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quarta-feira, setembro 30, 2020
Confira as fotos da manifestação da noite desta terça-feira (29) do candidato a prefeito Zé Roberto e Zé Filho de Itaú-RN
RN registra 69.433 casos confirmados e 2.392 mortes por Covid-19
O Rio Grande do Norte registra 69.433 casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia e 2.392 mortes pela doença. Os dados foram atualizados na edição desta quarta-feira (30) do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
O documento aponta que o estado teve 420 novos casos e oito mortes registradas a mais em comparação ao boletim do dia anterior. Dessas mortes, três foram nas últimas 24 horas. Outros 315 óbitos ainda estão sob investigação.
Segundo a Sesap, o RN subiu para 36.314 o número de casos suspeitos e tem 143.425 descartados. O número de confirmados recuperados continua em 40.400 e o de inconclusivos, que agora são tratados como "Síndrome Gripal não especificada", está em 52.779.
A pasta ainda informou que 207 pessoas estão internadas por causa da Covid-19 no estado, sendo 158 na rede pública e 49 na rede privada. A taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 43,66% na rede pública e de 15% na rede privada.
Ao todo, o RN realizou 179.048 testes para coronavírus, sendo 87.970 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 91.078 sorológicos.
O aumento de 420 casos em um dia foi motivo de preocupação do secretário de saúde do RN na coletiva desta quarta-feira (30). "Essa elevação merece o nosso acompanhamento, atenção e cuidado. Por isso, nossas atitudes devem proteger também quem amamos, principalmente os idosos que tem maior vulnerabilidade frente à Covid. Temos que respeitar as regras e estarmos vigilantes na proteção e defesa da vida”, disse.
Números do coronavírus no RN
69.433 casos confirmados
2.392 mortes
40.400 confirmados recuperados
36.314 casos suspeitos
143.425 casos descartados
Fonte: G1
RN abre 5.955 postos de trabalho em agosto e tem melhor mês no ano, aponta Caged
O Rio Grande do Norte gerou 5.955 novos postos de trabalho em agosto. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho. Esse representa o maior saldo positivo do ano no estado.
Carteira de trabalho: postos de trabalhos formais aumentaram em agosto — Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica
O relatório aponta que foram 14.468 admissões em agosto e 8.513 demissões, gerando o saldo positivo. O mês que tinha tido o melhor saldo até então era junho, com 1.476 contratações.
Agosto representa ainda o terceiro mês consecutivo de saldo positivo no estado, após uma série negativa entre janeiro e maio, que atingiu seu pico até o momento em abril com saldo de -8.303.
O acumulado do ano, no entanto, segue negativo no estado: são 82.372 contratações contra 92.292 desligamentos de postos de trabalho formal. O saldo é de - 9.920.
A maior movimentação do mês de agosto aconteceu em Natal. Ao todo, foram 4.610 admissões na capital potiguar com 3.933 demissões, gerando um saldo positivo de 677 postos de trabalho a mais.
No acumulado do ano, a capital potiguar também segue com saldo negativo, com 34.111 admissões e 42.625 demissões, gerando o fechamento de -8.514 vagas de emprego.
Fonte: G1
69% das mortes por Covid-19 no RN são de idosos, diz Sesap
Entre as mais de 2.300 mortes por Covid-19 no Rio Grande do Norte desde o início da pandemia, 69,6% delas foram de idosos (pessoas acima dos 60 anos). O dado é da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e foi divulgado nesta quarta-feira (30) durante a coletiva de imprensa da pasta.
A pasta disse que ressaltar o número foi uma forma de chamar a atenção para o cuidado com o idoso, já que nesta quinta-feira (1) se comemora o Dia Internacional do Idoso, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo o professor Kênio Costa Lima, do Instituto Envelhecer/UFRN, é necessário fazer uma reflexão sobre o processo de adaptação que os idosos têm enfrentado neste momento de pandemia, já que representam o principal grupo de risco da doença.
“Precisamos refletir sobre a perda da autonomia e da independência que a população idosa está sofrendo com a pandemia. Temos que voltar as atenções para a manutenção da condição de saúde dos idosos e evitar o preconceito. Ninguém precisa morrer apenas por causa da idade”, falou.
O professor também destacou a importância da atenção primária em saúde no acompanhamento da população idosa. "Essencial para controlar as doenças crônicas, para que não haja agravamento dos casos, evitando óbitos”.
Segundo Kênio, na maioria dos estados do Nordeste o índice de óbitos em idosos também chega próximo aos 70%. No Maranhão está ainda acima: quase 80%.
No último boletim completo divulgado pela secretaria de saúde, na terça-feira (29), o Rio Grande Norte registrava 69.013 casos confirmados e 2.384 mortes por Covid-19.
Fonte: G1
Maia: 'Guedes não tem votos para aprovar privatização, CPMF e a culpa é dos outros?'
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, rebateu nesta quarta-feira (30) a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que haveria boatos de que Maia, em acordo com a esquerda, teria travado a aprovação das privatizações, que são pauta do Governo Federal.
Em conversa com o blog nesta quarta-feira, Maia reagiu. “Paulo Guedes quer desviar o foco do debate do teto de gastos. Ele não tem base, não tem voto para aprovar privatização e nem CPMF. E a culpa é dos outros?”.
Mais cedo nesta quarta, Guedes falou em live de que haveria boatos de um acordo entre o presidente da Câmara e a esquerda para "não pautar as privatizações".
"Não há razão para interditar as privatizações. Há boatos de que haveria acordo entre o presidente da Câmara e a esquerda para não pautar as privatizações. Precisamos retomar as privatizações, temos que seguir com as reformas e temos que pautar toda essa transformação que queremos fazer. A retomada do crescimento vem pela aceleração de investimentos em cabotagem, infraestrutura, logística, setor elétrico, das privatizações, Eletrobrás, Correios... Estamos esperando", disse.
Maia já tinha falado que não há votos na Câmara para tirar recursos do Fundeb para o Renda Cidadã.
Ainda sobre a declaração de Guedes, de que haveria um acordo do presidente da Câmara com a esquerda contra as privatizações, Maia complementou: “Guedes está desequilibrado. Recomendo que ele assista ao filme 'A Queda'".
O filme retrata as últimas horas de Adolf Hitler à frente da Alemanha nazista.
Fonte: G1
Média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil fica abaixo de 700 pelo oitavo dia seguido
O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quarta-feira (30).
O país registrou 876 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 143.886 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 689, uma variação de -12% em relação aos dados registrados em 14 dias. É o 8º dia seguido que o país apresenta média móvel abaixo de 700.
Desde o dia 14 de setembro a tendência na média móvel de mortes segue em estabilidade, ou seja, o número não apresentou alta nem queda representativa em comparação com os 14 dias anteriores. Antes disso, o país passou por um período de uma semana seguida com tendência de queda em novas mortes.
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 4.813.586 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 33.269 desses confirmados no último dia. A média móvel de novos casos foi de 26.544 por dia, uma variação que aponta queda, com -15% em relação aos casos registrados em 14 dias.
No total, 2 estados apresentam alta de mortes: Roraima e Rondônia.
Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Em Roraima, por exemplo, o número saltou de 0 para 7, resultando em uma tendência de alta de de 700%. A média é arredondada para facilitar a apresentação dos dados.
Brasil, 30 de setembro
Total de mortes: 143.886
Registro de mortes em 24 horas: 876
Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 689 por dia (variação em 14 dias: -12%)
Total de casos confirmados: 4.813.586
Registro de casos confirmados em 24 horas: 33.269
Média de novos casos nos últimos 7 dias: 26.544 por dia (variação em 14 dias: -15%)
Estados
Subindo (2 estados): RR e RN
Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente (14 estados): SC, ES, MG, RJ, GO, MS, AM, AP, BA, CE, MA, PB, PE e SE
Em queda (10 estados + DF): PR, RS, SP, DF, MT, AC, PA, RO, TO, AL e PI
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).
Sul
PR: -21%
RS: -21%
SC: -12%
Sudeste
ES: +9%
MG: -6%
RJ: -1%
SP: -17%
Centro-Oeste
DF: -40%
GO: -7%
MS: -9%
MT: -21%
Norte
AC: -36%
AM: +2%
AP: 0%
PA: -42%
RO: -49%
RR: +700%
TO: -27%
Nordeste
AL: -16%
BA: +7%
CE: -5%
MA: +1%
PB: +4%
PE: +2%
PI: -17%
RN: +16%
SE: +6%
Fonte: G1
Governo diz que prorrogará, até dezembro, programa que permite redução de jornada e salário
O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou nesta quarta-feira (30) que o governo vai prorrogar, por mais dois meses, o programa que autoriza empresas a reduzirem proporcionalmente, ou suspenderem, a jornada e o salário dos funcionários.
O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) foi instituído com uma medida provisória em abril e, após duas prorrogações, estava mantido até meados de outubro. Com a promessa de mais dois meses, o prazo deve ser levado até 31 de dezembro.
"Lançamos os nossos programas de crédito, de preservação de vidas, de descentralização de recursos pra estados e municípios [...] O programa emergencial, que é o BEM, que nós chamamos de BEM, que foi um programa extraordinariamente bem sucedido, tanto que nós estamos prorrogando por mais dois meses", declarou Guedes em uma apresentação virtual sobre os dados do desemprego.
Ao fim da coletiva pela internet, o secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, reafirmou a prorrogação e os elogios ao programa.
"Se há uma demanda, não há porque não se fazer a prorrogação. Programa bem feito, que evita demissão, traz renda ao trabalhador, garante o emprego", declarou Bianco.
Se seguir o mesmo modelo das anteriores, a prorrogação permitirá a adesão de novas empresas e a extensão dos acordos que já estão em andamento. Nos dois casos, o contrato integral deverá ser retomado ao fim do mesmo prazo.
O que prevê o programa
O programa foi criado em razão da pandemia do novo coronavírus e prevê que o governo recomponha parte da renda dos funcionários por meio de um auxílio financeiro.
O valor da recomposição corresponde a uma porcentagem do que o empregado receberia de seguro-desemprego e é depositado diretamente na conta do trabalhador.
Como contrapartida, o empregador é obrigado a garantir o emprego desse funcionário por um período igual ao da redução. Ou seja: se o contrato for reduzido ou suspenso por quatro meses, o trabalhador não poderá ser demitido nos quatro meses seguintes.
Se optar pela demissão no período, além dos valores normais da decisão, o empresário terá de indenizar o empregado.
Retomada do emprego
A economia brasileira gerou 249.388 empregos com carteira assinada em agosto, informou nesta quarta (30) o Ministério da Economia.
Segundo o governo, o resultado foi "puxado pelo aumento das contratações que seguem em tendência de crescimento desde maio".
No mês passado, foram contratados 1.239.478 trabalhadores formais, e demitidos 990.090.
Esse foi o segundo mês consecutivo de geração de empregos formais e, também, o melhor resultado para meses de agosto desde 2010 ou seja, em dez anos.
Fonte: G1
TSE lança parceria com redes sociais contra desinformação durante a campanha eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou nesta quarta-feira (30) parceria com Facebook, Instagram e WhatsApp para combater a desinformação durante a eleição municipal deste ano.
Entre as ferramentas disponíveis, está um canal de comunicação específico com o TSE para denunciar contas suspeitas de realizar disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp (leia mais abaixo).
Reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" apontou a contratação, pelas campanhas de candidatos à Presidência, de empresas que ofereciam serviço de disparo em massa nas eleições de 2018.
Essa irregularidade é alvo de investigação na CPMI das Fake News. Em fevereiro, o sócio de uma das empresas afirmou à comissão que prestou serviços de disparo para as campanhas do presidente Jair Bolsonaro (na época no PSL, hoje sem partido), de Fernando Haddad (PT) e Henrique Meirelles (MDB).
Ações no TSE pedem a cassação da chapa de Bolsonaro por suposto abuso devido a ataques cibernéticos em rede social para beneficiar a candidatura do hoje presidente da República. Não há data para o julgamento.
Também estão entre os serviços oferecidos à Justiça Eleitoral pelas plataformas, sem custo aos cofres públicos, ferramentas para divulgação de medidas sanitárias na votação, figurinhas com temática das eleições e um robô no WhatsApp para circular informações oficiais do TSE sobre a votação.
A campanha eleitoral começou oficialmente neste domingo (28). O horário eleitoral na televisão e no rádio começa no dia 9 de outubro e vai até 12 de novembro. O primeiro turno das eleições será no dia 15 de novembro e o segundo turno no dia 29 de novembro.
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o objetivo da parceria é “eliminar os participantes de má-fé que, dolosamente, procuram fazer mal às pessoas e à democracia”.
“Devemos transformar a revolução tecnológica em favor do bem e temos mecanismos para neutralizar o mal. Estamos procurando eliminar essa circulação do mal, das notícias falsas, das manifestações de ódio, das campanhas de desinformação, sem controle de conteúdo”, afirmou o ministro.
Denúncia de disparos em massa
Dario Durigan, diretor de políticas públicas para WhatsApp no Facebook, explicou que o aplicativo terá uma plataforma de denúncia de contas suspeitas de automação e disparo de mensagens em massa.
“O TSE receberá denúncias das demais instancias da Justiça Eleitoral e dos eleitores e encaminhará ao WhatsApp para que esse verifique e revise o comportamento de contas suspeitas de acordo com seus termos de serviço", disse Durigan.
"Sabemos que há empresas que fornecem aos candidatos serviços ilegais de disparo em massa de mensagens. Por isso, o WhatsApp solicita que os candidatos rejeitem essas propostas e façam as devidas comunicações às autoridades constituídas”, completou ele.
O diretor afirmou que o Whatsapp banirá contas que fizerem disparo automatizado e massivo de mensagens.
Veja a seguir as ferramentas disponibilizadas pelas redes sociais à Justiça Eleitoral:
Facebook Brasil
Ferramenta “Megafone” vai divulgar, antes da eleição, mensagens no "feed" de notícias sobre as eleições de 2020, sobre sua organização, e sobre medidas de segurança e sanitárias no dia da votação.
Estarão disponíveis aos usuários figurinhas, chamadas de "stickers", com a temática das eleições municipais e divulgação da campanha sobre mais mulheres na política.
WhatsApp Inc.
Criação de "chatbot", um robô, para ajudar na circulação de dados oficiais do TSE sobre o processo eleitoral e a votação. Para receber essas informações e manter conversas com o canal interativo, o eleitor deve adicionar o número: +55 61 9637-1078 na lista de contatos ou acessar o serviço pelo link: wa.me/556196371078
Canal de comunicação específico com o TSE para denunciar contas suspeitas de realizar disparos em massa, o que não é permitido nos Termos de Serviço do aplicativo nem pela legislação eleitoral.
"Stickers/figurinhas sobre a temática eleitoral para utilização no aplicativo.
Fonte: G1
Índia autoriza reabertura de escolas e cinemas apesar dos novos surtos de covid-19
A Índia autorizou, nesta quarta-feira (30), a reabertura de escolas, cinemas e piscinas após meses fechados, apesar de os surtos do coronavírus estarem prestes a transformar este país no mais afetado do planeta.
Funcionário do setor de saúde colhe material de mulher para teste de coronavírus em centro temporário em um templo hindu em Hyderabad, na índia, na quarta-feira (30) — Foto: Noah Seelam/AFP
Com 1,3 bilhão de habitantes, a Índia registrou até agora mais de 6,2 milhões de casos, atrás somente dos Estados Unidos, e mais de 97 mil mortos.
O governo, no entanto, tem retomado progressivamente a economia, muito afetada pelo confinamento que atingiu milhões de pessoas, principalmente os mais pobres.
As aulas já foram retomadas na semana passada em alguns estados para os estudantes de 14 a 17 anos, mas agora todos os estabelecimentos do país estarão autorizados a reabrir suas portas.
"Para a reabertura das escolas, os governos (de estados e territórios) terão flexibilidade para tomar decisões a partir de 15 de outubro... de forma gradual", indicou o Ministério do Interior.
Os cursos online "serão incentivados" e os estudantes não poderão ser obrigados a comparecer às aulas, acrescentou.
As universidades continuarão fechadas, embora alguns pós-graduados e estudantes de ciências e tecnologia possam voltar aos laboratórios.
Os indianos, que possuem uma próspera indústria cinematográfica nacional, poderão voltar às salas de cinema, mas somente em 50% de capacidade.
As piscinas serão abertas para os treinamentos.
Os voos internacionais continuam suspensos por enquanto.
Fonte: G1
Latam assina acordo de empréstimo de US$ 2,45 bilhões
O Grupo Latam Airlines assinou com credores e acionistas na terça-feira (30) o acordo de empréstimo DIP (“debtor in possession”) no valor de US$ 2,45 bilhões. Esse modelo de empréstimo dá preferência de pagamento para o credor que ofereceu o recurso à empresa em recuperação judicial.
A informação foi divulgada em comunicado apresentado pela companhia hoje à Securities and Exchange Commission (SEC). A proposta de financiamento DIP foi aprovada pelo juiz James L. Garrity Jr, da Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York, no dia 17. O acordo de empréstimo está sujeito às leis do Estado de Nova York.
Prejuízo
Como parte das obrigações assumidas no processo de recuperação judicial, a Latam passa a apresentar mensalmente um relatório de desempenho. Nesta quarta-feira (30), a companhia informou que acumulou um prejuízo de US$ 139,77 milhões em agosto. Em julho, o prejuízo foi de US$ 170,30 milhões. Os números divulgados não foram auditados.
A receita líquida em agosto atingiu US$ 201,04 milhões. No mês de julho, a receita foi de US$ 162,07 milhões.
As despesas operacionais somaram US$ 342,75 milhões em agosto, ante US$ 323,56 milhões em julho. O prejuízo operacional foi de US$ 141,71 milhões no oitavo mês do ano, ante uma perda de US$ 161,49 milhões em julho.
O saldo de caixa e equivalentes de caixa da companhia em agosto foi de US$ 930,89 milhões, ante US$ 1,108 bilhão em julho.
No mês de agosto, a Latam apresentou um gasto de US$ 25,07 milhões, com escritórios de advocacia e assessores financeiros que atuam no processo de recuperação judicial do grupo. No mês anterior, os gastos foram bem menores, de US$ 516 mil.
Fonte: G1
Som de explosão em Paris: um avião cruza a barreira do som e assusta a população
Uma grande explosão soou pouco antes do meio-dia em Paris nesta quarta-feira (30). Imediatamente os franceses manifestaram preocupação nas redes sociais até que a Central de Polícia de Paris indicasse no Twitter que não houve explosão, mas que o barulho foi originado pela passagem de um caça que rompeu a barreira do som.
Caça Rafale, em foto de 10 de setembro — Foto: Adnan Abidi/Arquivo/Reuters
"Houve mais medo do que danos reais em Paris", explicou a Força Aérea francesa após uma grande detonação sonora ocorrida por volta das 12 horas desta quarta-feira (30). As reações de pânico e dúvidas nas redes sociais se multiplicaram imediatamente.
"Não houve explosão", tuitou a Central de Polícia de Paris, conclamando a população a não “obstruir as linhas de emergência”.
Um avião de combate — um Rafale — decolou da base de Saint-Dizier, no leste da França, e cruzou a barreira do som, causando grande ruído. Era uma missão que tinha como objetivo ajudar uma aeronave em dificuldade, explicou a Força Aérea. O piloto do caça havia recebido autorização para ultrapassar a barreira do som para alcançar o avião em perigo o mais rápido possível.
Um ruído incomum
O ruído ouvido pelos parisienses não era de fato habitual: uma explosão, um baque ouvido em toda a região, uma espécie de detonação potente associada a um efeito de explosão, com janelas mas também as paredes que tremeram, durante alguns segundos. Até os jogadores de tênis de Roland Garros interromperam o jogo.
O caça cruzou a barreira do som a leste da capital francesa a uma velocidade de quase 1.900 km/h, que é o dobro da velocidade do som, daí o boom supersônico, um estrondo raramente ouvido .
A última vez que tal acontecimento ocorreu na região de Paris foi em fevereiro de 2019. Nas redes sociais, parisienses, traumatizados pelos recentes ataques terroristas, mas tranquilizados pela explicação da Força Aérea, reagiram com humor, com memes a partir de cenas de filmes famosos como Top Gun, com Tom Cruise.
Fonte: G1
Faturamento de pequenas e médias empresas com vendas online cresce 118% durante a pandemia
O faturamento de pequenas e médias empresas com vendas online cresceu 118% entre fevereiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019. O volume de vendas no mesmo período aumentou 98%.
Os números fazem parte de um levantamento feito pela Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado.
Segundo a estudo, o fechamento das lojas por causa da pandemia do coronavírus acelerou o processo de digitalização desses negócios e incentivou o investimento no ambiente digital como principal canal de vendas durante a quarentena.
Confira o volume de compras por região:
Sudeste: 69%
Norte e Nordeste: 13%
Sul: 12%
Centro-Oeste: 6%
As categorias que mais cresceram no volume de vendas foram:
Cama, mesa e banho: 393%
Móveis: 241%
Decoração: 217%
Saúde: 212%
Câmeras, filmadoras e drones: 205%
“A chegada da pandemia causou um grande impacto na forma que essas empresas se relacionam com seus consumidores. Muitas dessas lojas não tinham familiaridade com o varejo online e tiveram que acelerar essa migração. A adaptação foi necessária e o resultado tem sido excelente”, afirma André Dias, presidente-executivo da Neotrust/Compre&Confie.
Fonte: G1
Deputado estadual João Peixoto morre de Covid-19
O deputado estadual João Peixoto (DC) morreu por complicações decorrentes da Covid-19 na manhã desta quarta-feira (30).
Peixoto (DC) estava internado desde o dia 27 de agosto no Hospital Geral Dr. Beda, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.
No dia 2 de setembro, o quadro de saúde do parlamentar teve um agravamento e ele foi transferido para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI), de onde não saiu mais.
O deputado não participou das votações da comissão e do plenário no processo de impeachment do governador afastado Wilson Witzel porque estava internado.
João Alves Peixoto nasceu na cidade de Campos dos Goytacazes no dia 16 de fevereiro de 1945. Era casado e pai de três filhos. Estava no sexto mandato na Alerj.
Antes de ser deputado, o paramentar foi eleito vereador em 1992 em Campos, onde também presidiu a Comissão de Obras da Câmara de Vereadores.
Quem assume o mandato é Eurico Júnior (PV), ex-secretário de Educação de Paty do Alferes e candidato a prefeito de Vassouras, no Sul do Rio de Janeiro.
O deputado estadual João Peixoto — Foto: Divulgação/ Alerj
Fonte: G1
Nova encíclica do papa Francisco é criticada 'por excluir mulheres'
No próximo fim de semana, num evento na cidade italiana de Assis, o papa Francisco vai assinar uma nova encíclica, a terceira de seu pontificado, voltada para a irmandade entre os povos num mundo em constante conflito e agora marcado pelo coronavírus.
Nova encíclica usa a palavra 'irmãos', o que despertou críticas dentro da Igreja — Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters
Antes de ser publicada, a carta papal vem provocando discórdia entre os fiéis, em especial nas feministas católicas. A razão: o uso da palavra "irmãos" no título, sem mencionar a equivalente "irmãs".
Tirada de um escrito de São Francisco de Assis, patrono dos pobres e dos animais e santo que inspirou Jorge Mario Bergoglio a adotar o nome Francisco, a expressão "Fratelli tutti" (todos irmãos, em italiano) foi divulgada no último mês como o título da nova encíclica e imediatamente virou alvo de críticas de grupos de mulheres, que reclamaram não serem representadas.
A polêmica se somou a outras num momento de especial tensão para o Vaticano, que viu na última semana a demissão de um dos principais cardeais do Clero Romano, Angelo Becciu, auxiliar próximo do papa que foi defenestrado pelo próprio Bergoglio por supostamente estar envolvido em corrupção - o caso está em investigação, na Justiça vaticana e na comum.
Representantes de grupos de mulheres católicas, como Paola Lazzarini, da associação Mulheres para a Igreja, notaram a contradição: o título de uma encíclica sobre irmandade e fraternidade não contempla as mulheres.
"Esse é um fragmento de um problema muito maior que existe dentro da Igreja Católica. Na missa também estamos habituadas a ouvir sempre expressões masculinas. Os documentos são todos escritos por homens", afirma a polonesa Zuzanna Flisowska, integrante da Voices of Faith, organização que defende mais espaço para as mulheres na igreja.
A crítica é dirigida ao pontífice que mais atuou para dar protagonismo às mulheres no Vaticano.
Francisco promoveu várias delas a cargos de direção, embora o poder na Santa Sé seja predominantemente masculino e clerical. A realidade ainda é permeada de situações típicas de um mundo muito atrasado: há muitos casos, em Roma e alhures, de freiras e irmãs que servem padres, bispos e cardeais como domésticas, sem qualquer direito e remuneração, para não falar dos casos de abuso sexual, debate que vem ganhando corpo internamente nos últimos anos. As mulheres representam a maioria dos fiéis católicos em todo o mundo, e são também as que mais frequentam as igrejas.
Numa carta encaminhada ao papa, assinada por trinta organizações femininas da Europa, África, Ásia e América Latina, as católicas argumentam: "o substantivo masculino distanciará muitos em um momento em que as mulheres em muitos idiomas e culturas diferentes sofrem por ouvir que o masculino é entendido em um sentido genérico". Elas mencionam a "explícita e dolorosa" exclusão das mulheres na palavra de abertura da encíclica ao citar a tradução para idiomas como inglês e alemão.
O título de uma encíclica sobre irmandade e fraternidade não contempla as mulheres — Foto: Alessandra Tarantino/AP
"Na melhor das hipóteses será uma distração, na pior um sério obstáculo", ressalta a carta, dizendo que tudo seria resolvido se incluíssem a palavra irmãs ("sorelle", em italiano) ao lado de irmãos. "Sabemos que uma mudança assim pequena estaria em sintonia com o espírito de São Francisco e com as suas intenções", escreveram as mulheres ao pontífice. "Nós te convidamos a demostrar que é realmente aberto ao diálogo e que está escutando a voz das mulheres".
'Mansplaining'
O Vaticano se manifestou, o que foi uma surpresa para algumas das mulheres das organizações que assinaram a carta — "anos atrás, esse tipo de crítica não era nem levada em consideração", disse Paola Lazzarini.
A instituição comentou a polêmica por meio de um editorial escrito pelo diretor editorial do dicastério (similar a ministério) para a comunicação, Andrea Tornielli, e num artigo assinado por um especialista em São Francisco de Assis publicado no jornal L'Osservatore Romano, órgão oficial da Santa Sé.
No texto veiculado no site do Vaticano, Tornielli escreveu que "seria um absurdo pensar que o título, na sua formulação, tenha a intenção de excluir mais da metade dos seres humanos, ou seja, as mulheres". Ele ressalta que a "fraternidade e a amizade", temas da encíclica, "indicam aquilo que unem homens e mulheres". "Por isso não são possíveis mal-entendidos ou leituras parciais da mensagem universal e inclusiva das palavras 'fratelli tutti'", escreveu.
Já o frade e historiador suíço Niklaus Kuster, em artigo no L'Osservatore Romano, argumentou que "as traduções pouco sensíveis ignoram" que, na obra citada de São Francisco de Assis, ele se refere "a todas as mulheres e todos os homens cristãos", já que se trata de uma irmandade universal.
A resposta de Andrea Tornielli gerou ainda mais críticas. Segundo Paola Lazzarini, trata-se de um típico caso de "mansplaining", termo usado para definir um ato em que o homem tenta explicar a uma mulher, em tom de superioridade, algo simples ou que ela já sabia. "Não temos liberdade de dizer que não nos sentimos incluída? Parece mais importante salvar uma citação do que ir de encontro a uma reinvindicação", disse a fundadora da associação Mulheres para a Igreja.
Zuzanna Flisowska afirma que houve uma mudança quanto ao uso da linguagem, que tornou-se mais inclusiva nos últimos anos, e diz que a Igreja também deve levar isso em consideração, não sendo mais possível repetir conteúdos de quase mil anos atrás - caso da passagem escrita por São Francisco - para justificar um título que exclua as mulheres.
"Talvez esse seja o papa mais aberto de todos que conhecemos, mas essa é uma questão de mentalidade que envolve todo mundo. Sendo um pontífice sensível aos excluídos, ele deveria se sensibilizar sobre isso", comenta Flisowska.
A encíclica é o grau máximo das comunicações pontifícias e é dirigida aos bispos e fiéis, constituindo uma espécie de corpo doutrinário da Igreja Católica sobre diversos assuntos. Esta será a terceira publicada por Bergoglio desde que ele virou papa, em 2013.
O Vaticano não deu nenhum sinal de que vai alterar o título do documento, que será assinado por papa Francisco no sábado (dia 3) e divulgado no domingo (4, dia da festa de São Francisco de Assis). A Santa Sé confirmou apenas que o título — "Fratelli tutti" — será mantido em italiano também nas traduções da carta para outros idiomas, como aconteceu com sua encíclica anterior, a "Laudato Sí", de 2015, voltada para o meio ambiente.
Fonte: G1
Gatos infectados pelo coronavírus ficam imunes e podem servir de modelo para pesquisa da vacina, diz estudo
Um estudo publicado nesta terça-feira (29) na revista científica Pnas (Proceedings of the National Academy of Sciences) observou que gatos infectados pelo novo coronavírus desenvolvem resposta imune ao vírus, podendo servir de modelo animal para as pesquisas da vacina contra a Covid-19.
Gatos podem transmitir o coronavírus para outros gatos, mas não há evidências de que transmitam para os seres humanos. — Foto: Divulgação
"Os gatos desenvolvem anticorpos neutralizantes significativos e são resistentes à reinfecção, embora a duração da imunidade neles não seja conhecida atualmente. Isso pode ser um modelo útil para testes de vacinas subsequentes, tanto para vacinas candidatas humanas quanto para animais", informa a conclusão da pesquisa.
O estudo foi desenvolvido pelos cientistas da Escola de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Colorado, nos Estados Unidos. Eles lembraram que, apesar das implicações do coronavírus para os animais ainda serem amplamente desconhecidas, não há evidências até o momento de que gatos ou cães possam transmitir o SARS-CoV-2 para humanos.
Transmissão
Os cientistas também observaram que os gatos podem transmitir o vírus para outros gatos por cerca de cinco dias, por contato direto via oral e nasal.
"A liberação viral relativamente alta produzida por gatos e a rapidez da transmissão podem torná-los um modelo ideal para simulação de aerossóis", afirma o estudo.
Assim como os gatos, os cachorros também não desenvolvem a doença quando infectado pelo coronavírus. Por outro lado, diferentemente dos gatos, eles não transmitem o vírus e não produzem imunidade após serem infectados, ficando suscetíveis a uma segunda infecção.
Método
De acordo com a publicação, os cães e os gatos que participaram do estudo foram infectados e, então, observados duas vezes ao dia. As temperaturas corporais foram registradas diariamente no mesmo horário todas as manhã. Eles também passaram por pesagem e radiografias torácicas frequentes.
Quanto à avaliação clínica, os veterinários observaram os animais em busca de mudança de comportamento e de sintomas de doença, como secreção ocular, secreção nasal, tosse / espirro, dispneia, diarreia, cansaço e perda de peso.
"Nenhum dos animais exibiu sinais clínicos de doença caracterizados por qualquer um desses sintomas, em nenhum momento do estudo", informa o texto da pesquisa, que não descarta, contudo, a possibilidade dos animais de desenvolverem a Covid.
Fonte: G1
Primeiro homem curado do HIV morre de câncer nos EUA
O primeiro paciente do mundo curado de HIV, Timothy Ray Brown, morreu vítima de um câncer na Califórnia, nos Estados Unidos. O anúncio foi feito pelo seu companheiro nas redes sociais.
"É com grande tristeza que anuncio que Timothy morreu esta tarde cercado por mim e amigos, após uma batalha de 5 meses contra a leucemia", afirmou Tim Hoeffgen no Facebook, de acordo com a agência de notícias Reuters.
Brown, um americano que ficou conhecido por anos como o "Paciente de Berlim", recebeu em 2007 um transplante de medula na Alemanha de um doador com resistência natural ao HIV. Acreditava-se que ele tinha sido curado da leucemia, além de ter se livrado do vírus que provoca a Aids. Em setembro deste ano, ele anunciou que o câncer tinha voltado de forma agressiva.
O caso do americano inspirou uma geração de cientistas e deu esperança a pacientes infectados de que um dia será encontrada uma cura para Aids.
Em 4 de março de 2019, Timothy Ray Brown foi fotografado em Seattle, nos Estados Unidos — Foto: Manuel Valdes/AP
Fonte: G1
Ministro do STJ nega pedido de Flávio Bolsonaro para anular decisões do caso das 'rachadinhas'
O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que queria anular as decisões tomadas pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no caso que apura o esquema das "rachadinhas".
Os advogados do senador argumentaram que, como o Tribunal de Justiça do Rio garantiu o foro privilegiado ao senador, os atos do magistrado da primeira instância deveriam ser considerados nulos.
A decisão da Terceira Câmara Criminal do TJ do Rio sobre o foro do senador foi tomada no fim de junho. Logo depois, a defesa do senador anunciou que iria questionar as decisões do juiz Flávio Itabaiana.
Fischer é o relator do pedido no STJ e entendeu que os elementos apresentados pela defesa não demonstram urgência para que a questão seja deliberada de forma individual e provisória. A decisão do ministro é desta segunda-feira (28).
Segundo o ministro, o tribunal deve decidir o tema de forma definitiva quando o processo estiver pronto para ser levado a julgamento.
"Ao exame perfunctório, próprio dos pedidos liminares, não vislumbro a presença dos requisitos indispensáveis para o deferimento da medida urgente, até mesmo porque o pedido liminar se confunde com o próprio mérito da demanda, devendo ser oportunamente analisado, após a devida instrução dos autos e oitiva do d. Ministério Público Federal", afirmou.
Fonte: G1
Wassef e mais 4 viram réus na Lava Jato por peculato e lavagem de dinheiro
A Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou uma denúncia de peculato e lavagem de dinheiro contra o advogado Frederick Wassef, que já representou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o filho mais velho dele, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Com isso, Wassef se tornou réu. A Operação E$quema S, desdobramento da Lava Jato, investiga desvios na Fecomércio-RJ. A denúncia foi aceita pela juíza federal substituta Caroline Vieira Figueiredo.
Também se tornaram réus, pelos mesmos crimes:
Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio-RJ;
Marcia Carina Castelo Branco Zampiron, advogada;
Luiza Nagib Eluf, advogada.
Marcelo Cazzo, empresário
A denúncia mira um suposto esquema de tráfico de influência envolvendo grandes escritórios de advocacia e encontrou movimentações suspeitas nas contas do escritório de Wassef, que teriam sido desviados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
Em nota enviada quando foi denunciado, Wassef disse que "estão criminalizando a advocacia no Brasil", que nunca teve relação comercial com a Fecomércio e que nunca negociou com eles. Segundo Wassef, a denúncia é baseada em "absolutamente nada" contra ele (veja a íntegra da nota e o que dizem os outros citados no fim da reportagem).
Jair e Flávio Bolsonaro não são investigados nessa operação.
Wassef seria informante
O G1 apurou que Wassef foi contratado para atuar como uma espécie de informante de Orlando Diniz, pressionando pessoas e fazendo apurações paralelas. Segundo um depoimento colhido pelos investigadores, o advogado foi contratado por sua habilidade para lidar com escrivães de polícia.
Não está claro para os investigadores se Luiza Nagib Eluf teria contratado Wassef com anuência dos outros envolvidos nem se o serviço, de fato, foi prestado.
Segundo a denúncia, o ex-advogado de Bolsonaro recebeu R$ 4,5 milhões por meio do escritório de Luiza Eluf. Os investigadores querem saber se o dinheiro foi empregado para alguma atividade concreta.
Além de Wassef, foram alvos de busca e denunciados os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, que defendem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (que não é investigado), e Eduardo Martins, filho do atual presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins.
A Justiça Federal aceitou a denúncia contra Zanin, Teixeira e Eduardo Martins e os tornou réus. Na ocasião, Zanin e Wassef negaram irregularidades. A equipe de reportagem não conseguiu contato com Martins.
A ligação de Wassef com a família Bolsonaro
A proximidade entre o presidente Jair Bolsonaro e Frederick Wassef começou em 2014, pouco depois da campanha eleitoral daquele ano — naquela disputa, Bolsonaro foi eleito deputado federal com a maior votação do Rio de Janeiro.
O advogado tornou-se um dos principais conselheiros de Jair Bolsonaro. Em 2018, Wassef passou a ser um homem de confiança do presidente e dos filhos. Participou dos bastidores da campanha eleitoral e, após a posse de Bolsonaro como presidente, continuou em contato permanente com a família.
Wassef é dono da casa onde foi preso, em junho, o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, investigado no caso das rachadinhas, um suposto esquema de desvio de salários de funcionários da Assembleia Legislativa do Rio.
O que dizem os citados
Wassef (nota enviada no dia da denúncia; nesta quarta, ele ainda não se posicionou): "Estão criminalizando a advocacia no Brasil. Eu não tenho e nunca tive qualquer relação comercial com a FECOMERCIO, não fui contratado por eles, não recebi um único centavo desta entidade e jamais negociei com eles. Fui contratado e prestei serviços advocatícios a um renomado escritório de advocacia criminal de São Paulo, em que a dona é uma famosa procuradora do Ministério Público de São Paulo, conhecida por ter dedicado toda sua vida e carreira a instituição Ministério Público e o combate ao crime, tratando-se de pessoa pública, íntegra, proba e de idoneidade inquestionável. Os serviços advocatícios foram devidamente prestados, os honorários foram declarados à receita federal e os impostos pagos. Após dois anos de investigação da Fecomercio, jamais fui intimado ou convocado por qualquer autoridade a prestar qualquer esclarecimento. Desde o início da referida operação “esquema” não fui investigado e ao final não fui denunciado, pois sempre souberam que jamais participei de qualquer esquema. Estranhamente após a denúncia de todos os advogados citados na referida operação sofri uma busca e apreensão em que nada foi apreendido por não terem encontrado qualquer irregularidade e mais estranhamente ainda resolveram oferecer uma denúncia relâmpago, isolada, baseada em absolutamente nada contra minha pessoa. A denúncia do Ministério Público Federal é inepta e não descreve qualquer conduta praticada por mim ou mesmo qualquer crime, tendo se limitado a narrar simplesmente pagamentos de honorários advocatícios por serviços devidamente prestados, inovando no Brasil, transformando o regular exercício da advocacia em crime, de forma irresponsável e sem medir as consequências de dano de imagem e reputação a minha pessoa. Nunca em minha vida respondi a qualquer processo ou fui investigado, sempre tive um nome limpo e sequer em 28 anos de advocacia tive uma única representação em meu desfavor perante a Ordem dos Advogados do Brasil."
Luiza Eluf: "A advogada Luiza Eluf lamenta profundamente a genérica decisão da Justiça Federal. Luiza foi denunciada sem jamais ter sido ouvida pelos procuradores da República. Ela reafirma com veemência sua inocência, confiante de que comprovará sempre ter trabalhado de forma correta e transparente, e não permitirá que falsas acusações maculem sua vida pública. As advogadas Izabella Borges e Maíra Fernandes, defensoras de Luiza Eluf, acreditam que esta perseguição é fruto da chamada Justiça do espetáculo, que é extremamente danosa ao nosso país. Luiza Eluf reforça que não praticou crime algum, que o serviço foi prestado conforme contrato, as notas emitidas, os tributos recolhidos."
A defesa de Orlando Diniz diz que vai se manifestar nos autos do processo.
O G1 tenta contato com os outros citados.
Fonte: G1