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quinta-feira, maio 10, 2018

Operadores da Segurança do RN cobram ações do Estado


Representantes dos operadores da Segurança Pública do RN se reuniram, na manhã desta quinta-feira (10), para discutir sobre a onda de violência contra policiais e cobrar ações do Estado.

O Fórum de Segurança do RN, formado por sindicatos e associações, elaborou propostas para serem apresentadas ao Governo do Estado com objetivo de coibir e punir aqueles que atacam os servidores. Participaram da reunião desta quinta-feira o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), o Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal (Sinpef) e a Associação dos Bombeiros Militares (ABM).

Três propostas centrais foram elaboradas. São elas: criação de um Núcleo de Investigação de Crimes contra Operadores da Segurança; adoção de Procedimento Operacional Padrão pela Sesed em caso de crimes contra os servidores; e realização de Operação Saturação Contínua em áreas de atuações de facções criminosas.

Um ofício com essas sugestões e a solicitação de uma reunião com o Governo do Estado será protocolado no Gabinete Civil ainda nesta quinta-feira.

Além disso, o Fórum de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Foseg-RN) irá atuar na informação junto aos próprios operadores da Segurança. Uma cartilha será elaborada orientando sobre condutas e cuidados fora dos expedientes.

O Fórum
O Fórum de Segurança Pública do Rio Grande do Norte foi criado em 2015 com a missão de promover debates, traçar estratégias, ações e propostas para o aparelhamento e desenvolvimento do setor. É composto pelo Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal do RN (Sinpef-RN), Associação dos Bombeiros Militares do RN (ABM-RN), Associação dos Cabos e Soldados da PM do RN (ACS-PMRN), Associação dos Guardas de Trânsito do RN (AGT), Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBM-RN), Sindicato dos Agentes Penitenciários do RN (Sindasp-RN), Sindicato dos Guardas Municipais do RN (Sindguardas-RN), Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol-RN) e Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do RN (Sinprf-RN).

Fonte: Portal no Ar

Ministério da Saúde monitora obras de Centro de Reabilitação em São Gonçalo


Nessa quarta-feira (09), o Centro Especializado em Reabilitação (CER) de São Gonçalo recebeu a visita da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, sob a coordenação técnica da arquiteta colaboradora do Ministério da Saúde (MS), Liorne Fransolin. A equipe tem o intuito de realizar o monitoramento das obras onde os Centros de Reabilitação (CER III) de Parnamirim e São Gonçalo do Amarante serão implantadas pelo Ministério.

A Coordenação-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência/MS vem acompanhando todo o processo de implantação, apoiando e orientando à execução das obras.

Atualmente, o Rio Grande do Norte dispõe de oito Centros Especializados em Reabilitação, distribuídos pelos municípios de São José de Mipibu, Areia Branca, Guamaré, Santa Cruz, Pau dos Ferros, Macaíba e Natal. Em breve, os municípios de Parnamirim e São Gonçalo do Amarante também contarão o seu CER habilitado.

De acordo com a Técnica do Ministério da Saúde, o município de São Gonçalo vem cumprindo os prazos estabelecidos, até então, sem nenhuma anormalidade.

Fonte: Portal no Ar

Fuga de presos de 'confiança' em cadeia de Natal foi descuido dos agentes de plantão, diz Sejuc

Presos se aproveitaram da escuridão para escapar (Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução)
Presos se aproveitaram da escuridão para escapar (Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução)

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) afirmou através de nota que a fuga ocorrida na noite desta quarta-feira (9) na Cadeia Pública de Natal Professor Raimundo Nonato foi um “descuido” dos agentes penitenciários. A pasta enviou o comunicado na tarde desta quinta-feira (10), em que diz também que os detentos eram de confiança.

“Presos por roubo desde dezembro de 2017, os apenados, numa ação configurada como quebra de confiança, evadiram-se no momento em atuavam na cozinha. Aproveitaram um descuido dos agentes do plantão”, afirma a Sejuc na nota.

Segundo a Polícia Militar, os detentos aproveitaram a chuva e o apagão em um dos refletores para pular o muro e fugir da unidade. Os presos que fugiram trabalhavam na cozinha e ajudavam na rotina do presídio, por isso tinham tratamento diferenciado e dormiam em alojamentos do setor administrativo.

Os fugitivos foram identificados como sendo José Severo da Silva Júnior, de 21 anos, e Francisco Leandro Lopes da Silva, de 28. De acordo com o que informou a Secretaria de Justiça e Cidadania, era 19h30 quando eles pularam uma janela, tendo acesso à área externa da unidade. As circunstâncias da evasão serão apuradas pela Secretaria de Justiça e Cidadania.

Fonte: G1

Governo do RN quer mais R$ 239 milhões para obras da barragem de Oiticica

Obra da Barragem de Oiticica, em 2016, com 50% das obras concluídas (arquivo). (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)
Obra da Barragem de Oiticica, em 2016, com 50% das obras concluídas (arquivo). (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)

Os R$ 311 milhões garantidos pela União para a construção da Barragem de Oiticica, na região Seridó potiguar, estão acabando, mas a obra só está 65% concluída. É o que afirma o governo do Rio Grande do Norte, que busca o acréscimo de mais R$ 239 milhões por meio do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Sem isso, a obra só deve se sustentar por mais três ou quatro meses e parar.

Uma reunião sobre o assunto aconteceu nesta quarta-feira (10), entre o ministro da Integração, Antônio de Pádua, o secretário de Recursos Hídricos do RN, Mairton França, e a bancada federal. O acréscimo solicitado significa um aumento de quase 76,8% no valor final do projeto, que agora é previsto em R$ 550 milhões. O governo também quer zerar a contrapartida do Estado que atualmente é de 6,11%.

A barragem idealizada há quase 70 anos começou a ser construída apenas em 2013 e tinha previsão de conclusão para 2015. Oiticica é anunciada como garantidora de segurança hídrica para 21 municípios, atendendo diretamente 330 mil pessoas e, indiretamente, 2 milhões de potiguares. Quando concluída, será o terceiro maior reservatório do estado, com capacidade para 570 milhões de metros cúbicos de água.

Oiticica terá uma extensão de 7 quilômetros. O paredão principal, de concreto compactado a rolo, tem cerca de 4,5 km de extensão. Ainda existem dois paredões auxiliares, sendo um deles feito com enrocamento e que ainda está em fase de fundação.

Em junho de 2017, em entrevista ao G1, Mairton França já havia informado que a obra ia precisar de mais recursos e estava em andamento reduzido. À época, o governo estimava que a obra custaria mais de R$ 415 milhões.

Mobilização política
Três anos após o prazo incialmente estabelecido, a obra ainda está em andamento lento, segundo reconhece o secretário. Para Mairton, quando os recursos forem liberados, ainda serão necessários mais 12 meses para a conclusão.


O estado se mobiliza politicamente porque o Ministério do Planejamento já considera que a União executou os R$ 311 milhões previstos pelo PAC, embora haja consenso dos órgãos estaduais e federais, como o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Denocs), sobre a necessidade dos R$ 239 milhões.

Governo e bancada federal do RN tentam conseguir recursos federais para obra da Barragem de Oiticica, iniciada em 2013 (Foto: Governo do RN/Divulgação)
Governo e bancada federal do RN tentam conseguir recursos federais para obra da Barragem de Oiticica, iniciada em 2013 (Foto: Governo do RN/Divulgação)

“É necessário um grande esforço político para ampliarmos a carteira de Oiticica no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), remanejando de outras obras, que estão previstas, mas não serão executadas no programa”, defendeu ele.

Entre os encaminhamentos da reunião, ficou decidido que o governo e a bancada vão reforçar a solicitação ao Ministério do Planejamento e o presidente, para que seja feito o remanejamento e o ajuste na carteira de Oiticica no PAC.

Histórico de atrasos
A barragem de Oiticica passou por inúmeras etapas e estudos de viabilidade. A primeira delas teve início em 1950 pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, o Dnocs. A segunda, teve início em 1989, realizado por um convênio entre o governo do Rio Grande do Norte e o próprio Dnocs, tendo sido novamente paralisada em 1993.

Os estudos foram novamente recomeçados e o projeto, que até então previa um reservatório com 1 bilhão de metros cúbicos de capacidade, beneficiando municípios potiguares e também algumas cidades da Paraíba, foi alterado. Foi quando a barragem passou a contar com a metade da capacidade original. Em 2007, após licitação para a escolha da empreiteira que deveria transformar o sonho em realidade, o Tribunal de Contas da União contestou o resultado da licitação por enxergar irregularidades no processo.

Barragem de Oiticica (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)
Barragem de Oiticica (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)

Em 2013, Oiticica foi desengavetada e incluída no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, passando a beneficiar apenas municípios do RN. Naquele ano, então, as obras finalmente foram iniciadas. Na ápoca, a previsão era de que o reservatório fosse inaugurado em dois anos. Porém, as constantes interrupções em razão dos retardos e queda dos valores, além da falta de solução para os projetos sociais (desapropriações, cemitério e novas moradias) levou a quatro paralisações por parte de um movimento que representa os moradores da região, atrasando a construção.

Três contratos garantem a execução das obras. Segundo a Semarh, a parede da barragem é de responsabilidade do consórcio EIT/Encalso. Já a construção da Nova Barra de Santana, está por conta do consórcio Solo Moveterras/Consbrasil. E ainda tem a KL Consultoria, empresa contratada para cuidar dos estudos, projetos executivos, supervisão e acompanhamento das obras.

A construção demanda a desapropriação de terras e a construção de praticamente uma nova cidade. Na Nova Barra de Santana, irão morar cerca de 1.500 pessoas.

Fonte: G1

Bispo acusado de desvio de dízimos em Formosa lista Papa Francisco como testemunha de defesa

Nome do Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, que aparece listado como testemunha de defesa (Foto: Reprodução)
Nome do Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, que aparece listado como testemunha de defesa (Foto: Reprodução)

O bispo afastado de Formosa, dom José Ronaldo Ribeiro, listou o Papa Francisco, o núncio apostólico no Brasil, Giovanni D’Aniello, e o cardeal Dom João Braz de Aviz entre as 31 testemunhas de defesa no processo que investiga o desvio de mais de R$ 2 milhões em dízimos da Diocese de Formosa. O advogado dele, Lucas Rivas, disse que as escolhas foram técnicas. Ele defende a inocência do padre.

Além dele, outras dez pessoas — incluindo o juiz eclesiástico Tiago Wenceslau, o vigário-geral Epitacio Cardozo e mais três padres — estão entre os acusados de participar do esquema. O Ministério Público apurou que eles usaram o dinheiro para comprar uma fazenda de gado, uma casa lotérica e carros de luxo.

"Ficou bem evidente desde a busca da soltura dos religiosos por meio de habeas corpus, que a estratégia dos acusados é adiar o máximo que puderem o julgamento do caso, de forma a se beneficiarem do transcurso do tempo, que virá acompanhado de um pretendido esquecimento e da prescrição", disse o promotor responsável pelo caso, Douglas Chegury.

O G1 tentou contato com a Nunciatura Apostólica no Brasil (que funciona como embaixada da Santa Sé) ao longo de quarta-feira (9), mas não recebeu retorno.

À reportagem, a assessoria do "interventor" nomeado pelo Papa após o escândalo, Dom Paulo Mendes Peixoto, disse que ele está escrevendo um parecer, juntamente com outros responsáveis, para enviar para a Santa Sé e, a partir deste documento, a Igreja tomará as devidas medidas. Ainda não há nada definido.

Desde a soltura, Dom José Ronaldo está ficando na casa episcopal (casa do bispo da Diocese), porém não está exercendo nenhuma função administrativa.

Bispo e padres suspeitos de desviar dízimo deixam a cadeia (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)
Bispo e padres suspeitos de desviar dízimo deixam a cadeia (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)

Operação Caifás
Deflagrada pelo MP-GO, a Operação Caifás apura o desvio de R$ 2 milhões pela Diocese de Formosa. No último dia 19 de março, nove pessoas foram presas. Além do dízimo, a apuração apontou que o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos.

As investigações sobre o desvio começaram no ano passado, após denúncias de fiéis. Eles afirmaram que as despesas da casa episcopal subiram de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde a chegada do bispo Dom José Ronaldo, em 2015. Na ocasião, o clérigo negou haver irregularidades nas contas da Diocese de Formosa.

Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça foram usadas na apuração. O grupo teria comprado uma fazenda de gado, carros de luxo e uma lotérica com os recursos. A operação culminou com apreensões em Formosa, Posse e Planaltina. Durante as apreensões, foi encontrado dinheiro escondido em fundo falso de armário.

Após menos de um mês detidos em uma ala isolada do recém-inaugurado presídio da Formosa, os presos foram liberados por habeas corpus concedidos pela Justiça. Na saída da cadeia, o bispo Dom José Ronaldo, outros quatro clérigos e dois empresários foram recebidos com festa por parentes e amigos.


Bloqueio de bens
O juiz Fernando Oliveira Samuel, da 2ª Vara Criminal de Formosa, determinou em 27 de março o bloqueio de bens dos seis clérigos, dois empresários e do secretário da Cúria. O limite é de até R$ 1 milhão por cada. Também foi autorizada a quebra do sigilo bancário e fiscal dos acusados.

Gestor temporário da Diocese de Formosa nomeado pelo Papa Francisco e arcebispo de Uberaba (MG), Dom Paulo Mendes Peixoto criticou o bispo preso e disse que recebeu "caixa vazio e com dívida". Ele auxiliará nas atividades da paróquia da região até que seja nomeado um novo bispo.

Dom Paulo Mendes Peixoto auxilia nas atividades da diocese de Formosa (Foto: CNBB/ Divulgação)
Dom Paulo Mendes Peixoto auxilia nas atividades da diocese de Formosa (Foto: CNBB/ Divulgação)

A polícias apura outras acusações que surgiram contra o bispo fora do processo. Entre elas, está o uso de cartões da Igreja para compra de bebidas alcoólicas. De acordo com boletim de ocorrência, houve gasto de R$ 4 mil indevidamente.

No processo do MP-GO constam documentos que apontam que alguns dos religiosos acusados de desvios de dízimos reconheceram a ausência de R$ 910 mil nos caixas das igrejas. O órgão acredita que o padre Waldson José de Melo, de Posse, o monsenhor Epitácio Cardozo Pereira e o bispo Dom José Ronaldo embolsavam os valores declarados como “desaparecidos”.

Além disso, fiéis afirmam que Dom José Ronaldo aumentou em até 400% taxas de casamento quando assumiu a administração, em 2014. As mesmas informações chegaram ao MP-GO) por meio do depoimento de um dos padres que denunciou o esquema, mas, segundo o promotor, ainda não compõem uma apuração específica.

Fonte: G1

Perícias confirmam que tubarão atacou banhista no Grande Recife

Homem foi atacado por tubarão no mar de Piedade, no Grande Recife (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Homem foi atacado por tubarão no mar de Piedade, no Grande Recife (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

As perícias realizadas pelo Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit) confirmaram que o banhista que teve o braço e a perna amputados foi atacado por um tubarão, em incidente ocorrido na praia de Piedade, em Jaboatão, no Grande Recife. Com isso, o ataque passa a fazer parte das estatísticas oficiais.

Segundo o órgão, esse foi o 64º incidente com tubarão, em Pernambuco, desde 1992, quando essas ocorrências começaram a ser monitoradas. Em nota, o Cemit aponta que o incidente foi "presumivelmente provocado por tubarão tigre". O resultado do parecer técnico fez parte da reunião ocorrida na quarta-feira (9).

Em nota, o Cemit informou, ainda, que além dos animais, estuda o comportamento humano, já que “o tubarão encontra-se no ambiente dele”. Pablo Diego Inácio de Melo, 34 anos, foi atacado no dia 15 de abril e teve a perna e mão direitas amputadas pelos médicos do Hospital da Restauração (HR), no Centro do Recife, onde está internado.

O hospital informou, nesta quinta-feira (10), que o paciente tem feito pequenas cirurgias reparadoras, que já estavam previstas pela equipe médica. O estado de saúde dele continua estável.

Hospital da Restauração fica na área central do Recife (Foto: Reprodução/TV Globo)
Hospital da Restauração fica na área central do Recife (Foto: Reprodução/TV Globo)

Entenda o caso
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o chamado para socorrer Pablo Diego foi feito às 14h38 do dia 15 de abril. O incidente aconteceu na altura da Igreja de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. Depois dos primeiros socorros feitos por duas equipes de bombeiros, Pablo foi levado de helicóptero ao Hospital da Restauração.


Segundo o oficial de operações do Grupamento Marítimo (GBmar) que participou do atendimento, capitão Arthur Leone, o homem estava numa área sinalizada por placas, com água na altura da cintura, quando foi mordido.

Os médicos chegaram a afrimar que o estado de Pablo era gravíssimo e que havia risco de morte. Após passar a respirar sem a ajuda de aparelhos, Pablo Diego conversou com a mãe no hospital. Ela disse que o filho contou que lutou com o tubarão ao ser atacado.

Grande Recife recebeu em 2016 novas placas de alerta sobre ataques de tubarão (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Grande Recife recebeu em 2016 novas placas de alerta sobre ataques de tubarão (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)

Outros casos
Em janeiro de 2018, um surfista de 20 anos foi ferido por um tubarão no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. O jovem, natural da Bahia, surfava na Praia da Conceição no final da tarde de 12 de janeiro quando caiu da prancha e foi mordido. Encaminhado a uma unidade de saúde, o jovem teve alta no mesmo dia por se tratar de um ferimento leve.

Em dezembro de 2015, um turista do Paraná foi atacado por um tubarão na Praia do Sueste, também em Fernando de Noronha. O homem estava mergulhando no momento do ataque e teve a mão e parte do braço amputados.

Márcio de Castro Palma da Silva foi mordido por um tubarão na Baía do Sueste, em Fernando de Noronha (Foto: Reprodução / TV Globo)
Márcio de Castro Palma da Silva foi mordido por um tubarão na Baía do Sueste, em Fernando de Noronha (Foto: Reprodução / TV Globo)

Segundo o International Shark Attack File (Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão, em inglês) da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, esse foi o único caso de ataque de tubarão verificado no Brasil em 2015.

Em 2013, uma jovem de 18 anos, de São Paulo, foi atacada por um tubarão na Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Atacada em 22 de julho, ela faleceu no dia seguinte, após ter sido internada no Hospital da Restauração.

Contagem oficial de casos
Em Pernambuco, a contagem começou a ser feita pelo Cemit há 26 anos, quando os casos passaram a ser mais recorrentes no estado. Desde 1992, 24 pessoas morreram vítimas de tubarões no litoral pernambucano. No mesmo período, o órgão registrou 63 incidentes, termo utilizado para enquadrar ocorrências envolvendo seres humanos e tubarões.

Segundo o Cemit, a ocorrência registrada no domingo (15) ainda não faz parte da contagem pois precisa ser estudada, como é de praxe. Segundo o presidente do órgão, Leodilson Bastos, é preciso saber se é possível considerar realmente um incidente com tubarão antes de inseri-lo nas estatísticas.

A conscientização atrelada à pesquisa vem sendo o caminho escolhido pelo Cemit para prevenir incidentes. A abertura de editais para o desenvolvimento de pesquisas que ajudem a criar métodos de proteção aos banhistas e ao ecossistema marinho é uma das principais medidas, segundo o órgão.

Fonte: G1

Temer usa ‘A Voz do Brasil’ para prometer avanços


A três meses do início da campanha eleitoral, o presidente Michel Temer concedeu entrevista a “A Voz do Brasil” e, em resposta a perguntas de ouvintes, discorreu sobre medidas tomadas durante seu governo e fez promessas para o restante do seu mandato.

Todas as perguntas dos ouvintes foram feitas sobre temas com apelo eleitoral, como o programa Bolsa Família, geração de emprego, educação, saúde e segurança. Sem críticas a Temer, praticamente todos os participantes pediram ao presidente para contar o que ele ainda podia fazer pelo Brasil em cada tema. Um dos ouvintes chegou a perguntar qual era a solução de Temer para a segurança pública. “Nos últimos meses do seu mandato, pode ser feito muito mais?”, perguntou outra, sobre emprego.

A entrevista durou 25 minutos, quase a metade da duração de uma hora de “A Voz do Brasil”, um noticiário radiofônico estatal de difusão obrigatória que vai ao ar de segunda a sexta em todas as emissoras de rádio aberto do País. O programa foi criado pelo ex-presidente Getúlio Vargas.

Um dos temas mais sensíveis à população de baixa renda, o Bolsa Família foi exaltado por Temer, que disse que os reajustes aplicados durante seu governo superam em três vezes a inflação do período. Afirmou também que o maior desejo do governo é que os beneficiários do programa possam elevar sua renda e conseguir empregos. O presidente prometeu ainda que os programas sociais do governo serão mantidos.

Em resposta às perguntas sobre economia, Temer lembrou que faltam sete meses para o fim do seu governo e afirmou que “vai fazer muito ainda”. “Nos últimos meses que nos restam, vamos trabalhar mais para garantir mais empregos”, disse o presidente, após questionamento de uma ouvinte que disse que Temer “ajeitou a economia”. O presidente também ressaltou os lucros obtidos pela Petrobras.

Na questão da segurança pública, ele disse que este foi um tema “que ficou muito tempo esquecido” e que “é preciso uma ação coordenada em todo o País”. No final, o presidente afirmou que vai ganhar quem aposta no Brasil e declarou que olha para frente com a certeza de um futuro melhor. “O Brasil começa a caminhar na direção certa”. Um dos entrevistadores do programa agradeceu a Temer por “esclarecer todas as medidas tomadas nos últimos anos”.

Fonte: Estadão

Preso, miliciano delatado no caso Marielle divulga carta: 'Não tenho qualquer envolvimento nesse crime bárbaro'

Em carta, "Orlando de Curicica" nega envolvimento com o crime de Marielle. Segundo a polícia, ele é miliciano na Zona Oeste e está preso por crime semelhante (Foto: Reprodução)
Em carta, "Orlando de Curicica" nega envolvimento com o crime de Marielle. Segundo a polícia, ele é miliciano na Zona Oeste e está preso por crime semelhante (Foto: Reprodução)

Orlando Oliveira de Araújo, apontado como miliciano da Zona Oeste do Rio pela polícia e conhecido como "Orlando Curicica", divulgou uma carta datada de quarta-feira (9) em que nega a participação no crime contra a vereadora Marielle Franco e também que faça parte do poder paralelo. O documento, divulgado inicialmente pelo "O Dia", foi obtido pelo G1 nesta quinta (10).

Miliciano delatado no caso Marielle está preso acusado de ser mandante de execução semelhante em 2015
Na quarta, o G1 mostrou que Orlando está preso por um crime semelhante ao da vereadora praticado em 2015 — com direito a perseguição e tiros na cabeça da vítima. Ele, que é ex-policial militar, foi ligado ao crime da parlamentar por um delator que também teria trabalhado para a milícia mas rebateu dizendo que "nunca tinha ouvido falar".

"Eu, Orlando Oliveira de Araújo, venho por meio desta esclarecer sobre os fatos que estão sendo veiculados na imprensa sobre o assassinato da vereadora Marielle e de seu motorista Anderson, que não tenho qualquer envolvimento nesse crime bárbaro", diz o texto.
A carta afirma ainda que Orlando está à disposição das autoridades. Ele ataca o delator, identificando-o, e diz que não "tem qualquer autoridade" por ser —, o delator, — miliciano.

"Informo também que nunca estive com o vereador (Marcello) Siciliano em nenhuma oportunidade", diz ele, em alusão ao parlamentar que também encomendou a morte de Marielle, na versão do delator.

"Por fim, com todo respeito à vereadora Marielle eu nunca tinha ouvido falar dela".

Orlando está preso como mandante de crime com mesmas características em 2015
De carro, três homens armados iniciam uma perseguição. Eles emparelham ao lado de outro veículo e disparam mais de dez tiros. A narrativa do crime, que se assemelha ao ocorrido contra a vereadora Marielle Franco em março, ocorreu em 2015 na Zona Oeste do Rio.


Um "segurança" de Orlando e outros dois rapazes teriam participado da perseguição e do crime contra Wagner Raphael de Souza, então presidente da escola de samba União do Parque Curicica. Essas duas pessoas, segundo "O Globo", também estariam no carro que perseguiu Marielle.

"Consta (...) que o denunciado Orlando Oliveira de Araújo foi o mandado do crime [em 2015]. (...) As vítimas estavam no interior do veículo (...) quando os denunciados Renato Nascimento dos Santos e William da Silva Sant'Anna chegaram em um veículo Kia/Cerato, branco, conduzido por um comparsa ainda não identificado", diz o inquérito citado pela Justiça.

"Os disparos foram efetuados a pouca distância e contra suas cabeças", conclui o inqúerito.
A principal diferença na dinâmica dos crimes está no momento dos tiros. Contra Marielle, os autores estavam dentro do carro e colocaram a submetralhadora para fora da janela. Em 2015, numa região de terra batida e menos exposta às câmeras, os assassinos puderam desembarcar. Entre 10 e 12 tiros acertaram o carro.

"Após descerem do veículo, efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra as vítimas, causando-lhes lesões corporais", diz a investigação.

A autoria do crime de 2015 foi atribuída a Orlando por um dos passageiros do veículo atacado, que sobreviveu graças ao atendimento médico. A vítima precisou passar por uma cirurgia, perdeu o baço e ficou com uma bala alojada no corpo. Recuperada, apontou Orlando como o mandante em depoimentos no hospital e na delegacia. Depois, em juízo, voltou atrás e negou tudo.

Fonte: G1

Banco do Brasil tem lucro de R$ 2,75 bilhões no 1º trimestre, alta de 12,5%

Um homem passa por uma agência do Banco do Brasil na avenida Berrini, na zona sul de São Paulo (Foto: Marcelo Brandt/G1)
Um homem passa por uma agência do Banco do Brasil na avenida Berrini, na zona sul de São Paulo (Foto: Marcelo Brandt/G1)

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 2,749 bilhões no 1º trimestre, um resultado 12,5% acima do registrado nos 3 primeiros meses do ano passado (R$ 2,443 bilhões). Na comparação como 4º trimestre de 2017, entretanto, quando o banco teve lucro de R$ 3,108 bilhões, houve queda de 11,6%, na esteira da fraqueza continuada da demanda de crédito.

Já o lucro líquido ajustado cresceu 20,3% no 1º trimestre, alcançando R$ 3 bilhões. O maior banco do país por ativo disse no balanço que o resultado pelo cresceimento de 5,4% das receitas com tarifas e pela redução das despesas para perdas com calotes. A despesa líquida, que subtrai do total os valores recuperados, foi de R$ 4,24 bilhões, queda de 26,3% ano a ano.

E as despesas administrativas tiveram contração de 0,2% ano contra ano. Já a folha de pagamentos do BB diminuiu em cerca de 2 mil colaboradores em 12 meses.

O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL), indicador de rentabilidade, aumentou de 12,4% para 13,2% na comparação anual.

Carteira de crédito
Diferente do que planeja para 2018, o crédito manteve a trajetória cadente dos últimos trimestres. No fim de março, a carteira ampliada de empréstimos do BB somava 675,65 bilhões de reais, 1,9% menor em 12 meses e 0,8% mais baixa do que no fim do ano passado.

O movimento foi puxado sobretudo nos segmentos pequenas e médias empresas e no de financiamento automotivo, com tombos de 29,6% e de 28,4%, respectivamente, ambos na comparação ano a ano.

A carteira de crédito das pessoas jurídicas caiu 6,3% no ano, influenciada principalmente pela queda de 7,4% nas nas operações de capital de giro, além do recuo em investimentos e crédito imobiliário.

Já a carteira de crédito para pessoas físicas cresceu 3% na comparação anual, atingindo R$ 177,2 bilhões no 1º trimestre. Segundo o BB, os destaques foram o crédito consignado e o financiamento imobiliário, que avançaram 8,2% e 6,8%, respectivamente.


Por outro lado, a qualidade da carteira melhorou, com o índice de atrasos superiores a 90 dias recuando a 3,65%, queda de 0,24 ponto ante março de 2017 e de 0,09 ponto ante dezembro. Foi o menor nível em 5 trimestres.

O BB informou que em abril atingiu 1,9 milhão de clientes com contas digitais. "Para 2018 o desafio é atingir 3 milhões de clientes digitais", informou o banco.

Lucros dos concorrentes no 1º trimestre

Itaú: R$ 6,28 bilhões

Bradesco: R$ 4,467 bilhões

Santander: 2,8 bilhões

Fonte: G1

Cientista David Goodall, de 104 anos, morre na Suíça após suicídio assistido

David Goodall assina documentos sobre sua decisão com família e amigos instantes antes de morrer (Foto: Exit International)

O cientista australiano David Goodall, de 104 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (10) na Suíça após sair de seu país para uma clínica de suicídio assistido. No início do mês, o pesquisador virou notícia porque queria acabar com sua própria vida. Goodall não sofria de nenhuma doença terminal, mas afirmava que sua qualidade de vida havia piorado muito com o passar do tempo.

A morte foi confirmada pela clínica Exit International, instituição que ajuda pacientes a morrer na Suíça, onde o suicídio assistido é legal. Uma nota da empresa informa que o pesquisador escolheu uma injeção letal para morrer e caiu no sono segundos depois. O cientista estava acompanhado de netos, familiares e médicos.

Goodall escolheu a 9ª sinfonia de Beethoven para acompanhar sua morte, informa a clínica. Segundo o médico Philip Nitschke, que acompanhou o processo, ele morreu tão logo a música acabou.

O cientista doou o seu corpo à medicina. Ele também pediu para que não tivesse enterro, nem qualquer tipo de cerimonial. Segundo a Exit International, Goodall não acredita em nenhum tipo de continuação de vida após a morte.

Fonte: G1

Polícia prende dono da empresa de refrigerantes Dolly por fraude fiscal em SP

Polícia Militar efetua prisão de Laerte Codonho em mansão na Granja Viana, em Cotia (Foto: Arquivo Pessoal)
Polícia Militar efetua prisão de Laerte Codonho em mansão na Granja Viana, em Cotia (Foto: Arquivo Pessoal)

A Polícia Militar prendeu, na manhã desta quinta-feira (10), o dono da empresa de refrigerantes Dolly, Laerte Codonho, em sua casa na Granja Viana, em Cotia, na Grande São Paulo. As investigações apontam fraude fiscal estruturada, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O dinheiro desviado com a fraude é estimado em R$ 4 bilhões.

Codonho teve a prisão temporária decretada e deve ser levado ao 77º D.P. (Distrito Policial). O G1 procurou a empresa e o advogado de Codonho e aguarda retorno.

Carro de luxo é apreendido em Cotia após prisão de Laerte Codonho, dono da fabricante de refrigerantes Dolly (Foto: Arquivo Pessoal)
Carro de luxo é apreendido em Cotia após prisão de Laerte Codonho, dono da fabricante de refrigerantes Dolly (Foto: Arquivo Pessoal)

Além do dono da empresa, o ex-contador da Dolly, Rogério Raucci, e o ex-gerente financeiro da empresa, César Requena Mazzi, foram presos e levados ao DP.

Informações preliminares apontam que a Justiça considerou que a empresa, comandada por Codonho, demitiu funcionários e os recontratou em outra companhia para fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Dois helicópteros foram apreendidos em São Bernardo do Campo, e pelo menos um carro de luxo, em Cotia. Os PMs também estariam realizando a contagem de dinheiro em espécie a ser apreendido na mansão de Codonho.

A operação envolve o Gedec (grupo especial do Ministério Público paulista para combate à formação de cartel e lavagem de dinheiro), a Procuradoria-Geral do Estado e a Polícia Militar.

Helicóptero é apreendido em São Bernardo do Campo; medida faz parte de operação que prendeu dono da marca de refrigerantes Dolly (Foto: Arquivo Pessoal)
Helicóptero é apreendido em São Bernardo do Campo; medida faz parte de operação que prendeu dono da marca de refrigerantes Dolly (Foto: Arquivo Pessoal)

Rogério Raucci, ex-contador da Dolly, chega ao 77º DP (Foto: Reprodução/TV Globo)
Rogério Raucci, ex-contador da Dolly, chega ao 77º DP (Foto: Reprodução/TV Globo)

Fonte: G1

Assaltante 'cobra' atendente de loja por ter só R$ 40 no caixa: 'Tá de brincadeira?'

A atendente de uma ótica localizada na região central de Bauru (SP) foi vítima de assalto na tarde desta terça-feira (8) e chegou a ser ameaçada pelo criminoso por não ter muito dinheiro no caixa.

A mulher, que pediu para não ser identificada contou que o assaltante ficou revoltado quando ela entregou os R$ 40 que ela tinha em caixa, valor considerado muito pequeno pelo criminoso. Toda a ação foi registrada pelo circuito de segurança da loja (assista no vídeo acima).

“Sempre com a mão na arma, ele [assaltante] se exaltou e começou a gritar comigo dizendo ‘Você tá de brincadeira? Tá de brincadeira?’. Naquele momento, achei que poderia acontecer algo pior."
Segundo a vítima, ela estava sozinha no salão da loja quando o homem entrou com o pretexto de comprar um par de óculos de sol. Uma outra funcionária da loja estava nos fundos, em horário de almoço.

Segundo a atendente que atendeu o falso cliente, após fingir que estava finalizando a compra o homem se levantou, mostrou o revólver que tinha na cintura e anunciou o assalto. Ao chegar ao caixa, a mulher mostrou que havia apenas as duas notas R$ 20 na gaveta.

Atendente mostra gaveta do caixa sem dinheiro no momento do assalto: "Neste momento, tive medo" (Foto: Reprodução/Câmeras de segurança)
Atendente mostra gaveta do caixa sem dinheiro no momento do assalto: "Neste momento, tive medo" (Foto: Reprodução/Câmeras de segurança)

O homem chegou a jogar as duas notas no balcão em sinal de revolta, antes de começar a gritar com a funcionária. Sem mais dinheiro para levar, o suspeito pediu os celulares das duas funcionárias e também levou os óculos que ele disse que queria comprar.

“Estou nesse comércio há 15 anos e essa foi a primeira vez que passei por um assalto a mão armada. Na hora até fiquei calma, mas depois disso tudo nem tenho conseguido dormir”, disse a mulher.

A polícia foi acionada e investiga o caso com base nas imagens do circuito de segurança. Ninguém foi preso.

Após se passar por cliente, assaltante mostrou a arma e anunciou o assalto (Foto: Reprodução/Câmeras de segurança)
Após se passar por cliente, assaltante mostrou a arma e anunciou o assalto (Foto: Reprodução/Câmeras de segurança)

Fonte: G1

Bebê de família Testemunha de Jeová apresenta melhora 15 dias após cirurgia com transfusão de sangue

Bebê continua está internado na Santa Casa de Rio Preto (Foto: Reprodução)
Bebê continua está internado na Santa Casa de Rio Preto (Foto: Reprodução)

O bebê de família de Testemunha de Jeová apresentou uma melhora no quadro clínico 15 dias após a Justiça autorizar uma transfusão de sangue, método que é proibido pela religião.

Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa de São José do Rio Preto (SP), unidade hospitalar onde o bebê está internado, ele continua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), estável e sem previsão de alta, apesar da melhora.

Ainda de acordo com a assessoria, a família da criança não autorizou a divulgação de outros detalhes sobre o estado de saúde.

A transfusão de sangue foi feita pela equipe médica da Santa Casa após uma determinação da Justiça, já que a religião da bebê proíbe a transfusão de sangue. A decisão da Justiça foi publicada no dia 24 de abril.

O G1 tentou entrar em contato com os pais da criança, mas ninguém quis comentar o caso. A Santa Casa disse que os pais não querem falar e nem médico também está autorizado a falar.

O bebê nasceu na Santa Casa no dia 14 de abril, sem qualquer problema de saúde, e recebeu alta no dia 17.

Advogados da Santa Casa de Rio Preto disseram no pedido à Justiça que estado de saúde é gravíssimo (Foto: Reprodução)
Advogados da Santa Casa de Rio Preto disseram no pedido à Justiça que estado de saúde é gravíssimo (Foto: Reprodução)

No entanto, no dia seguinte, ele retornou ao hospital para a realização do teste do pezinho, quando os médicos constataram que o recém-nascido estava desidratado e hipoativo - com sonolência fora do normal e falta de movimentação.


O menino foi internado, mas o quadro clínico se agravou. Ele foi então para a UTI, onde apresentou distúrbio de coagulação, sangramento digestivo e anemia.

No pedido da Santa Casa à Justiça, o advogado do hospital explicou a gravidade do quadro clínico.

“Seu estado de saúde é gravíssimo, sendo que o corpo médico, diante da situação apresentada, conclui que é indispensável a realização, em caráter de urgência, de transfusão de sangue no recém-nascido da requerida. Pois todos os tratamentos alternativos não apresentaram condições de reverter a piora de seu quadro clínico. A realização da transfusão de sangue é indispensável para preservação da vida do recém-nascido”, escreveu.

Carta da mãe

Mãe chegou a escrever carta dizendo que sabia do risco de vida que o filho corria, mas mesmo assim não autorizava a transfusão em Rio Preto (Foto: Reprodução)
Mãe chegou a escrever carta dizendo que sabia do risco de vida que o filho corria, mas mesmo assim não autorizava a transfusão em Rio Preto (Foto: Reprodução)

A mãe chegou até a redigir uma carta dizendo que tinha sido orientada pela equipe médica sobre a gravidade do quadro de saúde do bebê e que estava ciente de que ele poderia morrer se não fosse feita a transfusão.

"Mesmo assim, sabendo de todos os riscos e gravidade, não autorizo as transfusões", escreveu a mãe.
O juiz acatou o pedido da Santa Casa e concedeu tutela antecipada, destacando que a demora natural dos trâmites do processo poderia trazer dano irreversível ou de difícil reparação para o bebê.

"Preservada a garantia constitucional do direito à crença e culto religioso, o direito à vida é de ser tutelado em primeiro lugar pelo Estado, dada ordem de grandeza que envolve um e outro direito, evidenciando a presença do fumus boni juris", afirmou o juiz Lavínio Donizetti Paschoalão.

Trecho da decisão que garantiu à Santa Casa de Rio Preto o direito de fazer transfusão de sangue em um bebê de família Testemunha de Jeová (Foto: Reprodução)
Trecho da decisão que garantiu à Santa Casa de Rio Preto o direito de fazer transfusão de sangue em um bebê de família Testemunha de Jeová (Foto: Reprodução)

Fonte: G1

Padre surdo celebra missas em Libras e trabalha para a inclusão no Paraná: 'Aquele medo se transformou em ajuda'

O Padre Wilson Czaia, de 49 anos, transformou a dificuldade que vivia, por ser surdo, em incentivo: hoje celebra missas na Língua Brasileira de Sinais (Libras), desenvolve atividades de inclusão e ensina Libras na paróquia onde trabalha, em Curitiba.

O sacerdote afirma que, atualmente, é o único padre surdo a celebrar missa.

"Hoje eu sou o único em atividade, mas espero que surjam outros", diz.
Em outras comunidades, o que existe, normalmente, é a presença de um intérprete que traduz o discurso do padre para Libras.

Em todo o Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , são 9,7 milhões de surdos. No Paraná, são aproximadamente 500 mil pessoas com algum grau de deficiência auditiva.

Os números fazem parte do último Censo Demográfico, de 2010.

O sacerdote surdo Wilson Czaia celebra missas e casamentos em linguagem de sinais (Foto: Wilson Czaia/Arquivo pessoal)
O sacerdote surdo Wilson Czaia celebra missas e casamentos em linguagem de sinais (Foto: Wilson Czaia/Arquivo pessoal)

Há 16 anos, em abril de 2002, a Libras passou a ser considerada, por lei, uma língua nacional. Isso significa que, depois do Português, Libras é a segunda lingua oficial do país.

Apesar do tempo, a realidade mostra que a linguagem não está dissemindada no país.

Na capital paranense, a Paróquia Nossa Senhora da Ternura, onde Czaia é pároco, por exemplo, é a comunidade na cidade com celebrações em Libras.

Comunidade
A aceitação e a participação da comunidade, segundo o padre, foram conquistadas com o tempo. Há sete anos, a Paróquia Nossa Senhora da Ternura recebeu o sacerdote, determinado a começar o trabalho de inclusão com a pastoral dos surdos.

"Nunca tinham ouvido falar que existia um padre surdo, que a comunidade surda estava vindo para cá, então, ficaram amendrontados. Mas hoje aquele medo se transformou em ajuda", ressalta.
Além do ensino de Libras e das missas semanais na comunidade, que reúnem fiéis com e sem deficiência auditiva, Czaia também celebra casamentos na linguagem de sinais e viaja por paróquias de vários estados do Brasil.

Ele ressalta que os surdos têm conquistado espaço e que devem ser respeitados dentro e fora das comunidades.

"Graças a Deus é um orgulho para nós, hoje, termos surdos na faculdade, estudando, surdos aprendendo, trabalhando, e também vindo na nossa igreja", afirma.

Padre Wilson conta que, desde criança, enfrenta falta de acessibilidade por ser surdo (Foto: Letícia Paris/G1 PR)
Padre Wilson conta que, desde criança, enfrenta falta de acessibilidade por ser surdo (Foto: Letícia Paris/G1 PR)

Dificuldades
Czaia nasceu com surdez total. Com o tempo, passou a usar um aparelho que lhe permite sentir vibrações sonoras, apenas para se orientar.

Padre Wilson conta que, desde criança, enfrenta dificuldades por falta de acessibilidade.

Ainda na época da escola, acompanhava as aulas sem conseguir entender totalmente o que os professores ensinavam. Para Czaia, sempre foram necessárias a ajuda de colegas e muita determinação para aprender.

"Não tinha muitos intérpretes naquela época. Eu ia para a escola, faculdade, palestras e apenas eu era surdo. Muitas pessoas tentavam me ajudar, mas eu me sentia excluído, muita coisa eu não entendia", relembra o sacerdote.
No dia a dia, o preconceito também causa transtornos a ele, como por exemplo, ao usar o direito à fila preferencial em uma agência bancária.

"Muitas pessoas começam a reclamar. Já cheguei a ter que voltar para a fila geral para não ter problema com aquelas pessoas que não respeitam, não entendem que existem leis que amparam os deficientes", ressalta.

Padre Wilson (no centro da foto, ao lado do Arcebispo Dom Moacyr José Vitty, à direita) coordena a pastoral de surdos na Paróquia Nossa Senhora da Ternura, em Curitiba, há sete anos (Foto: Wilson Czaia/Arquivo pessoal)
Padre Wilson (no centro da foto, ao lado do Arcebispo Dom Moacyr José Vitty, à direita) coordena a pastoral de surdos na Paróquia Nossa Senhora da Ternura, em Curitiba, há sete anos (Foto: Wilson Czaia/Arquivo pessoal)

Os mesmos problemas, segundo o sacerdote, fazem parte da realidade de outras pessoas com deficiência.

"Graças a Deus as leis estão evoluindo e sendo mais vistas, mas muitas vezes no trabalho ou em outros ambientes, os colegas dos surdos não estão preparados para conviver com eles", diz.
Em 2012, padre Wilson teve que recorrer à Justiça para conseguir cancelar um cartão de crédito de uma loja. Ao contratar o serviço não houve problemas. Entretanto, a empresa informava que somente o titular do cartão poderia fazer a solicitação de cancelamento e que deveria ser por telefone.

Há sete anos, o padre Wilson Czaia celebra missas e casamentos na Paróquia Nossa Senhora da Ternura, na Vila Izabel, em Curitiba (Foto: Letícia Paris/G1 PR)
Há sete anos, o padre Wilson Czaia celebra missas e casamentos na Paróquia Nossa Senhora da Ternura, na Vila Izabel, em Curitiba (Foto: Letícia Paris/G1 PR)

Fonte: G1

Prefeito de Mongaguá, SP, preso pela PF com R$ 5,3 milhões sem origem diz ser inocente

O prefeito de Mongaguá, Artur Parada Prócida (PSDB), chega à sede da PF em São Paulo acompanhado por agentes (Foto: Aloisio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo)
O prefeito de Mongaguá, Artur Parada Prócida (PSDB), chega à sede da PF em São Paulo acompanhado por agentes (Foto: Aloisio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo)

A defesa do prefeito Artur Parada Prócida (PSDB), de Mongaguá, no litoral de São Paulo, preso com R$ 5,3 milhões de origem desconhecida pela Polícia Federal, vai tentar provar a procedência legal do dinheiro nesta quinta-feira (10). A residência dele foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão da operação Prato Feito, que visa apurar desvios de verbas da União para a educação.

Na quarta-feira (9), foram cumpridas 19 ordens judiciais em seis cidades das regiões da Baixada Santista e do Vale do Ribeira. A operação aconteceu em quatro estados e é resultado de uma investigação da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), que apuram irregularidades em 65 contratos avaliados em R$ 1,6 bilhão.

Prócida foi detido em casa, no início da manhã, quando os agentes cumpriam um dos mandados de busca, do total de quatro destinados a endereços na cidade. Enquanto procuravam documentos que pudessem ter ligação com os acordos ilegais investigados, os policiais localizaram R$ 4,6 milhões e U$ 217 mil em espécie escondidos em um cômodo do imóvel.

Policiais federais contabilizaram dinheiro encontrado com prefeito de Mongaguá, SP (Foto: G1 Santos)
Policiais federais contabilizaram dinheiro encontrado com prefeito de Mongaguá, SP (Foto: G1 Santos)

O prefeito foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal onde tentou, ao longo do dia, junto com advogados, provar a origem da quantia. Entretanto, já durante à noite, a delegada Melissa Maximino Pastor, que coordenou a operação, entendeu que havia indícios de crime de lavagem de dinheiro e, portanto, ele permaneceu preso na carceragem do órgão.


A defesa de Artur Parada Prócida informou que tentará provar, durante esta tarde, a inocência do cliente a partir da comprovação da origem do dinheiro, durante a audiência de custódia com o juiz marcada para acontecer na Justiça Federal. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, ele permanece como chefe do Executivo até um novo parecer.

Artur Parada Prócida é professor e nasceu em 17 de abril de 1946. Foi vereador em Mongaguá entre 1982 e 1988 e vice-prefeito entre 1989 e 1992. Foi eleito prefeito da cidade, pela primeira vez, em 1992, e venceu o pleito para o Executivo novamente em 2000, 2004 e 2012. O político foi reeleito em primeiro turno nas eleições de 2016.

Prefeito Artur Parada Procida foi detido com grande quantidade de dinheiro  (Foto: Orion Pires/G1)
Prefeito Artur Parada Procida foi detido com grande quantidade de dinheiro (Foto: Orion Pires/G1)

Prato Feito
As investigações apuraram que os grupos criminosos agiriam em 30 municípios, contatando prefeituras por meio de lobistas, para direcionar licitações de fornecimento de recursos federais para a educação destinados ao fornecimento de merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços.

Segundo as autoridades, há indícios do envolvimento de 85 pessoas, sendo 13 prefeitos, quatro ex-prefeitos, um vereador, 27 agentes públicos não eleitos e outras 40 funcionários de empresas. A CGU identificou, ao longo das investigações, 65 contratos suspeitos, cujos valores totais ultrapassam R$ 1,6 bilhão.

A Polícia Federal informou que os investigados podem responder pelos crimes de fraude a licitações, associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, com penas que variam de um a 12 anos de prisão. Os agentes públicos envolvidos nas investigações foram afastados dos cargos pela Justiça.

Fonte: G1