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quinta-feira, dezembro 26, 2013

Polícia Civil investiga se pichações em estátuas na cidade foram feitas por um mesmo grupo

Ver imagem no TwitterApós terem sido alvos de vandalismo nesta madrugada de Natal, as estátuas do poeta Carlos Drummond de Andrade e do jornalista Zózimo Barroso do Amaral
tiveram as pichações removidas por equipes da Gerência de Monumentos e Chafarizes na tarde desta quarta-feira. Os servidores da Secretaria Municipal de Conservação também realizaram vistorias em outros monumentos. A Polícia Civil investiga a hipótese de que integrantes de um mesmo grupo estariam envolvidos na pichação das duas estátuas e do monumento de Estácio de Sá, no Aterro do Flamengo. A suspeita é reforçada pelo fato de que as pichações feitas durante esta madrugada terem a mesma assinatura.
Apesar de a prefeitura ter divulgado imagens gravadas por uma das câmeras do Centro de Operações Rio, que flagrou um casal de pichadores, à 1h20m, em ação na estátua de Drummond. Até o início desta noite, o Disque-Denúncia (2253-1177) não havia recebido informações que levem à identificação do casal. A Delegacia de Repressão de Crimes a Informática (DRCI) vai colaborar com as investigações, da 13ª DP (Copacabana), na tentativa de identificar o casal.
O comerciante Herbert Parente não ficou só na indignação e resolveu passar parte da manhã limpando a estátua de Drummond. Pouco depois, flores foram colocadas ao lado da escultura. Por ano, são gastos R$ 2,5 milhões na recuperação e limpeza de monumentos públicos e chafarizes da cidade, segundo a assessoria da Secretaria municipal de Conservação.
— O Drummond foi muito pintado, há tinta da cabeça aos pés. Mas, apesar de estar sujo, muitos turistas continuaram tirando fotos - disse o leitor José Conde, acrescentando que, por volta das 8h30m desta quarta-feira, dois policiais militares também observavam o estrago na estátua do poeta. - Questionei sobre as câmeras que ficam ao lado da imagem, mas eles ainda não sabiam informar se flagraram quem fez isso. Pelo menos dessa vez não quebraram nada.

Devido ao mau comportamento em relação à estátua, foram instaladas câmeras de segurança no local. Segundo a prefeitura, os gastos com reparos na obra giram em torno de R$ 25 mil.

Além da pichação, a estátua sofreu outros atos de vandalismo. Uma placa instalada no banco onde a estátua fica "sentada" foi arrancada. Quem passeava pela orla de Copacabana pela manhã, lamentou. A professora Jaciara Barreiras, que veio de Macapá para passar as festas de fim de ano no Rio, acabou tirando as fotos com a estátua toda pintada.
— É lamentável levar uma foto dessa como recordação da cidade. Qualquer turista deseja tirar uma foto com a estátua de um poeta que representa tão bem o Rio de Janeiro — disse Jaciara.
A aposentada Ruth Lopes, moradora do Bairro, ficou indignada com a ação dos vândalos:
— Não consigo achar explicação para isso. O que leva uma pessoa a causar danos a um patrimônio da cidade ?
A estátua, feita de bronze, foi inaugurada no local em outubro de 2002, em comemoração aos 100 anos de nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade. Dois dias após ser entregue ao público, no entanto, o monumento já foi alvo de vândalos e amanheceu pichado. Após o ataque de 2009, uma fabricante de lentes para óculos adotou o monumento e custeou o conserto, que demorou cerca de 11 meses para ser concluído. A empresa também instalou as duas câmeras de segurança no canteiro central da Avenida Atlântica.
De autoria do escultor Roberto Sá, a estátua de Zózimo foi inaugurada em 2001. A última vez que tinha sofrido vandalismo foi em 2009. De acordo com a Conservação, será feita também uma vistoria em outros monumentos dos bairros da Zona Sul nesta quarta-feira.





Reprodução Cidade News Itaú

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