interior do Rio Grande do Norte. O destino dessa vez são os leitos do Hospital Cleodon Carlos de Andrade, em Pau dos Ferros.


Sesap realizou mais um transporte aéreo de passageiros — Foto: Divulgação


Segundo a Sesap, esta é a 11ª transferência aérea feita pela pasta desde 20 de fevereiro. Já foram pacientes para Caicó, Mossoró, Currais Novos, São Paulo do Potengi e Pau dos Ferros.


Isso tem ocorrido em função da taxa de ocupação dos leitos críticos na Grande Natal, que há cerca de uma semana está na casa dos 90%. Ao todo, também com transferências terrestres, mais de 30 pacientes já saíram da Grande Natal.


Neste domingo, no entanto, a taxa de ocupação da Região Oeste (91%) ultrapassou a da Região Metropolitana (89%), segundo o Regula RN, plataforma que monitora em tempo real as internações no estado.


Os pacientes transferidos neste domingo são três mulheres. Uma de 55 anos, que estava internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pirangi, estável e respirando com ajuda de oxigênio; uma de 72 anos, que estava internada na UPA de Nazaré em Parnamirim, respirando com ajuda de oxigênio e estável; e outra mulher de 50 anos fazendo uso de cateter com oxigênio e também estável, estava internada na UPA de Nazaré em Parnamirim.


O Hospital de Pau dos Ferros é referência em atendimento Covid-19 na Região do Alto Oeste. A unidade dispõe de 31 leitos, sendo 13 de UTIs críticas, 15 leitos clínicos e três leitos de estabilização.


Cenário no RN

O governo do RN iniciou o toque de recolher das 22h às 5h e suspendeu as aulas presenciais até 10 de março por conta do agravamento da pandemia no estado. A Prefeitura de Natal decidiu fechar as orlas da cidade e também aumentou as restrições no comércio.


Na quinta-feira (25), a governadora admitiu que o sistema de saúde da Grande Natal colapsou e pediu aos prefeitos dos municípios medidas mais rígidas para evitar que isso se espalhe pelas demais regiões e se agrave ainda mais na Região Metropolitana.


Exemplo disso é que alguns pacientes não têm conseguido sequer ser internados. Na quinta-feira, uma idosa de 93 anos precisou ser intubada dentro da ambulância depois de ficar cinco horas sem receber atendimento em um hospital particular.


Neste sábado, o próprio governo publicou um decreto que proíbe circulação de pessoas entre 22h e 5h em todo o estado, além de determinar suspensão de eventos e até atividades religiosas.


Sem vagas na Grande Natal, os pacientes estão sendo transferidos de avião para o interior do estado. Pelo menos sete já foram internados em leitos em Caicó, Mossoró e Pau dos Ferros. Ao todo, somados às transferências por ambulâncias, 31 pessoas foram reguladas nos últimos dias da Grande Natal para o interior pela falta de vagas.


Além disso, há um crescimento de 60% na internação de pessoas abaixo dos 60 anos de idade. Atualmente, quase metade dos internados em leitos críticos não são idosos.


A superlotação dos hospitais na Grande Natal também se reflete nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que já operam acima dos 100% de ocupação. Pelo cenário, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal decidiu tornar todos os 30 leitos clínicos do Hospital dos Pescadores exclusivos para pacientes com Covid-19.


Na manhã desta sexta-feira (26), o Governo do RN publicou uma portaria recomendando a suspensão do atendimento presencial externo nos órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta por conta do agravamento da pandemia no estado.


Veja também: 'Apavorados', 'entrando em colapso', 'semanas muito difíceis'... No vídeo abaixo, veja as falas de autoridades estaduais e municipais sobre o avanço da pandemia no Brasil.


Fonte: G1

Com hospitais beirando o colapso, 45 entidades médicas divulgam manifesto pelo uso de máscaras no combate à Covid

Com hospitais beirando o colapso no país, 45 entidades médicas divulgaram um manifesto neste domingo (28) reforçando a importância do uso de máscaras no combate à Covid-19.


Associações médicas do Brasil reforçam a importância do uso de máscara — Foto: Michal Cizek / AFP


A nota foi divulgada três dias depois de o presidente Jair Bolsonaro ter criticado o uso de máscaras, em uma live. Na ocasião, ele citou "um estudo de uma universidade alemã" para desestimular o uso que, na verdade, se tratava de uma enquete online pouco rigorosa.


"Direcionamentos contrários (ao uso das máscaras) desconstroem, confundem e agravam a situação do país", afirmaram as entidades.

Na nota deste domingo, os médicos destacaram ainda outras medidas necessárias contra a disseminação da doença, como o distanciamento físico, o não compartilhamento de objetos de uso pessoal e a higienização das mãos.


E afirmaram que a vacinação no país ainda "caminha em passos lentos" e de "forma descontínua retardando seus efeitos benéficos". Até este sábado, 3,09% da população brasileira já havia sido vacinada.


"É urgente que as medidas efetivas para diminuir a transmissão da doença sejam assumidas pela população como compromisso social para diminuir a possibilidade do surgimento de novas variantes do vírus e o colapso total dos serviços de saúde de todo país", alertou. Confira a íntegra mais abaixo.


Ocupação dos leitos

Na sexta-feira (26), um boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou que o Sistema Único de Saúde (SUS) vive o seu momento mais crítico desde o início da pandemia, com uma ocupação de mais de 80% dos leitos de UTI, em pelo menos 17 capitais de todas as regiões do país.


Em algumas dessas cidades, a taxa de ocupação dos leitos de UTI para adultos ultrapassam os 90%. A situação é pior, por exemplo, em Porto Velho, Rondônia, onde já não há mais leitos disponíveis pelo SUS, assim como em Florianópolis, com mais de 96% de lotação dos leitos.


No sábado, o Brasil ultrapassou 254 mil mortes por Covid-19 e atingiu a maior média móvel diária de óbitos, de 1.180. Já os casos de infecção passam de 10,5 milhões, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa.


Confira nota na íntegra:


As 45 Sociedades médicas que assinam esse manifesto, fazem um apelo à população brasileira e sociedade civil, reforçando a importância imprescindível do uso de máscaras, além do cumprimento de outras ações para contenção da pandemia da Covid-19, como o distanciamento físico, não compartilhamento de objetos de uso pessoal e a higienização das mãos.


Máscaras são instrumentos eficazes para a redução da transmissão de vírus respiratórios e são preconizadas na atual pandemia para uso, não apenas por profissionais da saúde no cuidado de indivíduos com suspeita ou diagnóstico de COVID-19, mas por todos. O uso correto da máscara é a ação pessoal com efeito coletivo fundamental para diminuir a circulação do vírus da COVID-19 que assola o país neste momento.


No dia 25 de fevereiro de 2021 atingimos a marca de mais de 250 mil mortes por COVID19 no Brasil, sendo 1582 mortes em um único dia, uma morte por minuto. Os hospitais da rede pública e privada de muitos municípios do Brasil encontram-se com a ocupação quase máxima, podendo levar ao risco, a vida daqueles que necessitem de assistência médica hospitalar por qualquer doença. A vacinação ainda caminha em passos lentos e de forma descontínua retardando seus efeitos benéficos.


É urgente que as medidas efetivas para diminuir a transmissão da doença sejam assumidas pela população como compromisso social para diminuir a possibilidade do surgimento de novas variantes do vírus e o colapso total dos serviços de saúde de todo país.


Acreditamos que é de suma importância este posicionamento público, de entidades competentes, em orientar a população com informações seguras e baseadas na ciência, de forma clara e convergente. Direcionamentos contrários desconstroem, confundem e agravam a situação do país.


Assinam esse manifesto:


1.Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

2.Associação Alagoana de Doenças do Tórax

3.Associação Amazonense de Pneumologia e Cirurgia Torácica

4.Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

5.Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação

6.Associação Brasileira de Transplante de Órgãos

7.Associação Brasiliense de Medicina da Família e Comunidade

8.Associação Catarinense de Pneumologia e Tisiologia

9.Associação de Medicina Intensiva Brasileira

10.Associação de Medicina Intensiva do DF

11.Associação de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Rio Grande do Norte

12.Associação Maranhense de Pneumologia e Cirurgia Torácica

13.Associação Médica de Brasilia

14.Associação Paraense de Pneumologia e Tisiologia

15.Associação Paranaense de Pneumologia e Tisiologia

16.Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade

17.Associação Pernambucana de Pneumologia e Tisiologia

18.Faculdade de Medicina de Botucatu / Unesp

19.Sociedade Brasileira de Anestesiologia

20.Sociedade Brasileira de Cardiologia

21.Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica

22.Sociedade Brasileira de Dermatologia

23.Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

24.Sociedade Brasileira de Hepatologia

25.Sociedade Brasileira de Infectologia

26.Sociedade Brasileira de Nefrologia

27.Sociedade Brasileira de Patologia

28.Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial

29.Sociedade Brasileira de Pediatria

30.Sociedade Brasileira de Reumatologia

31.Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia

32.Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente

33.Sociedade Brasiliense de Doenças Torácicas

34.Sociedade Brasiliense de Reumatologia

35.Sociedade Cearense de Pneumologia e Tisiologia

36.Sociedade de Pneumologia da Bahia

37.Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo

38.Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Mato Grosso

39.Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio de Janeiro

40.Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio Grande do Sul

41.Sociedade Goiana de Pneumologia e Tisiologia

42.Sociedade Mineira de Pneumologia e Tisiologia

43.Sociedade Paraibana de Tisiologia e Pneumologia

44.Sociedade Paulista de Infectologia

45.Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia

46.Sociedade Paulista de Reumatologia


Fonte: G1

Instituto Butantan entrega 600 mil doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde neste domingo



O Instituto Butantan entrega, neste domingo (28), um lote com 600 mil doses da vacina Coronavac, contra a Covid-19, ao Ministério da Saúde. De acordo com o instituto, este lote completa um total de 3,753 milhões de doses entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) desde terça-feira (23).


Nos próximos dias, serão entregues outros lotes para o governo federal, mas as quantidades ainda não foram divulgadas.


Na terça-feira (23), foram entregues 1,2 milhão de doses da vacina CoronaVac para o governo federal. No mesmo dia, Dimas Covas, diretor do Butatan, disse que "8,2 mil litros de insumo da vacina devem chegar até o dia 2 de março. Ao menos três milhões de doses poderão ser produzidos a partir do insumo".


Governo federal

Os lotes fazem parte dos acordos firmados entre o Instituto e o governo federal para a entrega da vacina feita pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan.


Na semana passada, o Ministério da Saúde assinou contrato com o Instituto Butantan para o fornecimento de 54 milhões de doses da vacina Coronavac. O montante se soma às 46 milhões já adquiridas, totalizando 100 milhões de doses da CoronaVac a serem entregues até setembro.


Cronograma de entrega

Segundo o Ministério da Saúde, o Butantan deve entregar 52 milhões de doses da CoronaVac para o governo federal até o final de abril. Antes, a previsão do governo federal era receber 46 milhões de doses até esta data.


Em coletiva de imprensa no dia 16 de fevereiro o diretor do Butantan também afirmou que pretende aumentar a capacidade de envase para antecipar a entrega de todas as 100 milhões de doses até agosto.


"Com relação ao contrato adicional de 54 milhões de doses assinado com o Ministério da Saúde, no programa contratado a última entrega seria em setembro. Nós vamos fazer todo o esforço para adiantar a produção e essa entrega e esperamos que, no máximo em agosto, tenhamos a entrega total de 100 milhões de doses", disse Dimas Covas.


Ainda de acordo com o diretor, o Butantan dobrou o número de funcionários que trabalham diariamente no envase da vacina de 150 para 300.


Dimas Covas também prevê que a capacidade de envase do Butantan pode dobrar a partir de abril, de até um milhão de doses por dia para dois milhões por dia.


O aumento será possível quando uma fábrica que atualmente está sendo usada para a produção da vacina contra a gripe será destinada para a CoronaVac.


Inclusão de novos grupos

A vacinação no país deve seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI), que define quais pessoas devem ser vacinadas primeiro.


No entanto, ainda não há doses suficientes no país para imunizar todas as 77 milhões de pessoas que fazem parte dos grupos considerados prioritários pelo Ministério da Saúde.


Os estados e municípios têm autonomia para definir seus calendários de vacinação, e várias cidades no país estão vacinando profissionais da saúde que não estão na linha de frente do combate à Covid-19, como biólogos, terapeutas e psicólogos.


Em São Paulo, 21 das 39 cidades da Região Metropolitana escolheram vacinar profissionais como veterinários, educadores físicos e nutricionistas de todas as idades antes de ampliar a vacinação para os idosos. Na capital, esses profissionais só podem ser vacinados a partir dos 60 anos.


A escassez da vacina fez com que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinasse no dia 8 de fevereiro que governo defina uma ordem de preferência, entre os grupos prioritários, para orientar a vacinação contra a Covid-19.


Segundo Lewandowski, não está claro qual desses grupos deveria ser atendido primeiro. A ideia é que o governo organize essas populações em uma lista de preferência, utilizando como critério o grau de risco da Covid-19 a cada grupo.


Pelo país, várias prefeituras já começaram a suspender a vacinação por falta de imunizantes.


Fone: G1

Jovem veste uniforme da mãe faxineira para homenageá-la em formatura: 'Mulher incrível'

Uma jovem resolveu usar o uniforme de faxineira da mãe para homenageá-la durante a sua formatura na faculdade de Pedagogia em Santos, no litoral de São Paulo. A história de vida da mãe, de pobreza, luta e resistência, sempre inspirou a jovem. A faxineira, que parou de estudar aos 13 anos, retomou os estudos com a ajuda da filha e pagou a faculdade dela, não conseguiu segurar as lágrimas de tanta emoção após receber a homenagem.


Uma jovem resolveu usar o uniforme de faxineira da mãe para homenageá-la durante uma formatura na faculdade de Pedagogia em Santos, — Foto: Roberta Mascena


Filha de nordestinos, a jovem Roberta Mascena, de 25 anos, sempre se inspirou na história da mãe Marlene Cordeiro de Oliveira para não desistir de seus objetivos. Ela conta que Marlene morava em Afogados de Ingazeira, no sertão de Pernambuco. Aos 13 anos, saiu de casa para trabalhar como empregada doméstica na residência de outras famílias e parou de frequentar a escola.


Já adulta, ela veio para Santos, no litoral de São Paulo, onde conheceu Roberto Mascena de Lima, pai de Roberta. Ao longo da vida, a nordestina foi vendedora, cuidadora de idosos e há 10 anos trabalha como encarregada de limpeza em um prédio em Santos. Após ver os filhos crescerem, ela resolveu retomar os estudos e concluiu o Ensino Fundamental em 2010 com a ajuda de Roberta.


“Quando eu estava na 8ª série, ajudei minha mãe a estudar. Ela cursava a EJA na Escola Barão do Rio Branco. Não sabia muito, mas ajudei no que pude. Lembro dela saindo superfeliz das provas de matemática porque tirava as notas mais altas da sala”, conta.


Após estudar em escolas públicas, a jovem resolveu cursar Pedagogia na Universidade Metropolitana de Santos. O pai taxista e a mãe faxineira conseguiram pagar os estudos da jovem com muito esforço até ela conseguir uma bolsa de estudos e concluir o curso.


Roberta e o pai, no dia da formatura, em Santos — Foto: Roberta Mascena


Homenagem

A felicidade de terminar a faculdade era grande, mas a colação de grau não foi como Roberta imaginava. Em meio a pandemia, ela não poderia contar com a presença dos familiares neste momento importante de sua vida e fazer uma homenagem à eles.


Durante a sessão de fotos dos formandos, o único momento que os pais poderiam estar presentes, ela arranjou um jeito de tornar o momento ainda mais especial. Roberta colocou o uniforme utilizado por Marlene durante o trabalho como faxineira, debaixo da beca.


“Na hora que fomos tirar a foto, eu abri a beca, ela viu a roupa. Ela começou a chorar e me abraçou. Ela não falou nada porque eu acho que não tem palavras que possam expressar qualquer tipo de sentimento que ela teve naquele momento”, conta.


Vestir o uniforme de trabalho da mãe, para Roberta, foi emocionante. Ela fala que foi a forma que encontrou de agradecer por todos os esforços dos pais, mostrar que se orgulha muito da mãe, da a história de vida dela e de onde ela chegou.


"É uma pessoa que a humanidade poderia conhecer e se apaixonaria por ela. Ela é uma pessoa incrível. Ela merece mais do que uma simples homenagem. A história da minha mãe é uma história dura, de milhões de brasileiros que viveram na miséria por muito tempo, uns tiveram sucesso conseguiram sair e outros não”, diz.


Marlene ficou realmente surpresa com a homenagem. Depois do momento de emoção, ela agradeceu a filha e disse que a amava. “Ela é uma mulher nordestina, que veio para são Paulo, para sair da fome, da miséria. Acabou crescendo aqui, conseguiu trabalho, terminar os estudos. Ela merece de fato ser homenageada por tudo que ela fez por mim, pelo meu irmão e pelo meu pai”, fala Roberta.


Roberta Mascena no dia da formatura e com parte do uniforme de faxineira da mãe — Foto: Roberta Mascena


Futuro

A nova pedagoga sonha com um mundo com mais oportunidade para todos. Com o diploma em mãos, ela quer atuar com crianças e adolescentes em vulnerabilidade social. A jovem também deseja fazer um mestrado para dar aulas em universidades e promover projetos sociais em comunidades e em vilas caiçaras.


“Foi um curso muito humano, me ensinou a ser mais humana, a ter muito mais sensibilidade com o mundo. Eu acho que a educação é uma maneira que a gente tem de alcançar pessoas, tocar pessoas. A gente faz isso através da Pedagogia e da Arte. É com a educação que a gente transforma as pessoas e sociedade", diz.


Roberta e a mãe Marlene, no dia da formatura da jovem, em Santos — Foto: Roberta Mascena


Fonte: G1

INSS divulga calendário para retomada das provas de vida

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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou nesta sexta-feira (26) o calendário de retomada da prova de vida de aposentados e pensionistas.


O cronograma abrange as provas de vida que tiveram vencimento entre março de 2020 e abril de 2021 e que estavam suspensas por causa da pandemia. Veja abaixo:


Calendário da prova de vida — Foto: Reprodução


Quem tinha, por exemplo, que fazer a prova de vida em março e abril de 2020, terá de fazer em maio deste ano. Já quem tinha que provar que está vivo entre março e abril deste ano para continuar recebendo o benefício terá de fazer isso em novembro.


No dia 23 de fevereiro, o INSS anunciou que aposentados e pensionistas que não fizeram a prova de vida entre março de 2020 e abril deste ano não terão seus benefícios bloqueados. Mas eles devem ficar atentos agora ao calendário de retomada. Se não fizerem a prova de vida, terão os benefícios bloqueados.


A prova de vida é obrigatória para os segurados do INSS que recebem seu benefício por meio de conta corrente, conta poupança ou cartão magnético. Anualmente, os segurados devem comprovar que estão vivos, evitando fraudes e pagamentos indevidos de benefícios.


Realizada todos os anos, a comprovação de vida é exigida para a manutenção do pagamento do benefício. Para isso, o segurado ou algum representante legal ou voluntário deve comparecer à instituição bancária onde saca o benefício com documento de identificação. Em algumas instituições bancárias, esse procedimento já pode ser feito por meio da tecnologia de biometria direto nos terminais de autoatendimento.


O procedimento, entretanto, deixou de ser exigido em março de 2020, entre as ações para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, e a medida vem sendo prorrogada desde então.


A rotina e obrigações contratuais estabelecidas entre o INSS e a rede bancária que paga os benefícios permanece e a comprovação da prova de vida deverá ser realizada normalmente pelos bancos.


Prova de vida digital

Desde agosto do ano passado, a prova de vida também pode ser feita por meio do aplicativo ou site Meu INSS por beneficiários com mais de 80 anos ou com restrições de mobilidade. A comprovação da dificuldade de locomoção exige atestado ou declaração médica. Nesse caso, todos os documentos são anexados e enviados eletronicamente.


No dia 23 de fevereiro, o governo anunciou a ampliação da prova de vida digital, que está em projeto piloto desde agosto do ano passado, por meio de biometria facial. Na primeira etapa, participaram cerca de 500 mil beneficiários de todo o país. Agora participarão mais 5,3 milhões de segurados. A prova de vida deve ser feita pelo aplicativo meu-gov.br.


Como se trata de um piloto, a prova de vida digital estará disponível apenas para os beneficiários selecionados e não para todos. Dessa forma, quem receber contato do INSS para participar do projeto terá acesso exclusivo ao serviço.


Nesta nova etapa, os contatos com os segurados elegíveis já começaram a ser realizados pelo INSS por meio de mensagens enviadas por SMS e-mail. Esses segurados, em sua maioria, já deveriam ter realizado o procedimento da prova de vida ou tiveram o benefício suspenso antes da pandemia, por falta da fé de vida, portanto, é importante que realizem o procedimento se forem contatados pelo INSS.


Para realizar a biometria facial, o INSS usará a base de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Tribunal Superior Eleitoral. Foram selecionados, portanto, segurados que tenham carteira de motorista ou título de eleitor.


O beneficiário que participar do piloto e realizar a prova de vida por biometria terá o procedimento efetivado, ou seja, não é um teste. A fé de vida valerá e o segurado não precisará se deslocar até uma agência bancária para o processo.


O INSS pretende implantar a prova de vida digital para a maioria dos beneficiários e disponibilizar também no aplicativo Meu INSS para que o segurado escolha em qual deseja realizar o procedimento.


Fonte: G1

Adultos infectados com a variante identificada em Manaus têm 10 vezes mais vírus no corpo, aponta Fiocruz

Um estudo feito por pesquisadores da Fiocruz aponta que adultos infectados pela variante brasileira P.1 do coronavírus, identificada primeiro no Amazonas, têm uma carga viral – quantidade de vírus no corpo – dez vezes maior do que adultos infectados por outras "versões" do vírus. Uma maior carga viral contribui para que a variante se espalhe mais rápido.


Pessoas usando roupas e equipamentos de proteção contra o coronavírus Sars-CoV-2 andam em meio a túmulos de vítimas da Covid-19 no cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus, no dia 25 de fevereiro. — Foto: Michael Dantas/AFP


A pesquisa ainda não foi revisada por outros cientistas nem publicada em revista, mas está disponível on-line.


"[Se] a pessoa tem mais carga viral nas vias aéreas superiores, a tendência é que ela vai estar expelindo mais vírus – e, se ela está expelindo mais vírus, a chance de uma pessoa se infectar próxima a ela é maior", explica Felipe Naveca, pesquisador da Fiocruz Amazonas e líder do estudo.

Os pesquisadores analisaram 250 códigos genéticos do coronavírus durante quase um ano. A amostragem cobriu o primeiro pico da doença, em abril, e o segundo, no final do ano passado e início de 2021.


Eles perceberam que essa maior quantidade de vírus não acontecia, entretanto, nos homens idosos (acima de 59 anos). Uma possível explicação para isso é que a resposta imune de homens idosos tende a não ser tão eficiente de forma geral.


"Em homens mais velhos, a resposta imune já não consegue responder tão eficientemente, e aí não teve diferença sendo P.1 ou o outro [vírus]", aponta Felipe Naveca.

Também é possível que isso tenha acontecido nesse grupo porque a quantidade de pessoas analisadas nessa faixa etária foi menor, explicou o pesquisador Tiago Gräf, também autor do estudo, em uma publicação na rede social Twitter.


Na imagem abaixo, retirada do estudo, quanto menor a altura das das bolinhas no eixo vertical, maior é a carga viral dos pacientes:


Na imagem acima, quanto menor a quantidade das bolinhas no eixo vertical, maior é a carga viral dos pacientes: — Foto: Reprodução/Twitter Tiago Gräf


Felipe Naveca afirma, entretanto, que não há relação entre quantidade de vírus no corpo e gravidade da doença ou, até mesmo, presença deles.


"Carga viral não está relacionada com gravidade – a gente tem pacientes com alta carga viral e sintomas muito leves ou até sem sintomas", diz o pesquisador.

A P.1 já vinha sendo apontada por vários pesquisadores ao redor do mundo como mais transmissível, por causa de mutações que ela sofre na região que o vírus usa para infectar as células humanas.


Apesar de ter surgido no Amazonas, ao menos outros 18 estados já detectaram infecções pela variante: os mais recentes foram Mato Grosso e Maranhão.


Relaxamento de restrições contribuiu para disseminação


Os pesquisadores também apontaram que o espalhamento da P.1 se deu por uma combinação de fatores relacionados ao próprio vírus e ao relaxamento do distanciamento social no Amazonas.


Os cientistas apontam que as chamadas intervenções não farmacêuticas – como uso de máscaras e distanciamento social – em abril do ano passado foram "suficientemente eficazes" em reduzir a velocidade de transmissão do vírus no estado, mas não em colocar a epidemia sob controle.


Isso permitiu ao vírus sofrer mutações e contribuiu para o surgimento, em novembro, da P.1 – que logo se tornou dominante.


"A falta de distanciamento social eficiente e outras medidas de mitigação provavelmente aceleraram a transmissão precoce da variante de preocupação [VOC, na sigla em inglês] P.1, enquanto a alta transmissibilidade desta variante alimentou ainda mais o rápido aumento de casos de SARS-CoV-2 e hospitalizações observados em Manaus após seu surgimento", dizem os pesquisadores brasileiros.

Eles reforçam, ainda, que "a fraca adoção de intervenções não farmacêuticas, como ocorreu no Amazonas e em outros estados brasileiros, representa um risco significativo para o contínuo surgimento e disseminação de novas variantes".


Na quinta-feira (25), o Brasil bateu o recorde, desde o início da pandemia, do número de pessoas mortas em apenas um dia pela Covid-19: 1.582 vítimas.


Fonte: G1

IR 2021: Prazo para envio da declaração começa nesta segunda



A Receita Federal começa a receber na segunda-feira (1º) a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2021 – ano base 2020. O prazo vai até o dia 30 de abril, mas quanto mais antecedência no envio, mais vantagens o contribuinte pode ter.


Uma das principais vantagens de enviar o quanto antes a declaração é ter mais chances de receber a restituição, caso tenha direito, nos primeiros lotes de pagamento. O contribuinte também ganha mais tempo para identificar e corrigir eventuais erros, evitando cair na malha-fina. Sem contar que, no fim do prazo, ele corre o risco de enfrentar lentidão no sistema online usado para transmitir a declaração.


O programa já foi liberado para download - assim, o contribuinte já pode preencher o documento, e apenas aguardar a segunda-feira para fazer o envio à Receita.


As restituições começarão a ser pagas em maio e vão até setembro – são cinco lotes de pagamento, um por mês.


A estimativa da Receita Federal é que sejam entregues este ano cerca de 32,6 milhões de declarações. Quem é obrigado a declarar e não o fizer, ou enviar a declaração fora do prazo, terá que pagar multa de, no mínimo, R$ 165,74, e máximo de correspondente a 20% do imposto devido.


São obrigados a declarar o Imposto de Renda, em 2021:


quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2020. O valor é o mesmo da declaração do IR do ano passado.

contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado;

quem obteve, em qualquer mês de 2020, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

quem teve, em 2020, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural;

quem tinha, até 31 de dezembro de 2020, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil;

quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2020;

quem optou pela isenção do imposto incidente em valor obtido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda.

Preenchimento e entrega da declaração

Tanto o preenchimento quanto a entrega da declaração devem ser feitas por meio do programa gerador do Imposto de Renda 2021, referente ao ano-base 2020.


O programa tem versões disponíveis para computador e celular. O preenchimento em dispositivos móveis, no entanto, não pode feita, entre outros, por contribuintes que tenham recebido rendimento tributável ou não, superior a R$ 5 milhões em 2020; do exterior; relativo a recuperação da parcela isenta da atividade rural ou correspondente a lucro em venda de imóvel residencial para aquisição de outro imóvel.


A declaração também poderá ser feita online, na página 'Meu Imposto de Renda', acessando o portal e-Cac (clique aqui para acessar). A previsão de liberação dessa funcionalidade é 25 de março de 2021.


Declarações pré-preenchidas

O programa de 2021 também amplia o número de contribuintes que podem usar a declaração pré-preenchida. A partir deste ano, a modalidade fica disponível para contribuintes que tenham conta gov.br (acesso.gov.br), além dos que tenham certificado digital.


A Receita afirma que, com a mudança, espera receber milhões de declarações beneficiadas pelo formato, já que o cadastro no sistema gov.br é gratuito. Até 2020, o pré-preenchimento era exclusivo para donos de certificados digitais, que são pagos.


A declaração pré-preenchida já traz inclusas diversas informações prestadas à Receita Federal por outras fontes. O contribuinte precisa apenas verificar, corrigir eventuais distorções ou complementar os dados. Imposto retido na fonte e declarações de serviços médicos, por exemplo, podem ser incluídos previamente pelo sistema.


Auxílio Emergencial

Neste ano, a Receita tornou obrigatória a entrada da declaração do Imposto de Renda para as pessoas que receberam Auxílio Emergencial em 2020 e, além das parcelas, tiverem recebido R$ 22.847,76 ou mais em outros rendimentos tributáveis.


A Receita Federal informou que os valores recebidos de auxílio emergencial são considerados rendimentos tributáveis e devem ser declarados na ficha “Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica”. Eles não contam, no entanto, para o teto de R$ 22.847,76.


"O contribuinte que tenha recebido rendimentos tributáveis em valor superior a R$ 22.847,76 no ano-calendário 2020, deve devolver os valores recebidos do Auxílio Emergencial, por ele e seus dependentes", informou a Receita.

Quem precisar devolver o valor do auxílio emergencial poderá fazer a transferência com um Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf). O boleto será gerado pelo próprio programa do Imposto de Renda, junto com o recibo da declaração.


Fonte: G1

Aneel mantém bandeira amarela e cobrança extra na conta de luz em março

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve nesta sexta-feira (26), pelo terceiro mês seguido, a bandeira tarifária amarela nas contas de luz de todo o país. Essa sinalização representa uma taxa extra de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.


A cobrança também vigorou em janeiro e fevereiro, em razão da lenta recuperação dos reservatórios de água das hidrelétricas. Em dezembro, a Aneel chegou a aplicar a bandeira vermelha 2, a maior do sistema (entenda abaixo).


No anúncio, a Aneel apontou que houve "registros significativos de precipitação nas principais bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN)" em fevereiro. Ainda assim, segundo a agência, os principais reservatórios seguem com estoque reduzido em relação ao esperado.


O nível baixo dos reservatórios ainda é reflexo da estiagem registrada entre setembro e janeiro, segundo a Aneel. O boletim da agência ressalta que março ainda é um mês da temporada de chuvas, o que pode ajudar na recuperação do quadro.


O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo de geração de energia. Com os reservatórios baixos, a perspectiva é de alta no custo da energia já que exige o acionamento de mais térmicas, que geram energia mais cara.


O objetivo é informar aos consumidores quando esse custo aumenta, e permitir que eles reduzam o uso para evitar pagar uma conta de luz mais cara.


Bandeiras tarifárias — Foto: Juliane Monteiro/Arte G1


Fonte: G1

Rosa Weber determina que o governo federal reative leitos de UTI para Covid-19 em São Paulo, no Maranhão e na Bahia



A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo federal reative leitos de UTI para tratamento de Covid-19 nos estados de São Paulo, do Maranhão e da Bahia.


A ministra atendeu a pedidos feitos pelos três estados. A decisão é liminar, por isso ainda pode ser revista. Mas o governo federal já é obrigado a cumprir determinação.


Em nota divulgada neste domingo (28), o Ministério da Saúde disse que o pedido feito pelos estados é "injusto e desnecessário". A pasta negou a "desabilitação ou suspensão do pagamento de leitos", que, segundo o ministério, tem sido feito conforme demanda dos governadores. O MS cita ainda medida provisória publicada na última quinta-feira (25) que libera R$ 2,8 bilhões à União para, entre outras ações, custeio de leitos (veja a íntegra da nota ao final desta reportagem).


São Paulo, Maranhão argumentaram em ações no STF que, desde janeiro, o governo federal desativou leitos de UTI para Covid-19 que mantinha nos estados. Weber ordenou que a União volte a financiar a mesma quantidade de leitos que financiava em dezembro de 2020.


São Paulo afirmou que em dezembro de 2020 tinha 3.822 leitos na rede estadual mantidos pela União. E que, em fevereiro de 2021, esse número caiu para 564.


No caso do Maranhão, o estado apontou que União desativou os 216 leitos que mantinha no estado em dezembro.


A Bahia também argumentou que teve leitos fechados e pediu a reabertura de 462, reivindicação atendida pela ministra.


Nas decisões, Rosa Weber escreveu que não é "cientificamente defensável" diminuir a quantidade de leitos num momento de alta no número de casos.


"Portanto, é de se exigir do governo federal que suas ações sejam respaldadas por critérios técnicos e científicos, e que sejam implantadas, as políticas públicas, a partir de atos administrativos lógicos e coerentes. E não é lógico nem coerente, ou cientificamente defensável, a diminuição do número de leitos de UTI em um momento desafiador da pandemia, justamente quando constatado um incremento das mortes e das internações hospitalares", afirmou a ministra.


Rosa Weber ainda lembrou que o Brasil contabiliza mais de 250 mil mortes por Covid-19. Ela disse que a demora na aplicação de recursos públicos contra a doença pode multiplicar o número de óbitos.


"Afigura-se, ainda, o perigo da demora, que se revela intuitivo frente aos abalos mundiais causados pela pandemia e, particularmente no Brasil, diante das mais de 250 mil vidas vitimadas pelo vírus espúrio. O não endereçamento ágil e racional do problema pode multiplicar esse número de óbitos e potencializar a tragédia humanitária. Não há nada mais urgente do que o desejo de viver", concluiu.


O Brasil registrou nos últimos sete dias terminados no sábado (27) a pior média móvel de mortes na pandemia, 1.180. Em meio à disparada de casos, diversos estados e o Distrito Federal decidiram intensificar medidas de isolamento social.


Redução de leitos

A ministra do STF também citou, na decisão, informação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), segundo a qual, em janeiro de 2021, havia 7.017 leitos financiados pelo Ministério da Saúde nos estados. Em fevereiro deste ano, o número caiu para 3.187.


Em dezembro de 2020, segundo a informação citada por Rosa Weber, eram 12.003 leitos habilitados financiados pela pasta.


Na última quinta-feira (25), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a transferência de pacientes de estados que enfrentam lotação de UTIs para outras unidades da federação será uma das estratégias a ser utilizada no enfrentamento do que chamou de "nova etapa" da pandemia.


Sobre a situação dos estados e a possibilidade de transferência de pacientes, o presidente do Conass, Carlos Lula, afirmou no mesmo dia que "todo mundo está no seu limite". E acrescentou que quase todos os estados receberam recentemente pacientes do Amazonas, estado em que foi registrado um colapso do sistema de saúde.


Para tentar aumentar a disponibilidade, o Ministério da Saúde anunciou na última quinta-feira diretrizes para simplificar o processo de abertura de leitos. Segundo a pasta, as novas regras para autorização foram negociadas entre Pazuello e representantes das secretarias de saúde dos estados e dos municípios.


Nota

Veja a íntegra da nota encaminhada pela assessoria do Ministério da Saúde:


O Ministério da Saúde informa que não houve, em nenhum momento, desabilitação ou suspensão de pagamentos de leitos de UTI para tratamento de pacientes da Covid-19. Os pagamentos têm sido feitos conforme demanda e credenciamento dos governos dos estados. Ressalta-se que conforme pactuação tripartite do Sistema Único de Saúde, a abertura e viabilização física dos leitos cabe aos gestores estaduais e municipais, cabendo ao Governo Federal o custeio das estruturas - no caso dos leitos Covid-19, com valor de diária dobrada, no valor de R$ 1.600.


Com o objetivo de continuar apoiando os estados no combate à pandemia, o Ministério da Saúde solicitou, em janeiro, crédito extraordinário no valor de R$ 2,8 bilhões à União a fim de custear ações de enfrentamento ao vírus, sobretudo a continuidade do custeio de leitos.


O recurso, liberado por meio de Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira (25/2), será repassado aos estados demandantes para pagamento de leitos em uso desde o mês de janeiro pelas unidades federadas.


Cabe lembrar, ainda, que conforme pactuado na última reunião da Comissão Intergestores Tripartite, o Ministério da Saúde resolveu simplificar o processo de autorização para abertura de leitos de UTI destinados a pacientes da Covid-19.


As novas regras estabelecem que os leitos de UTI Covid-19 autorizados pelo Ministério não precisarão mais de prorrogação – eles poderão seguir operando até o final da pandemia. Além disso, o custeio dos leitos será feito de forma integral pelo Ministério da Saúde através de repasses mensais, e não mais com a antecipação de verbas.


Desta forma, o pedido solicitado à nobre ministra é injusto e desnecessário, uma vez que o SUS vem cumprindo com as suas obrigações. Cabe, portanto, a cada governo fazer a sua parte.


Fonte: G1

PGR diz ao STF não ver indícios de irregularidades em gastos do governo com comida



A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que diz não ver indícios de irregularidades ou supostos crimes em gastos do governo federal com comida.


Em janeiro, o PDT entrou com um pedido de investigação em desfavor do presidente Jair Bolsonaro, no Supremo Tribunal Federal (STF), para que fossem apurados supostos desvios de recursos públicos relativos a gastos de R$ 1,8 bilhão em alimentos pelo Executivo em 2020.


As possíveis irregularidades nas compras foram noticiadas por veículos de imprensa, com destaque para a aquisição de leite condensado, chiclete e iogurte, entre outros itens. O caso foi encaminhado para investigação da PGR.


Ao STF, a Procuradoria afirmou que há "ausência de indícios de ilicitude no emprego de recursos orçamentários na aquisição dos gêneros alimentícios consumidos por órgãos federais da Administração direta e indireta".


"Inexistem, tampouco, indicativos de que tenha havido fraude em procedimento licitatório ou contratação, superfaturamento ou mesmo desrespeito a quaisquer dos princípios da Administração Pública", afirma o Ministério Público.


O órgão diz também que não há como vincular as aquisições questionadas ao presidente Jair Bolsonaro, que "se distancia, na cadeia hierárquica de servidores federais, daqueles que se envolvem diretamente, nos diversos órgãos e entidades da Administração direta e indireta, com a compra de mercadorias".


Em janeiro, o Ministério da Defesa divulgou nota na qual afirmou que o gasto realizado foi necessário para assegurar a alimentação dos militares em atividade.


Fonte: G1

À PF, Pazuello mudou de versão sobre quando foi avisado da falta de oxigênio em Manaus



O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mudou sua versão inicial sobre quando ficou sabendo do risco de colapso na crise da saúde em Manaus. Pazuello prestou depoimento à Polícia Federal no dia 4 de fevereiro, em Brasília, no inquérito sigiloso do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura se ele foi omisso nas ações de combate à pandemia em Manaus.


O jornal "O Estado de S. Paulo" revelou o documento com o depoimento de Pazuello, ao qual TV Globo também teve acesso.


No depoimento, o ministro afirma que não foi informado sobre a falta de oxigênio em Manaus no dia 8 de janeiro, e sim dois dias depois.


A informação contradiz um documento oficial entregue pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao STF, assinado pelo advogado geral, José Levi. Ele afirmou que o Ministério da Saúde ficou sabendo da falta de oxigênio em Manaus, no dia 8, pela empresa White Martins, fabricante do produto.


No depoimento, Pazuello afirma que só no domingo, dia 10 de janeiro, às 21h, realizou uma reunião com o governador do estado do Amazonas. E nessa oportunidade foi relatado um problema de abastecimento de oxigênio no estado. E que no dia 11 convocou uma reunião com todos os secretários municipais de saúde do Amazonas e o secretário estadual para entender a abrangência da falta de oxigênio e demais dificuldades no atendimento à saúde.


A Polícia Federal também perguntou ao ministro sobre o recebimento do documento da White Martins notificando a respeito da possível insuficiência no fornecimento de oxigênio para a demanda no Amazonas. Pazuello explicou que o documento nunca foi entregue oficialmente ao Ministério da Saúde , e que empresa nunca realizou contatos informais com representantes do ministério.


Porém, em entrevista coletiva no dia 18 de janeiro, o ministro disse que foi avisado pela empresa no dia 8 de janeiro.


"Essa missão voltou no dia 6 com esses dados. 6 de janeiro. No dia 8 de janeiro, nós tivemos a compreensão a partir de uma carta da White Martins de que poderia haver falta de oxigênio, se não houvesse ações pra que a gente mitigasse esse problema", afirmou Pazuello na ocasião.


"Não havia a menor indicação de falta de oxigênio [final dezembro]. Para vocês terem uma ideia, a quantidade de oxigênio que a White Martins fabrica por dia em Manaus é de 28 mil metros cúbicos e o consumo era de 17 mil. A White tinha flexibilidade de trazer quase o dobro, a elevação foi muito ráppida. Nós tomamos conhecimento que a White chegou no seu limite quando ela nos informou", continuou o ministro na coletiva de janeiro.


"Ou seja, se nós tivéssemos tido essa informação, por menor que seja [...] Nós só soubemos dia 8 de janeiro. Quando chegamos lá, dia 4, o problema não era oxigênio", completou o ministro.


AGU

No documento da AGU entregue ao STF, o ministro José Levi diz que o Ministério da Saúde soube da crítica situação de esvaziamento de estoque de oxigênio em Manaus em 8 de janeiro, por meio de e-mail da fabricante do produto.


"Até então, o Ministério da Saúde não havia sido informado da crítica situação do esvaziamento de estoque de oxigênio em Manaus, ciência que apenas se operou em 8 de janeiro, por meio de e-mail enviado pela empresa fabricante do produto", afirmou a AGU.


Com base em outro documento enviado pelo próprio ministro da Saúde para a procuradoria-geral da República, e que serviu de base para o pedido de abertura do inquérito, o procurador-geral, Augusto Aras relatou que a falta de oxigênio chegou ao conhecimento do Ministério da Saúde no dia 8 de janeiro.


"No relatório parcial de ações – 6 a 16 de janeiro de 2021 (fls. 9/11), datado de 17/1/2021 também subscrito pelo representado consta que foi detectado, ainda, logo no início do período, a gravíssima situação dos estoques de oxigênio hospitalar em Manaus, em quantidade absolutamente insuficiente para o atendimento da demanda crescente. Tal problema chegou ao conhecimento do ministério no dia 8 de janeiro, por meio de um e-mail enviado por Petrônio Bastos, da White Martins (fabricante do produto)", escreveu o procurador.


No depoimento à PF, quando foi perguntado sobre o relatório do ministério que cita o e-mail da White Martins, Pazuello disse que houve um "equívoco" de um servidor da Saúde que passou informações para a AGU.


Pazuello afirmou ainda que o equívoco se deu em virtude do prazo exíguo de 48 horas para dar a resposta ao STF.


O ministro também relatou que a partir do dia 12 de janeiro mudou a estratégia para o fornecimento de oxigênio para o Amazonas, com a requisição e transporte de usinas geradoras do produto para que o oxigênio da White Martins, principal fornecedora, ficasse como uma reserva. Falou também do transporte de pacientes do Amazonas para outros estados.


Agora, os investigadores buscam novas informações sobre se a suposta omissão do ministro Eduardo Pazuello contribuiu para o colapso da rede de saúde no Amazonas. A Polícia Federal está ouvindo autoridades locais, funcionários do Ministério da Saúde e de empresas fornecedoras de insumos.


A PF também analisa dados sobre a compra de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19. E vai checar e-mails trocados entre representantes do Ministério da Saúde e as secretarias do Amazonas e de Manaus.


Em nota divulgada no início da tarde deste sábado, o Ministério da Saúde informou que "Eduardo Pazuello teve conhecimento do colapso de oxigênio apenas no dia 11 de janeiro".


"No dia 8 de janeiro, o ministro recebeu uma ligação do secretário estadual de saúde do Amazonas solicitando apoio no transporte de cilindros de oxigênio, sem mencionar nenhum colapso", continuou o ministério.


Na noite deste sábado, a pasta encaminhou uma nova nota na qual disse que, no dia 11 de janeiro pela manhã, o ministro se reuniu com representante da White Martins quando "surgiu a informação que a empresa estava com dificuldades logísticas para garantir o abastecimento de oxigênio". Segundo o Ministério da Saúde, a partir dessa data, "a informação sobre oxigênio chegou com maior clareza".


Também em nota, a White Martins disse que sinalizou o risco de falta de oxigênio para o governo de Manaus na primeira semana de janeiro. A empresa afirma que também avisou os hospitais e que foi chamada para uma reunião com Pazuello no dia 11.


"No dia 10/01, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, convidou os representantes da White Martins, por meio do comitê estadual, para uma reunião em Manaus, na manhã do dia 11/01, para tratar do tema", informou a empresa.


Aplicativo

Pazuello foi perguntado sobre um aplicativo feito pelo ministério e que orientava sobre o uso da hidroxicloroquina como tratamento precoce da Covid-19. O ministro afirmou que o ministério não tem protocolo para uso de qualquer medicamento, incluída a hidroxicloroquina.


Sobre o aplicativo Tratecov, Pazuello dise que ficou ativo dois dias, e foi retirado do ar pela falha de indicar o uso da hidroxicloroquina. Ele reconheceu que o aplicativo era apenas para médicos, mas estava aberto a qualquer pessoa.


Fonte: G1